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História Revenge Girl - Surpresas no Templo


Escrita por: MandsChan

Notas do Autor


Meus chuchuzinhos! Acho que essa semana vai hein?!
Estou me organizando pra postar mais nos próximos dias e não demorar tanto entre um post e outro!
Enfim
Espero que gostem!
E não esqueçam de me contar o que estão achando =) #FORAJIANG

Capítulo 67 - Surpresas no Templo


Desespero.

Era exatamente o que eu estava sentindo.

Quem ela pensa que é para se auto intitular “Senhora Li”?

- Shaoran... Mas o que significa... – sussurrei perto de seu rosto, enquanto mantinha os olhos vidrados em Jiang, que sustentava um sorriso amigável e simpático no rosto.

Já a odeio.

- Um minuto. E prometo que lhe explico tudo. – ele respondeu também baixo. Olhei rapidamente para seu rosto e percebi que ele estava sério demais. Um pouco incomodado até.

Então ele se distanciou de mim e começou a caminhar na direção daquela mulher. Mas o que ele ia fazer?

Shaoran disse alguma coisa em mandarim e rapidamente Jiang respondeu sorrindo abaixando a cabeça em respeito. Ela então se agachou no chão e pegou a mão direita de Shaoran. Fechou os olhos e encostou levemente os lábios nas costas da mão dele, como sinal claro de respeito e reverência. Shao retirou a mão, acenou brevemente com a cabeça e voltou para perto de mim.

- Vamos sair daqui, até porque você não vai entender nada do que vai ser dito, eles vão conversar em mandarim. – ele advertiu me puxando pelas mãos.

Caminhamos em silêncio por algum período de tempo. A brisa refrescante e o cheiro de flores me fizeram enfim perceber que tínhamos chegado até o enorme jardim da mansão.

- Acho que agora estamos num lugar mais calmo para conversarmos. – ele disse segurando as minhas mãos.

- Por favor... Não me diz que vai ter que casar com aquela mulher! – soltei um pouco alto, já um pouco nervosa depois de tanto matutar milhares de possibilidades com aquela simples frase: “Futura Senhora Li”.

- Não! Não. Calma, não vou ter que me casar de fato com ela, mas o que a gente vai fazer, bem, pelos olhos do Clã também é uma união eterna.

União eterna.

Para todo o sempre Jiang estaria entre nós. Ela vai dormir com o meu namorado. Ter um filho dele. Estar ligada a ele certamente pelo resto da vida... E eu aqui, assistindo a tudo isso, por livre e espontânea vontade!

- O que você quer dizer com isso? – ele molhou os lábios vagarosamente. Parecia estar pensando muito nas palavras que iria escolher.

- O melhor dos mundos para o Clã é sempre unir duas pessoas daqui de dentro. Como o meu casamento com Meiling, por exemplo, porque apesar de ser muito crítico e criterioso, o Clã é muito protetor. Quem entra sempre será protegido de qualquer problema, por isso eles preferem manter tudo em família.

- E para entrar. Não necessariamente precisa casar, é isso?

- Exatamente. – ele assentiu. – O que eu e Hao estamos prestes a fazer é dar à família o seu herdeiro. Você deve ter percebido o machismo aqui presente, mas mesmo se nós tivermos uma filha, ela será a líder, até que um filho homem nasça e tome o seu posto.

Confesso que ouvir com todas as letras da boca de Shaoran que ele e Jiang realmente teriam um filho... Fazia toda aquela situação maluca parecer se tornar real.

- E gerar um herdeiro é um tipo de casamento. – concluí.

- Sim. Um casamento comigo, já que mesmo que eu não escolha viver o resto da minha vida ao lado de Hao, vou viver para sempre com o herdeiro que ela também terá posse.-  fechei lentamente meus olhos e senti a brisa tocar minha bochecha.

- Como a chamaram tão rápido? Digo... Acabamos de contar a verdade.

- Pelo o que a minha mãe falou, nunca desfez o compromisso com a família Hao. Preferiu mantê-lo caso você negasse a proposta, e bem...

- Eu neguei. – concluí. Shaoran puxou meu rosto para perto de si com ambas as mãos, obrigando-me a encará-lo.

- Minha flor, não pense em nenhum momento que isso vai mudar algo entre nós. Eu te amo, você, somente você, mais do que tudo.

Mais do que tudo...

Mas isso não muda o fato de que vai transar com outra mulher. Ter um filho com ela. Me dar uma concorrente natural. E se no futuro tivermos filhos? Vou comparar o meu filho, ao dela? E se nos casarmos? Vai ser “Shaoran e suas duas mulheres”.

Por que isso está me incomodando tanto agora? Eu já não sabia de tudo isso quando decidi negar seu pedido?

Mas que inferno!

- O que... Ela está fazendo lá dentro? – perguntei tentando calar a tormenta que se instalava em minha mente e acabei por esquecer de responder as palavras doces que Shaoran tinha acabado de me dizer. Ele pareceu sentir falta de um “eu te amo”, já que seu semblante ficou triste por alguns segundos.

- Depois que me conheceu e jurou fidelidade e honra com aquele gesto de beijar minha mão, ela está sendo recebida pela minha família num ritual tradicional de casamento. – arregalei os olhos. – Isso nunca aconteceu antes, um herdeiro ser gerado por alguém que não será a esposa, então não existe um ritual específico para isso, por isso estão usando algum ritual de casamento. Não sei ao certo, nunca liguei pra essas coisas. – deu de ombros e tirou suas mãos de meu rosto, colocando-as no bolso. Ele começou a caminhar.

- Shaoran, espera! – disse acompanhando-o. Seus olhos encontraram os meus.  – Eu sei que isso tudo.. Está sendo tão difícil para você como pra mim. Mas... Muito obrigada. – disse e abaixei meu corpo numa reverência japonesa de gratidão. Há quanto tempo não fazia isso?

- Mas o que está... – ele disse tocando meu ombro. Levantei-me novamente.

- Você está sendo pressionado por todos os lados, em alguns dias vai ter que fazer algo que não quer e que vai mudar sua vida pra sempre, e mesmo assim se mantém firme, apto a me explicar tudo com calma e me fazer sentir o melhor possível. – acariciei sua bochecha levemente com as costas da minha mão direita. – Você é incrível. – sorri e rapidamente puxei-o para um beijo urgente.

Seus braços envolveram minha cintura me puxando para mais perto, como se pudéssemos nos unir em um só.

Desde que tivemos a bendita conversa e Shao fingia que tudo estava bem entre nós, desde então, não tinha sido beijada com tanto carinho como agora. Enquanto seus lábios deslizavam suavemente sobre os meus, eu senti o calor do seu amor, carinho, cuidado, emanar da sua pele.

Shao apartou o beijo com um sorrisinho irônico no rosto e eu tinha certeza que estava com a cara da maior tonta do século.

- Por que parou? – perguntei ainda aérea.

- Não gosto de plateia. – ele riu de lado. Então pegou minha mão e nos viramos de volta à mansão. Ao fazer isso entendi a PLATÉIA que Shaoran estava falando.

Todos olhavam para nós.

Não sei de onde saiu tanta gente, mas diversos olhinhos apertados tinham parado seus afazeres para encararem curiosos dois namorados se beijando. De onde eles vieram não existe beijo não?

- Mas por que essa gente toda tá aqui?  - disse sentindo minhas bochechas esquentarem.

- Não é todo dia que o príncipe é visto aos beijos no jardim. – ele respondeu com humor.

Príncipe.

Ai ai ai!

Onde é que eu fui me meter?

...

Dias depois

- AI! – reclamei pela milésima vez ao sentir a ponta do alfinete contra a minha pele.

- Eu já não falei pra você ficar quieta? – Tomoyo ralhava novamente.

- Por que tá demorando tanto? Você fez tudo tão rápido na Mei!

- Isso porque ela não ficou se remexendo! – revirei os olhos. – Eu sei que está com a cabeça cheia, querida, mas por favor... NÃO FERRA COM A MINHA OBRA PRIMA.

- Desde que chegou só sabe falar desse vestido Tomy! – ela então segurou mais um pedaço do pano verde delicado e colocou outro alfinete.

- Mas é claro! Você não entende? É a noite de Natal na China! Você é a namorada do príncipe, tem que estar a mais deslumbrante de todas! – suspirei.

- Mas eu... Não sou a estrela da noite. – disse cabisbaixa, referindo-me a grande apresentação festiva que Jiang iria ter na festa. Tomy tocou meu braço com delicadeza.

- Sakura, você sempre é a estrela, não importa onde esteja. – não contive um sorriso, que logo se desfez ao olhar pela janela e avistar Jiang Hao passear no pátio florido.

Por todos os dias que estive aqui, trocamos poucas palavras, por razões óbvias, mas todas as vezes que falava com ela, ou a via, ela sempre tinha um grande sorriso no rosto. Sempre muito educada e humilde, se mostrou prestativa com todos. E seus dotes? Sabe cozinhar, fazer serviços domésticos e a roupa cerimonial que usará no Natal foi ela mesma quem costurou.

Como eu posso competir com isto?

Shaoran pode me amar, eu posso ser a escolhida dele, mas definitivamente, nunca serei uma “esposa ideal”, porque cresci num mundo atual, em que mulheres não precisam aprender todas essas coisas. Elas podem estudar e trabalhar, como os homens.

Mas eu queria poder fazer tudo! Ser a mulher independente que sempre vou ser, mas ao mesmo tempo, a esposa dedicada que a família Li busca. Queria ser completa para Shao, queria não estar passando por esta situação por simplesmente não conseguir ceder...

Jiang colhia flores e brincava com os passarinhos. Sempre sorrindo, sempre alegre. Começou a se distanciar de repente, indo em direção ao pequeno templo dos ancestrais Li. Não sei porque estava com esta ideia na cabeça, mas algo me dizia para segui-la.

- E pronto! – Tomoyo sorriu satisfeita ao acabar de marcar todo o tecido do vestido.

- Que ótimo, preciso dar o fora daqui. – e rapidamente me desfiz dos panos e vesti minha roupa.

- Onde você vai com tanta pressa? – ela perguntou, mas não tive tempo de dar a resposta, já estava descendo as escadas.

Por que aquela angústia consumia meu peito? Por que eu sentia que precisava encontrar aquela mulher? Segui-la?

Mal tinha trocado duas palavras com ela, ia chegar e dizer o que? “Oi, tudo bem? Quer fazer o favor de sumir da minha vida?”

Logo a pequena portinhola do templo estava na minha frente e eu não hesitei em abri-la. Meu coração começou a bater mais forte e por um segundo perdi o ar ao ver a cena que se passava lá dentro.

Não pode ser.


Notas Finais


O que tá rolando dentro desse Templo minha gente?


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