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História Revenge Girl - Last chance


Escrita por: MandsChan

Notas do Autor


Primeiramente, ainda sou eu! Só que com outro nome hahaha
O spirit endoidou (ou foi meu pc) e não reconhecia mais login, senha, nada. Ai tive que mudar tudo!

Enfim

Agora entram aqueles capítulos explicativos que eu estava falando! Espero que gostem =)
Não esqueçam de me contar o que estão achando!

Capítulo 45 - Last chance


Narrado por Shaoran

Saí da redação ás pressas, estava me sentindo pesado, sufocado, precisava de ar. Não consegui segurar a ardência nos olhos, preferi colocar os óculos escuros ao sair, tudo o que menos quero é que me peguem chorando. Chorando feito um covarde que não consegue se controlar quando o assunto é Sakura. Eu sou forte. Aguento críticas, imprevistos, brigas, socos, solidão... Mas se qualquer desavença é relacionada a senhorita Kinomoto, tudo se torna pesado demais, complicado demais, dolorido demais.

Parece que estou com o mundo nas costas, parece que nada é remediável ou reversível. Só ela consegue me machucar tanto assim, e eu sei também que é só nela que eu encontro a cura para a minha dor. Não devia ser permitida uma coisa dessas. Isso de depender completamente de alguém para se sentir feliz, completo, vivo. É injusto demais, e sempre causa o sofrimento mais profundo, aquele que parece que nunca vai acabar.

Não é só pelas fotos. Claro que eu fiquei puto da vida quando as vi, nenhum ser humano normal ficaria indiferente ao ver sua namorada apenas de roupas íntimas numa capa de revista, e ainda por cima com Peter a agarrando. Desgraçado. Conseguiu o que queria desde a escola, e isso é muito irritante. Mas o que mais me chateia são os acúmulos. Acúmulos de situações chatas que vem acontecendo entre a gente, nos afastando cada vez mais. Eu a amo e sei que o sentimento é recíproco, eu sinto pelo seu olhar, seu toque, eu sinto que ela gosta de mim, se importa comigo... Mas não sei se isso é o suficiente. Não sei se aguento mais levar tanta pancada, não sei se a mesmice do pedido de desculpas vai remediar. Não sei se vou continuar firme se ela continuar esquecendo sua essência que eu tanto amo, que eu preciso.

Após andar por um tempo de cabeça abaixada, segurando a ardência nos olhos que a cada minuto se agravava, percebi que estava num lugar conhecido. Parece que até mesmo sem querer minhas pernas me levam para meu canto do sofrimento.

A adrenalina descendo pelos meus braços, meu corpo pulsando, sedento em extravasar toda aquela ira. Não tive outra alternativa. Aproximei-me de uma árvore e comecei a socá-la. Despejava naquele tronco velho e seco todos os meus problemas, minhas dores. O kung fu sempre era minha válvula de escape. A única coisa que pertencia as insuportáveis tradições de minha família, que eu gostava.

Minhas pernas logo estavam chutando o tronco e com agilidade fui deferindo inúmeros golpes na pobre árvore. Quem passasse ali me acharia maluco: um homem engravatado lutando com uma árvore em pleno Central Park?

- Xiaolang! – ouvi ela me chamar em tom de preocupação. Parei de golpear a árvore ofegante. Arrumei os óculos escuros e dei um pigarro. Minha voz devia estar embargada.

- Oi – disse baixo. 

- Eu sabia que ia te encontrar aqui. – ela disse sorrindo fraco. Abri e fechei minhas mãos com dificuldade, meus dedos estavam ardendo.

- Como você-

- Você demorou pra voltar, e Halley estava feliz de mais... Boa coisa não podia ser. – revirei os olhos. Mas ela não viu claro, os óculos escondiam. – Fui na portaria e me disseram que Eriol tinha chegado e você tinha saído. Liguei um mais um e bem, estou aqui.

- Eriol?

- Jura? Achou que ela ia chorar com quem? Comigo? – ela bufou. – Não conhece a namorada que tem. – abaixei a cabeça.

- Não conheço mesmo. – disse com dificuldade, como se estivesse sendo estrangulado. Ela levantou minha cabeça com a ponta dos dedos e tirou meu óculos. - Meiling! – resmunguei virando o rosto.

- Olha pra mim. – sua voz era doce. Voltei a encará-la, meus olhos deviam estar completamente inchados e vermelhos. Mas as lágrimas ainda estavam contidas, doloridas, mas contidas. – Acalme-se. – ela disse respirando fundo. Imitei-a, e quando o ar saiu de meus pulmões desconcentrei-me, e senti algo quente escorrer por minha bochecha. Merda. Mei segurou a manga do casaco com as mãos e passou-a sobre minha bochecha, delicadamente, secando a lágrima. – Não se preocupe, o casaco é grande, pode aguentar as outras que você está segurando. – apertei os olhos com força e me joguei em seus braços finos. Seu corpo quente me aconchegava enquanto minhas bochechas eram inundadas de tristeza.

- Eu não queria...-

- Shhh. – ela disse em meus ouvidos. – Põe tudo pra fora e depois a gente conversa.

- Eu odeio me sentir fraco. – a morena bufou.

- Você não é fraco, é humano. E humanos ficam tristes, choram, se descabelam, amam...

- Dispensaria essas partes sem problemas. – disse com o olhar vazio.

- Até a última? – refleti.

- Ela é que está causando tudo isso... – Mei se separou de mim agarrou meu rosto com as duas mãos, olhando-me profundamente.

- Mas isso nunca vai mudar, amar é assim, dói, faz sofrer... Mas vale a pena. E você sabe bem disso.

- Estou começando a esquecer. – Mei bufou.

- Li Xiaolang, para. Eu sei que está chateado com as fotos, mas-

- Fotos? – ri – Sim, elas me deixaram furioso, mas não chateado, triste. A Sakura fez isso. Na verdade ela faz isso, a cada semana que passa alguma coisa acontece, ela provoca alguma situação entre nós que me magoa, me desfalece por dentro. Eu estou a tempos engolindo os sapos que ela solta... Essas fotos foram só a gota d’água. Chega Mei, não aguento mais ser o romântico da história!

- Mas Xiao...

- Eu tenho que começar a entender que ela nunca mais vai voltar a ser a Sakura por quem me apaixonei. Aquela tímida do colegial, de cabelos curtinhos e bochechas coradas. Eu tenho que parar de cobrar isso dela, eu sei que sim, mas Mei... Poxa, é tão difícil, eu, eu... - abaixei a cabeça.

- Você não tem que pensar assim. A Sakura cresceu, todos crescem, amadurecem, mudam...

- Mas Mei! Não acha que a mudança dela foi radical demais? Eu sei que não a conhecia antes, mas, posso te afirmar, ela era absolutamente o oposto do que mostra hoje. No início, eu pensava que ela só tinha mudado por fora... Mas agora... Tenho minhas dúvidas. – estar colocando tudo para fora estava ajudando, amenizando as marteladas que sentia no peito.

- Preste atenção. Você não pode desistir assim. Não sei o que conversaram hoje, mas tenho certeza que não foi o bastante.

- E quando será o bastante? Quando sairmos no tapa? – ironizei.

- Não, quando estiverem aos beijos. – estremeci apenas de lembrar desta possibilidade. Um desejo louco de tê-la nos braços tomou conta de meu corpo. Mas que merda estava acontecendo? Há segundos estava soltando fogo pelas ventas e agora já queria trocar um beijo apaixonado?

- Eu só acho que tentei demais, me esforcei demais... Acho que agora devia ser a vez dela. Quando o peso fica sobrecarregado, o cansaço é inevitável.

Minha prima suspirou e pensou um pouco antes de responder, em parte, sabia que ela também concordava comigo.

- Olha... Eu te entendo. – ela disse compassiva. – Você está chateado, ela pisou na bola... De novo... Tudo parece estar ruim demais, dolorido demais... Mas, eu não posso fazer nada. – olhei-a confuso – Só posso te aconselhar a dar o último suspiro, a última chance à Sakura.

- Mei, eu...-

- Ligue para ela, peça para conversar de novo, sem gritos ou acusações, uma conversa normal, de gente civilizada. – ela afirmou. Revirei os olhos.

- Não existe essa de “gente civilizada” entre Sakura e eu.

- Eu sei, mas tenta, por favor, por mim. Eu te peço, corra atrás dela pela última vez. Da próxima vez eu falo com ela e...-

- Não. Não haverá uma próxima vez. – ela franziu o cenho.

- Como assim?

- Como você disse, esse é meu último suspiro, a última chance. Não quero me machucar de novo. – disse sem encará-la, digitando freneticamente em meu celular.

- Então quer dizer que... – Mei disse devagar, compreendendo meu ponto.

- Sim. Se isso se repetir, eu desisto, permanentemente. – disse voltando a encará-la e apertando a tecla enviar. Meu último suspiro foi mandado, por alguém que para mim estava esquecido. Awly estava dando à Sakura sua última chance.


Notas Finais


Melhor se comportar Sakura!


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