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História Revenge Girl - La Vengeance


Escrita por: MandsChan

Notas do Autor


O passado de Sakura começa a ser revelado o/
Não esqueçam de me contar o que estão achando!

Capítulo 58 - La Vengeance


Sakura Narrando

Não, eu não estou morta. Não fui assassinada, esfolada, ou coisa do tipo. Estou vivinha da Silva, e graças aos céus, tô a caminho de casa.

“Senhores passageiros, por favor afivelem os cintos. Iremos decolar dentro de instantes.”

Observava a lua cheia pela janela. O céu aqui em Washington é sempre tão limpo, tão diferente de New York. Ao olhar para cima, não pude deixar de notar as bordas de meu curativo recém-colocado.

Meu irmão não conseguiu abrir a porta do quarto naquele momento SUPER inoportuno, mas é claro que o drama não ia largar do meu pé. Quando Eriol disse “a paciente precisa de repouso”, não foi tão claro quanto ao sexo. Como eu ia saber que não podia fazer isso também? Qual é, esse machucado já está me dando nos nervos!

Resumindo: sangue para todos os lados. Eu tentava me vestir, sem sujar minha roupa (sem muito sucesso), enquanto tentava me acalmar e claro, acalmar Shaoran que corria de um lado para o outro do quarto ao invés de se vestir e resolver o problema.

Chegamos a tempo do parabéns, na verdade eu interrompi o ínicio de tudo, já que assim que meu irmão me viu, já foi pra cima de Shaoran querendo saber o que diabos ele tinha feito comigo. Confusão geral. Por sorte, Eriol precavido como sempre, tinha um kit de primeiros socorros e trocou meu curativo. Óbvio que implorei pra ele inventar alguma desculpa pra todo mundo, culpar o calor, ou qualquer outra coisa para a origem do meu sangramento, menos a verdade, que eu acabei confessando para o meu melhor amigo.

O bolo foi cortado, as fotos foram tiradas e por incrével que pareça, por mais louco que o meu dia possa ter sido, eu me diverti. E pude ver nos olhos do meu irmão, que do jeito dele, ele também estava feliz. A pior parte foi me despedir de todos. Desde que estava “recuperando minha essência”, como Shaoran gosta de dizer, estou me sentindo mais ligada na minha família novamente, e a falta que eu sentia deles era cada vez maior.

- Terra para Sakura. - Shaoran disse tocando meu ombro e me fazendo virar de encontro aos seus olhos. - Tá tudo bem? - suspirei e espremi os lábios num sorriso singelo.

- Estava só… Organizando meus pensamentos. - ele então se aproximou com um olhar malicioso.

- E será que nessa organização toda, conseguiu dar um espaço pra uma história pendente? - sugeriu maroto. Revirei os olhos.

- Já vi que não vou ter paz enquanto não te contar, certo? - ele assentiu com a cabeça. - Só não esquece que depois vai ser a sua vez. Quero saber tudo, inclusive sobre aquela ligação que recebeu hoje mais cedo. - Shao suspirou pesadamente.

- Eu preciso te deixar a par de tudo o mais rápido possível. - engoli seco. O que será que poderia ser tão sério sobre a família Li afinal?

- Bom, vamos começar os trabalhos. - disse revirando a minha bolsa que estava no chão. Rapidamente tirei de lá um livro grosso, com a capa de couro negro.

- Será possível que você tem um diário pra tudo? - Shao brincou, pegando o livro de minhas mãos.

- Fazer o que, peguei a mania da minha mãe! - falei dando uma risada espontânea. - Presta bastante atenção. Você leu o diário da Sakura criança, fofinha. Nesse daí as coisas são um tanto diferentes. - ele assentiu sério e abriu a capa.

Já era, não tinha como voltar atrás.

Flashback on

Hoje é o primeiro dia do resto da minha vida.

 

Frase feita, mas perfeita para minha atual situação. Tia Jinko realmente sabe o que diz. Não entendo como meu pai renega tanto a irmã, mal mantém contato. Por que ela é inteligente o suficiente para entender e apreciar as prioridades na vida? Porque ela se coloca em primeiro lugar para ela mesma e prioriza o seu bem estar a frente dos outros? Esperta é ela. Mas se tudo caminhar como o esperado, logo serei a sua versão 2.0, vinte anos mais jovem.

 

Resolvi começar este diário como um novo capítulo da nova etapa que a minha vida está tomando. Após ficar uma semana, isso mesmo, sete dias trancada em meu mais novo quarto na casa de tia Jinko, no sul de Paris, a sessão detox finalmente acabou.

 

Ela me disse que era preciso chorar todas as minha mágoas, extravasar todos os sentimentos que eu tinha, sendo eles bons ou maus. Gritei, quebrei móveis, joguei meu corpo contra a parede, arranquei os cabelos, bati em meu rosto… Mal comi nesta semana, apesar dela sempre trazer minhas refeições nos horários corretos até meu quarto.

 

Mas agora tudo acabou. Como prometido, depois dessa terapia de choque, sinto-me renovada. Troquei todos os sentimentos potencialmente nocivos: amor, afeto, carinho, cuidado… Por um grande vazio. Ah, e uma pitadinha de rancor.

 

Como saí do quarto hoje, tive acesso ao telefone da casa. Tia Jinko me disse que meu pai liga todos os dias, ele quer vir pra cá me buscar a todo custo. Lembro-me das exatas palavras que trocamos na ligação de mais cedo:

 

- Sakura, volte já para casa! Todos estão preocupados, Tomoyo está em prantos e Touya está tendo um ataque de fúria!

 

- Pai, eu não vou voltar, não até meu treinamento estar completo.

 

- Treinamento? Do que está falando? Sakura, não dê ouvidos a Jinko! Eu deveria ter te impedido de sair de casa naquele estado!

 

- Pai, eu já tenho 18 anos, você não pode ter qualquer controle sobre as minhas ações. Se há uma semana eu cheguei em prantos em casa, fiz minhas malas, peguei meus documentos e embarquei pra Paris foi por um motivo. Tia Jinko sempre que me via, dizia que eu tinha que mudar meu jeito, se não a vida ia me dar uma volta. E parece que deu mesmo.

 

- Minha flor, me escute. Você acaba de concluir o colégio, precisa pensar no seu futuro. Não tinha passado para a Universidade de Washington? Volte para casa querida, volte para nós.

 

- Pode deixar que não vou descuidar dos meus estudos. Eu vou começar a faculdade aqui em Paris. Diga a todos que se acalmem, que eu estou bem e voltarei ainda melhor.

 

Como deixei meu celular nos Estados Unidos, eles não tinham como falar comigo, a não ser que ligassem para a casa de tia Jinko. Melhor assim.

A sensação de ver o fogo consumindo objetos é tão empoderadora! Jin e eu (sim, agora a chamo apenas de Jin) fizemos uma grande fogueira no jardim hoje à tarde. Lá se foram todas as poucas peças de roupa que consegui trazer, incluindo acessórios e sapatos, e várias páginas suas que acidentalmente preenchi com algum tipo de sentimento nocivo.

 

Desculpe o desfalque, parece que perdeu alguns capítulos da minha jornada até agora. Resumindo: consegui me inscrever na Universidade de Paris, em jornalismo. A língua não é um desafio, não falei nada antes mas falo muitas línguas, inclusive o francês. O grande desafio está sendo me manter nos trilhos. Felizmente, a cada dia que passa ganho mais motivações para continuar na construção da minha nova personalidade: elas se chamam Chanel e Louis Vuitton. A cada acerto, cada atitude fria e egoísta, uma peça nova. Ontem ganhei um par de botas maravilhosas por me sair bem em meu último encontro. É claro que bem quer dizer ser bancada e aproveitar ao máximo sem nenhum sentimento envolvido. Ponto para mim!

Os meses passam rápido por aqui. Mal percebi que já estou no segundo período da faculdade, ou seja, há quase um ano que estou seguindo minha nova vida.

 

Ontem saí com Jin para um pub no centro da cidade. Apesar de francês, o lugar realmente remetia à Inglaterra, principalmente no tipo de homens que frequentavam o local. Assim que chegamos, Jin já foi puxada de lado por um moreno lindíssimo, tenho que admitir que minha tia não fica atrás, é tão linda e jovial que muitos pensam que somos irmãs.

 

Passei meus olhos rapidamente pelo local e avistei um rapaz loiro de cabelos curtos e lisos sentado sozinho no balcão. Minha próxima vítima. Passei as mãos pelos meus cabelos agora longos, devido ao aplique e me pus a caminhar na direção do rapaz. (Jin foi bem enérgica quanto ao meu corte de cabelo: “Enquanto não cresce, faça um aplique o mais rápido possível. Este cabelo de menininha indefesa já era.”)

 

Sentei-me ao lado dele e  passamos a conversar. Eu o provocava a todo momento, dando a entender onde queria chegar com todo aquele papo e não demorou muito para puxá-lo pela gola da camisa antes de devorar seus lábios.

 

- Você é muito lento.

 

Foi exatamente o que disse antes de atacá-lo. Quando dei por mim, já estava sendo conduzida para os fundos do pub, para o banheiro mais precisamente. Devo acrescentar que ele não foi de todo mal, pode entrar para as top 10? Não, melhor top 15. isso, Top 15 transas. Mas ele devia sentir-se privilegiado, afinal apenas 15, de tantos, entraram pra minha listinha especial.

 

Claro que depois do sexo vem toda aquela melação de “me dá seu número, vamos sair depois”. Apenas reviro os olhos, me visto e vou embora. Ele, como homem, já me deu tudo o que eu poderia querer. Afinal, o que mais ele poderia me oferecer? Amanhã conheço outro, um novo corpo, novas sensações. Não há nada melhor.

Onze meses e vinte dias. Esta é a minha atual idade, sou uma jovem de onze meses, muito prazer.

 

Minha vida mudou totalmente. Hoje me sinto segura, blindada contra qualquer sentimento que um dia possa me afligir e apesar de ter bloqueado este nome por toda a minha permanência em Paris, agora que minha estadia estava chegando ao fim, que meu curso intensivo estava terminado, o nome daquele desgraçado pulsava em meus neurônios a cada segundo. Me aguarde Shaoran Li, me aguarde que eu estou voltando.


Notas Finais


UI


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