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História Rich boys in love II - Romance gay (Yaoi) - Primeira sessão - Parte 1


Escrita por: observerghost

Notas do Autor


LEIAM AS NOTAS FINAIS, POR FAVOR! É muito importante, sério. Quero compartilhar minha opinião com vocês. Espero eu, não ter afrontado ninguém.

Esse capítulo será dividido em dois. Boa leitura!

Capítulo 10 - Primeira sessão - Parte 1


Morgan P.O.V.

Chegou o tão esperando dia. O dia que vamos colocar meu tio na cadeia, ou não. Tem tudo para dar certo e tudo para dar errado. Temos muitas provas contra ele, mas abusadores tem uma ótima lábia e convincentes mentiras. 

- Está pronto? - Pergunta meu pai, entrando no quarto.

- Pronto eu não sei se estou... - Abaixou a cabeça. 

Ele anda lentamente até o meu armário, dele tira um terno preto justo e vem até a mim. Eu havia acabado de sair do banho. 

- Não precisa se arrumar - Meu pai deixa a roupa esticada na cama. 

- Obrigado, papai - Sorrio, tentando esconder o nervoso. 

- Fique calmo. A única pessoa que deve ter medo é aquele criminoso - Então o mesmo saí do quarto. 

Olhei para o terno e o vesti, junto a uma calça jeans. Calcei meu tênis Vans preto e fiz o que sobrou da minha higiene. 

Eu não precisava ter pressa. A audiência começa daqui meia hora. Então me deitei na cama, pensando no que podia acontecer. Não tomei café da manhã, por isso estou me sentido fraco, mas estou sem fome. Se eu comer, vomito. 

Ficarei de frente para o homem que quase arruinou a minha vida, mas graças aos meus pais, ao Jonathan e principalmente ao tempo, sua perversão não foi o suficiente para tirar a esperança de colocá-lo no seu devido lugar: a cadeia. 

Eu passei muito tempo não pesando nisso. Até há pouco tempo, não havia criado ira alguma por ele, isso porque eu era apenas uma criança que não tinha a menor ideia do quão grave e insano era o que meu tio tinha feito comigo. Agora que tenho total conhecimento, eu o odeio do fundo do meu coração, e tenho uma lógica razão para isso. E não venha com aquela falsa empatia de: todos merecem uma segunda chance. Eu não tive uma segunda chance, não pude me defender, não consegui me salvar de um futuro cheio de problemas físicos, psicológicos e psiquiátricos. Me digam, porque quando se fala de "segunda chance", é só - justamente - para quem fez algo diabólico? Quando dizem dar uma outra oportunidade a um criminoso, eles não estão pensando num mundo mais amoroso, eles não estão se colocando no lugar de uma vítima, estão se colocando no lugar de quem - ou do que; fazer isso não é coisa de ser humano - eles seriam: um ser pervertido e libertino. Resumindo, um pedófilo! E não tente me convencer o contrário. Eu sei contra o que luto. Quem sofreu fui eu e não você. Bem, caso tenha passado por algo parecido, me perdoe! Porém, não há nexo defender o seu agressor, porque se você faz isso, tenho três conclusões: ou você não entendeu o que é crime, ou você desenvolveu Síndrome de Estocolmo ou você é Deus na terra, o que é impossível e nem Ele fazia. Abusadores são monstros! 

- Vamos! - Chamou minha mãe da sala. 

Já havia passado um bom tempo e eu não tinha percebido. Eu me levantei e peguei meu celular. Enviei  uma mensagem para Jonathan, que não demorou a responder. 

Você vai? 

É claro que vou! 

Ok. Te encontro lá! 

Se cuida, meu menino. Nada de pânico! 

Obrigado. 

Fomos ao estacionamento e entramos num carro qualquer. Prestei atenção no meu pai o caminho todo. Ele estava tenso, quieto e com os olhos vermelhos. Sei que ele está sofrendo tanto quanto eu. Odeio vê-lo assim. Parece-me que o mesmo se acha fraco por não ter defendido o filho, mas isso não é verdade. Não mesmo! 

Chegamos ao The Los Angeles Superior Court, onde aconteceria o julgamento. Senti vontade de fugir e largar tudo para trás, mas não posso. Eu tenho um dever e ele é colaborar com a lei. O único jeito de deixar isso no passado, é fazer o que deve ser feito. 

Entramos no edifício. Os meus pais foram conversar com o advogado e eu fui deixado numa pequena sala. O cômodo é cheio de prateleiras com papeladas bem organizadas. 

Decido explorar o interior do prédio. Vou na sala ao lado. Ela é grande e possuí uma mesa redonda enorme no centro. Entro em outra. É tipo um mini cinema. Tem uma tela e cadeiras enfileiradas. A próxima está trancada, mas tem uma janela com um vidro borrado. Não consigo ver direito, no canto, tem um homem, de cabeça baixa e suas mãos estão... algemadas. Sei bem quem é. 

Disparei a correr de volta para a salinha em que eu estava e acabei dando de cara com Jonathan. 

- Morgan, cuidado! - Ele segurou minhas mãos - Você está bem? 

- Entra aqui comigo - O empurro e fecho a porta. 

- Ei! O que houve? 

- Ele está aqui perto. Trancado numa sala. 

- Quem? - Ele franze o cenho.

- Jonathan, você é burro? O meu tio! 

- Ah... - O mesmo balança a cabeça devagar de forma indiferente - Pera aí, o que?! 

Reviro os olhos e cruzo os braços. 

- Vai fazer o que? - O encaro.

- Vou lá ver - Ele sai da sala tão rápido que não tive tempo de impedi-lo. 

- Volta aqui, seu idiota - Sussurro, vendo ele andar pelo corredor  procurando a tal sala - E se ele ver você? 

- Não vai.

Jonathan para na frente da janela e observa o homem preso por um tempo. Ele levanta a mão devagar e bate no vidro. 

- Jonathan! 

O mesmo saí correndo, me puxa para dentro da sala e fecha a porta. 

- Você é louco? 

- Só queria dar um sustinho nele - Ele ri,  faceiro. 

- Ele é perigoso! - Falo, sem achar graça. 

- Ele é um bosta e está preso.

Jonathan se encosta na parede e olha para mim.

- Como está se sentido? - Indaga ele, adotando uma expressão séria. 

- Estranho. Ansioso e com medo - Respondo, me encolhendo. 

- Medo de que? - Meu namorado se aproxima. 

- De tudo! Ficar na frente de todas aquelas pessoas na audiência. Falar com o juiz e olhar na cara do meu tio que com certeza vai tentar se defender me atacando de alguma forma. 

- Aquelas pessoas na audiência são sua família e seus amigos, e a grande maioria deles quer te proteger - Ele coloca as mãos na minha cintura - O juiz está ao seu favor e o criminoso é ele. 

- Eu sei, mas...

Subitamente, ele me abraça, com vontade. Me aconchego em seu corpo e enfio meu rosto em seu pescoço. Respiro fundo e sinto seu cheiro. Uma mistura de pele, perfume importado e sabonete de côco. 

Senti muita falta disso. De tê-lo por perto, me apoiando. Saudades do seu cheiro, do seu abraço, do carinhos, dos beijos e da segurança que ele me passa. 

- Desculpa - Digo, abafado por seu pescoço. 

- Pelo que? - Ele olha para mim. 

- Me perdoe por ter me afastado de você. Eu realmente não me sentia bem com essa história de você ter um filho com uma outra pessoa. 

- Está tudo bem. Nem eu gosto dessa ideia. 

- Mas... eu acho que... acho que quero ser a mãe dele, sabe? - Riu fraco - A culpa não é da criança. Ela precisa de amor e carinho. Eu sei bem o quanto é grave para o futuro sofrer algo na infância. 

- Fico tão feliz de ouvir isso. 

Jonathan aproxima seu rosto do meu e lentamente, junta nossos lábios. Então, com delicadeza, o mesmo aperta meu quadril, para ficarmos ainda mais perto, assim colocando nossos corpos. 

- Morgan! - Minha mãe chama do lado de fora e nós rapidamente nos afastamos. 

- Sim, mãe - Abro a porta. 

- Está na hora - Diz ela, firme. 

- Aí... Aí, ok. 

O juiz, um homem alto e gordo, aparece junto a alguns polícias que se encaminham a tal sala onde o criminoso está. Eles destrancam a porta e tiram o homem de lá. 

Desesperado, agarro a mão de Jonathan, que se encontra atrás de mim e o mesmo segura minha cintura com sua mão livre. Abaixo a cabeça e fixo meu olhar nos meus pés, porque não quero ver o rosto do indivíduo. Não pude ver a face de meu namorado, mas senti que ele tomou uma posição de responsabilidade quanto ao meu passado. 

Eles levam o meu tio para a câmara e então, eu posso erguer minha cabeça.

- Você está bem? - Indaga minha mãe, com um sorriso sereno. 

Ela está tranquila. Não parece assustada e está confiante. Sinto-me melhor ao ver sua positividade transbordando do rosto. 

- É. Eu acho que sim - Dou de ombros uma vez. 

Encaminhamos-nos para a câmara. Eu entrei em um tipo de transe quando vi todas aquelas pessoas, contra e a favor de meu tio. Tudo ficou lento e só voltei a realidade quando o juiz bateu o martelo. 


Notas Finais


Sei que usei palavras fortes nesse capítulo em relação a abuso sexual infantil, essa era a minha intenção! Estou cansada ver gente, de várias formas, as mais ridículas, defendendo criminosos como o da nossa história. Quem defende esse tipo de ser - que humano não é - tem sim, sangue nas mãos! Não 'tô dizendo que quem comete um delito merece morrer. Não, jamais! Mas é nosso dever, como pessoas em busca de amor, lutar contra a pedofilia. Isso é TÃO sério! Por favor, não ignorem isso. Nós não temos ideia das tamanhas consequências que isso trás para uma criança e para a sociedade, mas não é preciso ter mais que um cérebro pra entender que isso é grave. O pior, é que tem menores de idade, aqui no site, romantizando esse crime, sendo que eles podem ser a vítima disso um dia! Então, meu leitores, protejam as crianças do Spirit Fanfic, assim como as de qualquer site. NÃO CONFUNDAM AMOR COM PERVERSÃO!

Enfim... eu tenho muito mais pra falar em relação, mas acho que já deu pra entender que é preciso de justiça agora! E se você está passando por algo horrível do tipo, seja qual a idade, seja qual a sexualidade, seja qual o gênero, seja qual a condição financeira, seja qual a descendência e sei lá mais o que nos torna diferentes ou iguais... não tenha medo de falar. É SEU DIREITO! Simples assim. 👊🏻❤️

Se você leu o meu desabafo, muito obrigada, de verdade!


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