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História Revenge Girl - Sempre vou te amar


Escrita por: MandsChan

Notas do Autor


Amorecos, me desculpem por postar tão tarde! Tô viajando à trabalho e cheguei agorinha na cama T.T
Não esqueçam de me contar o que acharam hein?
:*

Capítulo 38 - Sempre vou te amar


Narrado por Sakura

- Depois disso você já sabe, você sumiu e eu fiquei absolutamente sem chão. – ele disse terminando seu longo enredo sobre o segredo que me escondera por oito anos.

Eu não conseguia falar, ou me mexer. O vento soprava mais uma vez me arrepiando. Estava morrendo de frio, mas ao mesmo tempo não sentia nada. Estava estática, fria, sem reação.

- Sakura...? Não vai dizer nada? – o mosqueteiro sem capa e chapéu se aproximou de mim. Não recuei ou respondi.

Então quer dizer que Shaoran gostava de mim desde a época da escola! Desde quando eu era... Invisível. Ele me enxergou no meio de uma multidão rosa e decotada e gostou do que viu, por incrível que pareça. Ele era o cara que perdia horas por dia escrevendo-me bilhetes anônimos, lindos e românticos... E eu que pensava que ele não passava de um rostinho bonito. Ele era muito mais.

Apesar de ter me escondido por todos esses anos, Shaoran resolveu se revelar... Mas por que? Por que agora? Por que não contou desde antes? Já não estávamos namorando? O que ele estava pretendendo?

- Sakura, se não disser nada vou me sentir pior do que já estou. – ele me despertou de meus devaneios.

- Você não me disse tudo ainda. – contestei.

- Como não? Contei tudo, como te conheci, como criei Awly, até o dia do baile...

- Exatamente, até o dia do baile. Nossa vida não parou por lá, Li. – sugeri sarcástica erguendo uma sobrancelha. Dei mais alguns passos em sua direção, já podia sentir sua respiração em minha pele. – Awly não parou por lá... Ele voltou, no dia em que fomos ao Outback, não se lembra? – ele apenas me encarava. – Como conseguiu me mandar aquela mensagem? Eu estava bem na sua frente. Foi Eriol não foi? E por que resolveu ressuscitar Awly depois de tanto tempo? – eu o questionava impaciente. Ele apenas esboçou um sorriso.

- Eriol não tem nada a ver com isso, ele nem sabia o nome que assinava os bilhetes na escola e não sabe que Awly voltou, só se você contou. – neguei com a cabeça. Ele prosseguiu. – Você estava completamente diferente Sakura, estava fria e rude, eu não estava te reconhecendo. Eu queria te testar. Queria ver se aquilo era só uma máscara ou se você realmente tinha mudado. Demorei um tempo pra escrever aquela mensagem, naquele dia mesmo, na redação. Apenas salvei-a nos rascunhos e a enviei por debaixo da mesa depois. No calor da discussão que estávamos tendo, você não percebeu. Ah, claro, nem preciso mencionar que Awly tem um celular só dele, certo? Seria o cúmulo da burrice mandar as mensagens do meu celular. – ele então tirou um celular preto e pequeno do bolso. Apenas olhei-o intrigada, mais do que já estava.

- Então quer dizer que... Ainda estava me testando? Mesmo depois de tudo o que passamos, mesmo depois de começarmos a namorar. Tudo continuava sendo esse teste idiota?

- Bem, sim e não. – olhei-o confusa. – Depois que começamos a sair percebi que você ainda tinha a essência da antiga Sakura, só não era incentivada a colocá-la pra fora. Além do mais, percebi o quanto o seu semblante iluminava quando recebia uma mensagem de Awly. Isso começou a me preocupar.

- Como assim? – ele sorriu de canto e acariciou minha bochecha com a ponta dos dedos.

- Lembra do dia em que estávamos no restaurante e você não parava de trocar mensagem com Awly? Eu estava bem na sua frente, respondendo a todas por debaixo da mesa, e você nem percebeu. Não estava reparando na minha presença, e isso me incomodou. Eu comecei a pensar. Talvez você gostasse de mim, tudo bem, mas e Awly? Você não sabia que era eu e podia estar nutrindo sentimentos por ele também. – ruborizei. Aquele era um dos meus maiores segredos, e era um tanto quanto constrangedor ver Shaoran constatando-o na minha cara. – Então pensei, até onde posso chegar com esta história? Começamos a namorar e as mensagens não paravam. Ás vezes me sentia um pouco mal e enciumado de ver o jeito carinhoso que o tratava. Tudo bem que era eu, mas você não sabia, e me doía pensar que estava se aproximando tanto de alguém, pelas minhas costas. – ele olhou para baixo. Obrigada, estou me sentindo péssima gora.

- Shaoran, eu... - disse segurando seu rosto com as duas mãos.

- Deixa eu terminar. – ele olhou-me carinhoso colocando suas mãos sobre as minhas. - Não era você que queria ouvir tudo? – assenti com a cabeça. – Então ontem, depois de enrolar muito tempo com as cervejas... – ele riu. – Resolvi te colocar contra a parede. Ia saber de uma vez por todas se o que tínhamos era tão forte a ponto de você dispensar Awly e de nunca saber sua verdadeira identidade. Tudo daria certo, se a tonta da Meilng não estragasse tudo. – ele revirou os olhos.

- Ela disse que ia responder a Awly da próxima vez que ele me mandasse uma mensagem. Tomoyo, Mei e Hiro não suportam ele. – eu disse um pouco sem graça.

- Todo mundo sabe de Awly? – ele disse surpreso.

- O Eriol não sabe. – ele revirou os olhos.

- Continuando... Mei arruinou tudo, não consegui saber sua resposta. Então tive outra ideia.

- A de aparecer no baile, aceitei?

- Finalmente acompanha meu raciocínio... – dei um tapa em seu ombro.  – A questão é, queria ver se ia ter coragem de vir até mim e tirar a minha máscara, com as suas próprias mãos. – ele me olhou profundamente.

- Mas... Eu não tive. – disse encarando o chão. Ele então apoiou dois dedos na ponta de meu queixo e levantou minha cabeça. Seus olhos diretamente entraram nos meus.

- E nada podia ter me feito mais feliz. – ele sorriu e me beijou.

Não consegui resistir, óbvio. Agarrei-o pelo pescoço e logo em seguida pude sentir suas mãos em minha cintura, me apertando forte contra seu corpo. Eu estava beijando Awly, finalmente descobri o gosto de seu beijo... E para falar a verdade, não podia ser melhor.

Nos separamos e ele me encarou.

- Ao não tirar minha máscara só provou o quanto Shaoran é mais importante que Awly para você. Não sabe o quanto me aliviou. – ele riu colocando um cacho sobressalente para trás de minha orelha.

- Só para você ficar informado... Eu te perdôo por ter mentido por oito anos. – ele riu.

- Nossa, muito obrigado. – ele disse irônico. Aproximei meu rosto do seu, colando nossos narizes.

- De nada Awly. - eu disse e ele riu. Então afastei meu rosto novamente, encarando-o curiosa.

- O que foi?

- Você ainda não me disse uma coisa!

- Como assim? Te contei absolutamente tudo. – ele contestou apertando mais suas mãos em minha cintura, me puxando para mais perto.

- Não, não Li, easy down... – ele me olhou confuso. – Ainda quero saber... Que raio de nome é esse? De onde tirou Awly? – e de repente o sorriso mais convencido e sexy que eu já tinha visto brotou em seus lábios, ele colou sua testa na minha olhando-me fundo nos olhos.

- Como você pode não saber? – comecei a me perder, a navegar na profundidade daqueles olhos brilhantes e intrigantes. – Minha flor... Always Will Love You (Sempre vou te amar).

Após ouvir aquelas palavras pude sentir uma lágrima quente escorrer pela minha bochecha. O vento soprou mais uma vez, mas dessa vez não senti frio. O calor que emanava de nossos corpos era tão intenso que podia provocar a erupção de um vulcão. Não demorou muito para que destruísse o pequeno espaço que nos separava e selar aquele momento com o beijo mais caloroso e cheio de sentimentos que já trocamos. Agora estava tudo se encaixando, podia me entregar por completo a Shaoran. Confiava nele plenamente e de olhos fechados. Até a sombra de Awly tinha se desfeito no ar...

Always Will Love You. Como nunca pensei nisso antes? Shaoran deve estar certo, eu ficava muito limitada quando o assunto era Awly, muito sem ação ou raciocínio.

Separei-me do beijo e passei a encará-lo em silêncio, com um sorriso bobo estampado no rosto.

- O que foi? – ele disse também sorrindo.

- Só estou olhando o homem mais perfeito do mundo. – ele sorriu sem graça. Peguei seu rosto entre minhas mãos e aproximei meus lábios de seus ouvidos – Always will love you too, my love. (Sempre vou te amar também, meu amor) – sussurrei e percebi seu corpo tremer em resposta.

Nossos lábios logo se encontraram mais uma vez. Aquela altura do campeonato eu já estava completamente anestesiada por toda aquela situação. Era tudo um tanto quanto, mágico e inesperado.

- Eu tenho que confessar... Fiquei com medo de você ter raiva de mim. Quando desmaiou, eu desmoronei. – ele disse separando o beijo e me olhando fundo nos olhos, colando as pontas de nossos narizes.

- Eu até podia ter raiva, na verdade eu tive, assim que retomei a consciência. Mas nada significante. Nada que importasse comparado a você e ao que você fez por mim. – sorri, mordendo levemente meu lábio inferior. Ele me olhou malicioso.

- Não, deixa que eu faço isso por você. – então senti seus dentes apossarem-se de meu lábio. Estremeci e aprofundei o beijo.

Ficamos nos beijando por um longo tempo. Eu podia deixar que aquele momento durasse para sempre. Era o que eu mai queria, passar a eternidade imersa neste momento, neste sentimento que eu e Shaoran sentimos um pelo o outro.

Mas é claro que o que é bom dura POUCO.

De repente a porta ao lado do pequeno sofá em que estávamos na frente se abriu, fazendo com que nossa atenção fosse dirigida a pessoa parada ali.

- Finalmente te encontrei. – ele disse esboçando um de seus belos sorrisos. Apesar de ter aparecido numa hora completamente equivocada, não pude me conter ao sorrir de volta. Aquele cara era uma figura, tinha o dom de me interromper com Shaoran.

- Oi. – disse simplesmente. Ele então entrou colocando-se na minha frente. – Ah meu Deus, não acredito! – disse assim que a luz então iluminou seu corpo e eu pude ver a sua fantasia. – Peter! – disse desentrelaçando minhas mãos das de Shaoran e colocando-as sobre a minha boca.

- Eu disse que você ia ter uma surpresa. – ele sorriu convencido, dando uma volta em torno de si.

- Realmente, relembrando os velhos tempos. – disse referindo-me a sua fantasia de mago elfo, uma muito parecida com as que ele usava antigamente na escola, quando jogava RPG. Claro que agora seu corpo era muito bem beneficiado com as calças coladas e a camisa social que demarcava seus músculos. - O Peter nerd sendo redescoberto esta noite. – ele sorriu e apontou para meu vestido com um olhar um tanto quanto... Demorado em meu busto.

- Você também, fadinha, combina com meu mundo. – sorri sem graça e olhei de soslaio para Shaoran. Percebi que ele revirou os olhos com um semblante fechado. – Tem noção de quantas vezes te liguei? Estou te procurando nesta festa por horas! – ele reclamou.

- Desculpe cara, é que ela estava bem ocupada, se é que você me entende. – Shaoran então se intrometeu na conversa. Sabia que ele não iria se segurar por muito tempo. Olhei Peter envergonhada, ele também ficou sem graça.

- Erm... Já encontrou alguém lá fora? Tomoyo, Mei...?

- Só Hiro, ele me disse que te viu entrando aqui. – o silêncio constrangedor pairou por alguns segundos. Resolvi quebrá-lo.

- Então vamos entrar, e procurar o pessoal. Quero beber alguma coisa. – disse andando em direção á porta. Peter se adiantou e abriu a porta para mim.

- As fadas primeiro... – ele sorriu galanteador. Sorri e amassei as asas para passar pela porta. Ele estava se colocando atrás de mim quando Shaoran o segurou pelo braço.

- E os mosqueteiros depois. – ele disse seco. Tratou logo de me alcançar, e apertar minha cintura, sussurrando em meus ouvidos.

- Sempre ele na hora H. – ele disse desanimado. Peter nos seguia em silêncio. Olhei Shaoran maliciosa.

- Relaxa, a nossa noite não termina aqui. Tem o segundo tempo, na sua cama. – ele apenas beijou meu pescoço com o semblante completamente pervertido.

Mal podia esperar para encontrar as meninas. Queria gritar pra elas e para o mundo que finalmente tinha descoberto Awly, e que ninguém melhor do que Shaoran se revelou como tal.



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