História Rivals - The Dinner

O céu cinzento com nuvens carregadas trazia consigo uma brisa gelada, que ao tocar a pele de Hyungwon, o fazia ficar arrepiado.

 Sentiu o celular em seu bolso vibrar, quem estava ligando era seu segurança pessoal. Achava um incomodo ter uma o seguindo por todos os lados.

- Jovem mestre, onde esta? Estou lhe esperando em frente á escola. O senhor já saiu? – Perguntou o segurança preocupado.

- Fique onde esta, já estou indo -  Desligou sem ao menos esperar a resposta de seu empregado.

No caminho, avistou dois homens altos trajando ternos pretos correndo desesperadamente. Pareciam ser seguranças a procura de alguém.

- Com licença rapaz, por acaso não viu passar por aqui um garoto com cabelos brancos? Ele é um pouco menor que você e usa o mesmo uniforme. – Perguntaram ofegantes pela corrida.

“Estudante de cabelos brancos? Eles estão falando de Minhyuk. A condição de sua família é tão boa assim, a ponte de ter seguranças?” Pensou Hyungwon.

- Ele foi por ali. Se correrem mais um pouco, irão alcança-lo – Apontou para a direção em que Minhyuk havia seguido.

- Muito obrigado rapaz – Os dois homens agradeceram e seguiram correndo.

Continuou andando até chegar em frente a escola. Logo avistou o carro de sua família.

- Sr. Jik – Dirigiu-se ao segurança.

- Jovem mestre, por que não avisou que teria compromissos?

- Foi de ultima hora, não havia necessidade de sua companhia.

- Entendo. Sua mãe está a sua espera. Pediu-me para que o levasse o mais rápido possível, para que não se atrasasse – O segurança abriu a porta do carro, para que o moreno entrasse.

- Me atrasar para que? – Disse entrando.

- O jantar na casa da família Shin foi adiantado para hoje – Explicou.

- Entendo.

Partiram para casa.

Hyungwon já estava preparado para ouvir sermões de sua mãe, sobre como era errado sair sem a companhia de seu segurança. Já estava acostumado com isso, afinal, tentava ao máximo sair sem ser acompanhado.

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Minhyuk seguia seu caminho tranquilamente. Observava o movimento da cidade, enquanto aproveitava um picolé de morango que havia comprado pouco tempo depois de se separar de Hyungwon.

- O encontrei! – Escutou uma voz familiar, olhou para trás e avistou os seguranças correndo em sua direção.

Começou a correr também. Adorava fugir dos “homens de preto” como os costumava chamar.

 Em sua frente, apareceram mais dois homens de terno. Estava cercado.

- Ok, ok, vocês me pegaram. Eu me rendo. – Ergueu as mãos como quem estava se rendendo.

Os seguranças o pegaram pelos braços e lavaram para o carro, que estava parado poucos metros de distancia.

- Por que toda essa brutalidade? – Perguntou o platinado.

- Sr. Lee ordenou que jovem mestre fosse levado imediatamente para casa – Explicou um dos homens.

- E por que tantos homens?

- É para prevenir que o jovem mestre tente fugir novamente.

- Quantas vezes vou ter que pedir para parar de me chamar assim? – Minhyuk sentia-se extremamente irritado quando o chamavam daquele jeito.

- Desculpe-me jovem mestre, mas eu sou apenas um empregado, não aceito ter qualquer informalidade com meus patrões.

- É por isso que eu fujo de você, seu chato – Fechou a porta do carro.

Minhyuk estava sentado no meio, havia um segurança de cada lado. Ele estava completamente nervoso com a situação. Odiava ser tratado como um “garoto rico”. Tentava esconder a condição financeira de sua família, por isso sempre fugia de seus seguranças. Achava desnecessário tal tratamento.

- O que meu pai quer comigo? – Perguntou ao homem que estava ao seu lado.

- Apenas foi nos dito para levá-lo em segurança, senhor.

- Entendo.

Passaram-se alguns minutos até chegarem à casa da família Lee. Minhyuk era aguardado na porta por um mordomo.

- Jovem mestre, o Sr.Lee o aguarda em seu escritório – Curvou-se diante Minhyuk, que não disse nada, apenas seguia adiante até o escritório de seu pai.

Estava pronto para ouvir seu pai dizer o quanto era irresponsável, ou que era uma vergonha para a família, como sempre fazia. O Sr.Lee era uma boa pessoa, dava atenção ao seu único filho e o apoiava. Mas, quando se tratava de negócios, não deixava de ser rígido e não media palavras, pois sabia como seu filho era.

O garoto de cabelos claros entrou no escritório do pai, que estava sentado em sua grande poltrona de braços cruzados.

- Parece que dessa vez te pegaram – Sr.Lee começou a falar sério

- É, dessa vez não tive escapatória – Riu Minhyuk.

- Isso tudo é uma grande piada para você?  Por que não leva nada disso a sério? Assuma suas responsabilidades ao menos uma vez e aja como um homem – Gritou o pai.

- Eu não pedi nada disso. Pelo menos uma vez na minha vida, eu quero ser alguém normal. Poder sair por ai normalmente, com que eu quiser e quando eu quiser. Será que não da pra entender isso? Pelo menos uma vez – Retrucou o platinado.

- Você sabe que pode sair quando quer e com quem quer, tem total liberdade, mas o que mais você quer? Diga-me.

- Me refiro aos seguranças, pai como posso ser normal se tem pessoas de terno me seguindo? Eu sei das minhas obrigações, mas somente uma vez, quero viver sem elas.

Sr. Lee ouvia tudo atentamente. Entendia que às vezes pressionava muito seu filho, mas acreditava que fazia aquilo pelo seu bem. Afinal, Minhyuk iria herdar seus negocio futuramente.

- Vamos fazer um acordo – Começou Sr. Lee.

- Acordo?

-Exatamente. Esse é seu ultimo ano de colégio, certo?

-Sim.

- Então, até você se formar, esta livre de todas as responsabilidades. Sem seguranças, sem treinamentos e todas as outras coisas.

- Esta falando sério? – O de cabelos claro perguntou empolgado.

- Estou, mas com uma condição.

- Eu sabia que estava muito bom para ser verdade. Diga logo. – Bufou Minhyuk.

- Estou fechando negócios com duas empresas grandes, provavelmente iremos abrir uma nova filial em Tokyo. Hoje haverá um jantar na casa dos donos de uma dessas empresas, e você irá conosco.

- Só isso?

- E quando terminar a escola, você ira ser o representante da família Lee nessa empresa.

- Quer dizer que depois disso tudo, eu terei que ir para Tokyo trabalhar para você?

- Exatamente.

Minhyuk ficou pensativo. O preço de sua liberdade iria lhe custar caro no futuro. Mas pelo outro lado, não seria ruim mudar-se para Tokyo. Iria viver longe das pressões de seu pai, e poderia viver do jeito que bem entendesse desde que trabalhasse.

- Tudo bem, eu aceito esse acordo – Disse decidido.

- Ótimo, depois assinamos um contrato. Agora suba e vá se arrumar, não podemos nos atrasar.

Obedeceu a seu pai e foi para seu quarto para arruma-se. Ficou imaginando que tipo de pessoas iria encontrar no jantar.

Mal sabia ele que a resposta tinha os cabelos mais escuros que já vira.

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Após ouvir sua mãe repetir diversas vezes que não deveria sair sem estar acompanhado, Hyungwon e sua família estavam a caminho da casa da família Shin para o tal jantar.  Ele, diferente de Minhyuk, aceitava tudo o que lhe era imposto por seus pais.

Ao chegarem lá, foram recebidos por Wonho e um mordomo de sua família. O mordomo abriu a porta do carro, para que os convidados saíssem e Wonho os recebeu formalmente.

- Hoseok, como vai? Esta maior do que antes, daqui uns dias esta maior que Hyungwon – Sr. Chae disse apertando a mão de Wonho enquanto ria.

- Vou muito bem Sr. Chae, seja bem vindo – Retribuiu o aperto.

- Hoseok, como esta elegante essa noite. Está muito bonito meu rapaz - Sra. Chae o  elogiou. Ela o tratava como se fosse um filho.

- Muito obrigado, a Sra. também esta muito bonita. Com todo o respeito Sr. Chae – Respondeu gentilmente, fazendo- os rir.

Sr. e Sra. Chae eram guiados para dentro da enorme casa pelo mordomo.  Por fim, o ultimo dos Chae saiu do veiculo.

Hoseok observou atentamente o amigo, que estava ajeitando seu terno. Reparou que Hyungwon estava muito bonito naquele terno azul marinho, que era tão escuro que parecia ser preto. O outro tentava desajeitadamente arrumar sua gravata, da mesma cor de seu traje.

- Anos usando esse tipo de roupa e você ainda não sabe como fazer o nó corretamente – Brincou Wonho, arrumando a gravata para o mais alto.

- Eu sempre me confundo – Riu – Por sorte tenho você para me ajudar.

O loiro tentou não ficar corado com aquelas palavras, mas foi uma tentativa falhada. Apenas disfarçou virando o rosto e tossindo.

Por mais que parecesse ser “pegador”, Wonho na verdade, não era esse tipo de pessoa. Era verdade que saia com varias garotas, mas o que ninguém sabia era que também se interessava por garotos. Ninguém sabia além de Hyungwon.

Não escondiam nada um do outro, afinal, eram melhores amigos desde crianças. Wonho era um dos únicos amigos que Hyungwon tinha, e fazia de tudo para proteger essa amizade.

- O que foi? Você esta bem? – Perguntou o moreno preocupado.

- Estou, sim eu estou. Por que não estaria? Vamos entrar – Respondeu Hoseok atrapalhadamente enquanto tentava disfarçar.

Os dois entram e partiram para o salão principal, onde se encontrava os outros convidados.

Havia muitas pessoas naquele lugar. Geralmente os “jantares” que a família Shin organizava, eram na verdade, festas luxuosas cheias de empresários e membros da alta classe da sociedade.

Hyungwon e Wonho já estavam acostumados com esse tipo de festa, sempre eram obrigados a comparecer. Apenas tentavam se isolar dos outros convidados e ficavam conversando e rindo.

- Filho, venha cumprimentar os convidados que acabaram de chegar – Sra. Shin interrompeu a conversa dos dois, puxando Hoseok para onde estava os convidados.

O mais alto os seguiu com os olhos, curioso para saber de quem se tratava. Avistou um homem alto e magro acompanho de uma mulher de cabelos curtos e sorriso largo. Parado ao lado dos dois, estava um garoto bem vestido e com os cabelo brancos. Cabelos brancos?

Minhyuk.

Hyungwon ficou paralisado ao ver que o garoto que acompanhava o casal era realmente seu colega de classe. Não esperava o encontrar justo ali. Minhyuk aparentemente, não havia notado a presença do moreno na festa. Não havia até Wonho apontar em sua direção.

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Minhyuk mal havia chego e já estava com vontade de ir para casa. Odiava festas daquele tipo, cheia de pessoas ricas e esnobes.

Seus pais conversavam com os donos da festa, enquanto ele apenas fingia interesse nos assuntos e sorria.

- Me deem licença um instante, irei chamar meu filho, quero lhes apresentar – A Sra. Shin saiu apressada e voltou com um garoto de cabelos loiros, Minhyuk o reconheceu imediatamente.

- Minhyuk, que surpresa – Hoseok estendeu a mão para o outro.

- Igualmente – Apertou a mão do loiro.

- Vejo que já se conhecem – Sra. Shin comentou animada.

- Estudamos na mesma classe – Acrescentou Wonho.

Os adultos continuaram a conversar sobre negócios, enquanto os garotos de cabelos claros conversavam assuntos aleatórios.

- Hoseok, quero que conheça mais algumas pessoas, vamos.

- Claro. Com licença senhores – Curvou-se em sinal de respeito para a família Lee – Minhyuk, Hyungwon esta logo ali, se quiser ir até ele, eu não vou demorar – Apontou para o garoto alto que estava parado mais a frente.

O platinado colocou-se a andar em direção ao garoto alto, parado no canto do salão.

- Então os seguranças conseguiram te achar, que interessante – Debochou o moreno.

- Como sabe sobre isso?

- Quem você acha que mostrou o caminho a eles? – Riu.

- Eu já podia imaginar.

- Não sabia que frequentava esse tipo de festa.

- Há muitas coisas sobre mim que você ainda não sabe.

- Você frequentar esse tipo de festa com certeza é uma delas.

- Acredite, esse é o ultimo lugar no mundo em que eu gostaria de estar.

- Diz isso, mas olha só pra você. Trajado a caráter e tudo mais, é meio contraditório, não acha? – Hyungwon o provocou.

- Vá se ferrar – O mais baixo saiu andando.

Procurava por alguma saída que desse ao jardim. O viu pelo carro e achou lindo, queria poder observar melhor de perto.  Achou uma porta grande de vidro, estava aberta.

O jardim tinha diversos arranjos de flores, cada um de uma cor diferente. Havia algumas arvores pequena, que também estavam carregadas de flores. Tudo estava iluminado. O contraste das luzes com o brilho da lua dava ao jardim, um ar romântico.

Minhyuk pensou que aquele local era agradável para se ter um encontro , isto é, se ele tivesse alguém para chamar para sair.

Ouviu passos o seguindo.

- Não é educado sair andado por ai pela casa dos outros – Hyungwon aproximou-se.

- É mesmo? E o que faz aqui? – Retrucou o platinado.

- Apenas te seguindo.

- Realmente é um idiota.

- Eu já estou me acostumando com esses seus “elogios”.

- Que bom pra você – Continuou andando sem se importar com o outro.

- Sabe, no fundo você tem razão. Somos duas folhas de outono – O moreno continuou seguindo Minhyuk.

- Finalmente se tocou. – Riu

- Olhe como estamos vestidos, olhe para esse lugar e todas essas pessoas. Aposto que também foi obrigado a vir.

- Se eu tivesse escolha, com certeza não estaria aqui. Mas o que posso fazer, esse é o preço da minha liberdade. Podemos ser parecidos em diversos aspectos, mas a diferença é que eu abro mão de tudo isso para poder viver minha própria vida - Virou- se para encarar Hyungwon – Você seria capaz de abrir a mão de tudo para poder viver da sua maneira?

- Nunca pensei sobre isso – Disse o mais alto fitando o chão.

- Foi o que eu pensei – Riu o platinado – Você é do tipo que coloca o rabinho entre as pernas quando te obrigam a fazer algo contra a própria vontade.

- Isso não é verdade – Protestou.

- É mesmo? Me conte sobre alguma obrigação que se recusou fazer – Minhyuk estava provocando Hyungwon, não podia negar que adorava o ver daquele jeito.

- Vá se foder, ta legal? Não sou obrigado a te dizer nada – Irritou-se.

- É exatamente isso que tem que dizer – Sorriu satisfeito – Alias, é realmente uma surpresa saber que o mocinho educado na verdade tem uma boca suja.

- Você não se cansa de ser tão irritante?  

- Na verdade não, isso faz parte do meu charme.

- Francamente - Deu meia volta para voltar para o salão, mas foi interrompido.

- Hyungwon – O mais baixo chamou.

- O que é?

- Acho que posso aprender a gostar de você.

Hyungwon nada respondeu, apenas virou-se para seguir o caminho da porta de entrada no salão. Estava com um leve sorriso nos lábios e as bochechas vermelhas.

- Eu te odeio, seu grande idiota– Disse para si mesmo baixinho, enquanto seguia seu caminho.

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De volta ao salão, Hyungwon procurava por seus pais. Os encontrou conversando com um casal.

- Ah, ai esta você. Estávamos te procurando – Disse a Sra. Chae

- Eu estava dando uma volta no jardim.

- Deveria ter nos avisado, ficamos iguais loucos atrás de você.

- Me desculpe.

- Tudo bem, que bom que voltou. Esses aqui são o Sr. e Sra. Park, e essa aqui é a filha deles, Park Hee Na – Apresentou.

O moreno observou atentamente a garota, que tinha os cabelos ruivos na altura do ombro. Era extremamente magra e alta, seus lábios estavam levemente avermelhados. Era muito bonita como uma boneca, tinha que admitir. Mas não fazia seu tipo.

- É um prazer conhece-los – Curvou-se os cumprimentando.

- O prazer é nosso – Respondeu Sr. Park.

- Bem agora que já se conhecem, é melhor irmos para casa. Já esta um pouco tarde – Sr. Chae se pronunciou – Em outra ocasião conversamos mais.

Hyungwon não poderia ficar mais feliz, finalmente estava indo para casa.

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Sua mãe sorria feito boba desde que o apresentara para Hee Na. Haviam acabado de chegar em casa. Hyungwon dirigia-se para seu quarto, até que ouviu uma voz feminina o chamando. Foi até ela imediatamente.

- Me chamou?

- O que achou de Hee Na? – Perguntou sua mãe animada.

- Ela é bonita – Respondeu sem emoção.

- Ela é uma boa garota, é inteligente e educada. Seus pais disseram que ela toca piano como um anjo. Vocês dois iriam se dar muito bem juntos.

- Ela não faz meu tipo.

- Como sabe se ao menos conversou com ela. Chame-a para sair qualquer dia desses.

- Mãe! – Disse irritado. Odiava quando sua mãe tentava faze-lo sair com as filhas de seus amigos. Já havia feito, e todas as tentativas sempre davam na mesma coisa, um desastre. As garotas eram chatas, irritantes e esnobes. Só sabiam falar de sapatos e roupas, coisas que para o moreno, não tinham importância alguma. Ele sempre estragava tudo com suas palavras rudes e frias.

- Tudo bem, me desculpe. Não vou te forçar a fazer isso, mas pense bem.

Apenas ignorou tudo e saiu da sala. Hyungwon não gostava de sair com aquele tipo de garota. Na verdade, nenhuma garota com que tenha se relacionado o fez sentir diferente.

Wonho sempre dizia “talvez garotas não sejam o seu forte”. Nunca pensou na possibilidade de sair com um garoto, achava até que seria estranho. Seus pais nunca aceitariam, podiam até o deserdar se descobrissem. Por isso sempre negava e dizia “só não achei a garota certa ainda”.

Sim, ele acreditava que a garota certa um dia iria aparecer. Essa iria ser diferente das outras. Essa iria despertar emoções fortes no coração gelado do jovem Chae. Iria fazê-lo sentir-se especial e diferente. Iria fazê-lo enxergar a realidade por trás das coisas. Iria fazê-lo sorrir, corar e se arrepiar. Iria fazer seu coração se sentir cheio, só do fato de ela estar por perto.

Já havia sentido aquilo por alguém, mas se negava a aceitar. Afinal, o ódio sempre falava mais alto quando se tratava de um certo alguém com os cabelos brancos.

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