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História Revenge Girl - Repita


Escrita por: MandsChan

Notas do Autor


Oi oi amorecos!
Será que a loucura da Sakura deu certo?
Não esqueçam de me contar o que estão achando!

Capítulo 53 - Repita


Acordei sentindo um peso na minha barriga. Abri os olhos e vi o braço de Shaoran estirado sobre ela. Levantei-me devagar e senti uma pontada nas costas. Isso é que dá dormir no sofá.

Depois da minha peripécia da noite passada, comemos e bebemos um pouco e logo fomos dormir (assim que os berros de Mei e Hiro cessaram de dentro do meu quarto). Não tinha graça se divertir em grupo sem os encrenqueiros um e dois.

Tomoyo não teve dó nem piedade e não ofereceu sua cama macia e quentinha para eu dormir. Eu. A recém hospitalizada! “Você que se vire com as consequências das suas maluquices!”, ela disse. Eu mereço.

Meu namorado, muito fofo, juntou os dois sofás da sala para dormirmos juntos, enquanto a japonesinha invocada e Eriol dormiram no quarto. Shaoran perguntou se eu não queria ir dormir na sua casa, mas eu não podia. Tinha que ser eu a abrir a porta pela manhã. E é isso que vou fazer agora.

Desvencilhei-me facilmente do abraço de Shaoran e levantei do sofá. Dei uma passada rápida no lavabo da sala para checar meu curativo. No lugar, sem sangue, ok. Peguei a chave da porta em cima da mesinha de centro e fui rumo a porta de meu quarto. O que aconteceria se eu abrisse? Será que ia parar no hospital de novo? Poxa, fiz tudo com a melhor das intenções.

Coloquei a chave na fechadura e destranquei a porta. Girei a maçaneta devagar e o horror passou pelos meus olhos.

Meu quarto estava uma zona!

Minhas roupas estavam espalhadas pelo chão, os puffs e cadeiras derrubados, minha penteadeira não tinha nada em cima, já que todos os objetos jaziam no chão.

Na minha cama, os dois pombinhos dormiam abraçados embaixo dos meus lençóis amarrotados. Aproximei-me devagar inclinando minha cabeça sobre o corpo de Hiro. Tudo estava num silêncio absoluto, quando de repente...

- AHHHHHHHH – meu primo gritou agarrando-me pela cintura e me jogando no meio dos dois.

Meiling que também fingia estar dormindo começou a fazer cócegas em mim, assim como meu primo. Eu me debatia e gargalhava tão alto que poderia acordar o prédio todo.

- Ah... Pa-pare-rem! – eu pedia.

- Isso é por ter nos trancado aqui sem a nossa autorização! – Hiro disse pulando em cima de mim jogando todo o peso de seu corpo. – Montinho! – gritou e senti mais um peso sobre mim, era Mei. Eu ria ao mesmo tempo em que o ar faltava em meus pulmões. - Gostou da nova decoração? A festa foi boa ontem! - os dois riam descontrolados enquanto eu tentava acompanhar, mas estava realmente ficando sem ar. 

- Ei, ei, ei, saiam de cima dela! – ouvi a voz de Shaoran entrar no quarto. Rapidamente os dois saíram de cima de mim e consegui respirar de novo. O chinês me ergueu pelos braços e logo estava de pé ao seu lado. – Vocês estão malucos? Olha o que fizeram com ela! – Shao disse um pouco preocupado e os dois pararam de rir ao olhar para meu rosto.

Não estava entendendo nada até sentir um líquido quente escorrer pela minha sobrancelha.

Sangue.

...

- Repete. – Eriol dizia pela milésima vez.

- Mas eu já falei mais de cinco vezes! – Hiro reclamou.

- Diga mais uma pra ver se entra na sua cabeça oca. – o médico retrucou firme. Meu primo revirou os olhos.

- A paciente Sakura Kinomoto não está autorizada a sofrer nenhuma emoção forte ou movimentos bruscos pelos próximos dias. Cócegas, tapas, empurrões e “montinhos” estão absolutamente fora de questão. – Hiro repetia em uma voz monótona de atendente de telemarketing. Eu ria, assim como fiz todas as vezes em que ouvi este textinho.

- Entendeu agora Kinomoto? Ou quer que eu desenhe? – Eriol falou abusando de ironia. Hiro apenas assentiu bravo e enfiou um pedaço enorme de panqueca na boca.

Desde que fui resgatada daqueles dois malucos, Shaoran acordou Eriol aos berros como se eu estivesse morrendo, mas na verdade era só mais um sangramento no curativo. Meu médico particular refez o curativo calmamente e logo foi dar um belo sermão nos dois desmiolados que estavam VIOLANDO meu estado delicado. Sou uma drama queen, eu sei.

Mas pelo menos deu tudo certo. Hiro e Mei não se desgrudaram desde que acordaram. Sempre se tocando, trocando beijos e carinhos. Assumiram o namoro, finalmente, somos três casais de amigos.

- Sexta-feira, 23 de novembro, sol o dia todo, máxima de 26 graus.  Quem topa um piquenique? – Tomoyo sugeriu animada lendo a previsão do tempo no celular. Arregalei os olhos.

- Repete o que disse aí. – pedi assustada.

- Sol o dia todo, máxima de 26 graus...

- Não Tomoyo, a data! – comecei a me desesperar. Todos me olhavam confusos.

- Hum... 23 de novembro? – não acredito.

- Shit! – falei alto. – Não acredito que eu esqueci! Ele me disse há dois dias e eu já esqueci! Ele vai me matar, não, vai me matar quando me ver com essa cabeça quebrada! Oh meu Deus, o que eu faço? – comecei a tagarelar sem parar. Shaoran tocou meu ombro de leve, chamando minha atenção.

- Sakura, começa a fazer sentido, por favor. – respirei fundo.

- Quando eu tava no hospital, Touya me ligou porque Hiro fez o favor de dedurar que eu tinha sofrido um acidente. – revirei os olhos. – Mas ele aproveitou pra convidar a mim e a todos pra festa de aniversário dele, lá em Washington, na sexta-feira.

- Que sexta-feira? – Mei perguntou.

- Hoje. – gemi derrotada fechando meus olhos. – Ai ai ai, ele vai me matar.

- Te matar? Ele vai ME matar se te ver com essa parafernalha na cabeça. Vai sacar na hora que eu menti! – Hiro se deseperava. – Nós não vamos!

- Nós temos que ir! – eu retruquei.

- Sem chance! – meu primo rebateu.

- Calem a boca! – Eriol vociferou. – Enquanto vocês discutiam, já procurei pelo voo mais próximo. Sai em duas horas. – olhei agradecida para meu médico super eficiente e me levantei da mesa.

- Vamos nos arrumar! Temos uma festa pra ir! – disse aliviada. Saí da cozinha rumo ao que restou do meu quarto depois da festinha daqueles dois. Shaoran logo me alcançou.

- Ei. Espera. – virei-me para ele. – A minha presença é estritamente necessária? – pude perceber um tom nervoso em sua voz. Seu olhar estava apreensivo. Será que ele estava... Com medo de Touya?

- Hey, calma. – o abracei. – O que acha de termos aquela conversa pendente durante o caminho? – ele separou-se do abraço rapidamente.

- Que conversa? A China, Japão, Paris?

- A China, Japão, Paris. – confirmei. – Prometi, vou cumprir. – sorri. Shaoran ainda parecia inquieto.

- Você ainda não me respondeu... Minha presença é realmente necessária? – revirei os olhos.

- Eu estava tentando ser legal e te distrair do óbvio, mas se quiser, posso usar as exatas palavras que meu irmão usou.

- E quais foram?

- “É melhor aquele moleque aparecer, ou eu vou tirar ele da toca em que se esconde com as minhas próprias mãos”. – disse forçando a voz masculina de meu irmão, na tentativa de ser engraçada. Mas acho que não funcionou muito, já que meu namorado estava pálido feito um papel na minha frente. Estalei os dedos na frente de seus olhos e só assim consegui despertá-lo de devaneios profundos.

 - Seu irmão dirige? O que acha deu dar um carro de presente?

Hoje o dia vai sem longo...



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