Barulhos de trovões povoavam aquela noite, do lado de uma luminária e debaixo de um cobertor, ele lia um livro que a falta de luz não permitia enxergar a capa, os trovões eram cada vez mais rudes e fortes mas dentro daquele barulho constante ouve-se um som, Jonas se levanta da poltrona e caminha até a porta, a medida que se afasta da luz oncorpo dele vai se juntando ao escuro sendo moldado pelas sombras, quando abre-se a porta a luz do corredor invade, um homem alto com um imenso sobretudo cobrindo todo seu corpo chega, com ele um sorriso de canto de boca de Jonas.
— Demorou mais que o normal. — comenta.
O outro homem adentra o apartamento, coloca sua mão a direita da porta e aperta um interruptor, que facilmente ilumina cômodo.
— Houve alguns contratempos que precisamos falar sobre. — Jonas tinha um olhar apreensivo. — mas antes o que interessa.. o Junk! —
Após as palavras, aquele rapaz deixava seu sobretudo cair junto com água a chuva, revelava uma casacão preto com uma calça jeans, do bolso do casaco ele tirava uma seringa e um pequeno saquinho, Jonas ria compulsivamente, suas feições demonstravam extrema felicidade. Ele virava e corria até o final do corredor onde tinha uma porta, lá havia uma pequena geladeira e um fogão velho, ele ligava o fogão enquanto olhava para trás esperando seu companheiro, quando via que estava o seguindo ele abria a geladeira e dentro dela havia inúmeros talheres, ele pegava uma colher e quando retornava o olhar seu amigo já estava do seu lado.
— eu fui a um pequeno bar ontem a noite. - dizia o rapaz. — o ambiente é sujo e o arrego é pago, podíamos ir lá ainda hoje.
— Depende de quão rápido acabar o baque. — quando Jonas respondia o rapaz abria o saquinho e dispejava no centro da colher, Jonas rapidamente se virava e colocava sobre o fogo, uma nata preta começava a ferver na colher enquanto Jonas segurava, o outro homem pegou uma faca pequena e colocou sobre aquele amontoado preto da colher, enquanto fervia ele começou a sacudir diluindo o elemento.
— Obrigado, Gael. —
Após alguns minutos ali, Gael pegava a seringa e sugava todo líquido que sobrou daquela combinação química, Jonas largava a colher, desligava o fogão e ia empolgadamente até a sala, onde ele se sentava no chão no centro dela posteriormente a Gael. Debaixo de uma pilha de roupas havia três cintos, Jonas pegava dois e olha apreensivo para um terceiro de cor verde musgo, após alguns segundos ele dava um pra Gael e apertava um em seu braço, ele dava dois toques com dois dedos no meio do antebraço, sua veia ficava exposta, ele ria com um olhar maldoso e feliz pra Gael, que se aproximava com a seringa e então injetava o líquido.
"Há muitas palavras que eu poderia dizer sobre o que eu sentia toda vez que entrava em contato com aquilo mas só duas descreviam perfeitamente. 'Vida' e 'Prazer' " pensava Jonas que então sentia uma enorme quantidade de hormônios sendo liberado dentro de seu corpo, que causava sensações proximas a de um orgasmo deixando seu corpo mole que caía para trás com os olhos contorcidos.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.