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História Revenge Girl - Bad Liar


Escrita por: MandsChan

Notas do Autor


Prometi e cumpri! Aqui vai o cap. do feriado!
QUERO SÓ VER A REAÇÃO DE VOCÊÊÊÊS AHHH
Não esqueçam de me contar o que estão achandoooo!! :*

Capítulo 73 - Bad Liar


Cheguei em casa e ouvi o barulho do chuveiro ligado. O meu chuveiro.

- Quem invadiu minha casa dessa vez? – gritei ao entrar em meu quarto.

- Acabou meu Shampoo! – ouvi a voz de Mei berrar, abafada. – ri sozinha e tirei os sapatos. Prendi o cabelo e fui para a cozinha. Algum tempo depois a morena aparece com os cabelos molhados.

- Eu estava com titica na cabeça quando dei uma cópia da chave de casa pra cada um. – comentei.

- Para de drama, você também tem a minha. – ela disse abrindo minha geladeira.

- Eu preciso te falar uma coisa. – comentei.

- Diga. – a morena disse sem ao menos tirar o rosto de dentro do refrigerador.

- Eu mexi no caderno preto ontem. – disse rápido. Mei bateu a porta da geladeira com força.

- Como é? Esse caderno ainda existe?

- Eu lembrei que ele estava na minha gaveta do escritório, e bem, resolvi dar uma olhada.

- Sakura, por que não queimou este negócio ainda? – ignorei sua pergunta e continuei a falar.

- E o pior é que o Shaoran me pegou com o caderno na mão. – Mei arregalou os olhos.

- Como é? E você? O que disse?

- Eu... Menti. – disse cabisbaixa. A chinesa bufou.

- Está vendo? Este caderno só traz desgraça. Estava tudo indo bem entre vocês, e agora? A primeira mentira. E você sabe, quando começa, outras vem atrás.

- Eu não vou mentir mais. – garanti.

- Foi isso que disse da última vez. – ela rebateu. Suspirei derrotada.

- O que sugere? – a morena largou os pacotes de cheddar que tinha pego, sobre  a mesa e se levantou.

- Pegue sua bolsa, nós vamos destruir esse caderno agora.

...

Tenho que admitir, a redação do New York Times à noite e deserta é completamente assustadora. Eu não tinha as chaves dos portões, mas tinha o controle da garagem do jornal, então entramos pelos fundos.

- Eu acho que isso definitivamente pode esperar até amanhã. – disse para Mei mais uma vez.

- Nem pensar. Amanhã eu não vou estar aqui pra botar vergonha na sua cara e te forçar a se livrar desse caderno, que já devia ter virado história há tempos! – revirei os olhos e saí do elevador. Poucos passos depois eu já estava de frente para a porta da minha sala.

Nós entramos e observamos o local, estava exatamente do jeito que eu tinha deixado, quando saí esta tarde.

- Qual é a gaveta? – a chinesa questionou.

- A última da minha mesa, a com tranca. – Mei foi em direção à gaveta e a abriu.

- Você esqueceu de trancar? – ela perguntou surpresa.

- Claro que não, pra que serve uma gaveta com tranca, se eu não trancá-la?

- Eu não sei. Talvez sirva para desaparecer com objetos comprometedores. – corri para ver a gaveta e entrei em choque quando observei apenas seu fundo de madeira.

- Estava aí! Eu tenho certeza que tranquei o caderno aí! – eu estava começando a entrar em desespero.

- De acordo com essa fechadura forçada, alguém arrombou a gaveta e levou o caderno. Você disse isso pra mais alguém?

- Não, claro que não! E agora? Inferno! – coloquei as mãos nos cabelos e me pus a andar de um lado para o outro da sala, completamente transtornada.

- O corredor... Têm câmeras, não tem? – Mei sugeriu. Em questão de segundos eu já estava apertando o botão do elevador novamente, iria para a sala de câmeras.

...

- 39... 67... Argh! Eu não me lembro! – lamentava ao errar mais uma vez o código de segurança da sala de câmeras.

- Fica calma e tenta lembrar.

- Calma? Como quer que eu fique calma? Qualquer pessoa que tenha pego o caderno sabe muito bem o que tem nele, e com certeza vai usá-lo contra mim. Já estou até vendo, quando chegar em casa, vou receber uma carta ameaçadora com letras de revista.

- Será que dá pra parar de pirar? Que mané carta com letra de revista, isso aqui, não é filme! Agora se concentra e tenta lembrar essa porcaria de código. – alguns minutos se passaram até que eu tivesse um lampejo e acertasse a senha. – Finalmente. – Mei ergueu as mãos para o teto, teatralmente. – Como você sabe essa senha?

- Coisa minha. – disse displicente enquanto procurava os arquivos gravados entre ontem e hoje, das câmeras do corredor. Eu e Mei assistimos a todo o arquivo do dia anterior, e nada pareceu fora do comum.

- Tente o arquivo de hoje. – ela sugeriu. Porém quando eu cliquei na pasta, estava vazia.

- Droga. Foram apagados. Quem quer que seja o assaltante de gavetas, é mais esperto do que pensamos.

- Apague os vídeos de nós duas entrando no prédio, e desligue as câmeras que encontraremos até o caminho do carro.

- O que? Por que?

- Um dia inteiro de gravação foi apagado Sakura e está registrado nas câmeras a nossa entrada aqui. É só juntar um mais um pra ver em quem a culpa vai cair. – assenti e comecei a excluir os arquivos.

- Eu desliguei poucas câmeras, para não dar muito na cara. Siga-me e vamos para a escada de emergência, lá não têm câmeras. Desceremos até a garagem a salvo. – logo chegamos à garagem e fomos para casa.

- E agora? O que você vai fazer? – Mei disse assim que entramos no meu apartamento.

- Esperar... Pelas cartas com letra de revista.

...

Os dias foram passando e tudo continuava normal. Tomy terminou a mudança, mas continuava afoita com as ideias para o aniversário de Shaoran. Volta e meia encontrava alguém tomando banho no meu banheiro. Todos os dias eu e Shao dormíamos juntos. Amanda se mostrava cada vez mais empenhada em seu novo trabalho... O caderno preto, ou quem o roubou, não apareceram.

Em meio a tanta coisa acontecendo, a véspera do aniversário de Shaoran chegou e eu mal pude perceber.

O frio se estendeu por todo o dia, dia este que eu não saí de casa, ao contrário, a cada vez que piscava observava pessoas entrarem pela porta. As meninas passaram o dia comigo, ajudando nos preparativos para o jantar. Os meninos, claro, só chegariam na hora de comer.

Já eram cinco para meia-noite e todos estavam apreensivos, com taças de champagne nas mãos, observávamos a mesa farta com água na boca.

- Achei! – Hiro disse ofegante ao entrar pela porta da sala.

- Você é um pamonha mesmo. – reclamei. Ele tinha perdido a garrafa de champagne no próprio apartamento, porque sim, agora que ele morava com Mei, aquele também era seu apartamento.

- Não enche Sakura, vamos estourar essa garrafa! – Mei se intrometeu. Todos se reuniram no centro da sala e Hiro estourou a garrafa, quando o ponteiro do relógio marcava meia-noite.

- Feliz aniversário Shaoran! – todos gritamos e brindamos.

- Feliz aniversário meu amor. – disse puxando-o para um beijo rápido.

- Vinte e cinco anos de pura gostosura. – ele disse convencido.

- O primeiro aniversário em que estamos noivos! – sorri. Ele estão aproximou seu rosto do meu e sussurrou contra meus lábios.

- Espero que no seu seja o nosso primeiro casados. – alarguei mais o meu sorriso.

- Mas o meu é mês que vem!

- Exatamente. Quero casar logo com você. – e me puxou para mais um beijo apaixonado.

Não demorou muito para ouvirmos um barulho de vidro sendo quebrado. Claro que Hiro, estabanado como sempre tinha quebrado um prato, na pressa em comer. Esfomeado! Acompanhamos meu primo e caímos de boca no maravilhoso jantar.

...

Eu e Shaoran estávamos abraçados no sofá trocando carinhos e beijos apaixonados quando um pigarro nos interrompeu.

- Tá tudo muito lindo, mas vamos logo pra distribuição de presentes? Essa melação, já deu. – Amanda revirava os olhos. Ela era nosso pequeno castiçal, no meio de todos os casais.

Todos foram um a um pegando um presente da pilha que fizemos perto da lareira e entregaram a Shaoran.

Para uma festa com poucos convidados, Shao tinha ganhado muita coisa. Ok, levando em conta que Tomoyo, exagerada como sempre, tinha lhe dado seis pacotes...

- E o seu presente? – ele me perguntou curioso.

- Só na minha casa. – sorri maliciosa. Ele mordeu os lábios e estava prestes a me beijar, quando um grito nos deteve.

- Ah olha sobrou um! – Tomoyo disse empolgada indo em direção ao pacote vermelho. – E... É para você Shaoran! – ele revirou os olhos. Claro que ela pra ele! Tomy saltitou até meu noivo e entregou-lhe o pacote. Ele foi desembrulhando a embalagem até perceber o que ela escondia.

- Por que está me dando sua agenda Sakura? – ele perguntou confuso.

Congelei.

Nunca, nada vai poder descrever o que eu senti ao ver Shaoran segurando meu caderno preto. Todos na sala ficaram estáticos, até Tomoyo, desfez seu sorriso e seu rosto ganhou uma palidez instantânea.

- Shaoran, eu não...

- Espera. Tem até um bilhete. – ele desembrulhou o papel e leu em voz alta. - “Nem tudo é o que parece ser. Estou lhe dando a verdade de presente. Feliz Aniversário.” – ele leu confuso. – O que isso quer dizer? – encarei Mei derrotada.

- Me dê isto aqui, não leia isto! – avancei em sua direção e ele desviou.

- O que está acontecendo aqui? Por que estão todos com essas caras? O que esse bilhete significa? – ele já estava ficando transtornado e passou a caminhar para o outro lado da sala.

- Shaoran, passe este caderno para cá. – eu disse tentando me acalmar. Meus olhos já estavam ficando marejados.

- Você vai... Chorar? Por causa disto aqui? Mas o que tem aqui afinal? – e então ele começou a folhear o caderno.

- NÃO! – eu disse avançando em sua direção, já não controlando as lágrimas. Hiro me segurou.

- Calma pequena, calma.

- Shaoran, é tudo mentira, é tudo mentira! – eu berrava, tentando me desvencilhar dos braços de Hiro, enquanto observava a expressão fria de Shaoran ao ler o caderno.

- Saki se acalme, por favor. – Mei disse com a voz embargada.

- Shaoran olha pra mim, me escuta! – eu também ignorei Mei.

Isso não estava acontecendo. Em pleno aniversário de Shaoran um ladrão invadiu a casa de Mei e presenteou meu noivo com a discórdia! Tudo está arruinado, a cada página que ele vira, sua feição fica mais sem vida.

- Você é... Doente. – Shao disse finalmente fechando o caderno e me olhando fulminantemente.

- Amor, isso não tem mais valor, por favor, acredita em mim.

- Acreditar em você? Como? Está tudo escrito Sakura, cada detalhe desse seu planinho idiota. Eu sou muito burro mesmo, burro, burro! Sempre rastejando por você, te dando um voto de confiança... E você rindo nas minhas costas! A gente ia ter um FILHO! Ia se casar! Como você pode ser tão fria e brincar com uma coisa séria dessas? – eu me desvencilhei dos braços de Hiro e me aproximei dele, que se afastou como se eu o repelisse. - Você é a pior pessoa que eu já conheci. Você me enoja. – ele disse no tom de voz mais frio que eu já ouvi. Seus olhos... Estavam negros, seus dedos tremiam.

- Shaoran, isso não é verdade, eu te amo! – não sei o que estava pior, discutir com Shaoran por causa do caderno, ou fazer isso na frente de todos os meus amigos.

- Como assim me ama? Você está jogando comigo desde o dia em que me encontrou. Está tudo aqui. Cada término, cada briga, cada declaração. Tudo planejado e descrito aqui. – ele disse jogando o caderno em cima de mim. – E não venha me dizer que não foi você quem escreveu! É a sua letra. Eu já li diários seus para confirmar. – ele de repente pareceu lembrar-se de algo. – Depois de tudo o que passamos... Das conversas sobre o nosso passado, o natal na China... Tudo era mentira! Você só quer jogar comigo! Só quer o meu dinheiro! SUA FALSA! – ele berrou tão alto que deve ter acordado o prédio inteiro. Eu já soluçava de tanto chorar e a dor que sentia dentro do peito era a maior que eu já havia sentido em toda a minha vida.

- Calma cara, eu sei que está sendo barra, mas por favor, escute o que ela tem a dizer.  – Hiro se intrometeu.

- Espera um pouco, vocês sabiam disso? – ele disse passando os olhos no rosto de cada um naquela sala. - Eram coniventes com este absurdo?

Peguei o caderno que agora estava em mãos e abri bruscamente, enquanto escutava a discussão de Shaoran e os outros. Eu fiquei pasma. Tudo estava descrito ali. Um comentário sarcástico sobre o término, por causa das fotos, outro comentário sobre o natal na China, a gravidez, o noivado. Tudo o que vivemos nos últimos meses, tudo falso! Uma invenção de mentiras que em alguns detalhes cruciais batiam com a verdade. Mentiras copiadas numa letra igual a minha. Idêntica.

- Querido, nós não sabíamos como contar... E pressionamos muito a Saki para não esconder isto de você. Mas é passado, por favor, nos perdoe.

- Passado Tomoyo? Tudo que está escrito ali tem datas muito atuais. Eu VI ela com este caderno um dia desses no jornal. – Tomy olhou-o confusa. – O que mais me espanta são vocês, se dizendo meus amigos, me escondendo essa sujeira. Eu não confio mais em vocês. – dizendo isso ele foi em direção a porta, mas antes de pegar na maçaneta, olhou para mim, seco.

- E quanto a você, parabéns, sua vingança foi completa, você conseguiu me destruir. – seus olhos estavam marejados. – Pelo menos tive alguma sorte e você não conseguiu engravidar a tempo de causar mais problemas na minha vida. – então soltou uma risada sarcástica. – Se é que se engravidasse, esse filho realmente seria meu! – arregalei os olhos perplexa. – Fazer o que, eu não sei quem você é! A não ser uma mentirosa de primeira linha. – ele se virou para a porta e voltou novamente, como se tivesse esquecido de me contar algo. - E acho que nem preciso explicar, mas isso aqui, nós, acabou. – ele riu melancólico. – Acabou nada, isso nunca existiu. – e então se foi, porta a fora, levando consigo uma meia verdade, um monte de mentiras e é claro, o meu coração.


Notas Finais


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