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História Rosas No Túmulo: O Domínio Oculto - Vivendo a Realidade...


Escrita por: Dryia

Notas do Autor


- Estamos aqui só dando uma passadinha rápida mesmo.
Inner: Só porque estamos morrendo de preguiça e querendo postar logo o capítulo para ver série.
- Apenas esperamos que gostem
Inner: E boa leitura =3

Capítulo 3 - Vivendo a Realidade...


Fanfic / Fanfiction Rosas No Túmulo: O Domínio Oculto - Vivendo a Realidade...

– Puta que pariu! Tem como isso piorar? Seja lá quem for você, que está aí dentro da minha mente, falando comigo, dá pra parar, pelo menos por uns dez anos, porra? – gritou Mary levanto todos os dedos, com exceção do dedão, às têmporas.

O terrível ruído de algo sendo arranhado lentamente – soava mais ou menos como os dentes de um garfo sendo passados no fundo de uma panela, em círculos, repetidamente – fez uma dor tremenda atingir os tímpanos da garota, que caiu de joelhos com as mãos sobre as orelhas, tentado impedir a entrada no som em seus ouvidos. Em vão. O barulho permaneceu por pelo menos trinta segundos antes de enfim extinguir-se e proporcionar alívio imediato a morena.

Mary permaneceu de joelhos, e, assustada, passeou seu olhar pelo quarto. O que foi aquilo? Não havia nada nas paredes, chão, teto e nos simples móveis que preenchiam o cubículo. Quando seus olhos passaram pela pequena janelinha, notou que o vidro estava distinto de antes; ela se ergueu e se aproximou da janela, olhando para cima com a cabeça fazendo com o pescoço um ângulo superior a 100 graus, notou: estava arranhado! Cerrando levemente as pálpebras, com um pouco de dificuldade conseguiu identificar o que estava arranhado. Mary arregalou os olhos, por um instante faltou-lhe ar e, assustada, tropeçou nos próprios pés ao tentar andar para trás, caindo sentada.

– M...meu Deus!

O vidro apresentava marcas de unhas recentes que formavam a palavra “não”.  Uma resposta para sua pergunta! A janela era alta para se chegar facilmente e o vidro devia ser muito duro para fazer marcas daquele tipo com tanta facilidade.

Quem, ou melhor... o que fez aquilo? Será que ela iria gostar de saber a resposta?

Sem tirar os olhos do vidro, Mary novamente se levantou. Ela foi de ré até sua cama, onde se sentou e apoiou as costas na cabeceira. Seu coração ainda estava disparado. Estavam brincando com ela?! Que tipo de brincadeira sem graça era aquela?

Relaxe – sussurrou uma voz familiar, porém desconhecida naquele momento. Sua origem era incerta. – Descanse. Tudo acabará bem, muito bem, por sinal.

Estranhamente, as pálpebras da garota começaram a pesar. Em menos de dois minutos ela mal aguentava acordada, sua cabeça começou a tombar e seu corpo ficar dormente, como se estivesse deitada na cama, no escuro, pronta para dormir. Uma batalha fora travada: uma parte de seu cérebro mandava suas pálpebras se fecharem e outra as mandava ficarem abertas. Ela não sabiam qual lado obedecer, apenas que estava morrendo de sono.

Ela não estava assim antes. Bastou escutar os sussurros a mandando descansar e um sono repentino viera. Isso não era normal. Não podia ser. Bom, estava em um sanatório, alguma coisa seria normal por ali?

– Alguém só pode estar me controlando?! – um bocejo pesaroso escapou de seus lábios. Sua voz estava carregada de sono. – Só pode ser isso! Mas quem? Quem afinal? Quem?...

No piloto automático, ela se deitou e se aconchegou na cama, e, sem relutar, se deixou facilmente ser carregada pelos Braços de Morfeu.


 

Rossi descansava tranquilamente em sua cadeira, em sua salinha aconchegante. Em uma mão, um grande copo de cappuccino pego no Coffee Of Toast, recém-aberto naquela manhã, e na outra, o mouse de seu computador; na tela, o Paint se encontrava aberto e um desenho incompleto de uma paisagem urbana que continua elementos que se assemelhavam bastante com prédios de Yangon, maior cidade e antiga capital de Myanmar. Ele parecia concentrado no desenho, estava tão focado que parecia que estava resolvendo o caso mais importante de sua carreira, mais importante que o Caso Sombra!

O detetive foi tirado de sua concentração com batidas em sua porta, que logo em seguida foi aberta. Do outro lado, seu chefe, Jacques, acompanhado de um homem com esbeltos e chamativos cabelos tão ruivos que lembravam imediatamente o fogo, íris verde acinzentadas, alto – embora não tanto quanto Rossi – porte atlético e pele bronzeada.

– Bom dia, Jacques. Bom dia, desconhecidos. – declarou Rossi animado. – Algum novo caso insolúvel para eu solucionar?

– Bom dia, Rossi. – o chefe de aproximou e, após limpar a garganta, prosseguiu: – Este aqui é Jason Clarck, ele...

– Não. Não diga mais nada. – Rossi o cortou. Se levantando se sua cadeira, se dirigiu ao estranho a sua frente e parou um metro e meio diante dele, e então, passou a analisa-lo de cima a baixo como se tivesse lhe passando um scanner e coletando dados de toda sua vida pessoal.

– Não faça isso. – pediu Jacques, sério. Até então, Clarck se manterá calado, observando a conversa entre chefe e empregado.

– Não? Por que não? É a melhor parte de conhecer alguém novo! – Rossi arqueou as sobrancelhas, divertido. Se virando para o ruivo, deu-lhe uma última percorrida com os olhos e logo em seguida começou: – É bom ter alguém aqui que está ansioso pelo novo trabalho, diria que até um pouco nervoso; acordou tarde e saiu apressado hoje de manhã, provavelmente por ter passado boa parte da noite em claro lendo; é curioso, bem observador e está em busca de conhecimento; hum... é ambidestro?! Interessante.  Até pouco tempo esteve na Irlanda, provavelmente visitando familiares que não vê há certo tempo, embora tenha nacionalidade no nosso país, conheceu logo os familiares e se apegou a eles, nesses últimos tempos esteve ocupado demais, por isso mal conversou com eles e achou que uma visita seria boa (e estava certo); meus pêsames por seu cachorro, ele deve fazer falta, mas vejo que está pensando em arranjar outra companhia logo, é solitário e não quer voltar a se sentir sozinho. – Rossi fez uma pequena pausa para tomar mais fôlego. – Oh... sinto muito por ela. Bem... estou esquecendo de algo?

– Uou... nossa... vejo que meu novo parceiro é uma espécie de Sherlock Holmes moderno?! – concluiu Clarck abrindo um sorriso divertido.

– Ah sim, faltou isso. Acho que vou gostar de trabalhar com você. – Rossi se aproximou de Clark e ambos apertaram as mãos, ignorando o fato de Jacques estar bem ali, com a boca aberta, estático com as palavras hábeis e ligeiras das observações rápidas de Rossi; seu melhor detetive fazia isso as vezes, porém, como não era sempre, ele o surpreendia.


 

A pessoa mexia em tubos de ensaio cheios de líquidos de diversas cores. Suas mãos se encontravam cobertas por luvas brancas, no entanto, havia pequenas manchas de algo nas luvas. Era meio difícil distinguir a cor, uma vez que o ambiente se encontrava quase na penumbra.

A habilidade com que as mãos se moviam era impressionante, como se quem manuseasse os tubos de ensaio fosse um especialista altamente treinado e com anos de experiência. Realmente era. Sabia muito bem o que estava fazendo, bem, não exatamente. O dono das ágeis mãos não tinha o conhecimento apenas de uma coisa: o motivo por qual ainda fazia aquilo.

Ou talvez soubesse: estava trabalhando, tinha que realizar aquela tarefa.


 

Nicole trabalhava tranquilamente no Coffee of Toast quando notou dois sujeitos até então desconhecidos entrarem. Oba, clientes novos! Geralmente a clientela era sempre a mesma, um pouco reduzida desde a abertura do Maid Café algumas ruas de distância; qualquer um que entrasse ali pela primeira vez chamava a atenção na hora.

A jovem moça de não mais que vinte e quatro, vinte e cinco anos tomou em mãos um bloquinho de notas e uma caneta, e então se dirigiu à mesa dos dois homens.

– Olá, o que desejam? – perguntou ela gentilmente colocando o bico da caneta de prontidão na folha do bloquinho. Um dos homens, o que parecia mais novo, a olhou de cima abaixo, como se estivesse avaliando um produto, o que fez com que ela se sentisse desconfortável, e por um momento, com roupas indecentes (o que não era o caso, uma vez que ela trajava uma camiseta polo baby look com listras azuis escuras e brancas, e calça jeans). O segundo homem, não muito mais velho que o primeiro, se mantinha concentrado no celular.

– O que você sugere para um bom lanche? – perguntou o mais novo soltando um sorriso de canto encantador. Nicole suspirou; conhecia bem aquele tipo de cliente e, sinceramente, estava cansada deles, mas tinha que aturá-los se quisesse manter seu pequeno negócio aberto e continuar ganhando o suficiente para se sustentar.

– Bolinhos e cappuccino. – ela abriu seu melhor sorriso, tentando parecer simpática quando o que mais queria era socar o rosto daquele homem e tirar aquele sorriso de seus lábios.

– Hm... acho que pode ser. Bolinho de chocolate. O que vai querer Greg? – o mais velho não moveu o olhar muito menos os dedos do celular, apenas murmurou “a mesma coisa”.

Nicole anotou e voltou para buscar o lanche dos homens. Em pouco tempo lhe entregou a comida e voltou para detrás do balcão. De vez enquanto ela se pegava com o olhar sobre os dois sujeitos, algo neles a incomodava, mas o símbolo da cobra mordendo a própria cauda lhe chamava atenção, era rústico, bonito, não muito chamativo, porém interessante.

Com um pouco de esforço, desviou sua atenção da mesa dos homens antes que eles notassem que ela encarava demais e, enquanto a movimentação estava baixa, manteve sua mente concentrada em outro lugar, assim que achou o assunto correto, foi fácil se perder nele: certo detetive de exuberantes olhos acinzentados, voz grave e rouca que ela tanto considerava sexy e uma recente queimadura de suas aventuras na face...

Foi retirada de seus pensamentos pelo mais velho dos homens, que fora pagar o lanche. Por um momento ele desviou os olhos do celular, logo voltou para ele, não parecia estar apenas perdendo tempo em uma rede social, ele aparentava estar envolvido em uma tarefa que exigia exímia parte de sua concentração.

Algo nos olhos negros daquele homem a incomodou profundamente.


 

O dia se foi duas, até três vezes mais rápido do que chegou, e logo a noite cobria os céus com um manto de escuridão. Poucas estrelas decoravam o céu por causa das luzes artificiais e a luz jazia encoberta por uma nuvem que mais parecia algodão doce. Aquela madrugada se encontrava com uma temperatura particularmente agradável: nem frio demais, nem calor demais. Ventava. Uma brisa refrescante varria as ruas quase completamente desertas da cidade.

A maioria das pessoas se encontrava em suas casas, dormindo; um ou outro com insônia poderia estar acordado às 3h42min da madrugada. Não por ali, todos daquela rua estavam mergulhados em um sono profundo.

Pela ausência de som, os passos ligeiramente mais rápidos que um caminhar e mais lentos que um correr ecoavam pelas avenidas. O lugar se encontrava com aparência sombria, uma vez que as madrugadas em Ler´Sweet naquela época do ano, inexplicavelmente, davam impressão de uma cidade abandonada.

Apesar dos passos firmes e espaçosos, o sujeito parecia não ter pressa. Vagava pelo asfalto quase que em ziguezague – embora não estivesse bêbado –, andava de forma que demonstrasse que, na verdade, doentiamente, estava se divertindo.

Era uma pessoa um tanto alta – ou talvez fosse apenas impressão –, suas roupas negras, além de se camuflarem em certos pontos onde a iluminação que os postes de luz proporcionavam não era tão forte, davam à ela um ar de suspense. Calças folgadas e moletom com capuz pretos, folgados ao ponto de não permitirem a identificação de um corpo masculino ou feminino.

No rosto, o ponto principal, o mais curioso de tudo: uma máscara de caveira mexicana com detalhes nem femininos nem masculinos tampava seu rosto.

Em suas mãos, um facão não muito grande cuja lâmina se encontrava coberta com uma substância rubra, seca o bastante para determinar que não era tão recente – uma hora ou duas –, porém em quantidade grande o suficiente para se chegar a concussão de que algo se passara.

O sujeito de repente parou debaixo de um poste, dando perfeita visão dos detalhes rústicos da máscara de caveira mexicana. Ele ergueu a faca e contemplou, além de sua lâmina suja através da luz do poste, seu reflexo nas partes da lâmina onde não havia sangue. E então, aconteceu: começou fraco, mais como um risinho e logo foi se aprofundando até se tornar uma gargalhada que faria os pelos de qualquer um ficarem em pé em questão de milésimos de segundos.

Quando enfim o último fio de risada escapou de seus lábios, o silêncio absoluto reinou. Vagarosamente ele se moveu até o canteiro com árvores mais próximo, ele se agachou e sem pressa começou a abrir um buraco na terra avermelhada e úmida, sem retirar as luvas de couro preto em momento algum. Assim que ele determinou que a largura, comprimento e profundidade do buraco eram o suficiente, colocou a faca ali cuidadosamente, como se ela fosse um bebê e tivesse que receber todo o cuidado e carinho possíveis. Após seu ritual de ocultação de uma possível arma do crime, o sujeito mascarado jogou a terra por cima da arma branca e a enterrou.

O curioso era que o facão não estava muito fundo, e se alguém cavasse um pouco, logo o encontraria. Era como se a pessoa misteriosa quisesse que encontrassem a arma ensanguentada.

Com uma última mão de terra, deixou que ela escorresse entre seus dedos em cima do local onde o facão jazia enterrado e se levantou, em seguida saiu andando, com um braço afrente do outro, os balançando, como se nada tivesse acontecido.

Afinal, quem era aquela pessoa e por que ela tinha um facão cheio de sangue?


 

Mary se encontrava muito agitada, se mexia de um lado para o outro na cama, inquieta.

Estava sonhando, ou melhor, aparentava estar sonhando. Quem a olhasse poderia pensar que estava tendo um pesadelo.  Suor começava a escorrer se sua testa e uma lágrima fujona escapuliu de seu olho esquerdo e deslizou por suas bochechas pálidas e frias deixando um pequeno e quase imperceptível rastro translúcido pelo caminho, até chegar a altura do queixo, onde evaporou. Seus pelos se encontravam arrepiados e seus poros dilatados.

Não. Quem a olhasse estaria errado. Ela não estava tendo um pesadelo, pelo menos não o que se pode considerar-se como um pesadelo.

Imagens confusas e desconexas circulavam sua mente, atormentando-a. Fotos e cenas borradas, rápidas demais para entender o que se passava. Sons se aglomeravam e formavam um ruído só, impossível de se separar os sonidos e distinguir o que era o quer, o que vinha da onde.

Pode parecer bobo, no entanto, era aterrador.

Lamúrias e urros fantasmagóricos se estendiam no fundo, as coisas pareciam girar e as imagens continuavam passando como flashes. Falas e vozes conhecidas lhe diziam coisas. Ela se viu perdida em um mar tempestuoso de desordem, onde o caos estava instaurado e nem os guerreiros mais fortes conseguiam detê-lo.

Em um momento ela se viu no meio do oceano, debaixo de algo que mais se assemelhava a um verdadeiro dilúvio. As ondas violentas vinham com tudo em sua direção e tentavam afoga-la. Seus pulmões ardiam impiedosamente, gritavam, imploravam por ar, para respirar; suas forças aos poucos iam se esvaindo. Os quadros embaçados tomavam conta de todo o espaço em sua cabeça e os urros distorcidos além de lhe causarem uma forte enxaqueca faziam seus ouvidos queimarem.

E então, um grito sinistro ecoou por sua cabeça e a fez despertar. A morena se enganou ao se ver de volta a realidade e pensar que tudo havia acabado. Mais uma vez um grito estridente repercutiu pelos corredores do hospital psiquiátrico.

Gritos assustados, gritos de alguém com medo de algo ou alguma coisa.


Notas Finais


- Bom, até... depois de amanhã =3
Inner: Pera, já passam da meia noite ;-;
- Ah... então até... sexta?
Inner: Senhor, é férias e nem sabemos mais os dias @_@

-Teorias?
Inner: Conte-nos *-----*



No Próximo Capítulo:
...– Não me mate, por favor, não me mate! – dizia entre fortes soluços, quase engasgando com as próprias palavras. – Não me mate, por favor, não mate. – repetia sem parar, incessantemente, apenas com pequenos intervalos para proferir coisas sem sentido. – Não me mate, por favor, não me mate!...

...Diversas mãos em uma mesma mesa de pelo menos dois metros de extensão anotavam coisas em seus bloquinhos e cadernos. Ao lado das folhas, havia microscópios que de vez enquanto eram utilizados...

...– Porra, parece uma criança chata. – ele se sentou e esfregou os olhos. O rapaz olhou para a garota, fitou bem seus olhos e não conseguiu mais resistir, soltou um sorriso de lado e, após revirar os olhos, cedeu. – Pega o livro. Eu escolho a história...



Bônus:
Gomen cambada, sem bônus hoje ><


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