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História Revenge Girl - Seu passado te condena


Escrita por: MandsChan

Notas do Autor


Anne? Amanda? Hein?!

Capítulo 40 - Seu passado te condena


A porta do elevador se abriu, nosso andar tinha chegado. Fomos tropeçando até a porta de meu apartamento, que esta noite seria só nosso, já que Eriol, Tomy e Hiro estavam fora.

O beijo não foi apartado, e nós continuamos a entrar no apartamento. Fechei a porta da frente com um chute. Acabei cambaleando um pouco, Shaoran me segurou.

- Opa. - ele riu. Beijei-o novamente. Começamos a ir para meu quarto, derrubando muitas coisas pelo caminho. Sentamos na cama e ele tateou minhas costas procurando o elástico de minhas asas. Logo elas foram parar no chão.

- Para a minha sorte, você já fez o favor de tirar a maior parte da sua roupa lá no jardim da festa. - eu ri, lembrando-me da cena em que Shaoran se revelou como Awly para mim. Ele sorriu enquanto eu desabotoava sua camisa.

- Não se esqueça, as meias ficam... - ele brincou roçando seu nariz no meu.

- Não hoje. - disse arrancando sua camisa e jogando-a no chão.  – Vai por mim, você não vai mais precisr delas. - Shaoran riu malicioso e colocou seu corpo sobre o meu e durante um beijo percebi seus dedos deslizarem o zíper de meu vestido, abrindo-o. Com as mãos livres consegui tirar sua calça. Em pouco tempo estávamos apenas de roupas íntimas. Logo as peças restantes tomaram o rumo do chão, e as meias de Shaoran não foram exceção.

Nos beijávamos ferozmente, meu coque já não existia mais. Suas mãos passavam por todo o meu corpo e me tocavam com maestria em meu ponto mais sensível. Tudo parecia estar desaparecendo. O mundo parecia não existir, tudo o que eu conseguia focalizar era Shaoran. Se lembrasse de meu nome já seria um grande avanço.

- Eu te quero pra mim, agora. - Shaoran sussurrou em meus ouvidos. Sorri ofegante.

- Você sempre me tem, a qualquer dia, em qualquer lugar. Vou ser sua para sempre. – disse olhando-o fundo nos olhos. Ele sorriu de lado e então tudo veio a baixo, num turbilhão de sentimentos e sensações.

Éramos um só.

Um só corpo, um só sentimento.

A velocidade de nossos corpos aumentava e com ela o prazer que sentíamos em termos um ao outro. Logo aquele frio na barriga tão conhecido começou a aparecer e não tardou muito para explodirmos juntos num misto de sensações maravilhosas.

Meu corpo exausto caiu ao lado do dele, estava completamente esgotada. Aconcheguei-me no travesseiro colando meu corpo no seu. Suas mãos me envolveram e eu pude ouvir um sussurro ofegante em meus ouvidos.

- Always will love you. - sorri inconsciente e então adormeci. Na melhor das companhias.

...

Tem gente que diz que a vida é uma caixinha de surpresas, que nada pode ser previsto, ou combinado. Que por mais que planejemos tudo, sempre o inesperado acontece. Eu sempre fui muito objetiva e cética, sempre fiz planos e os segui firmemente, sempre dirigi minha vida. Mas agora, tudo está jogado, como em um liquidificador emocional. Tudo está misturado, desorganizado... Na mistura de vários ingredientes uma coisa nova está surgindo, uma coisa que não estava nos meus planos, uma coisa que me pegou completamente desprevenida. A coisa mais maravilhosa que podia acontecer.

- Bom dia coisa. – disse ao vê-lo sair do banheiro. Sua cara de sono era perfeitamente visível. Também, a noite de ontem não foi a mais relaxante de todas, mal dormimos.

- Obrigado pela parte em que me toca. – ele disse sorrindo de lado e se jogando na cama. Levantei-me em direção ao banheiro. Estava apenas de roupas íntimas e pantufas de patinho. - Você tinha razão, não preciso mais das meias! - sorri para ele e mandei um beijo no ar.

Saí do banheiro renovada. Ao entrar era uma louca, descabelada, de maquiagem borrada e suada. Ao sair era uma ainda louca, mas cheirosa e relaxada. Me troquei e encontrei Shaoran na sala.

Ele tinha afastado os móveis e aberto um grande espaço para lutar. Sim, lutar. Todas as manhãs (ou praticamente todas, ninguém é de ferro), Shao treina Kung fu, arte marcial chinesa que ele pratica desde a infância. Ele diz que tem algo a ver com os deveres dele de “príncipe”, mas que este dever ele adora.

Ele podia mesmo ter machucado Hiro se quisesse, no dia em que eu fugi. Mas ele jura que se controlou muito. tadinho do meu primo!

A visão de Shaoran suado e sem camisa fazendo inúmeras flexões era algo absurdamente prazeroso de se observar pela manhã. Sorri de lado e me aproximei.

- Levante-se seu gordo. – brinquei. Ele parou as flexões e levantou. – Vamos sair.

- Posso saber pra onde? – ele disse bebendo uma garrafa d’água que tinha na mesinha ao lado.

- Starbucks. A Mei não pode ter exclusividade. – sorri. Ele me deu um leve beijo nos lábios e foi se trocar.

...
 

Domigo é realmente entediante, bem não para mim. Desculpe-me se não é você que tem um namorado perfeito.

Entramos na Starbucks e eu fui logo pegar uma mesa. Shaoran foi fazer os pedidos.

Ele estava demorando muito, na verdade mais de 20 minutos, e não tinha tanta gente assim. Levantei-me da mesa e fui na direção dos caixas. Chegando lá, encontro meu namorado “perfeito” conversando animadamente com uma mulher. Alta, de cabelos longos e castanhos, magra, de sorriso contagiante... Que ódio.

Narrado por Shaoran

Quem diria que um dia eu pudesse imaginar em sentir algo assim, dentro de mim. Um sentimento eruptivo que eu sempre imaginei ser impossível. Aqui estou eu, numa Starbucks, enfrentando uma fila enorme para comprar um simples frapuccino para minha namorada que ontem descobriu minha “identidade secreta”. Aquela velha máscara de Awly finamente tinha caído, e tudo estava indo de um jeito bem melhor do que eu imaginava.

No meio de meu turbilhão de pensamentos e sorrisos espontâneos, meus olhos aleatoriamente se fixaram em algo, ou melhor, em alguém. Uma moça alta, de roupas excêntricas para uma manhã de domingo, com os cabelos castanhos e longos, com pequenos cachos nas pontas, que cobriam seu rosto, virado para baixo, encarando o celular. Seus dedos finos e longos teclavam freneticamente algo que parecia ser uma mensagem de texto. Apesar de não ver o rosto da moça, algo me atraiu nela. Uma lembrança talvez.

A fila andou mais uns centímetros, e eu não tirei os olhos dela, na expectativa que levantasse os olhos do aparelho celular. Alguns instantes puderam ser contados até que um rosto delicado fosse revelado, debaixo das madeixas castanhas. Os longos cílios que contornavam olhos azuis familiares me fizeram entreabrir os lábios de surpresa. Era ela! As bochechas coradas por falso acanhamento não me enganavam! Anne Thompson estava ali.

Virei o rosto bruscamente para o outro lado, não queria que ela me reconhecesse. A ex-namorada e a atual namorada na mesma cafeteria, no mesmo dia. E eu aqui no meio, querendo sumir. Descobri o porquê não gosto de vir á Starbucks. Ela só me traz problemas. Problemas muitos ruins. Problemas tipo Anne.

Andei mais uns milímetros na fila do caixa. Aquela espera estava começando a ficar desesperadora. Queria sair correndo dali o mais rápido possível, antes que a bomba estourasse em meu colo.

Conheci as irmãs Thompson em Columbia, no meu primeiro ano. Diferente de sua irmã um ano mais velha, e certinha, Anne combinava com o meu estilo de calouro. Recém-abandonado pelo amor de sua vida, só queria farra e nenhum compromisso. Ia afogar as mágoas com meu jeito cafajeste de ser. Não demorou muito para que nossos trabalhos da faculdade tivessem notas muito ruins, já que passávamos o tempo destinado á pesquisa do trabalho ocupados com outras coisas, se é que me entendem. Até o final do primeiro semestre eu estava namorando Anne, a inconsequente futura jornalista de atitude e roupas curtas. Tudo estava indo bem, até que ela começou a surtar. Tenho que confessar que nunca nutri algum tipo de sentimento por nenhuma garota depois que conheci Sakura. Tudo comparado ao o que eu sentia por ela era tão banal, que nem podia ser considerado algo real. Então Anne foi mais como, um affair da faculdade, e eu tinha plena certeza que ao terminar o curso, Anne sairia de minha vida.

No entanto, a garota começou a enlouquecer. Já no segundo ano de curso ela se tornou possessiva e insuportável. Era visível que seus sentimentos por mim eram bem maiores que os meus por ela. Tão maiores que uma crise insuportável de ciúmes assolou nosso namoro. Anne implicava com qualquer garota que falasse, olhasse ou até pensasse em mim. Ela sempre estava em todos os lugares, me seguindo, vigiando... Óbvio que não aguentei muito tempo e terminei tudo, antes de começar o terceiro ano. Aquilo era pra ser divertido, prazeroso, e não uma prisão vigiada por uma carcereira ciumenta. Pouco tempo depois do nosso término Anne saiu da faculdade, acredite, ela teve coragem de largar Columbia, afirmando que se eu não estivesse ao seu lado, nada parecia fazer sentido... Uma completa alienada.

Bem, e hoje estamos aqui, juntos novamente, depois de todos estes anos, numa Starbucks em New York. Eu, numa fila interminável, rezando para que a moça a poucos metros de mim, encostada em uma parede e de celular nas mãos, não me reconheça, para economizar uma confusão.

Alguns minutos se passaram e minha vez finalmente chegou, pedi o bendito frapuccino de Sakura e fui para o balcão retirar, no entretanto, a atendente me parou, segurando meu braço.

- Seu nome, por favor. – Ela pediu enquanto segurava o copo e uma caneta permanente. Droga. Como eu iria retirar, teria que dar o meu nome.

- Shaoran... – sussurrei. A moça franziu os olhos.

- Desculpe, pode falar mais alto? – olhei para o lado, Anne estava entretida em seu celular.

- Shaoran... – repeti um pouco mais alto, mas pelo jeito, não o suficiente.

- Senhor, mais alto por favor, o ambiente está muito barulhento. – ela justificou. Perdi a paciência.

- Shaoran! – disse alto o suficiente para que a fila toda escutasse. A moça arregalou os olhos com a minha grosseria, escreveu meu nome de qualquer jeito no copo e chamou o próximo. Revirei os olhos e fui retirar o pedido no balcão. De repente sinto alguém parar do meu lado. Olhei para a pessoa querendo fugir.

- Shaoran Li? – ela disse com um sorriso curioso nos lábios. Que maravilha. - Shaoran? – ela repetiu ao perceber que eu não saía de meu transe. Apenas a encarava procurando uma evasiva boa o suficiente para me tirar dalí.

- Erm... Anne Thompson? Quanto tempo... – disse sem graça. A moça franziu o cenho sorrindo, como se eu tivesse falado algo engraçado. Percebi então que um frapuccino com o meu nome pousou em cima do balcão. Bem na hora. – Então, se me der licença, tenho que ir. Foi bom te rever Anne, erm, tchau. – disse acenando e virando-me bruscamente para o lado oposto. Ela segurou meu braço me impedindo de continuar.

- Não precisa fugir, sou Amanda, e não a louca da minha irmã. – sua voz era suave e descontraída. Virei-me novamente para a moça e não contive em sorrir.

- Amanda? A irmã mais velha de Anne? – confirmei.

- Ei, nem tão mais velha, um ano só. – ela riu. Não pude deixar de acompanhá-la, sorrindo também. Mas isso realmente não era possível. Elas estavam idênticas! Amanda sempre foi gordinha, usava óculos e estava sempre de moletom e tênis. Era muito diferente da irmã, apesar de estarem muito parecidas agora.

- Puxa! - foi o que consegui dizer. Ela então sorriu e me abraçou, cumprimentando-me. – Mas... O que faz aqui? – perguntei ao separar-me do abraço.

- Estou trabalhando na Houston, a agência de modelos, conhece?

- Ah, claro, a concorrente número um da TGZ Models... – ela assentiu. – Desistiu do jornalismo? É modelo agora?

- Bem, sim e não. – ela riu. – Eu trabalho no editorial da Houston, mas faço umas participações como modelo. Paga bem mais sabe. – nós rimos. – E bem, depois que eu, er, consegui entrar em forma, tenho que tirar algum proveito, não acha? – ela disse dando uma volta em torno de si. Ela realmente tinha mudado. Estava mais descontraída, engraçada, interessante...

- Sim, sem dúvidas. Você está linda. – gaguejei. – Que-Quer dizer, não que não fosse linda antes, mas agora, bem, er, está mais linda. – ela sorriu acanhada e então pousou os olhos em algo que estava atrás de mim.

- Linda mesmo, sem a menor sombra de dúvidas. – ouvi uma voz familiar em tom duro e irônico. Amanda olhou para o chão e eu me virei para a direção que ouvira a voz. Pude encarar uma Sakura de braços cruzados e semblante fechado. As esmeraldas faiscando de raiva.

Lembra aquela parte de querer evitar uma confusão desnecessária? Nunca dá certo comigo.



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