Pov. Adrien
Depois de ir para o meu quarto e de ter falado com o Plagg, fiz os trabalhos de casa. Não eram muitos, mas eram bastante difíceis.
Ouvi alguém a bater à porta e pedi-lhe para entrar.
-Menino Adrien, o jantar já está pronto.-disse a Nathalie.- O seu pai quer que desça rapidamente.
- Eu vou já- levantei-me e fui para a sala de jantar acompanhado pela Nathalie. Quando cheguei, a voz grossa do meu pai fez-se ecoar por toda a sala.
-Boa noite Adrien. Penso que já sabes que o teu irmão Félix voltou.-ele apontou para o Félix e prosseguiu- eu pedi que ele volta-se para te fazer companhia.
- Eu adoro o Félix -pisquei-lhe o olho nesse altura- mas por que é que o pai quer que eu tenha companhia? Além disso, por que é que o deixa ir a Barcelona e a mim não?
-Em primeiro lugar, o Félix não discutiu comigo. Em segundo lugar, eu sou o teu pai e eu é que decido e não tenho de dar satisfação alguma. Em terceiro lugar, será que eu não posso fazer uma coisa que tu não questiones?- ele demonstrava uma mistura de ironia e raiva nas suas palavras.
-Peço desculpa. Eu não tenho muita fome, será que posso ir para o meu quarto?- o meu pai acenou afirmativamente- podem levar-me um queijo camembert ao quarto por favor?
-Claro que sim, menino Adrien. Vou levar-lho o mais depressa possível.
-Tenha uma boa noite pai. Boa noite mano!- depois de me despedir, subi para o meu quarto.
-Onde está o meu queijo? Eu exijo o meu queijo agora!- o Plagg começou a pedir queijo novamente.
-O queijo já deve estar a chegar, tem calma seu comilão!- mal disse isto, bateram à porta.
-Menino Adrien, aqui tem o seu queijo- ela entregou-me o camembert- Tenha uma boa noite, e não se deite muito tarde!
-Boa noite Nathalie!- fechei a porta e fui dar o queijo ao Plagg
- Queijo!!!!!!!!- o Plagg atirou-se ao queijo e devorou-o
- Então Plagg? O camembert não era para ser comido com calma, amor e carinho?
-Supostamente sim. Mas eu estava esfomeado. Olha, queres transformar-te ou não? Eu não tenho a noite toda!
- Sim, Plagg. Deixa de ser maricas. Plagg transforma-me!
-Eu nao sou maricaaaas- e foi Sugado pelo meu anel Mais uma vez.
Tranquei a porta do meu quarto e sai pela janela.
Enquanto saltava pelos prédios, pensava no que tinha feito à minha princesa. Eu sou mesmo o monstro mais horrível de todos. E agora, o que lhe direi eu? Quando olhei para a frente, vi que já estava à frente da janela da Mari.
Entrei no quarto dela pela janela e pareceu-me ver uma Luzinha vermelha a ir para debaixo da cama. Que parvo que eu sou, agora até já vejo luzes vermelhas!
- Princesa? Ainda estás acordada?- eu vi que ela se levantou da cama e se escondeu atrás de um móvel.
-Sim, tenta encontrar-me!
-Já te esqueceste que eu tenho visão noturna?
-Bolas! Tinha-me esquecido disso!- ela acendeu a luz e veio ter comigo.
A Mari estava linda como sempre, mas estava com ares de quem esteve a chorar durante horas.
- Que princesa tão esquecida!- disse eu forçando um sorriso, nem sei se ela reparou.
- E que gatinho tão atrevido!-disse ela fazendo um sorriso forçado e triste.
- Princesa, já vi que não estás bem. Conta-me o que aconteceu.
Ela começou a chorar e a soluçar muito e contou-me o que eu lhe tinha feito a ela e ao Nath sob a minha forma civil.
-Realmente ele passou dos limites. Hei-de fazer uma visitinha a esse rapaz.
-Não lhe faças nada de mal! Quer dizer, ele merece sofrer, mas não dessa maneira.- será que depois de tudo o que aconteceu, ela ainda gosta um pouco de mim, ou pelo menos tem compaixão?
-Princesa, sê sincera comigo. Tu ainda gostas desse rapaz?- eu pus as mãos atrás das costas e comecei a fazer figas.
-Não. Eu tenho-lhe ódio. Mas não quero que lhe aconteça nada de mal. Eu não sei o que se passa com os meus sentimentos.
- Eu sei pelo que estás a passar. A ladybug nunca me ligou nenhuma. Estou sempre a tentar declarar-me e nunca consigo. Eu sou um desastre. Além disso, acho que me estou a apaixonar por outra menina. Já tentei esquecer a ladybug, mas não consigo.
Pov. Marinette
Quando ele disse aquilo, eu acho que morri. Sempre pensei que o Chat só fazia aquelas coisas na brincadeira. Afinal, eu não era a única a tentar declarar-me e nunca conseguir.
-Ah, eu tenho a certeza que ela estava ocupada nessas alturas. Tu és quem melhor sabe que ela anda sempre de um lado para o outro a salvar e ajudar.
- Tens razão! Amanhã vou declarar-me, e desta vez, vai ser a sério.- ele parecia determinado, mas eu tinha pena dele, pois teria de rejeitá-lo.
- Se ela te rejeitar, lembra-te que existem muitas garotas por aí que dariam tudo para estar contigo.
-Eu também acho que esse tal de Adrien não fez essas coisas por mal. Se calhar estava com inveja do menino com quem estavas.
- Isso é impossível! Ele nunca iria gostar de uma rapariga como eu! Eu também não quero que ele goste!- menti um pouco, mas acho que ele não notou.
-Ok, tu é que sabes.- disse ele triste.
- Então é o que se passou contigo hoje? Também não pareces lá muito bem.
- Eu discuti com uma amiga da escola. Eu gosto muito dela, mas ela não me liga lá muito.
-É essa menina , de quem começaste a gostar juntamente com a ladybug?
-Acho que sim. Eu não percebo os meus sentimentos, assim como tu. Eu acho que com o tempo, saberemos melhor o que sentimos.
-Concordo.-de repente, ouviu-se um ronco vindo da barriga do Chat- o que é que tu comeste ao jantar gatinho?
-Nada. Não tive tempo para comer. Queria vir para aqui o mais depressa possível.
-Eu vou arranjar-te alguma coisa para comeres.
-Não é preciso princesa.
-É sim. Eu insisto. A estas horas já todos cá em casa adormeceram, por isso, espera aqui um pouco.- sem ninguém ouvir, fui à cozinha e preparei uma "pequena" refeição ao gatinho.
Pov. Adrien
Quando ela voltou para o quarto, trazia um tabuleiro cheio. O tabuleiro tinha: um queijo Philadelphia, dois croissants, um pote de nutella, um copo de sumo, duas fatias de bolo e uma tigela de canja de galinha.
-Isto é tudo para mim?- eu estava incrédulo.
-Claro! Um super-herói precisa de se alimentar. E ainda por cima tu és um super-herói meu amigo.
-Muito obrigado princesa! Tu és um anjo que veio do céu dos céus! Abençoada sejas!
- Calma, aqui não estamos na missa. Obrigada pelos elogios, mas tu merecias isto e muito mais.- esta frase foi o necessario para eu gostar Mais um pouco dela.
Pov. Marinette
Depois do gatinho acabar de comer, começou a chover muito. Eu fui vestir um robe de pelo bem quentinho e pus uma manta em cima do Chat. Eu disse que ia fazer os trabalhos de casa e fui para a minha secretária. Ele sentou-se na minha cama e disse que ia esperar até a chuva amainar.
Quando acabei de fazer os trabalhos de casa, fui deitar-me. Até me tinha esquecido do Chat. Ele devia estar tão exausto quanto eu, pois estava a dormir. Ele parecia um anjinho, e eu tive pena de o acordar. Pus-lhe uma máscara de Carnaval por cima da dele, pois ele podia destransformar-se antes de acordar.
Fui buscar o meu saco-cama e pu-lo ao lado da minha cama ( Onde o gatinho estava a dormir). Sussurei as boas noites à Tikki ( que estava debaixo da cama), e esta desejou-me as boas noites de volta. Depois de pensar em como tinha sido o meu dia,acabei por adormecer.
Pov. Adrien
(No dia seguinte...)
Hoje acordei com o Plagg a beliscar-me a bochecha.
-Adrien, Adrien! Acorda, acorda! Tu ainda estas na casa da Mari!
- O quê? Então se tu estás aí, isso quer dizer que ela me viu destransformado! Oh não...
-Calma pinga-amor. Ela pôs-te uma máscara antes disso.
-Onde está ela?- olhei para todo o lado e não a vi, já estava com medo que ela me tivesse visto sob a minha forma civil.
-Ela está a dormir no chão. Teve pena de te acordar e foi dormir para o chão. E tenho a certeza que ela não te viu a cara, pois tens uma máscara de Carnaval a cobri-la.- ele começou a rir.
-Ainda bem que ela não viu. Mas ela podia-me ter acordado. Assim cada um estava em sua casa e ela a dormir melhor que agora.
-Rapaz, ela não te quis acordar e tu ainda reclamas. Devias era ter vergonha.
Ouvimos um barulho vindo do chão e vimos a Mari a falar meio adormecida:
-Gatinho? Ainda estás aí?- eu e o Plagg encolhemo-nos num canto do quarto, sem saber o que fazer.
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