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História Revenge Girl - Uma imagem vale mais que mil palavras


Escrita por: MandsChan

Notas do Autor


Amorecos se preparem para muito drama e tratas por aí! Os próximos capítulos terão muita narrativa, de vários personagens diferentes, pra vocês conseguirem entrar na cabecinha de cada um e entenderem porque cada um age de um jeito!

Espero que gostem =)

Não esqueçam de me contar o que estão achando! :*

Capítulo 44 - Uma imagem vale mais que mil palavras


Narrado por Sakura

Esta manhã nunca demorou tanto para chegar. Acordei apenas abrindo os olhos e encarando o teto. Não mexi um músculo. Apenas estava refletindo sobre o dia que estava por vir.

Eu estava fazendo algo de errado, sabia, mas o quão errada estava? Ele não me veio com aquela história do nunca? Então, acho que no final das contas, nem estou tão errada assim. Mei e Tomy não vão ter toda a razão, não desta vez.

Sentei-me na cama tirando o braço de Mei que estava estirado pela minha barriga. Pisei na ponta dos pés, desviando do corpo de Tomy que adormecia no colchão ao lado de minha cama. Sem o Li eu era sempre a primeira a acordar.

Tomei um banho demorado, queria relaxar o quanto podia, o dia ia ser tenso. Me troquei e percebi que as duas ainda jaziam estiradas nos colchões. Já eram 8:23, melhor acordá-las.

- Mei... Meiling acorda. – eu disse sacodindo de leve o braço da morena. Esta abriu os olhos vagarosamente, sintonizando onde estava. – Acorda a outra morena, vou fazer o café. - estava saindo do quarto quando percebo uma cabeça morena de cabelos emaranhados levantar-se

- Preparada para hoje? – ela disse coçando os olhos.

- Tomy, você não sabe o quanto.

Shaoran Narrando

Cheguei na empresa um pouco mais cedo, na verdade, depois da discussão de ontem, eu e os meninos não nos falamos mais. Preferi sair mais cedo para evitar confusões. Cheguei mais cedo para me distrair. O pressentimento sobre o dia de hoje não estava lá essas coisas.

Narrado por Halley

Estava atrasada, que droga, vou ficar escutando sermão. Não do Shaoran, claro que não. Além de lindo, o cara é só gentilezas comigo. Já aquela coisa descabelada da Sakura... Nem é minha chefe e fica me enchendo a paciência, inferno.

Estava apressada, correndo pela calçada, com um copo de café na mão, até que esbarro em alguém que vinha da direção oposta.

- Ahhhh! – gritei ao derramar todo meu café no chão. Sorte que não sujou minha roupa. E o sujeito continuou correndo, nem pra me ajudar. – Grosso! – berrei para as costas do rapaz que nem se dignou a olhar para trás.

Levantei-me devagar e comecei a me recompor.

- Está tudo bem moça? – o jornaleiro me disse. Percebi que tinha caído na frente de uma banca de jornais.

- Estou sim... Eu- ia terminar de responder, mas algo atrás da cabeça daquele senhor chamou a minha atenção. – Por favor, me passe esta revista. – pedi. Ele tirou-a da estante e entregou em minhas mãos.

- Acabou de chegar. – ele disse. Meus olhos cravaram-se na capa. Aquilo não podia ser mais conveniente. Pelo jeito meu dia vai ser melhor do que imaginava.

- Vou levar. – disse sorrindo triunfante. Nunca agradeci tanto ser derrubada na frente de uma banca de jornais.

Sakura Narrando

- Eu não acredito que eu acordo antes de todo mundo e ainda vou chegar atrasada. – bufei aos estacionar na frente da TGZ Models.

- Ah Sakura, para de reclamar. Eu não sabia que o meu carro ia me deixar na mão logo hoje. – Tomy revirava os olhos, enquanto descia do carro. – Amo vocês. – ela disse um pouco alto, acenando da calçada. Acelerei.

Eu e Mei entramos no prédio do Times às pressas. Assim que cheguei em meu andar apressei-me na direção da minha sala. Eu tinha que ter fechado uma matéria ontem, para ser revisada hoje. Achei que chegando mais cedo resolveria esse problema, mas graças ao carro tralha da Tomy, estou enrolada. Passei por Claire rapidamente, ela estava com um semblante preocupado.

- Bom dia Claire. – ela me olhou apreensiva.

- Sakura, eu acho que você- então a porta de minha sala se escancarou bruscamente e um par de olhos âmbar, duros e frios se fixaram em mim.

- Entra, agora. – ele disse nervoso.

- Mas o que-

- Agora. – ele repetiu dando-me as costas e sumindo da minha vista. Olhei para Claire com o cenho franzido em confusão. Ela apenas me olhou pesarosa e assentiu para que eu acatasse ao “pedido” de Shaoran.

Ele sabe que eu odeio quando me dão as costas.

- O que está acontecendo? Eu posso saber? – disse entrando na sala e fechando a porta. Ele ainda estava de costas para mim e tinha algo em mãos. – Vire-se Li. Sabe que odeio quando me dá as costas.

- E você sabe o que eu odeio? – ele disse virando-se lentamente. – Mentiras. – seus olhos então focalizaram no meus. Encarei o que ele tinha nas mãos. Uma revista Vogue.

- Sobre isso, eu não menti. – ele soltou uma risada de escárnio.

- Muito menos disse a verdade. – revirei os olhos.

- Olha, eu achei que aquela história do nunca...

- CHEGA DESSA PORRA DE HISTÓRIA! Todo mundo fica me cobrando isso, esquece tá legal? Esquece! – ele disse falando alto e chacoalhando a revista em mãos.

- Ah. Os meninos... – concluí.

- Sim, eles, elas. Parece que todo mundo já estava sabendo, menos o corno aqui.  – ele passou as mãos nos cabelos, sempre fazia isso quando estava nervoso, e passou a andar de um lado para o outro da sala.

- Espera aí? Corno? Do que está falando? Quem acha que eu sou? – disse me aproximando exaltando a voz.

- Alguém que NUNCA me fala a verdade. Porra Sakura, vai ser sempre assim? Eu sempre o idiota que faz tudo o que você quer, e você a mentirosa que sempre me machuca.  – aquelas palavras estavam me ferindo como nunca e aposto que ele sabia disto.

- Para, chega! Shaoran são só fotos!

- Só fotos? Jura? Se são somente fotos por que não me contou antes? – ele instigou.

- Eu temia que você reagisse da forma que está reagindo agora. Eu sabia que aquela história do nunca...

- Já falei pra esquecer essa merda.

- Que seja. Eu só não queria causar mais problemas.

- Ah, claro, e você achou que ia me esconder isso até quando? Achou que ninguém ia ver e vir tirar uma com a minha cara? Por que isso já aconteceu, várias vezes hoje. – ele cerrou os punhos amassando a revista.

- Tirando com a sua cara? – ele bufou, se aproximou de mim e praticamente colou a revista no meu rosto.

- Você está vendo isso aqui? Você está praticamente pelada, na capa de uma revista. E ainda por cima com esse filho da puta! – não conseguiu pronunciar seu nome. Não disse o nome de Peter.

Observei a foto pela primeira vez, eu estava abraçada de lado com Peter. Olhava para a câmera de maneira sedutora, vestindo uma minúscula lingerie preta rendada, e um tanto transparente da Victoria’s Secret. A mão de Peter se apossava de minha cintura. Minha mão estava abaixo de seu quadril, meu dedo enrolado no elástico de sua cueca boxer Calvin Klein branca. Seu rosto estava afundado em meu pescoço.

- Eu estou de lingerie, já fiz fotos assim antes. – Shaoran olhou para mim com uma raiva tão grande, uma raiva que eu nunca vira nos seus olhos. O âmbar estava negro.

- Você continua a tratar esse fato como algo banal! Você sabe que não é, está tentando me convencer de algo que nem mesmo você acredita! – as veias de seu pescoço começaram a aparecer, ele estava falando de forma alterada. – Não tem vergonha? Não liga para a sua credibilidade jornalística? Já pensou o que os leitores vão pensar ao te ver desse jeito numa revista?

- Shaoran...

- Eu ainda não acredito que você teve coragem. Se não liga para você devia ao menos ter ligado para mim!

- Era um grande trabalho, uma parceria da Victoria’s Secret com a Calvin Klein, e o cliente me escolheu, dentre outras modelos, ele escolheu a novata... Eu não tinha como recusar.

- Mas podia ter me contado. Pelo menos eu estaria ciente do que estaria por vir. Estaria ciente que qualquer homem do planeta ia ver a minha namorada de uma forma que eu achava que era o único a ver. – ele disse ríspido. Respirei fundo e senti um nó no estômago. Logo ele estaria na garganta e meus olhos começariam a arder. – Além disso, nem preciso falar que esta é só a foto da capa, não é? No meio da revista existem várias páginas dedicadas aos dois pombinhos. – ele ironizava. Folheou a revista vagarosamente para que eu visse foto por foto.

Ambos molhados, dentro de um box de banheiro, Peter me prensava na parede aproximando seu rosto do meu. Enlaçava minha cintura com ambas as mãos, eu apertava suas costas. O ângulo da foto priorizava na imagem a marca de sua boxer.

Peter me abraçava por trás com as mãos em minha barriga. Ele mordia a alça de minha lingerie vermelha. Eu tinha a cabeça jogada para trás e as mãos em sua bunda. Nesta foto, a marca da minha lingerie estava em evidência.

Eu e Peter estávamos lado a lado. Nós dois olhávamos para a câmera. Eu tinha os braços enlaçados em seu pescoço e uma perna esticada na altura de seu abdômen. Ele segurava em baixo de minha coxa para dar sustentação á minha perna.

Dentre outras fotos.

- Eu estou puto da vida. – ele disse pausadamente. Seus punhos cerrados tão fortemente que os nódulos dos dedos estavam esbranquiçados.

- Olha, eu...

- Não tem o que dizer Kinomoto. Você mentiu pra mim, não confiou em mim. E além de tudo eu tenho que ver o cara que eu mais odeio no planeta encostando em você assim. Pode ser encenação, só fotos, que seja. Nada muda o fato dos dois estarem seminus e abraçados desse jeito. – encarei o chão por um momento. Achei que poderia contar isso de forma diferente, talvez de forma que ele me entendesse... Mas ele foi mais rápido e virou o jogo.

- Onde conseguiu esta revista?

- Esbarrei na Hall hoje, quando ela estava chegando, deixou cair no chão. – ele disse ainda encarando as fotos. Arranquei a revista de suas mãos.

- Eu sabia, só podia ter dedo dela. E chega, para de olhar isso.

- Ela não fez nada. Como ia saber que ia esbarrar comigo? Não viaja. – disse franzindo mais o cenho de forma cética. – O que foi? Bateu o arrependimento? – ele debochou.

- Sim. Me arrependi ao pensar que você entenderia. Que me apoiaria. Não podia esperar isso de você.

- Como é que é? Não tente inverter as posições. Não sou eu quem está estampado numa capa de revistas. Ah! Imagine se fosse o contrário. O que você faria?

- Eu não sei, mas com certeza não entraria berrando em sua sala. – disse sarcástica. Ele soltou um riso.

- Mentirosa, de novo. Eu estou bastante controlado, acredite. Se eu estivesse na sua situação, provavelmente já tinha tomado um pé na bunda. Você sabe como é delicada, querida. – ele ironizou.

- Quer saber? Pra mim já chega! Esse assunto não vai chegar a lugar nenhum. Você é uma porta Li! – disse me aproximando e dando um leve empurrão em seus ombros. Ele voltou a se aproximar de mim, quase colando nossos rostos.

- Melhor porta do que corrimão. Você sabe, todo mundo passa a mão. – ele disse colando as pontas de nossos narizes. Jogou a revista no chão e saiu bruscamente da sala.

Desmoronei assim que a porta se bateu. Um choro compulsivo tomou conta de meu corpo, eu soluçava sem parar.

Como eu pude achar que aquilo ia dar certo? Tomy e Mei tinham razão, eu devia ter falado com ele. Como sempre eu era a errada da história. Cansei. Peguei meu celular e liguei para Eriol, ele atendeu no segundo toque.

- Fala marrenta.

- Eu preciso de você. – ele suspirou.

- Não consegue me ligar pra me dar uma notícia boa? – disse percebendo minha voz embargada de choro.

- Vem logo. – insisti.

- Tudo bem, mas não vou ficar muito tempo.

- Vai ser o suficiente eu tenho certeza. – disse de olhos fechados. Lágrimas grossas escorriam por minhas bochechas.

...

Fiquei alguns minutos encarando New York pela janela. A manhã estava fria, e o sol se escondia por entre a neblina. O clima estava nebuloso lá fora e também dentro de meu coração. Gotas grossas de chuva pareciam deslizar pela janela, então percebi que essas gotas provinham de meus olhos.

Ouvi o som do girar da maçaneta e senti certo conforto. Já sabia quem era a visita não anunciada por Claire. Logo pude sentir braços quentes envolverem meus ombros. Virei-me e me joguei no colo de Eriol.

- Eu sabia que isso ia acabar em lagrimas. Dos dois. - levantei meu rosto que a pouco estava enfiado em seu pescoço e encarei seus olhos meigos de preocupação.

- Você falou com ele?

- Tentei. Encontrei com ele lá embaixo, ele estava saindo, mas não me respondeu quando o chamei. Apenas colocou os óculos escuros e saiu.

- Óculos escuros? Nem está sol lá fora. - ele suspirou.

- Você sabe que eles servem para outras coisas além da proteção do sol. Principalmente num dia como este. - engoli seco.

- É sei... – abaixei a cabeça. Senti seus dedos tocarem meu queixo e levantarem meu olhar no seu novamente.

- Você sabe que...

- Cansei de estar errada. – disse cortando-o

- Devia tomar providências então, ao invés de se lamentar. – indignei-me

- Mas eu nunca fico de braços cruzados! Eu fiz exatamente de acordo como o seu “novo conceito”. Ele disse que não iria se importar, então eu simplesmente-

- Sakura! Por favor! Você sabe que essa história jamais teve fundamento! Conhecendo Shaoran como conhece, devia ter contado, devia saber que isso não passou de história da boca pra fora!

- Agora eu tenho que ficar adivinhando as coisas? – soltei-me de seus braços e passei a andar de um lado para o outro da sala. – Ele foi sempre assim complicado?

- Como você. Dois complicados orgulhosos. – ele revirou os olhos.

- Não aguento mais fazê-lo sofrer. – disse sussurrando. – Por anos alimentei uma falsa mágoa, uma coisa sem fundamento. Mas revendo a história, a verdade, quem sai prejudicado sempre é ele... Que inferno Eriol! Que inferno! – disse mais alterada. – Será que um dia não vai nascer sem que eu tenha feito uma burrada que faça mal a quem mais amo? – Eriol virou de costas para mim e passou a observar a janela.

- Você sabe o que Shaoran me disse na época do colégio, assim que te conheceu? – passei as costas das mãos no rosto a fim de limpar as lágrimas.

- Não, o que foi? – perguntei baixo.

- Ele me disse que você não era “o tipo Li”. – soltou uma risada de escárnio. Então virou-se para mim e foi se aproximando a passos lentos.

- Nada novo, eu era uma completa...-

- Jóia. Rodeada de bijouterias. – ele sorriu de lado arrancando-me uma risada.

- Que droga de comparação. – admiti.

- A questão é. Você não precisou mudar para atrair a atenção dele Sakura. Ele é quem mudou, para melhor, quando conheceu você. – ele disse acariciando meu rosto. – Hoje, posso afirmar que ele tem o caráter da Sakura antiga, aquela que não era “o tipo Li”. – comecei a refletir.

- Então... Quer dizer que invertemos os papéis? Agora, eu estou regredindo, estou me tornando aquele Shaoran inconsequente? – Eriol riu.

- Não. Apenas deixou de ser a antiga Sakura por fora, e agora, está esquecendo-a por dentro também. - Eriol trouxe minha cabeça para seu peito e me abraçou. - Por favor, não a deixe ir embora. É a pessoa de quem mais gosto. - não me controlei mais uma vez e as lágrimas rolaram de meus olhos. Grossas, quentes, doloridas.

- Odeio chorar na frente dos outros. - admiti.

- Quando estamos sozinhos isso acontece quase sempre, infelizmente.

- Exatamente, sozinhos. - olhei em seus olhos. - Ninguém me vê nesse estado. Nem as meninas, ou Shaoran, só você.

- Podia me sentir privilegiado, mas não fico feliz, não gosto que chore, de maneira nenhuma. - voltamos ao abraço. Podia passar dias ali, em seu colo... Meu celular então apitou.

- Será que é ele? - disse separando-me rapidamente de Eriol e correndo para minha bolsa, procurando pelo aparelho. Estava com um sorriso nos lábios. Tinha que ser ele. Peguei o celular nas mãos e abri a mensagem, meu sorriso se desfez.

- O que foi? Não é ele? - Eriol disse curioso.

- É... Awly.


Notas Finais


=(


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