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História Roleta Russa (REESCREVENDO) - Agente de Diamante


Escrita por: vnusfly

Notas do Autor


Não demorei hihihihi
Espero que gostem e se eu demorar me perdoem, estou estudando todas as tardes e noites até dezembro ;^;
Boa leitura...

Capítulo 13 - Agente de Diamante


Jeon já entrava na empresa da CIA com a arma na mão e seus equipamentos no cós. Corria pelos corredores com alarmes acionados e vários agentes correndo de um lado para o outro. A invasão já estava acontecendo, a ala Sul já estava em luta. Ligou sua escuta e ouviu as ordem que lhe eram dadas com atenção. 

 --- Jeon? Está ouvindo? 

 --- Estou, ala Norte em direção à Oeste.- respondeu passando por algumas portas que estavam destravadas pelo alarme de emergência. 

 --- Cuide dessa área, agente Kim já foi chamado e já está à caminho. E o agente Park? 

 --- Está com Hiro em casa.- respondeu e ouviu um suspiro.- Alertei os seguranças do prédio, ninguém entra e ninguém sai. 

 --- Perfeito, agora conto com você. Estaremos reunidos na Sul logo depois do ataque.

 --- Sim, senhor.- desligou a escuta e entrou na ala Oeste. Carregou o rifle em mão e sorriu.- Finalmente algo divertido. 

 Estava no décimo segundo andar da ala oeste, geralmente onde a área técnica ficava. Os escritórios estavam completamente vazios e supôs que alguns já tinha deixado o andar para que ajudassem em outro. Ouviu sons de tiros e escondeu-se em um dos escritórios, pensativo. Sorriu traquina e pegou alguns clipes de papel e tesoura, barbante de algumas mesas e grampos. Uma gambiarra que poderia se tornar uma armadilha. Colou papel filme com fita na porta e jogou tachinhas  no chão da entrada. Organizou as cadeiras com velocidade  e escondeu-se novamente. Logo os passos apressados dos invasores chegavam. Segurou o riso quando cinco ou seis deles entraram na sala. Um tropeçou no barbante e caiu no chão com tachinhas, outro se enrolou no papel filme e os outros três caíram na armadilha que armou com apenas os clipes e tesouras junto com grampeadores, uma catapulta de grampos. Levantou empurrando uma das cadeiras que encostou na outra de forma proposital. Desesperados, o que supôs terem escapado das armadilhas da entrada foram até lá. Apenas levantou e pegou uma maleta que estava ao seu alcance, batendo na nuca do que estava à sua frente e deu um empurrão no que avançou em si, fazendo-o cair nas mesas de trabalho.

 --- Levantem seus molengas!- mandou o que estava enrolado no papel filme e logo os que estavam machucados com tachinhas correram até o agente.

 --- Que educado.- sentou na cadeira e saiu empurrando-a pela sala. 

 As cadeiras iam se ajustando do jeito que queria. O primeiro que chegou perto de si levou um chute no estômago e um gancho de esquerda no rosto. O segundo veio com tudo, teve seu braço segurado pelo agente e torcido para o lado com facilidade, foi empurrado para uma das cadeiras por perto e chegou na parede com dor. O terceiro que havia levantando das mesas deu-lhe um soco no rosto, apenas fazendo-o rir e revidar com gosto e velocidade, pegando uma tesoura de ponta e enfiando na perna do sujeito. Andou até o quarto, este que apontava uma calibre em sua testa, pronto para atirar. Segurou a arma e fez um movimento rápido para que a mesma ficasse em suas mãos e fosse jogada contra a janela de vidro. Longe do alcance do invasor. Segurou seu braço e deu-lhe uma joelhada no estômago, segurou seu ante-braço e levantou seu corpo para que caísse além do seu, em direção ao chão e em cima do que estava com a tesoura na perna. O quinto, enrolado no papel, levantou-se pronto para lutar porém teve uma cadeira arrastada em seu rosto, justamente pelo impulso do pé do Jeon. 

Como ele pensou, meticulosamente armado. Percebeu que ainda tinha mais três sujeitos em pé. Sorriu chamado-os com a mão e os três vinheram ao mesmo tempo, apenas sentou na cadeira que estava ao seu lado e puxou as duas ao alcance das mãos. Empurrando-as para que atrasassem os invasores e conseguisse pegar o que vinha na suas costas. Apenas uma cotovelada foi o suficiente para deixa-lo tonto e um chute no saco para que deitasse no chão com dor. Os outros dois ainda vinham em sua direção, desviando das cadeiras. Apenas correu na direção deles e passou por baixo de suas mãos, puxando suas pernas para cima e levantando-as para que caíssem no chão confusos. Pegou o barbante da porta e passou pelas cadeiras que estavam ao redor dos invasores, uma prisão temporária, diria. Pensou em uma prisão melhor e deu de ombros.

 --- Fiquem bonitinhos aí.- mandou rindo e apertou o botão que fechava as janelas com grades e portas de aço.

Incrivelmente bem ao lado da porta. Ele sabia aquele andar de có e saltiado. Passou pela porta sem problemas e fechou a porta com cartão. Andou pelos corredores e no caminho nocauteou mais cinco deles. Alguns nos banheiros e outros em alguns escritórios daquele andar. Eram muitos. Escutou em sua escuta alguém lhe chamar. 

 --- A ala oeste está limpa Jeon, venha para a leste, Norte está vazia e protegida.- leste era a área tecnológica e a norte a área científica.

 --- Ok.- respondeu correndo para as escadas. 

 Subiu os andares e andou pelos corredores de forma apressada. Olhava o relógio e havia se passado cerca de uma hora e meia. Respirou fundo, tinha mais uma e meia para voltar para casa. Entrou na ala leste deparando-se com vários invasores, muitos. A ala leste era onde ficava a academia e treinamento dos agentes. Já ouvindo o barulho de balas e socos, desviou de alguns que vinham até si agressivos, nocauteou grande parte olhando atentamente para o agente de cabelos azuis um pouco desbotados, lá estava Min Yoongi. O agente de Diamante. Correu até ele, tendo consciência que tinha feito dois invasores baterem a testa um no outro. Chegou em suas costas e encostou para que ficassem de costas um para o outro, como antes. Ouviu um riso animado. 

 --- Jeon, saudades?- perguntou já em posição de luta, um sorriso escancarado no rosto. 

 --- Eu que pergunto, saudades Min?- revidou rindo e dando um chute com a perna esquerda em um e uma cotovelada em outro. Logo um soco e rasteiras que derrubavam cerca de dez que se aglomeravam ao redor. 

 --- Sempre.- puxou os cabelos de um invasor e jogou para longe em direção à outros três. 

Caíram no chão. Riram e continuaram a lutar até que todos daquela ala estivessem no chão. Haviam alguns que ainda tentavam resistir, contudo, o  barulho de armas ainda era alto. Eram apenas os dois naquela sala. 

 --- Vamos para o décimo quarto andar dessa ala. Tae está lá com os outros agentes, esta havendo tiroteio.- falou o Min já carregando sua arma. Ambos ofegantes. 

 --- Eles querem algo, não viriam com tanta agressividade se não quisessem.- andou correndo ao lado do Min, em direção às escadas. - É o garoto.

 --- Talvez não só ele. Ambos os lados querem estar com a mesma moeda.

 --- E somente há uma.- completou.

 --- Entre dois grupos, só um pode ficar com a vitória e é o que tiver a vantagem.- olharam-se orgulhosos.

 Eram uma mente só quando estavam juntos. Entraram na sala onde havia os tiroteios. As balas corriam soltas e sem medo, revidaram as que podiam, procurando anteparos para que não levasse alguma bala perdida. Chegaram até o Kim que tinha seus olhos sérios e sua pontaria tão certeira quanto um profissional. O agente de prata. Ao seu lado havia uma figura ruiva e sorridente, animada com a diversão que estava presenciando. O Jeon olhou confuso para o intruso e o Jung percebeu, parando seu tiros. 

 --- Olá!- sorriu sacana e apontou sua nove milímetros para frente. Atirando em mais alguns invasores. 

 --- Quem é... 

 --- Não pergunte Jungkookie, não dê atenção à ele!- falou o Kim ciumento.

 --- Tudo bem.- respondeu confuso e voltou a apontar sua arma para continuar o tiroteio. 

 --- Jeon.- ouviu a voz do Min e olhou para ele com atenção. 

Ambos olharam para o lado e havia um pequeno espaço onde poderiam chegar ao outro lado.

 --- Tae, cobre a gente.- mandou Jeon, abaixando entre o pequeno muro que fizeram com as mesas de aço. 

 --- Ouviu lagarta de fogo?- alfinetou o mafioso que revirou os olhos. 

 --- Ouvi serpente asquerosa.- com fogo nos olhos, voltaram a atirar. 

 --- Vamos.

 O Min andou devagar e tentando passar despercebido com o Jeon atrás de si. O espaço era pequeno e de risco, mas valia a pena arriscar. Jeon tirou do bolso de seu cós, balinhas de vidro com cheiro desagradável e gás hilariante. Tampou o nariz e avisou ao Min. Levantou e jogou em direção aos invasores que sequer viram a bolinhas estourarem. O cheiro subia e fazia alguns deles tossirem e rir alto. Em movimentos rápidos, correram até eles e apagaram todos com uma só torção no pescoço e um golpe na nuca. Assim que terminaram, levantaram avisando que a barra estava limpa. 

 --- Vamos para a ala sul.- avisou o Kim assim que recebeu as ordens na escuta. 

 * 


 O relógio batia lentamente. Seus cabelos estavam ainda molhados e sua roupa quentinha recém colocada, fazia sua gatinha se esparramar em seu colo pelo frio. Mesmo com o aquecedor a ventania e a neve estava violenta do lado de fora. Estava preocupado, já fazia duas horas que o Jeon tinha saído e sequer dado notícias, além do mais, na agência tinham muitos agentes, poderiam resolver uma simples invasão fácil. Apertou a gatinha em seus braços e levantou, precisava comer algo quente, seus ossos já começavam a gelar e sua cabeça doía pela dor ainda nos fios. O puxão que recebera à algumas horas parecia ter machucado seu couro capilar, fazendo-o arder. Foi até o agente Hiro, este mexia no computador do Jeon e vigiava o apartamento do lado de fora e do lado de dentro, além é claro, do apartamento do Kim. Prestava bastante atenção aos detalhes e também no garoto que não saia do seu lado, talvez por medo. Sentiu sua manga ser puxada com delicadeza e o garoto lhe  olhar por trás das lentes dos óculos. 

 --- Estou com fome.- murmurou com timidez e Hiro assentiu, levantando. 

 --- O que vai querer? - foi até a cozinha e deixou o notebook na mesa, aumentando o som.

 --- O que você preparar está bom.- respondeu baixo e sentou no banco do balcão com a gata ainda em seu colo.

 --- Tem lamen?- abriu as estantes repletas de comida e têmperos, de fome eles não poderiam reclamar.

 --- Sim... - observou o agente começar a preparar o lamen com calma.- Jeon e você são amigos? 

 --- Não...- respondeu abaixando seu tom, odiava falar sobre aquele assunto. 

 --- Então por qual motivo ele confia em você? - desconfiou. 

 --- Não sei.

 --- Entendo... Ele deve confiar em você por se conhecerem, ou por você ser um agente... achei que fossem amigos...- murmurou entre o pelo da gatinha, seu nariz fazia um pequeno carinho nos pelos macios.

 --- É.- respondeu amargurado.

 Como odiava, não sabia o quanto odiava e o quanto estava odiando aquela conversa. Pegou um pequeno pote que estava com tampa apertada, ele nem sabia que nem mesmo o Jeon conseguia abrir aquele pote de têmpero. Tentou na primeira e estranhou que a tampa estava enroscada de maneira desajeitada, talvez o Jeon tenha conseguido aquele feito. Puxou com força e nada, já iria desistir e procurar outro, contudo, o pote foi puxado por mãos pequenas da sua. O barulho da tampa abrindo fez o agente olhar para o garoto aparentemente despreocupado, este segurando a tampa em uma mão e o pote na outra. 

 --- Aqui.- estendeu o pote para o agente que revezava o olhar da tampa para o pote.

 --- Como você...- tentou e ouviu um suspiro aliviado. 

 --- Digamos que é um costume.- mentiu sorrindo. 

 Pelo menos alguém que não sabia de sua condição naquele FBI. O agente pegou o pote e voltou à preparar o lamen, ainda desconfiando do garoto atrás de si. Ele era estranho. Algo nele era completamente anormal, e não, não era os aparelhos e nem seus olhos profundos. Ele parecia saber mais do que dizia, era essa impressão que o agente sentia. Respirou fundo assim que terminou de fazer o lamen e colocou tudo em um prato, pegando hashis e colocando na mesa. O garoto sorriu para a comida e agradeceu baixo, comendo em silêncio enquanto o agente lhe olhava com braços cruzados. 

Sua atenção desviava para o computador uma vez ou outra, havia realmente muitas câmeras, o Kim era magnífico em espionagem isso ele tinha que concordar. Taehyung sempre foi um ótimo espião da CIA e um ótimo agente do FBI, o famosos agente de prata como era chamado assim que se formou. Era perfeito em tudo, mas para conseguir informações por qualquer meio ele era excepcional. Lembrava-se bem do treinamento que fazia com o Kim na academia, chegava a dar medo o quanto o Kim conseguia arrancar tudo de si com apenas um aparelho em mãos. O mesmo com Jungkook, o agente de ouro. Ele era um agente exemplar, sabia sempre o que estava fazendo, a lábia era sua pior e melhor amiga, seu sarcasmo era até mesmo invejável. Contudo, não deixava de ser gentil com ninguém, não deixava de ser uma pessoa doce pelo seu temperamento durante as missões, nunca. Era isso que mais admirava no Jeon, mesmo ele parecendo frágil algumas vezes, mesmo ele mostrando que seja uma pessoa calma e até mesmo normal. Ele era forte, forte demais, inteligente, estrategista. Nossa, e como era. 

Quando juntava com o Min, melhor ainda. Ambos formavam uma só mente. Alguns agentes tinham até medo quando os dois se juntavam em uma missão, não sabiam que quando juntavam os dois se tornava algo perverso ou fenomenal. O Min era o agente diamante, se o Kim era perfeito, o Jeon era o melhor, o Min era o indestrutível. Sua sensatez, frieza, calma, paciência, tudo. Os três melhores agente e espiões, os três que eram inalcançaveis. Certo que Hiro era um dos dez melhores. No ranking, ele era o quinto, logo a frente havia o Agente Namjoon. Aquele que ocupava antes o primeiro lugar junto a um agente desconhecido, nunca souberam quem ele era. Diziam ser um dos Jeon, este que na verdade era o que estava em segundo lugar, mas o primeiro sequer sabiam seu nome. Ele era um haquer, diziam. Um criminoso que tinha todos os segredos da CIA nas mãos e nos inúmeros arquivos de seu computador na prisão. Alguns diziam que ele sequer existiu e se existiu, foi morto por saber demais. 

Outros - mais pirados, diria- afirmavam ser um ser extraterrestre. Com o pensamentos revirou os olhos, não que não acreditasse nisso, porém era meio idiota. Se fosse realmente um, ele sequer sairia de sua posição e melhor, não diriam sua existência ou apagariam as memórias de vários agentes. Ouviu um risada baixa e olhou para o garoto, este terminando seu lamen. Ambos ficaram em silêncio, apenas ouvindo o relógio passar os minutos. Olhavam para o relógio na parede, este em forma de um pequeno gatinho. 

 --- Duas horas... a CIA mais próxima fica um pouco afastada de Seul...- Hiro respirou fundo e olhou para o garoto.

 --- Eu espero que em meia hora ele chegue, não gosto de ficar muito longe...- sussurrou mais para si mesmo e sabia que o agente não tinha ouvido. 

 Jeon trazia certa segurança em si, mesmo fazendo apenas algumas semanas. Era óbvio que o mesmo não iria deixar que ninguém encostasse em si, e quem o fizesse iria sofrer as consequências. E estava preocupado, percebeu que Jeon raramente descumpria promessas e se fizesse, era por uma causa importante, ao ponto de sofrer riscos. Dizer que chegaria em três horas? De verdade? Jimin realmente não acreditou. Porém, confiou. Esperaria as três horas contadas, mesmo que fosse impossível chegar ali em meia hora ou uma. Estavam no centro, e o Jeon longe de lá. Seria humilhante dizer que esperava pelo menos uma ligação? Pelo menos ouvir uma desculpa esfarrapada ou alguma ordem para que saíssem dali? Pelo menos dizer que estava vivo e não em uma enrascada? Não iria admitir seus pensamentos, nem morto.

 --- Esta nevando mais forte.- afirmou o agente olhando pela janela.- Não irá demorar para faltar energia. 

 --- Como sabe?- perguntou e Hiro sorriu.

 --- Já fiquei hospedado em alguns lugares em que geralmente a energia é compartilhada, e quando nevava desse jeito, sempre faltava. O gerador desse apartamento é no porão, contudo a conexão é lá no terraço. Deve estar uma montanha de neve agora. 

 --- As câmeras irão desligar, como irá saber se alguém não irá entrar?- perguntou o Park, disfarçando a preocupação na voz. 

 --- Não irei saber, pois sairemos antes. - respondeu o agente rindo em escárnio.- Ele é um desgraçado.

 --- Eu não acredito.- leu os pensamentos de Hiro. 

 --- Ele sabia. Ele sabia que iria nevar mais, ele sabia que iria faltar energia, ele sabia até mesmo o tempo. Não ele que estaria em uma enrascada... - estava incrédulo. 

 Jimin também não escondeu sua surpresa. Jeon sabia. Ele sabia de tudo. Sabia que iria faltar energia em cerca de três horas, ele sabia que as câmeras não poderiam mais vigiar o lugar, ele arquitetou tudo. Era assustador. Até mandou que saíssem se não voltasse em três fucking horas. Não era Jungkook que estava com o tempo marcado, eles que estavam. Pergutava-se naquele momento se Jeon era louco. Pirado. Como ele protege alguém e deixa esse alguém com um desconhecido, sozinho e com a contagem de fulga contada? Sentia sua veia latejar de impaciência, era inacreditável. Suas preocupações já tomavam sua cabeça, como levaria Mimi? Jesus, Jeon Jungkook era um filha da puta. Hiro não parecia diferente, até ria de nervoso. Eles sequer podiam prever quantos minutos certos tinham.

 --- Jeon, você me paga gracinha...- murmurou e Jimin tomou as palavras dele como as suas. 

 Jeon Jungkook, você me paga... 

 *


 Eram agentes de todos os cantos, recuperando-se do ataque que tiveram. Alguns estavam cuidando de ferimentos e outros apenas pensavam aéreos à situação, totalmente alheios da discussão que havia entre o chefe e o agente. Ao lado deles um mafioso algemado revirava os olhos, tinha sido preso assim que descobriram quem ele era. Jung Hoseok, o mafioso procurado pela polícia por seis anos por fraude, roubo, invasão, formação de quadrilha, assassinato, tráfico de armas e afins, identidades falsas e sua ficha realmente não rapava aí. Sinceramente, de algumas acusações sequer participou, apenas estava fazendo algumas outras coisas no lugar errado e na hora errada. Ele já estava com prisão perpétua de qualquer forma, um crime a mais não faria diferença alguma. Enquanto pensava entediado com a briga dos dois ao seu lado, olhou para o Kim com tédio. Não iria mentir, aquele garoto - que descobriu ser mais novo que si apenas três anos, então era considerado um homem - era lindo para um caralho. Parecia aqueles modelos de capa de revista cara, seu rosto era exótico, anguloso e bem marcado, jovial demais. E a voz? Ele precisava falar? O que tinha de aparência, não era nada comparado aquela voz grossa. O Min escolheu bem, tinha que admitir. Só não gostava de um pequeno fato, ele era namorado do homem que tinha seu coração. Poderia ser melhor? Claro, por que não acrescenta o amigo gostoso dos dois? Aquele homem era uma perdição, uma face infantil com jeito de homem. Sentia sua adolescência voltar, porém via que não era uma boa hora. Não teria os três de qualquer forma se estivesse preso. 

 --- Olha, eu tô aqui. - falou com voz entediada, seus pulsos algemados nas suas costas. 

 Quantas vezes já tivera algemado na vida? Três? Quatro? Umas seis...

 --- Cale-se ruivinha.- chiou o Kim e fez o mafioso lhe olhar com ódio.

 --- Quando o Min voltar, vou ser melhor que o boneco de plástico que é.- revidou. 

O Kim lhe olhando com raiva. Eram duas crianças brigando.

 Enquanto todos estavam reunidos na ala sul. Dois agentes procuravam mais alguns intrusos naquele andar. Estavam no setor de pesquisa e olhavam cada metro daquela sala cheia de arquivos e materiais de pesquisa. Jeon aproveitou para olhar os arquivos que estavam expostos e bagunçados na mesa, iria arrumar todos. O Min estava logo na outra sala, olhando com cuidado para cada uma. Juntou os papéis em mãos com cuidado e colocando nas respectivas pasta, contudo parou em uma com o nome: "Protejo arma-1276". Abriu e viu uma das fichas, na verdade, haviam no total, dez fichas. Olhou o primeiro nome e viu um menino estrangeiro. 

 Nome: Jacob Cullen. 

Idade: 12 

Tipo A.B.O: OP. 

País: México.

 Efeitos: Nenhum. 

Resultado: negativo. 

Causa: Óbito. Número: 1.


 Nome: Larissa Brito

 Idade: 11 Tipo A.B.O: ON. 

País: Brasil.

 Efeitos: Nenhum. 

Resultado: negativo.

 Causa: Óbito. 

Número: 2. 


 Nome: Park Jimin. 

Idade: 9. 

Tipo A.B.O: OP. 

País: Coréia do Sul.

 Efeitos: Todos os requiridos, contudo falhas genéticas. 

Resultado: positivo. 

Causa: Tratamento pós-experimental. 

Número: 3.

 Arregalou os olhos. A resposta estava estava em suas mãos. Passou a página, não teve coragem de ler o resto e passou para a última.

 Nome: Kim Daehyun.

 Idade: 10.

 Tipo A.B.O: AB

 País: Coréia do Sul. 

Efeitos: falhas no desenvolvimento hormonal e anemia energética.

 Resultado: positivo. 

Causa: Tratamento pós-experimental pela metade. 

Número: 10.

 Procurou por mais páginas, contudo não achou. Era apenas um fichario com nomes. Deixou no lugar e guardou o resto dos papéis em silêncio. Kim Daehyun e Park Jimin participaram de um experimento da CIA. Pelo que viu, apenas os dois estavam vivos e oito entraram em óbito. Não deixou de lado que só haviam crianças naquelas fichas, todas entre nove e quatorze anos, nacionalidade diferentes e tipos sanguíneos diferentes, fins diferentes, efeitos diferentes. 

Sua cabeça ia longe, principalmente no fato de Kim Daehyun ser a filha de um agente do FBI. Então sua hipótese poderia estar certa, os pais do garoto poderiam ser agentes ou infiltrados. Todavia, como Daehyun foi parar ali, Namjoom não parecia saber desse fato. "Pós-experimental pela metade..." poderia talvez, Namjoon ter parado aquele tratamento? Não imaginava ele fazendo algo com a filha, parecia ter tanta admiração e devoção por ela. Além do que, ele era um agente, tinha grande chance de terem feito sem sua autorização.

 --- O que tanto pensa?

 Virou-se para o Min que lhe olhava com braços cruzados. 

 --- Tivesse um filho, se fizessem algo com ele, o que você faria?- perguntou olhando nos olhos do Min.- Na verdade, se pegasse no flagra o que estavam fazendo? 

 --- Faria de tudo para que não o machucassem... - respondeu desconfiando da pergunta do Jeon. 

 --- Perderia seu emprego?

 --- Sim. 

 Então temos um veredito, afirmou no pensamento. 

 --- Para que essa pergunta?

 --- Nada, apenas pesquisa. Agora lá vai outra. És um pai desnaturado e sua mulher uma espiã, não poderiam cuidar do filho, o que faria com ele? 

 --- Deixaria-o imediatamente no FBI, não ficaria com ele se fosse um desnaturado ou tivesse problemas para resolver. Minha mulher poderia muito bem cuidar dele enquanto resolvo.- respondeu e Jeon sorriu.

 --- Contudo nunca o abandonaria? 

 --- Não, eu nunca abandonaria um filho nem se fosse um bandido.

 --- Era essa a resposta que eu queria.

 Ótimo, seu quebra cabeça já tinha um tamanho que precisava. Tinha quatro peças, família, pirralho, experiência, assassino. Sua procura estava apenas começando.

 * 


 --- Eu quero o histórico do garoto! 

 --- Não podemos lhe dar. 

 --- Então estou fora do caso.- olhou para o relógio. Tinha vinte minutos. 

 --- Não pode sair.

 --- Então me dê a droga do histórico!- mandou assustando o chefe em sua mesa. Ao seu lado o velho lhe encarava.

 --- Jeon apenas cumpra as regras...

 --- Não vou cumpri-las, tem um garoto que é procurado por um grupo assassino. Além dele ser um protótico de uma arma letal. Eu quero o histórico dele, não vou o tratar como um objeto, ele é uma pessoa viva.- contestou com razão. - Esta em constante perigo, quero todos os arquivos que contenha Park Jimin escrito. Todos. 

 Era óbvio que não iriam lhe dar todos, ele não era burro. 

 --- Tudo bem, dêem para o agente Jeon todas as pastas do agente Park da alas disponíveis.- menos a sul. Ele sabia.

 --- Obrigada.- agradeceu.- Quero que o Min me ajude no caso. 

 Seu chefe arregalou os olhos, Min, Kim e Jeon em um mesmo caso? Eles queriam matar quem, um super-vilão?

 --- Tudo bem...

 --- Hiro também está nele, quero sua vigilância vinte e quatro horas no mesmo prédio que o Kim. 

 --- Não está pedindo demais? 

 --- Só o necessário senhor.

 --- Então pode sair. 

 Assentiu e saiu da sala, passando do lado do mafioso que era solto pelo Min e ganhando um olhar venenoso do Kim.

 --- Jeon, este é o Jung Hoseok.- apresentou o Min que era abraçado pelo Kim com posse.

 --- Oh, Jeon? Seu nome é Jeon? Que coincidência...- sorriu doce, oras, um Jeon era raro de se ver.- Vi seu pai na Hungria nas minhas férias.

 --- Ele estava bem?- peguntou curioso.

 --- Ele ainda está atrás de mim e do meu amigo... porém ele estava bem com sua mãe, divertiam-se muito caçando bandidos lá. Até ofereceria ajuda se não tivesse motivos óbvios...- respondeu colocando as mãos recém livres nos bolsos da calça jeans colada. Sua flanela tropical do qual fazia destaque ao seu visual relaxado.

 --- Mas, não deveria estar preso?

 --- Ele deveria.- O Kim respondeu. 

 --- Ele está sob minha custódia, não irá escapar nem se quisesse. Além do mais, irá ajudar no caso para que diminua sua pena perpétua. - Yoongi respondeu sorrindo. 

 --- Quantos anos mesmo ruivinha? Duzentos?- perguntou sarcástico Taehyung. 

--- Há, Há... cento e vinte.

 Jeon olhava para todos que estavam agora envolvidos. No que ele foi se meter? Ainda era tarde para reivindicar suas férias no Havaí?   


Notas Finais


Segredos e mais segredos... estão sentindo a falta de alguém? Assim que tá faltando nessa história hihihihi :3
Vai ficar só para o próximo que tem treta...
Até o próximo e digam se gostaram <3
Beijos *^*


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