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História Revenge Girl - Nunca diga nunca


Escrita por: MandsChan

Notas do Autor


Li sempre esquentadinho! Será que é agora que o Peter toma um soco? hahaha

Capítulo 42 - Nunca diga nunca


- Lá vem... – Peter disse separando-se de mim lentamente.

- Shaoran... – disse indo em sua direção.

- Tudo bem. – ele disse sorrindo fraco. – Eu só vim deixar a bandeja de patês. – deixou a bandeja sobre a bancada e saiu. Fui atrás, claro.

- Shaoran! – ele estava sentando-se em sua cadeira novamente. Aproximei-me e sentei ao seu lado. Ele estava com o semblante sereno, o que me surpreendeu. Estávamos sozinhos, esbarrei com os outros a caminho da cozinha, levando o que sobrou do fondue. – Eu não quero brigar... – ah, como eu odiava dar uma de compreensiva. Não gosto de abaixar a cabeça e correr atrás.

- Nem eu. – ele disse me encarando. Ainda sem a raiva que eu esperava ver em seus olhos. Fiquei confusa.

- Ah. Tudo bem então. – disse baixo.

- Tudo mais do que bem. – ele concluiu. Os outros voltaram e sentaram-se à mesa novamente. Uma conversa se instalou naturalmente.

- Gente, eu acho que vou embora... Já está tarde e eu posso pegar trânsito. – Tomy disse depois de algum tempo de conversa.

- Trânsito? Você mora na porta do outro lado do corredor. – Peter disse confuso. Tomy riu.

- Tá, mas a parte de ir embora era séria, já está tarde mesmo...

- É verdade, vou com você Tomy. – eu disse.

- Eu também. – Mei concordou. Todos começaram a se levantar.

- Ah gente, por favor, vocês moram aqui do lado, podem ficar mais um pouco! – Peter pediu.

- Bem, eu não moro. E realmente está tarde. – Amanda se pronunciou.

- Pode dormir aqui se quiser. – Peter sugeriu sorrindo. Revirei os olhos. Tomy me cutucou.

- Obrigada, mas é melhor eu ir pra casa... Acordo cedo, e meu trabalho é mais perto de lá.

- Tudo bem, deixa pra próxima. – Peter disse conformado.

- Então... Tchau? – disse apressando todos. Agradecemos pelo fondue e saímos juntos da casa de Peter. Amanda, Mei e Hiro foram para o elevador, já que Amanda iria embora, e os dois dormiriam na casa de Mei. Eu e Tomy entramos em casa acompanhadas de nossos respectivos namorados.

- Boa noite! – os quatro gritaram juntos e entrarmos nos quartos.

Comecei e tirar os brincos e pulseiras na penteadeira enquanto Shaoran se jogou em minha cama com o rosto enfiado no colchão. Fui ao banheiro, tirei a maquiagem, coloquei o pijama, e quando voltei, ele estava na mesma posição.

- Shao? – chamei, mas ele não respondeu. – Shao... – chacoalhei seu ombro e ele levantou a cabeça assustado. – Estava dormindo?

- É o que parece. – ele disse com a cara amassada de sono e sentou-se para tirar os sapatos. Deitou-se novamente então, embaixo das cobertas, ainda de roupa. Apaguei a luz e deitei-me ao seu lado.

- Está tudo bem? – disse ao abraçá-lo pelas costas.

- Claro. – ele respondeu rápido.

- É só que... Você está estranho.

- Eu sou estranho. – ele disse num tom que forçava uma risada. Não podia ver seu rosto, mas aposto que não possuía sorriso algum.

- Você não disse nada, sobre o que aconteceu na cozinha do Peter. – disse baixinho. Por que eu puxei aquele assunto de novo mesmo? Sakura, sua anta. Ouvi um suspiro.

- Eu não tenho o que dizer, oras.

- Como assim? Você sempre-

- Exatamente, eu sempre. – ele me cortou. – Vou tentar mudar esse sempre pra nunca.

- Mas o que... – ele então se virou de frente para mim.

- Nunca. Eu nunca mais vou tentar entender o que se passa entre vocês dois. Eu nunca mais vou me aborrecer com isso. Eu nunca mais quero pensar em socá-lo. Eu nunca vou deixar de te amar... Viu? O nunca funciona melhor que o sempre ás vezes. – ele disse num sorriso fraco. Beijou minha testa e então virou de costas para mim novamente. – Boa noite. – não respondi. Apenas abracei-o mais forte e afundei eu rosto em suas costas.

...

- Como assim nunca? – Hiro disse com a boca cheia. Tinha acabado de morder seu enorme e super recheado hambúrguer.

- O papo estranho dele de ter o nunca como novo lema de vida. – disse tomando um gole de suco. Estava na minha hora de almoço, no Burguer King com meu primo, que passou há pouco na agência e me chamou pra “esfriar a cabeça”. Ele percebeu de manhã que eu não estava num bom dia. Claro que ele foi em casa tomar café da manhã, já que como ele mesmo diz, a Mei é pobre e faz ele passar fome. Como se eu acreditasse.

- Ás vezes vai ser até melhor assim... – ele sugeriu.

- Melhor? Desde que eu me entendo por gente a frase feita preferida que qualquer pessoa mais velha ensina é “Nunca diga Nunca”. Como o nunca pode ser melhor? – Shaoran cada vez me confundia mais. E eu, como uma pessoa super bem resolvida internamente, queria socá-lo por isso.

- Não sei Saki, ás vezes ele dizendo que nunca mais quer se importar com você e o Peter pode dar um espaço menor pro ciúmes na relação de vocês. E como todo mundo sabe, ciúme é muito perigoso.

- Mas essencial.

- Você gosta que ele dê esses ataques de ciúmes pelo Peter? – Hiro perguntou intrigado.

- Óbvio que não. – respondi como se a pergunta feita tivesse sido elaborada por um retardado. E bem, foi.

- Então pense nisso como uma evolução da parte de Shaoran. – ele disse dando de ombros.

- Evolução, sei. Até quando?

- Isso eu não sei te responder, mas acho que você devia seguir o exemplo. – arregalei os olhos.

- Como assim?

- Pare de se importar com qualquer rabo de saia que olha pra ele. – tá legal, esse negócio de ouvir “rabo de saia” da boca do meu primo, não é legal. – O cara era o Awly, Saki! Acha mesmo que tem alguma mulher nesse mundo que tem como competir com você?  - mordisquei algumas batatinhas e encarei-o novamente.

- Sinceramente, espero que não. Mas esse negócio de seguir o exemplo de Shaoran... Eu vou ficar devendo. Não sou tão sangue frio quanto pareço. Na verdade meu sangue é quente, até demais.

Algumas semanas se passaram e tudo continuava na mesma. Na mesma mais ou menos, nosso clã de amizades tinha anexado mais uma integrante, Amanda. A garota conquistou a todos com seus olhos azuis e sorriso Colgate. E quando eu digo todos, refiro-me até a Peter. Soube que os dois andaram tendo encontros, mas nada tão sério quanto Hiro e Mei.

Esses dois são literalmente uma piada. O casal briga como cão e gato o dia inteiro, mas não se desgruda. Hiro praticamente não dorme mais em casa, mas jura que o que tem com Mei, não chega perto de ser namoro. Pra terem uma ideia, Hiro não soltou uma indireta se quer quando conheceu Amanda, estamos falando de meu primo mulherengo que não perde a chance de conseguir um sorriso torto pelo menos de uma menina linda. Hiro não disse nada, na verdade não o ouço falar de outra faz tempo... É, acho que finalmente ele está entrando nos eixos.

E quanto á Shaoran... Mostra-se sempre indiferente quanto o assunto é Peter. E eu não sei se choro ou se comemoro em relação á isso.

- Nem acredito que finalmente arrumou um espaço na sua agenda disputada para mim, Thompson. – disse ironizando Amanda em sua primeira visita á redação do NY Times.

- Falou a desocupada! Você sabe que de um jeito ou de outro eu acabaria vindo aqui, qual é, conhecer o NY Times por dentro é o sonho de qualquer jornalista. – ela disse com os olhos brilhando a cada coisa nova que lhe apresentava.

Após um tour pelo edifício todo, sim, ela quis visitar todos os andares, chegamos ao andar da diretoria, ao meu andar.

- Saki, quando eu crescer quero ser igual a você. – ela brincou. Eu ri.

Então uma mulher apressada e debochada passou por nós com o nariz empinado, e os famosos fones de ouvido nas orelhas. Ela segurava várias pastas nos braços e foi em direção aos elevadores sem se quer nos olhar.

- Quem é a figura? – Amanda disse curiosa.

- Halley, uma secretariazinha metida a chefe. Acha que manda em alguma coisa aqui. – disse revirando os olhos. – Mas essa não é a pior parte.

- Qual é?

- Ela é secretária do Shaoran. – bufei.

- Ah sim, então ela tem o maior defeito do mundo. – ela riu. Mas depois ficou pensativa. – Não sei por que, mas tem algo nela que me repele.

- Ah, é a falta de caráter. – constatei.

- Não fui com a cara. – dei de ombros. Então seu celular tocou. Amanda tateou sua bolsa dispersa em pensamentos, mas quando seus olhos encontraram a tela do celular, se arregalaram, seus lábios se entreabriram com certa surpresa. Ela ficou ligeiramente pálida.

- Quem é? – perguntei preocupada. Ela apenas continuou encarando a tela do celular, que ainda tocava. – Mandy? Não vai atender? – ela olhou-me perdida.

- Eu... Eu... Já volto. – disse confusa e correu para dentro de um corredor próximo de nós.

Fiquei preocupada, de verdade, então minha atitude seguinte não foi por curiosidade, e sim preocupação. Tá bom, um pouco de curiosidade, mas o que posso fazer? Ela que me atiçou.

Esperei alguns instantes e segui seus passos na ponta dos pés, para que os saltos não denunciassem que eu a estava seguindo. Encostei as costas na quina da parede do corredor que ela tinha entrado, pus- me a ouvir os sussurros de Amanda.

- Ainda não me respondeu, como conseguiu meu número? – ela cochichava apreensiva. – Claro que tenho o seu, exatamente para não atender. – o silêncio se instalou, ela ouvia atentamente o que a pessoa misteriosa lhe falava do outro lado da linha. – Cale a boca e diga logo o que quer, não quero ficar perdendo meu tempo com você. – mais uma pausa aconteceu. Eu já estava ficando apreensiva. – Me deixa ver se entendi bem. Você quer que eu-

- Sakura? – Claire disse um tanto quanto alto me fazendo dar um pulo de susto. Minha única reação foi pular em cima dela, tapando sua boca com a palma de minha mão. Arrastei-a onde estava com Amanda há pouco. – Shhh. – disse soltando seu rosto.

- Mas o que está acontecendo? – ela disse assustada. Ela endireitava os óculos. Seus lábios estavam avermelhados.

- Nada Claire, nada que eu saiba. – eu disse confusa. – Só não diga que me viu ali para ninguém entendeu?

- Mas Sakura o que você-

- Vou fazer com a papelada do Steve? – pisquei para ela. Vi que Amanda se aproximava novamente. Claire pareceu pegar a deixa. – Não sei, faça você o que quiser, se rasgar, melhor. – soltei um falso sorriso.

- Tudo bem, então, a gente se fala depois. – ela disse me olhando significativamente. Amanda então chegou ao meu lado. Seu semblante ainda parecia carregado.

- Está tudo bem? – ela olhou-me por instantes como se pensando na resposta.

- Sim, claro. Era só... Meu ex-namorado. – ela disse suspirando. Senti que mentia.

- Mas ele...-

- Se não se importa, não queria falar sobre isso Saki. – ela disse sem me olhar nos olhos.

- Tudo bem. Vamos agora? Já está ficando tarde.  – olhei pela janela, a noite já estava chegando. Entramos no elevador. Apesar de bem iluminado, o semblante carregado de Amanda escurecia tudo ao redor. E a identidade verdadeira da pessoa com quem ela acabara de falar no telefone ainda circulava em minha mente como uma dúvida constante.


Notas Finais


Hmmmm quem será? Essa Amanda viu, sei não :x


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