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História Rosas No Túmulo: O Domínio Oculto - Mentes Perturbadas...


Escrita por: Dryia

Notas do Autor


Que dia é hoje?
-Nem eu sei @_@
Socorro tô perdendo as datas... Senhor!
- Acho que é 8... 9...ou 10. Sei que tá por ai.
O último capítulo saiu... vejamos... MEU SANTO YOUTUBE! 26 de dezembro!
-Faz umas duas semanas @_@
Carai, que atraso @-@ Minha alma está sendo sugada por House, alguém aí nesse enorme mundo para me puxar de voltar para realidade? Mas eu preciso acabar a oitava temporada e estou no último capítulo da sexta -meukamisama


Okay, meio que parei.
Sinceramente, eu non queria ter atrasado tanto, mas tive um "breve" momento de desanimo para escrever. Já me recuperei e agora estou tentando escrever tipo... meio capítulo por dia, um terço as vezes.
Eu queria postar pelo menos até o capítulo 20 antes das aulas começarem. É meu desafio dessas férias. Capítulo 20. Tenho uns... sei lá, 20 dias antes das aulas começarem? - nem sei que dia elas começam - então seriam quase um por dia... faltam 13 capítulos pra chegar no vinte
Pensando bem, non sei mais se consigo... enton minha meta será entre... capítulo 17 e 22 - torçam para ser 22 XD



Bom, é um capítulo meio complexo. Non é lá muuuuuito grande, 3000 e sei lá quantas palavras, mas tem bastante conteúdo.



Camarão, camarão, camarão com pão
Camarão, camarão, disse o mexilhão
Okay, parei.


Fiz dois anos de spirit dia 1 do 1 <3
Aceito presentinhos atrasados X)P


Chega de enrolação.
-Boa leitura "pro cês"




*Passei um século e meio procurando uma foto pro capítulo, mas non achei nada que me agradassem -_-
Improvisei -_-

Capítulo 7 - Mentes Perturbadas...


Fanfic / Fanfiction Rosas No Túmulo: O Domínio Oculto - Mentes Perturbadas...

Rossi e Clark se encontravam na sala do detetive veterano, examinando as provas, fotos, evidências e relatórios feitos sobre a cena do crime e o cadáver.

Clark estava de frente para um notebook enquanto Rossi mexia em alguns papéis

– Notou que a mulher tinha uma expressão de medo estampada no rosto?! – observou Clark.

– Uma das primeiras coisas. Significa que ela foi pega de surpresa e/ou viu o rosto de seu assassino, pelos traços que seu rosto assumiu – Rossi possuía uma caneta em mãos e enquanto falava a movimentava de um lado para outro –, presumo que é bem provável que ela o conheça... ou não.

– Certo. Estou pesquisado o nome que estava escrito no cartão que foi encontrado junto com a rosa (Marly Reinald), aqui diz que ela tem 28 anos, viúva, mas casou-se novamente, tem três filhos, todos do antigo casamento, era enfermeira no HLS – Hospital de Lér´Sweet – e  nos tempos livres frequentava uma casa de boliche.

– Podemos começar procurando entre os antigos colegas de trabalho e o marido, que já deve estar no laboratório legista reconhecendo o corpo e em breve estará aqui para o interrogatório. – Rossi pegou a lista dos objetos encontrados na bolsa de Marly. – Algo ainda me incomoda: onde está o celular.

– Ela não poderia ter deixado em casa? Ou ele pode ter caído, ela pode ter esquecido em algum lugar, ter sido roubada; há muitas possibilidades.

– É... pode ser – o detetive não estava muito convencido disso. – Mas agora vamos nos concentrar um pouco no “bilhete” deixado pelo assassino.

– O que temos até agora?

– Não foram encontradas digitais, o que sugere que ele usou luvas; foi confirmado que a substância usada para escrevê-lo foi o sangue da vítima usando uma caneta qualquer; um perito irá analisar a caligrafia para ver o que consegue descobrir; sobre o conteúdo do bilhete, parece ser uma espécie de código, temos o nome da vítima, alguns números e seis versos, precisamos descobrir o que significam; e quanto a assinatura... “Catrino”?

– Bom, não sei se é referente, mas na cultura mexicana há uma figura do Dia dos Mortos, uma caveira mexicana que é como “a dama da morte”, se não engano, seu nome é “Catrina”. Se o tal assassino usar uma máscara de caveira mexicana, bem... já sabemos o porque do codinome.

– Você está certo – Clark mal pôde contar um sorriso de satisfação. – O que podemos deduzir até agora sobre o assassinato, resumindo: pela força com que o facão entrou e atravessou o crânio a pessoa que fez isso, mais provável de ser um homem, mas não podemos afirmar nada, possui bastante força; pelas marcas no corpo da mulher ele a “torturou” um pouco; houve perseguição; pelas feições a vítima provavelmente conhecia quem a matou... – Rossi deu mais alguns detalhes que eles descobriram e em um movimento mecânico, juntou as pontas dos dedos e assumiu sua típica posição. – hhmm... estou me esquecendo de algo?

– Não.

Os dois detetives continuaram suas pesquisas enquanto aguardavam a chegada do marido da vítima, o que não tardou muito. Em pouco tempo eles estavam interrogando o marido, tentando descobrir mais detalhes.

 

 

Nathaniel se encontrava em seu apartamento, de frente para a cafeteira, esperando seu café ficar pronto. Acabara de chegar da escola e estava exausto e ainda tinha tarefa de duas matérias e um trabalho de português sobre um autor e suas obras – o que não seria tão difícil uma vez que ele já tinha alguém em mente e pretendia fazer as pesquisas logo.

 O clima em sua sala estava bem tenso, a turma reduzida a menos da metade e suas únicas companhias eram Armin – que se mudara para longe com os tios e sempre chegava em cima da hora e ia embora assim que o sinal tocava – e Peggy – que não era lá uma das suas melhores companhias, mas fazia uma diferença significativa.

O rapaz divagou tanto que quase não percebeu quando a cafeteria apitou, indicando que seu café estava pronto. O loiro pegou sua xícara preferida – que ele ganhou de aniversário de Iris e May no ano anterior –, uma com as figuras do Batman e Coringa lutando, e a encheu com o líquido escuro fumegante. Uma colher de açúcar depois, alguns sopros e Nathaniel já saboreava seu café enquanto se colocava frente a frente com seu notebook; ele colocou a xícara de lado por um instante para digitar o que procurava no campo de busca da internet: Sir Arthur Conan Doyle, autor do exímio detetive consultor Sherlock Holmes.

A pesquisa e a conclusão do trabalho lhe custaram três horas, duas xícaras de café e um sanduiche feito com o que ele encontrou pela frente (pão, queijo, presunto, alface, tomate). Após digitar o último ponto e reler tudo pelo menos três vezes, acionou a impressora e mandou o documento para impressão.

Fora algo ótimo para distrair sua mente de seu pai; não apenas isso como uma fonte de inspiração. Ele sempre gostou de romances policias, mistérios, resolver enigmas e crimes, além de detetives – se o questionasse entre Holmes e Poirot, ele ficaria em dúvida qual gostava mais – porém acabaria se decidindo por Holmes –, e ainda colocaria outros na disputa –; sua mente ficou inspirada e uma onda de inspiração atingiu em cheio Nathaniel, tanto que ele começou a pensar consideravelmente em escrever um livro, romance policias, claro, o conteúdo exatamente ainda teria que ser bem pensado, ele queria surpreender.

Um sonido vindo de seu celular indicou a chegada de uma mensagem. O rapaz se levantou e se dirigiu até o local onde o aparelho se encontrava, ao pegar, se deparou com um número desconhecido e a mensagens contendo apenas um nome e sobrenome.

SCOTT FLINCON

Já que desconhecia o número, Nathaniel ignorou a mensagem, presumindo que alguém enganara o número e mandara para pessoa errado.

 

 

Seus fios pretos desgrenhados caiam sobre seus olhos azuis escuros enquanto ele mantinha seu olhar fixo sobre o pequeno baú que desenterrara do quintal da ex-casa dos tios dias antes. Ainda não tivera coragem de abri-lo, uma hora teria que o fazer, então por que não naquele exato momento?!

Armin deu um impulso para frente e ergueu seu corpo do sofá, chegara da escola mal havia duas horas e tinha almoçado a pouco tempo, por isso estava meio sonolento. Com o pequeno baú em mãos, ele hesitou, mas logo girou os números do cadeado até a combinação correta, 206, destrancando assim a caixa e podendo abrir a tampa.

Brinquedos antigos como peões, ioiôs, carrinhos, um boneco de ação, golinhas de gude, entre outros; ainda havia ali dentro cartinhas colecionáveis de um jogo, figurinhas repetidas de um álbum de heróis da Marvel, desenhos indecifráveis – mas não quando eram pequenos –; e por fim, algumas fotografias de dois moleques arteiros sorrindo, sempre juntos.

Sua mente voltou no dia em que Alexy sugeriu que eles fizessem a própria “capsula do tempo”, no dia em que arranjaram o baú e começaram a caçar objetos por toda casa para colocar dentro da caixinha; no dia seguinte, quando os pais de Alexy saíram e os deixaram com a babá, ele e Armin trataram de escolher um lugarzinho no quintal cujo eles lembrariam e enquanto a babá fazia o almoço, eles cavaram, colocaram o baú e jogaram a terra de volta; no final acaram imundos, cobertos por terra e sujeira, a babá vendo aquilo os mandou tomar banho imediatamente e almoçar; eles riram o tempo inteiro.

– Bons tempos... – ele sorriu fraco.

Sua mente divagou de memórias com Alexy até um pequeno fragmento de lembrança de seus pais, dois dias antes deles desaparecerem.

Já passara da uma e meia da madrugada e o pequeno Armin já deveria a muito estar dormindo, e realmente estava, contudo ele acordara com vontade de ir ao banheiro; na volta, notou que um abajur estava aceso no andar debaixo e desceu os primeiros degraus sorrateiramente, como um gato, tomando cuidado para ser o mais silencioso possível; seus pais estavam acordados e conversavam aos sussurros.

O garoto mal conseguia os escutar, então terminou de descer as escadas e se escondeu na parede no cômodo anterior, assim conseguindo ouvir o que seus pais diziam.

–... o que acha, Louise? – pegou o fim da frase de seu pai, Paul.

– Não sei se devemos. – a mãe continha uma expressão aflita, temerosa. – Isso é muito sigiloso – o pequeno Armin ficou um pouco perdido... o que queria dizer a palavra “sigiloso”. –, eu diria até perigoso... não acha que... nós devemos... desistir?... ou pelo menos parar de uma vez por todas com isso? Romper com eles!

– Não podemos, você sabe disso. Precisamos reencontrar o que eles perderam há alguns anos ou nós vamos nos perder. – foi a vez de Paul assumir um semblante preocupado.

– E depois que terminarmos? O que vai acontecer? – Louise passou a gesticular. – Se conseguirmos acha que tudo vai ser esquecido assim, que eles vão nos agradecer, nos pagar e pronto, tudo estará resolvido, Paul?

– Louise...

– Não, não vai estar. – ela cruzou os braços, tentando controlar seu nervosismo. – Estou com medo, amor. Tenho a impressão que eles não querem apenas que consigamos reencontrar aquilo...

No dia seguinte o pequeno Armin acordou em sua cama, entretanto ele não se lembrava de ter subido as escadas e voltado para seu quarto. Então tinha sido apenas um sonho?

– Merda... aquilo era mesmo um sonho? – se perguntou o rapaz, nervoso, após a lembrança chegar ao fim. – Ou era mesmo real?

 

 

O vento ululava pelos minúsculos espaços entre as pedras cobertas por musgo; uma pequena goteira no teto soltava uma gotícula de água a cada dez segundos; a lamúria que ali podia ser ouvida era atormentante.

De repente... os soluços cessaram. O ruído de botas batendo contra o chão em pisadas firmes, fortes, indicando autoridade, ecoou pelo sinistro corredor. Algum tempo depois, mais pares de botas vieram. O homem a quem as primeiras passadas pertenciam se aproximou seguido de mais cinco, todos carregado uma caixa cada.

Ao se aproximarem do fim do corredor, um homem que ali jazia de guarda acenou com a cabeça e gritou para os donos dos prantos permanecessem no lugar, então, de seu cinto desabotoou um fecho e retirou um pequeno molho de chaves cujas usou para abrir as celas e permitir que os que traziam as caixas às jogassem ali, uma caixa por cela; em seguida o homem as trancou e os outros voltaram pelo corredor.

Os prisioneiros imundos e maltrapilhos avançaram na caixa. Cada um pegou uma espécie de marmita e assim, passaram a devorar desesperadamente a comida insossa que levaram a eles.

 

 

A menina de madeixas brancas e olhos lilases desviou seu olhar da pequena janelinha no topo do quarto daquele hospital psiquiátrico para o relógio na parede. 2h34min da manhã. Seu olhar deslizou sobre o quarto até suas companheiras, todas se encontravam distraídas, perdidas em suas próprias mentes confusas, com exceção da nova companheira, a de fios negros e olhos azuis safira, a qual ela tinha esquecido o nome, que dormia tranquila em sua cama, agarrada em um urso de pelúcia como uma criança.

Cloe se levantou da cama, calçou um tênis e caminhou até a porta sempre trancada. De seu sutiã ela retirou uma chave, uma chave falsa, um grampo e uma moeda; usando esses objetos ela conseguiu abrir a porta; geralmente apenas a chave seria necessária, porém, para maior segurança, aquela fechadura só abria por fora – nada que ela não conseguisse driblar, conseguir a chave também não foi lá tão difícil, apenas uma carinha boa, linguagem convincente, um pouco de confiança e um momento de distração da enfermeira novata com quem ela a conseguira.

Ela saiu e trancou a porta novamente. Olhando para os lados ela contatou que realmente estava sozinha naquele corredor.

Era a hora perfeita, ela sabia que nenhuma enfermeira passava por ali entre 2h32min e 2h42min e que nenhum dos três guardas que faziam a ronda naquele andar se encontravam naquela ala pelos próximos minutos. Como foi dito, hora perfeita.

Cloe guardou os objetos usados para abrir a porta e apalpou a coxa para verificar se ela estava ali e soltou um sorriso de lado ao constatar que sim, estava.

Com cuidado e utilizando a escada, ela subiu até o terraço, onde se aproximou da beira e pulou até um galho de uma das enormes árvores por ali. Com cautela para não pisar em falso ou em um galho falso, ou ainda para não fazer barulho, ela se moveu de galho em galho até a última árvore, próxima ao muro do hospital. Cloe levantou o capuz de seu casaco ao enfim chegar ao solo.

O muro que indicava o limite da área do sanatório estava a menos de cinquenta metros dali. Correndo ela se aproximou da construção de aproximadamente três metros de altura e olhou para o topo, onde havia pontas de lança de ferro. Sim, a segurança era bem alta, mas Cloe já passara por aqui centenas de vezes.

A garota subiu em uma árvore até se ver de frente com o outro lado do muro. Sem pressa ela se agarrou em uma das lanças e observou em volta. Com confiança ela se lançou em direção a um galho e uma árvore do outro lado do muro. Menos de um minuto depois ela já se encontrava fora da prisão para malucas onde ela residia.

A segurança era forte, mas não inultrapassável. Cloe Auditora conseguira passa-la novamente.

 

 

A garota de cabelos pretos e olhos castanhos se encontrava deitada debaixo de sua cama no Hospital Sta. Samira para Garotas, estava meio sonolenta, mas acordada.

– Estou entediada, queria alguma coisa melhor para fazer do que as atividades que eles têm aqui. – disse Anne para o nada.

Era o nada para quem a observasse, no entanto, para ela eram seus “amigos imaginário” com quem ela vivia conversando.

Também estou, tia, porra, a vida está complicada aqui. Os dias estão passando cada vez mais devagar.

– Concordo plenamente com você, Shimmy. – Anne murmurava de forma que apenas seus “amigos” podiam escutar. – E você, Thommy?

Podíamos fazer alguma coisa de diferente, Anne.

– E o que você sugere, Thommy? – Anne manteve os olhos fixos em Thommy.

Sei lá... hm... Shimmy?

Qualquer coisa que nos tire dessa merda de tédio.

– Vamos gente, algum de vocês tem alguma ideia? – Anne bocejou.

Temos que dar um jeito de sair daqui. Vamos fugir, Anne.

– Como, Thommy? A Cloe não vai querer tirar a gente daqui...

Puta merda, não dificulte as coisas, Anne. Vamos dar nosso próprio jeito, caralho. Por falar nisso... você não está com vontade de matar alguém?

– Não! – Anne encarou Shimmy de olhos arregalados.

Sim, você está. Vamos matar alguém, Anne, vai ser bem divertido.

– Não sei não, Thommy...

A vida de muitas pessoas não vale mais que um monte de bosta de cavalo. Garanto que vamos nos divertir. Por que não escolhemos uma vadia qualquer e a degolamos

– Eu não sou assim, Shimmy.

Sim, você é.

É sim, porra.

– Sou? – Anne soltou outro bocejo. – Sou mesmo?

Sim.

É, tia, você é sim.

Anne soltou outro bocejo e logo adormeceu ali mesmo, debaixo da cama, com a ideia de seus “amigos imaginários” de que seria legal matar alguém; ela só não sabia se teria coragem. Thommy e Shimmy diziam que sim, mas a própria Anne duvidava. Tommy e Shimmy estavam certos?

 

 

A garota de esbeltas madeixas rosa e portadora de uma heterocromia que dava seu solhos uma coloração azul e um tom semelhante a rosa se encontrava sentada na ponta de sua cama, fitando o nada com um olhar perdido, um olhar morto. Ela mal piscava, o que era um tanto sinistro e podia fazer qualquer um que a olhasse por cima pensar que estava morta, mas aí a pessoa veria que ela estava respirando de forma irregular e acelerada, como se tivesse tendo um pesadelo, e logo descartaria a hipótese de que ela não estava com vida.

Anne Troyard pensava em seu irmão gêmeo que morrera com seus pais em um acidente anos antes. Ela sentia tanta falta dele...

A rosada foi interrompida quando Mary despertou de repente do que parecia ser um pesadelo. A de olhos azuis, agarrado ao urso de pelúcia, olhou em volta, conseguiu identificar uma das colegas de quarto debaixo da cama e a outra em cima, mas uma havia sumido.

Notando que a garota em cima da cama estava acordada, Mary questionou:

– Onde está a outra?

– Cloe saiu. – respondeu Anne Troyard.

– Saiu? Saiu para onde? Como ela conseguiu sair? – Mary arqueou uma sobrancelha.

– Volte a dormir. – Anne respondeu meio seca, dividida entre os pensamentos com seu irmão e a menina novata.

– Mas eu s...

– Sem perguntas, volte a dormir – Anne Troyard voltou a aconselhar.

– Por favor, apen...

– Apenas... volte... a dormir.

– Okay. – Mary por fim cedeu, se deitou, virou de costas e voltou a tentar dormir, o que ocorreu em aproximadamente dez minutos.

Anne Troyard voltou seus pensamentos ao irmão. Um Flash Black se passou rapidamente por sua mente: cenas do acidente, gritos, choro, desespero, o ruído de sirenes ecoando em sua mente loucamente, sua mãe dizendo para eles serem fortes, seu pai inconsciente, seu irmão segurado sua mão enquanto tossia sangue e dizendo para que ela se mantivesse acordada... ela sendo retirada do meio das ferrugens do carro, a ambulância, tudo ficou escuro, acordando em um quarto do hospital... recebendo a notícia de que seus pais não resistiram, mas que seu irmão estava em coma... seu irmão não morrendo ainda no coma...

Sem que percebesse, ela chorava. Lágrimas deslizavam suavemente por suas bochechas até o queixo, onde tinham a ousadia irem adiante e caírem em seu peito.

Anne não se permitiu soluçar, ao menos se mover.

 

 

Seus fios brancos voavam com o vento enquanto ela vagava pelas ruas desertas de Lér’Sweet. Um sorriso irônico estava estampado em sua face. Ela parou e se encostou em um poste, ouvindo a sua volta.

Um som que ela não exatamente esperava ouvir foi captado por seus tímpanos aguçados. Um grito estridente. Desesperado. Assustado. Feminino. O vento lhe trouxe um pranto implorativo.

Seguindo o choro que ecoava pelas ruas e os pedidos de piedade, ela chegou a um beco mal iluminado, onde viu uma cena que a deixou enjoada: um homem prendendo uma mulher que soluçava pesadamente com aparência de quem havia acabado de sair de uma festa contra parede, com a mão por dentro da calça dela e beijando seu pescoço.

Uma fúria descomunal correu pelas veias da garota e seus olhos lilases refletiram sua repulsa e ódio pelo o que via. O homem nem viu de ondem veio a força que o arrancou de cima da mulher e o fez perder o equilíbrio, caindo no chão.

Uma faca foi retirada com habilidade de um cinto na coxa da de cabelos brancos e voou em direção ao meio da testa do homem, o deixando vivo apenas dois segundos antes de morrer.

E então, após cuspir em seu rosto e antes de desaparecer na escuridão de onde surgiu, deixando a mulher confusa e muito agradecida, Cloe rosnou:

– Estuprador nojento!

 

 

Mary dormia tranquilamente, sem mais pesadelos, apenas um sono sem sonhos.

Não muito distante dali, em um lugar impossível de descrever a localização, mas cuja aparência era sombria: o lugar completamente na penumbra, mergulhado no mais profundo breu que alguém pode imaginar, quase impossível de distinguir objetos, apenas silhuetas vagas.

 Imersa naquele mundo de sombras, havia uma criatura perversa com olhos tão negros que era impossível distinguir pupila e íris. Uma gargalhada de eriçar os pelos foi emitida por essa criatura e ecoou durante vários segundos por aquele recinto que parecia não ter fim. O som de grilhões enferrujados sendo puxados também repercutiu naquelas paredes.

A criatura com silhueta humana – feminina para especificar melhor – tentava sair do lugar, contudo estava presa. Ela novamente gargalhou e então arranhou a parede de pedras utilizando suas unhas enormes que mais aparentavam serem garras.

– Minha liberdade está próxima, bem próxima. – disse entre gargalhadas sarcásticas. 


Notas Finais


Então mi cambadita, por hoje é isso.
-Non sabemos quando voltaremos...
Mas até lá... aproveitem o NPC =3



No Próximo Capítulo:
...ouviu-se um “bip” e o sujeito retirou seu celular. Durante dez segundos ele digitou uma senha que qualquer pessoa normal reclamaria em decorar ou logo esqueceria e teria seu celular bloqueado ao tentar digitá-la. Ao desbloquear a tela, ele contatou que acabara de receber uma nova mensagem. Ele abriu a mensagem e a leu...

...as quatro, após estarem um pouco mais acordadas, ficaram sem reação ao verem o chão coberto por _______ __________. Cloe foi a primeira a olhar para cima, soltando um sonido de exclamação e arregalando sutilmente os olhos ao ver a situação do teto; as outras três seguiram seu exemplo e igualmente foram atingidas por um misto de surpresa, curiosidade e espanto...

...ela estava fraca. Arfando. Por um momento arquejou, então, após um momento, ergueu a cabeça e viu três pares de olhos – um castanho, um lilás e um heterocômio azul e rosa – olhando diretamente para ela...


Bônus:
...como ela fizera aquilo? Sua agilidade e rapidez haviam sido tremendas!...


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