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História Rich boys in love II - Romance gay (Yaoi) - Los Angeles


Escrita por: observerghost

Notas do Autor


Perdoem-me a demora! 💔

Capítulo 8 - Los Angeles


Morgan P.O.V. 

A prisão de meu tio é uma notícia muito desejada há anos, aliviou a todos, principalmente a mim, mas isso não significa que estou feliz. Provavelmente, darei de cara com ele muitas vezes a partir de agora, já que eu sou a vítima e meu corpo é a prova contra ele, justamente por isso que não estou animado. 

Nesse exato momento, estou arrumando malas para no mínimo um mês, pois uma audiência leva um bom tempo. Jogo as roupas e outros pertences como se eu não tivesse nem tempo para respirar. Não sei o porquê de estar tão apressado, talvez seja a ansiedade de ver o meu estuprador. Estou sofrendo por antecedência, mas não consigo controlar meus sentimentos. Minha mente desandou novamente. 

Jonathan está parado no batente da porta, me observando andar de um lado para o outro. Não consigo explicar o seu olhar sobre mim, é uma mistura de apenas estar me analisando, de querer ajudar a arrumar as bagagens, preocupação de como estou depois da captura do irmão do meu pai e medo que a nossa relação não volte ser a mesma. Eu perdoei ele, quer dizer, estou tentando. Não consigo aceitar essa ideia de namorar alguém que tem um filho e não sabia, e o que me deixa desconfortável não é realmente isso e sim pele certeza que Cassandra vai enfiar a obrigação sobre a criança goela baixo do Jonathan. 

- Tem certeza que pode voltar sozinho? - Questiona ele - Não gosto dessa ideia. Posso manda-los embora.

- Eu tenho dezoito anos, sei me virar. E fazer isso com o seu melhor amigo é muita falta de educação. Não sou a única pessoa importante na sua vida. 

- Não acho que seja nada seguro deixar você ir sem a minha companhia. 

- Jonathan, você não é o meu segurança - Vou até ele - Não se preocupe. Está tudo bem. 

- Está? - Ele ergue as sobrancelhas, desconfiado.

- Vamos fazer como combinamos, sim? Theodore e Atsune ficarão apenas dois dias aqui, quando eles forem embora de Nova York, você viaja para Los Angeles e me encontra lá. Sabe bem onde é a casa de meus pais, não é? 

- Meu pais ainda moram lá, esqueceu? - Ele solta uma risada nasal e logo volta com sua expressão aflita. 

- Ah, é verdade - Jogo as mãos para cima e volto para perto da cama, onde estão as minhas malas - Faz tanto tempo.

- Fazem apenas dois anos, Morgan - Jonathan vem devagar a mim e me abraça por trás.

- Dois anos para mim é muito tempo - Tiro os seus braços da minha cintura rapidamente - Não me toque. 

Ele suspira forte, num olhar triste e depois me encara por alguns bons segundos. Eu apenas o fito de maneira séria e um tanto desolada.

- Ok, estarei na sala se precisar de mim - Disse quase num sussurro e saiu. 

Termino de guardar minhas vestimentas e fecho as malas. Vou para o banheiro, me despido e tomo um banho rápido. Escolho uma calça jeans, um moletom preto e um tênis Adidas branco. Pego as tralhas e vou para a sala, encontrando os três sentados no sofá. 

- Algum de vocês pode me ajudar a levar essas malas para baixo? - Pergunto. 

- Eu faço isso - Theodore se dispõem. 

- Acho que sou eu que tem de fazer isso, não acha? - Jonathan se levanta. 

- Não, deixa comigo - Seu amigo insiste - Vou me hospedar na sua casa por dois dias, alguma coisa tenho que fazer. 

- Tá, tudo bem.

- Muito obrigado, Theodore - Dou um sorriso meigo - Apenas repetindo, daqui há dois dias, nos encontramos lá. Me ligue quando chegar. 

 Ele só balança a cabeça, mantendo o olhar fixo no chão, como um depressivo largado num banco de um parque qualquer num dia chuvoso. 

- Então, é isso - Vou até Atsune e lhe dou um abraço - Espero que possamos nos encontrar de novo - Ela me devolve um sorriso super fofo e diz uma palavra em japonês que eu não faço a menor ideia da tradução. 

Espero que signifique algo bom e não uma palavra de azar que resulte na explosão do meu avião. Sabem que o japonês tem o poder da calamidade quando quer. 

- Quanto a você... - Refiro-me a Jonathan e o abraço inesperadamente. Antes que ele possa fazer o mesmo, me afasto - Adeus.

- Não fale como se fosse para sempre. Isso dói! 

Dou as costas para ele e vou para a porta, o ignorando totalmente. Theodore me segue, levando uma das malas e saímos do apartamento. Descemos para a recepção, deixando as bagagens perto da porta de entrada. 

- Você vai chamar um táxi? - Indaga, olhando para fora do prédio.

- Sim - Pego meu celular do bolso - Você pode ir, obrigado. 

- Ei... sei que não tenho que me meter na sua relação com o Jonathan, mas tenho que dizer que ele te ama muito. Conheço ele há mais tempo que você, ele nunca esteve tão bem. Quer dizer, agora nem tanto, já que estão brigados. Ele me contou tudo. Jonathan realmente precisa de você, Morgan, eu vejo isso, e como me importo muito com ele, peço que não seja tão duro assim. 

Abro a boca para falar o que meu orgulho quer, mas não tenho argumentos. Olho para baixo, lambo os lábios e mordo, em seguida, olho para ele. 

- Você tem razão - Desvio o olhar para as malas - É só que eu também não estou bem, estou confuso. Mas serei uma pessoa melhor com ele - Olho novamente para Theodore - Você são muito amigos, não são?

- Sim, somos - Ele confirma de maneira humilde, mas posso sentir seu orgulho em possuir uma amizade tão longa e sincera.

- Eu nunca tive um melhor amigo - Me encolhi, sentido uma solidão tomar conta de mim - Sempre tive inveja daqueles que tinham um. Amigos nós sempre vamos ter, mas aqueles semelhantes a um irmão são raros. O que é exatamente ter um melhor amigo? 

- Ter um melhor amigo é nunca estar sozinho - Responde com um sorriso - Ter segredos audaciosos e histórias únicas. 

- Isso é muito bonito. Faça tudo para manter essa amizade - Me aproximo dele e o fito nos olhos - Cuida bem dele enquanto eu estiver fora. 

- Farei isso, fique tranquilo - Theodore diz confiante, passando um conforto para mim. 

- E você também se cuide - Lhe abraço forte e ele faz o mesmo com vontade - Foi muito bom conhecê-lo.

- Igualmente. 

[...]

Acordo com o solavanco da aterrissagem do avião. Esfrego os olhos, me ajeitando na cadeira. Olho para os lados, algumas pessoas já estão prontas para levantar, só não fazem isso antes, pois as aeromoças os ordenarão voltar aos seus acentos por motivos de segurança. Enquanto o avião estaciona, envio uma mensagem para os meus pais, dizendo que cheguei bem e que preciso que encaminhem um motorista.

Saio do avião as pressas, minhas malas eram as primeiras na esteira, então não demorei muito lá dentro. Não vejo a hora de sair do aeroporto e me sentir em casa depois de tanto tempo. 

Saindo do edifício, largo minhas malas no meio do caminho, avistando os raios de sol baterem nos prédios espelhados altíssimos do centro. É possível ver um lado da cidade daqui. Estava tão ansioso para ver à paisagem da cidade mais linda do mundo - para mim, óbvio - meu local de nascença, Los Angeles

- Eu te amo! - Grito como se a cidade pudesse me ouvir, como se ela fosse um ser. Algumas pessoas me olham como se eu fosse uma louco, e sou, por ela - Não aguentava mais aquela chatice de Nova York - Reclamo para mim mesmo. 

Me desculpem, novaiorquinos, não que a cidade de vocês seja ruim, aliás, tenho que tirar o chapéu, já que ela é a mais importante dos Estados Unidos e uma das mais visitadas do mundo, mas ela é tão: vamos tomar café, ler livros e esperar o natal chegar para fazer guerra de bola de neve. 

O motorista não demora muito para chegar, num Audi a4, o senhor coloca as bagagens no porta-malas e eu entro, deitando no banco. 

- Senhor Moore, chegamos - O motorista me acorda gentilmente com um toque no ombro. 

Dormi quase quarenta minutos, o tempo da distância da cidade ao aeroporto. Queria muito ter observado as ruas e os prédios, mas estou muito cansado, me agitando desde de manhã, só quero almoçar e descansar. 

- Ah, sim - Bocejo e saio do carro. Ele descarrega o carro e sobe comigo de elevador. 

A porta do apartamento está aberta, eles devem estar ansiosos me esperando. Entro, eles estavam sentados no maior sofá da sala, assistindo TV.

- Cheguei! - Ergo os braços, com um sorriso enorme. 

Eles se levantam do sofá, apenas minha mãe corre para mim, me abraçando forte. 

- Senti tanta saudades - Falei. 

- Eu também estava com saudades - Minha mãe agrada minha bochecha. 

Olho para o meu pai e ando devagar para ele, paro na sua frente e o encaro. Ele tem um sorriso discreto no rosto. 

- Você está tão diferente - Comenta ele.

- Fazem dois anos, não? 

- Eu te amo, meu filho - Meu pai beija minha bochecha e me sufoca com um abraço. 

- Aí, pai! 

- Estamos saindo para almoçar, só estávamos esperando você. Quer almoçar com conosco ou algo que tenha em casa? - Pergunta ela.

- Vou com vocês. 

Descemos ao estacionamento. Levei um susto, me surpreendendo com o novo carro do meu pai, uma Lamborghini Aventador bordo. Esse carro não é o estilo dele, mas se ele tem dinheiro, ele comprou, não tem muito o que falar. 

Fomos almoçar no Bazaar by José Andrés, onde foi o meu primeiro encontro com Jonathan. Lembro bem, ele me convidou para almoçar simplesmente do nada, estávamos na praia, um dia depois da festa de Mike, onde fui - supostamente - abusado. 

Estar nesse lugar fez-me sentir muita falta de Jonathan. Eu queria vencer o meu orgulho e o meu motivo para odiar-lo tanto nesse momento, mas não consigo, e não posso. A culpa pode não ser inteiramente dele ou até pode não ser, porém, quero deixar bem claro que não aceitarei qualquer problema ou mudança drástica na minha vida - nas nossas - por causa de uma criança e uma ex-namorada marafona. 


Notas Finais


Me avisem dos erros!


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