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História Riverside Girl - Maggie Peggie


Escrita por: itsmeMonroe

Capítulo 8 - Maggie Peggie


Fanfic / Fanfiction Riverside Girl - Maggie Peggie

O dia está mais quente que o usual mesmo aqui dentro da CAKE’S que é climatizado o calor tá me fazendo derreter. O lugar está cheio hoje, típico de uma sexta. Apesar de estar aqui minha mente está vagando em outro lugar; Não paro de pensar no que o Travis jogou em mim algumas noites atrás. Sobre isso, Jimmy está em Colorado visitando o pai, pelo menos foi o que ele me disse. Pretendo ter uma conversar  com ele e confronta-lo por definitivo assim que ele voltar.

— Alô, terra chamando piranha em órbita. – Greg me tira dos devaneios aparecendo ao meu lado no caixa.

— Oi Greg, precisando de algo? – digo em tom baixo.

— Ai credo, menina, você está muito apática hoje. Parece até que morreu alguém. Aconteceu alguma coisa?

— Não exatamente. Eu só vou poder te contar algo quando eu souber de tudo. Primeiro eu tenho que conversar com o Jim. – encaro Greg que tem uma expressão confusa.

— Ai o que esse encosto já fez de novo? Ai Mags cada dia uma preocupação com ele. Se liberta desse demônio! – ele revira os olhos e bufa impaciente.

— Eu vou conversar com ele e depois te conto tudo, okay?

— Okay, mas vê se melhora essa cara de morta se não vai espantar os clientes. – ele da uma tapinha nas minhas costas e se retira pra cozinha.

Greg tem razão, mas é meio difícil manter o sorriso no rosto enquanto sua cabeça grita de duvidas e desespero. Eu só quero ir pra casa e ficar deitada. Afundar nas cobertas e acordar num dia que eu não tenha que lidar com coisas assim.

O dia na CAKE’S foi movimentado, no começo da noite tivemos um evento privado, um aniversário. O que me deixou livre para ser liberada mais cedo.

Droga, Mags. Lá vem de novo. Respira. Penso comigo mesma enquanto estou no banheiro do meu trabalho me olhando no espelho. Estou suando frio e extremamente enjoada. Ligo a torneira e molho o meu rosto tentando aliviar um pouco, com as mãos molhadas umedeço o meu pescoço. Logo me vejo correndo para a cabine e me ajoelho no chão, acabo vomitando. Fico encarando meu vômito que parece  a minha mente agora: uma bagunça. Sou interrompida pelo meu celular que começar a tocar. Dou descarga e me direciono para pegar o celular na pia, olho para a tela e a foto de Jimmy aparece. Fico em duvida de atender ou não, mas acabo aceitando a ligação.

— Oi boneca, ligando pra saber se está tudo bem. – ele diz animado.

— Oi Jim, eu to bem. – dou um suspiro e ficamos em silencio.

— hum, então.. Você falou com o seu amigo Travis esses dias?

— Não – minto . — Eu não o vi desde aquela noite que você ficou de ir lá em casa se despedir de mim mas não apareceu.

— Sei. Eu só perguntei por que fiquei de deixar um dos meus carros na oficina do pai dele. Ia ganhar um desconto.

— Entendo. – o silencio volta.

— Eu preciso desligar agora. Te vejo em dois dias, certo? – ele diz e começa a tossir.

— Certo. Ta tudo bem aí?

— Sim, eu só me engasguei.  Mags, você é a minha garota, não é?

— Sim eu sou. – respondo engolindo seco a vontade de confrontar ele pelo telefone mesmo.

— Então diz pra mim, baby.

— Eu sou a sua garota, Jimmy.

— Isso aí, isso não muda. Eu te amo, Margaret.

— Eu sei Jimmy. – digo e encerro a ligação.

Ele perguntou sobre o Travis. Agora é um fato, rolou algo aquela noite que o Travis apareceu sujo de sangue e contando aquelas coisas, já que o Jim não apareceu para se despedir de mim. Ele nunca viaja sem antes ir falar comigo. E essa ligação foi a mais suspeita ainda, ele perguntando do Travis assim do nada. Que droga. Dois dias. Tenho que controlar minha vontade de interrogar o Jim e arrancar a verdade dele durante dois dias. Além disso, tentar sobreviver a essas crises de ansiedade horríveis. Preciso me ocupar com algo ou vou enlouquecer.

Depois de encerrar o expediente peguei uma carona com o Greg até em casa. Passei a noite vagando na casa, procurando algo pra fazer, já que conversar com a minha mãe não era uma opção pois ela está bêbada e apagada na cama dela. Agora me encontro parada no meio do quarto encarando a janela do antigo quarto de Travis que está com as luzes acesas, o que significa que ele está lá. vou ou não vou?, me pergunto. Tentando evitar mais duvidas paro de pensar e deixo meu corpo fazer todo o caminho até a casa dele. Mas o resto de coragem acaba me deixando apenas na entrada da casa dele, não consigo passar dali, então acabo me sentando em um dos degraus ali mesmo. Ignorando o vento frio que atinge Riverside depois de uma chuva calma de fim de noite, eu fico sentada esperando que ele apareça, mas estou nervosa. Estou com medo do Travis ou medo do que ele possa me dizer?

Fico esperando por 15 minutos até que escuto a porta atrás de mim ser aberta, no mesmo instante me levanto e me viro em direção a ela e vejo Travis que se espanta ao me ver parada lá.

— Você não está sujo de tinta, isso sim é de se espantar. – digo analisando ele dos pés a cabeça. A camisa preta e o casaco limpo, assim como a calça jeans e o tênis.

— Hoje eu não vim pintar, vim apenas medir umas coisas – ele da um sorriso fraco.

— Eu preciso conversar com você sobre o que aconteceu a ultima vez que nos vimos, Travis. – vou direto ao ponto.

Encaro Travis esperando pela sua resposta. Ele suspira forte e parece pensar numa resposta, pela expressão dele parece em conflito.

— Tudo bem – ele responde e se senta no primeiro degrau, eu me sento ao lado dele e ficamos os dois em silencio olhando pra rua.

— Então, aquilo que você gritou pra mim sobre o Jim... – tento dar inicio ao assunto

Ele tira uma carteira de cigarros do bolso do casaco e depois de pegar um, o acende. Ele dá uns tragos enquanto eu o observo e espero pacientemente pela sua resposta.

— Olha Mags, é complicado. Mas quero começar pedindo desculpa pela forma descontrolada que falei com você. Foi totalmente errado. Eu me deixei ser levado pelas emoções no momento e acabei falando coisas que não deveria. Eu gritei com você, te assustei e isso não é certo. – ele encara o vazio enquanto dá outro trago.

— Tudo bem, eu te desculpo por isso. – digo e viro meu corpo na direção dele para que assim possa olhar nos olhos dele enquanto ele me diz o que sabe. — Agora eu quero que você me conte o que sabe sobre o Jim.

Depois de um tempo ele finalmente me encara.

— Como eu disse, é tudo muito complicado. E sobre isso, não sou eu quem deve te contar o que ele faz ou não, porque isso vai muito além de mim, de você. É ele quem deve te contar tudo, é pra ele que você tem que fazer essas perguntas. Você deve falar com o seu namorado primeiro. – depois de falar isso ele volta a atenção para o vazio da rua novamente.

Sinto uma pontada de decepção no coração por não ter obtido nenhuma das respostas pras perguntas que eu pretendia fazer para Travis. Mas em certo ponto ele está certo, é o Jimmy que me deve explicações, não ele.

— Eu posso estar enganada mas as vezes parece que você e o Jimmy tem um passado juntos. Eu fico associando algumas coisas, não sei, devo estar sendo paranoica.  – rio fraco. — Eu não sei, acho que minha cabeça vai explodir. – apoio meus braços nas pernas e abaixo a cabeça encarando o chão.

Eu estou triste. Se eu pudesse me entocar dentro do chão agora, eu o faria.

— Pega. Coloca isso que o vento tá frio. – olho para Travis que já está de pé em frente a mim. Ele tira o casaco e coloca em volta dos meus ombros.

— Obrigada, mas não precisa. Eu já vou pra casa.

— Quem disse que você vai pra casa? – ele pega a minha mão e me ajuda a ficar de pé.

— Eu disse. Preciso dormir, já to até de pijama.

— Sua versão de 12 anos era menos chata, Maggie Roberts – ele ri.

— A minha versão de 12 anos não tinha tanto problema.

— Vamos comer alguma coisa, vamos no In N Out, você adora a batata frita de lá, porque tem aquele molho especial.

— Sim, eu adoro mesmo. Fiquei até com água na boca. Mas não vai dar, eu to de pijamas e não to no clima.

— É proibido negar comida, senhorita. Qual é Mags, vamos lá. – ele me sacode pelos ombros

— Eu não quero subir pra me arrumar.

— E você nem precisa. Super normal uma garota da Califórnia passear de pijamas por aí. – ele cruz os braços e arqueia as sobrancelhas. — Mas se esse é o problema eu posso resolver. Abre os braços.

— O que você vai fazer? – pergunto confusa.

Travis me veste com o casaco dele que em mim fica parecendo um vestido.

— E agora a gente fecha o zíper e pronto! Ultima moda em Riverside, como diria o Greg.

Nós caímos na gargalhada. Se eu conheço bem o Travis ele está tentando me animar e me distrair pra eu tirar o foco desse problema que está me deixando em conflito.  E se o Travis me conhece bem ele está fazendo isso justamente por saber que estou em uma guerra interna por conta dessa coisa com o Jimmy. Aparentemente nossa conexão continua a mesma depois de alguns anos e isso é bom.

— Tudo bem, você venceu. –digo jogando as mãos para o alto como sinal de redenção. — Mas não posso demorar muito, okay?

— Sim senhora. Agora sobe que eu vou te levar pro carro. – ele fica de costas pra mim e e se agacha um pouco.

— O que?! Não não, eu não vou montar nas suas costas.

— Você está dando trabalho hoje, Maggie Peggie. – ele faz uma carinha triste

— Você me chamou de Maggie Peggie? – digo surpresa

— Sim, igual quando éramos crianças. Eu decidi que hoje a noite vamos fingir que somos crianças novamente. Mas agora, ao invés de você me carregar, eu te carrego. Porque agora eu sou maior que você, Combinado?

— Okay, combinado.

— Agora sobe que estamos perdendo tempo.

Tentando colaborar com a tentativa de Travis de me fazer bem, entro na brincadeira que ele tem pra noite. O caminho até o IN-N-OUT foi tranquilo, cantamos algumas musicas antigas e fizemos umas brincadeiras. Depois de passar pelo drive thru, agora estamos no estacionamento do lanche comendo no carro.

— Você lembra que eu te chamava de Dino? – falo com a boca cheia

— Caralho! – ele grita. — Eu tinha esquecido isso! Você me chamava de Dino assim porque eu

— Tinha os dentes pequenos e pontudos – falamos em uníssono e rimos.

— Você parecia um dinossaurinho muito fofo – pego um sachê fechado de maionese e jogo nele que retribui me jogando um guardanapo. — Obrigada por isso, Trav. De verdade.

— Isso o que? O papel? – ele pergunta e dá um gole na sua bebida.

— Isso de você tentar me distrair, essas coisas...

— Isso – ele aponta pros lanches - não é nada. Você é a minha amiga, eu me preocupo com você. Eu tô me sentindo mal por que você não estaria assim se eu não tivesse falado demais. Eu só quero fazer você se sentir bem, se sentir protegida. Igual quando nós éramos crianças. Eu cuidava de você, lembra? Você ainda tem a mim, Mags.

— Okay... –  suspiro e dou um sorriso sem descolar os lábios.

— Eu não quero estragar o momento mas você tem molho no seu rosto – ele diz e com o dedo indicador retira o molho da minha bochecha. — Agora lambe.

— Limpa no guardanapo, Travis.

— É a sua sujeira, você tem que limpar. – ele permanece com o dedo perto da minha boca. — Igual quando você lambia o glace dos meus dedos, lembra?

— Okay, Dino. – abro a boca e faço o que Travis pediu. Ele me encara com um sorriso bobo no rosto.

— Isso foi um pouco sexy pra falar a verdade.

— Para né.  Seu dedo tem gosto de cigarro. – faço uma careta.

— Deve ser porque eu sou fumante?!!

— Certo você sabe que isso pode te matar, né?

— Sim, Maggie Peggie. Agora vamos, vou te deixar em casa, mas antes preciso passar em um lugar para pegar algo pro meu velho.

— Sem problemas. – digo e começo a jogar o lixo que fizemos numa sacola.

Eu não sei quando, mas em determinado ponto do caminho pra casa eu dormi. Acordei com Travis fazendo cafuné na minha cabeça. Estamos dentro do carro, cada um em seu banco e parados na frente da minha casa.

— Hey. – ele olha pra mim sorrindo sem descolar os lábios.

— Hey, que horas são? Por quanto tempo eu dormi? – digo passando as mãos no rosto tentando despertar.

— Bom, faz meia hora que estamos aqui. Você apagou com 10 minutos de percurso.  Não quis te acordar.

— Você deveria ter me acordado. Vai ficar tarde para você ir pra casa e eu já deveria estar na cama.

— Relaxa. Eu gosto de passar tempo com você, mesmo você estando dormindo. Sou tão legal que até inclinei o banco para você ficar mais confortável.

— Obrigada por tudo, por essa noite. Foi tudo muito legal. Agora eu tenho que entrar.

— Não precisa agradecer. Agora espera que eu vou te levar pra frente da tua casa da mesma forma que te peguei mais cedo. – ele desce do carro e dá a volta pela frente parado do meu lado e abre a porta.

Saio do carro e subo nas costas do Travis que caminha comigo até a porta da minha casa.

— Prontinho, entregue sem nenhum dano. – ele diz enquanto me retira das suas costas.

— Travis?

— Oi?

— Você me promete que vai me contar o que sabe depois que eu conversar com o Jimmy? – digo franzindo os lábios com receio da resposta dele.

— Prometo. Vamos conversar sobre isso quantas vezes você quiser, mas primeiro você precisa se resolver com ele. 

Impulsivamente me jogo nos braços de Travis para abraça-lo, ele retribuiu. Ficamos alguns alguns segundos daquele jeito até quebrarmos o abraço.

— Você pode me ligar se precisar ou não de algo, okay?

— Tudo bem – respondo.

— Agora entra e vai descansar.  Boa noite, M. – ele me beija no topo da cabeça e vai em direção ao carro.

Depois de subir para o meu quarto e escovar os dentes, agora estou deitada olhando pro teto. A diferença do inicio da noite pra agora é que eu to me sentindo menos mal, eu to me sentindo mais calma. Esse tempo com o Travis fez eu me sentir mais segura.  Mas não posso me precipitar e assumir algumas coisas, eu não faço ideia do que me aguarda, e muito menos faço ideia do quão envolvido Travis e Jimmy estão nesses possíveis negócios.  Na verdade eu não sei de nada, o que faz eu me sentir com raiva de mim mesma, se eu estou nessa situação a culpa é parcialmente minha. A única coisa que eu tenho em mente é que daqui  a dois dias eu vou encarar a verdade, e eu preciso me preparar pro que possa vir.

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Notas Finais


Sigam o Travis no twitter: https://twitter.com/travisbeckford_


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