1. Spirit Fanfics >
  2. Riverside Girl >
  3. Jimmy?

História Riverside Girl - Jimmy?


Escrita por: itsmeMonroe

Notas do Autor


Peço desculpa pela demora em atualizar, mas tive vários problemas pessoais que me impediram de desenvolver a história. Mas enfim, estou de volta e com todo o gás!
Ps: leiam as notas finais!

Capítulo 6 - Jimmy?


Fanfic / Fanfiction Riverside Girl - Jimmy?

 

 

— Eu não sei se essa tinta vai ser o suficiente. – ouço uma voz feminina que acaba me assustando. Eu esbarro no balde que acaba derramando um pouco do liquido que restava.

Olho para a entrada da casa e a vejo parada com uma jarra de suco e um copo nas mãos. Ela está usando uma jardineira jeans com uma camiseta branca, o cabelo preso num rabo de cavalo com alguns fios grudados no pescoço e tem um sorriso lindo no rosto.

— Caralho, Maggie! Que puta susto você me deu. – ela caminha em minha direção e me entrega o copo e então o enche com a limonada.

— Desculpa. Eu não tinha a intenção de te assustar. O dia está quente e eu resolvi te fazer esse agrado. – ela da uma piscadela e coloca a jarra no chão perto da parede.

— Como você sabia que eu estava aqui? Não contei a ninguém. Nem mesmo pro meu pai. – tomo um gole enquanto observo ela corar com a minha pergunta.

— Eu... han, eu meio que observei você vir aqui esses dias. Mas foi sem querer. Eu só percebi um movimento aqui e a minha janela tem vista direto pra esse cômodo, han... sabe... – ela desvia o olhar e começa a encarar o chão.

— Tudo bem, Mags. Não precisa ficar nervosa. – dou risada e aperto a ponta do nariz dela. — Eu fico feliz que você apareceu, eu estava mesmo com sede.

— Então você está dando uma repaginada na casa. Muito bem, Travis. – ela começa a andar observando os moveis cobertos por lençóis brancos.

— Eu simplesmente senti uma vontade de pintar esse meu quarto antigo, comprei umas coisas e vim. Assim do nada, no impulso. – dou um suspiro e devolvo o copo pra Maggie.

— Então você vai reformar tudo?

— Não decidi isso ainda. Um passo de cada vez. – respondi.

— Se você quiser, eu posso te ajudar. – ela se oferece. — Nós crescemos aqui, tenho boas lembranças. Vai ser um prazer ver isso aqui voltar a vida novamente.

— Tudo bem então. – dou a ela um pincel. — Vamos ver do que você é capaz. – sorri.

Ela sorri de volta pra mim e começa a me ajudar, estamos em silencio, mas depois de um tempo isso acabou me deixando desconfortável, é a Maggie ali comigo, a garotinha que eu conheço desde sempre, era a minha melhor amiga.

E essa palavra "era" doeu como nunca.

— E então Mags, o que você vai fazer? – pergunto na tentativa de puxar assunto. — Vai voltar a estudar?

— Eu acho que por enquanto isso tá fora dos meus planos, tenho que ficar e cuidar da minha mãe. – ela responde com um suspiro. — E você Travis? Não vai para a faculdade?

— Eu já me escrevi pra algumas, mas eu não quero deixar meu pai sozinho e eu gosto de trabalhar na oficina. – confessei. — Além disso, não quero deixar a cidade.

— Entendo. – o silencio volta novamente. — Como as coisas andam? Fora tudo isso de dar um up no lugar.

— Estão indo bem. – dou um sorriso. — E com você? Como tá sua relação com sua mãe?

— Bem melhor, eu acho. Ela ficou feliz de ter você em casa aquele dia. Você deveria aparecer por lá mais vezes.

— Assim que eu puder, eu passo lá pra vê-la.

Maggie continuou a me ajudar a pintar aquela parede, os assuntos ficaram em coisas banais e de rotina, nada muito profundo, nós não tínhamos mais a mesma intimidade de antes, então não falamos muito da vida pessoal.

Maggie tinha razão, como ela disse, a tinta que eu tinha não ia ser o suficiente para pintar aquele cômodo.

— Eu avisei. – olho pra ela com uma careta e ela cai na gargalhada.

— Mags, isso não tem graça. Eu vou ter que sair e comprar mais.

— Jura, Travis? Pensei que você fosse fazer a tinta com um passe de mágica. – e ela ri ainda mais.

Não pude evitar e acabei me juntando a ela nas risadas, mas eu tive uma brilhante ideia quando olhei o resto de tinta que tinha no pincel.

— Sabe de uma coisa Mags? Dessa vez, eu vou me vingar.

E sem pensar duas vezes passei o pincel na bochecha dela. Sua primeira expressão foi de surpresa, que passou pela de susto, raiva e acabou com um sorriso. Um lindo sorriso.

— Você me paga!

Eu tinha feito apenas um pequeno risco, mas ela realmente se vingou, passou o seu pincel por todo o meu rosto e ainda por cima na minha roupa.

— Mags! Vem aqui!

E assim nós dois ficamos quase que brincando de pega-pega um com o outro com por um bom tempo, rindo do que estávamos fazendo como duas crianças novamente. Ao final acabamos cobertos com tinta na roupa e no corpo.

— Olha o que você fez! Eu vou te matar se essa tinta não sair da minha jardineira favorita! – ela diz com um tom irritado.

— Fala sério, Mags! Foi divertido! – respondo com dificuldade pela falta de ar causada pelas risadas. — Apesar que agora eu vou ter que ir pra casa todo sujo e meu pai vai saber o que eu tô fazendo. – eu não quero contar ao meu pai que eu estou "reformando" a casa, porque nem eu sei ainda o que pretendo fazer, não quero pressão em cima de mim.

Maggie mordeu o lábio como se estivesse pensando e depois de alguns segundos me propôs:

— Vem, você se limpa lá em casa e eu peço pro Greg te trazer umas roupas limpas, assim seu pai não vai desconfiar de nada. – ela ofereceu.

Eu fiquei em dúvida se eu aceitava ou não, mas eu não teria outra escolha, é se limpar na casa de Maggie ou chegar sujo de tinta em casa e ter que responder ao questionário e expectativa do meu velho.

— Obrigado, Maggie.

Deixamos os pinceis junto com a lata agora vazia e depois eu a ajudei a pegar a jarra com a limonada e os copos, tranquei a casa e fizemos a curta caminhada da minha antiga casa para a dela.

Nesse pequeno percurso eu vi ela digitando algumas mensagens que eu supus ser para o Greg, já que era ideia dela ele me trazer algumas roupas.

— Sua mãe não vai se importar que eu entre? – digo hesitante quando chegamos.

— Claro que não! – ela responde rápido. — Eu disse que ela quer que você apareça mais vezes, relaxa Trav.

Dou um suspirou aliviado e entro junto com Maggie na sua casa. Fazem quase duas semanas que eu estive ali para jantar e eu já estava de volta, não posso negar de que fiquei animado em ver como minha amizade com a Maggie estava voltando aos trilhos, aos poucos, mas estava voltando.

—  Travis! Você apareceu de novo! Isso é muito bom! – eu estava tão absorto em meus pensamentos que eu não percebi que Sra. Roberts estava na sala com uma boa visão para a porta. Ela se levanta depressa e me abraça sorrindo, ela parece não se importar que eu estava sujo de tinta ou simplesmente não viu.

— Oi sra. Roberts, como você está? – pergunto devolvendo seu abraço caloroso.

— Eu estou bem, e você como está? – ela sorri. — E por que você e Margaret estão sujos de tinta? – ela fica curiosa vendo Maggie entrar também suja de tinta.

— Eu estou reformando a casa, mas isso é segredo. Tentando, ainda não decidi. – digo piscando para ela.

— Pode deixar querido, não vou contar a ninguém. – ela sorri e faz um movimento na boca simulando um zíper sendo fechado.

— Obrigada sra. Roberts. – agradeço sincero.

— Pode me chamar de Abby querido, e não há de que. – ela dá um tapinha no meu ombro.

— Vem Travis, eu vou te ajudar com essa roupa suja de tinta. – Maggie diz já começando a subir as escadas. — Greg vai chegar em mais ou menos uns vinte minutos.

— Com licença, Abby. – pedi educadamente.

— Pode ficar à vontade querido, é bom te ver mais vezes aqui. – ela sorri e volta a sala para ver tv.

Subo as escadas para me encontrar com Maggie e ela está em seu quarto procurando alguma coisa já que ela revira algumas coisas nas gavetas.

— Quer ajuda em alguma coisa, Mags? – eu queria ajudá-la, mesmo tendo sido culpada por me sujar de tinta, ela estava me fazendo um grande favor em deixar eu me limpar em sua casa antes de voltar para minha, além disso ia me ajudar com a reforma por vontade própria, havia se oferecido pra isso.

— Eu só tô procurando uma tolha para você tomar um banho. – ela responde sem olhar pra mim, ainda mexendo nas gavetas. — Não vai adiantar nada algumas roupas limpas se seu corpo estiver machado de tinta.

— Você tem razão. – eu realmente não tinha pensado nisso.

— Achei! – ela grita com felicidade quando tira de umas das gavetas uma toalha azul clara. 

— Pronto. – ela vem até mim e me entrega a toalha. —Fique à vontade para tomar um banho, deixe suas roupas fora do banheiro para que eu as lave enquanto você se limpa.

— Maggie, não precisa. – eu contesto.

— Minha sujeira, eu tenho que limpar. – ela sorri pra mim. — Anda logo, antes que a tinta fique muito seca e eu leve anos para limpar direito tanto as suas como as minhas roupas.

Ela me empurra para dentro do banheiro e fecha a porta, em seguida eu pude ouvir passos de que ela também estava saindo do quarto e fechando a porta do mesmo, me dando mais liberdade.

Tiro minhas roupas, dobro as demais peças e deixo num canto visível no chão do quarto, assim voltando para o banheiro.

Entro no box e ligo o chuveiro, entrando debaixo da água morna e vendo ela se misturar com a tinta na minha pele, eu tive que ficar esfregando minha pele até o ponto de que ficasse avermelhada para que a tinta pudesse sair por completo. Maggie fez mesmo um estrago.

Ao desligar o chuveiro, eu pude ouvir risadas altas familiares, Greg havia chegado e sua risada era difícil de não se reconhecer.

Se ele havia chegado, isso quer dizer que as roupas também, me sequei com a toalha que Maggie me deu e em seguida me cobri com ela e segui até o quarto e num canto em cima da cama estava as roupas, como Mags havia dito que Greg traria e eu não poderia ser mais agradecido por aquele ato.

Eu não fazia ideia do porque eu não queria contar ao meu pai que estava mexendo na casa, era complicado, a reforma fora ideia dele, mas eu não queria colocar a casa para alugar, eu não queria que ninguém, exceto nós, morássemos lá.Na real, no fundo, eu não queria criar expectativas no meu pai. Talvez o ato de ter vindo pintar algumas paredes foi apenas um impulso idiota, nem sei se amanhã vou continuar interessado nessa mudança. Então não há necessidade de alarde pro lado do meu velho.

Tentando não pensar muito naquilo, afasto tais pensamentos me focando na tarefa de vestir as roupas que Greg havia trazido e também nas risadas no andar abaixo, o que era tão engraçado?

Quando terminei de me vestir, sai do quarto e desci ao encontro das risadas e me surpreendi ao ver não apenas Greg, mas também Jimmy sentado ao sofá, rindo e quando ele me viu, pude notar como seu rosto mudou rapidamente de expressão, mas não demorou muito para que ele voltasse a sua expressão serena de antes.

— Hey Travis. – Greg acena de onde estava sentado.

— Travis? – Jimmy pergunta com um tom educado na voz. — O que faz aqui?

Eu pude ver Maggie ficar rígida no sofá, diferente da sua mãe que ainda parecia se recuperar do ataque de risos mais recente.

— Hey Jimmy, hey Greg. – me aproximo deles. — Nada demais, Maggie apenas me ajudou com algumas coisas, como sempre. – dou uma resposta vaga, eu não ia contar a ele da casa.

— Minha namorada é mesmo uma mulher incrível, não é? – ele comenta com um sorriso presunçoso estampado no rosto.

— Pra mim ela nunca deixou de ser uma excelente amiga. – respondo sincero.

— Meninos, vamos comer algo? – Abby disse recuperada. — Um lanche agora não iria nada mal, não é mesmo?

— Não mesmo, eu tô com fome. Meu estômago já está falando várias línguas – Greg faz uma careta passando a mão na barriga.

— Então venha me ajudar a arrumar tudo. – Maggie diz rindo ao se levantar e ir para a cozinha.

— O que eu não faço por você. – foi o que Greg resmungou ao se levantar para ir ajudar Maggie, deixando apenas eu, Jimmy e Abby na sala.

— E como vão as coisas, Beckford? – Jimmy me encara fixamente com os olhos semi cerrados.

— Vão bem. E as coisas com você e os seus negócios?

— Cada dia melhores. – Ele permanece sério.

Abby ia abrir a boca para fala alguma coisa quando o telefone do Jimmy tocou.

— Com licença.

Ele se levanta e vai ao lado de fora da casa para atender o telefone, certeza que era alguma coisa dos seus rolos. No qual eu ainda quero questionar Maggie, para saber se ela está envolvida nas merdas do Jimmy. Eu espero realmente que eu esteja errado.

— Esse garoto, sempre tão dedicado ao trabalho. – Abby diz com um sorriso orgulhoso no rosto, isso fez com que eu ficasse com pena por ela não saber o que ele realmente fazia.

— Ele é mesmo. – foi só o que eu consegui responder.

Os minutos seguintes que se passaram foram gastos com uma conversa agradável com Abby, falando sobre várias coisas aleatórias e divertidas. Apesar de todo o seu problema com as bebidas ela nunca havia deixado de ser uma mulher de companhia agradável e fácil sorriso.

— Pronto. – Maggie diz entrando na sala. — O café da tarde já tá na mesa. – ela sorri, mas o sorriso some ao ver que Jimmy não estava mais na sala com a gente. — Onde o Jim tá?

— Ele saiu lá fora para atender uma ligação do trabalho querida. – Abby diz. — Tem uns 10 minutos.

— Vão indo à cozinha se servir, eu vou chamá-lo. – Mags diz voltando a sorrir, dessa vez com um sorriso forçado.

Eu acompanho Abby até a cozinha e meu estômago gritou ao ver a mesa maravilhosa que Maggie havia feito, não havia muitas coisas, mas tudo que tinha, estava com uma cara deliciosa.

— As coisas são comidas com a boca. – Greg diz rindo da minha expressão faminta.

— Eu sei.

Quando vi que Abby ia se sentar, meu corpo se moveu e eu puxei a cadeira para ela, um gesto cavalheiro que ela agradeceu com um sorriso.

— Vamos deixar os dois conversarem e vamos nos servir. – Abby diz dando sinal verde para começarmos a comer.

Nem eu, nem Greg contestamos, nos servimos juntos. Não havia nada muito incomum, apenas um bolo, pães e frutas, além de suco e leite e outras besteiras. Apesar da simplicidade estava tudo muito gostoso e fresco.

— Então, Travis, o que aconteceu que você precisava de um novo par de roupas? – Greg pergunta. — Maggie não me disse muita coisa.

— Você sabe guardar segredos? – pergunto.

— Claro que sim! – ele responde parecendo ofendido fazendo com que eu e Abby déssemos risada. — O que foi? Não confiam em mim? – isso só fez com que nossa risada aumentasse.

— Confiamos. – respondi entre risos. — Mas me dê algo em troca.

— Como assim? Como uma garantia? – ele parece surpreso.

— Exatamente como uma garantia. – sorri. — Algo que eu possa usar caso você venha espalhar o que você quer saber. – ele pareceu pensar por um segundo e em seguida respondeu:

— Tudo bem. – suspirou. —O meu segredo é que eu tô apaixo....

Ele foi cortado por Maggie e Jimmy que entraram juntos e de mãos dados na cozinha, sentando um ao lado do outro nas cadeiras desocupadas.

— Peço desculpas, eu realmente precisava atender o telefone e Maggie e eu acabamos conversando um pouco demais lá fora. – Jimmy sorri puxando a cadeira para ela.

— Espero que não tenha problema a gente ter se servido antes. – Abby disse gentilmente.

— Nós estávamos com fome. – Greg completou.

— É claro que não tem problema. – Maggie responde. — Nós só conversamos e acabamos nos atrasando, fico feliz de não terem nos esperado.

— Vamos continuar, pessoal, isso aqui parece uma delícia. – Jimmy diz forçando um sorriso.

Eu continuei em silencio durante toda a refeição, poucos comentários saíram, na verdade, era um pouco difícil não sentir como o clima estava pesado entre Maggie e Jimmy e isso de certa forma não estava agradável.

Assim que acabamos a refeição, Maggie tirou a mesa com a ajuda de sua mãe. Olhei para o relógio e vi que já estava perto do entardecer e eu havia prometido que voltaria para casa antes de escurecer, eu e meu velho havíamos combinado de passar algum tempo juntos já que eu não estava muito presente em casa nas últimas semanas.

Fui até a cozinha e vi ambas as mulheres daquela casa mantendo uma discussão num tom baixo para não alertar o que estava acontecendo, assim que me viram entrar na cozinha, pararam e antes que qualquer uma pudesse dizer algo anunciei:

— Tenho que ir, prometi ao meu pai passar mais tempo com ele.

— Sem problemas querido, volte mais vezes. – Abby disse.

— Vejo você por aí Trav. – Maggie diz com um sorriso, um sorriso que mesmo triste não afetava sua beleza.

— Até mais sra. Roberts, até mais Mags.Obrigado pelo lanche.

As duas sussurram um tchau e eu fui até onde Greg e Jimmy estavam, os dois se encontravam na sala em silencio vendo um programa aleatório na tv.

— Eu já vou indo, até mais.

—  Até mais Travis. – Greg diz mantendo a atenção na tv.

—  Até Greg, depois terminaremos aquela conversa. - ri.

— Seu maldito. – ele lança uma almofada que eu seguro facilmente.

— Não quer esperar por uma carona? – Jimmy pergunta.

— Obrigado Jimmy, mas eu passo, até uma próxima.

—  Tanto faz - ele resmunga voltando sua atenção para a tv.

Fui para casa a pé, incomodado pelo fato de ter passado menos tempo com a Maggie do que eu gostaria e sem saber o porquê disso me incomodar tanto.

Não demorei muito a chegar em casa e eu tive certeza que o dia ia terminar ruim, quando eu vejo o carro de Chloe estacionado na frente da minha casa.

Ela está encostada no capo do carro me esperando do lado de fora, então deduzi que meu pai havia saído, provavelmente ele havia ido buscar alguma coisa para cozinhar, já que ele tinha comentando que queria jantar comigo hoje.

— Você demorou. – ela diz quando me viu e logo que eu vi sua expressão eu sabia que ela estava com muita raiva e algo dizia que era de mim. — Eu posso saber o que você anda fazendo na casa da Margaret Roberts?

Olho Chloe da cabeça aos pés. Ela está com o rosto pálido, as olheiras fundas. Parece inquieta, mais que o normal. O cabelo desgrenhado e vestindo um blusão, algo que não é muito do estilo dela. Um sinal vermelho toca na minha cabeça. Tem algo errado.

— Como você sabe que eu estava lá? – pergunto surpreso e ao mesmo sendo burro de entregar que aquilo era verdade.

— Então é verdade? Você está dando em cima daquela garçonete vadia e incompetente? – Chloe começa a berrar. — Foi por isso que você pediu um tempo? Pra poder ficar livre e me trocar por aquela biscate sem sal? Eu não acredito que você teve coragem de fazer isso comigo Travis! De fazer isso com a gente!

Ela grita, desequilibrada e suando frio. Não é um dos surtos normais dela.

— Mas que porra você ta falando? Nada do que você fala ta fazendo sentido! - acabo gritando com ela. — Chloe, por favor, pare de gritar, vamos entrar e vamos conversar. - digo baixando o tom, para me acalmar e acalmar ela também.

— Vai se foder, Travis! Eu não vou parar de gritar! Como eu pude ser tão cega? Jimmy havia me avisado sobre isso duas semanas atrás e eu não acreditei e agora eu ouço da sua boca que você tá mesmo frequentando a casa dela! – ela explodiu, mas no meio dessa explosão, ela soltou que fora Jimmy que havia contado a ela. Jimmy.

— Jimmy? Como você conhece o Jimmy? – a expressão dela passou de raiva para surpresa quando ela percebeu o que havia dito.

— E-ele sa-sabe que-e eu sou sua namorada. – ela começa a gaguejar e desviar o olhar.

— Chloe, você sabe que não consegue mentir pra mim. Eu nunca te apresentei o Jimmy, vocês não tem contato. Você ta muito estranha – pego a mão direita dela e cheiro os seus dedos.

— Mas que porra você ta fazendo? Me deixa. - ela grita me empurrando. — Eu tô falando a verdade. ­– ela me responde grossa. — Ele me procurou para contar que você ta dando em cima da namorada dele e é só isso. – se tem alguém que eu conheço como a palma da minha mão, esse alguém é a diabinha. E ela não está me contando toda a verdade.

— Eu tenho cara de idiota? Isso não ta fazendo sentindo! - acabo perdendo o controle.

— Eu vou embora porque você é um traidor. - ela se vira e tenta abrir a porta do carro. Eu a puxo pelos braços e a empurro contra a porta do carro. Os olhos vermelhos, a boca seca, o cheiro. O comportamento estranho que eu conheço muito bem. Caralho, Chloe.

— Chloe. – digo firme. — Você tá  se drogando? Tá comprando drogas do Jimmy?

 


Notas Finais


Novidade: Travis pediu pra avisar que ele agora tem perfil no ask. Quem quiser bater um papo ou whatever é só seguir esse link aqui http://ask.fm/travisbeckford

Travinho ta esperando vocês.


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...