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História Rosas No Túmulo: O Domínio Oculto - Mensagens Sangrentas...


Escrita por: Dryia

Notas do Autor


- Não vou nem dizer nada desse hiatus não esperado de doze dias @_@ eu tava sem muita animação pra escrever
Inner: Agora quando começou a pegar o ritmo...
- Tarde demais .-.
Inner: ;-;
- Minhas aulas já voltam hoje (terça, 26(?)/01) TT_TT
Inner: Pois é, véy... ensino médio...
- A TAAAARDEEE POHA \o/ Ensino Médio a tarde \o/ Ainda non preciso acordar cedo \o/ minha vida de madrugadora pode continuar *---*
Inner: ¬u¬



- Enton... non sei com que frequência vou estar postando capítulos, non posso garantir nadica de nada a vocês. Não cumpri meu objetivo de chegar ao capítulo 20, ainda nem escrevi esse capítulo (e tá um pouco longe) ><. Pois é, esse ano, essa temporada está sendo um pouco mais lenta do que a passada.
Inner: ... (sem nada para dizer :v)



- Enton... tô tentando non enrolar muito, pois você já devem estar "sedentas" por esse capítulo XD
Inner: Então...
- Boa leitura ^u^

Capítulo 8 - Mensagens Sangrentas...


Fanfic / Fanfiction Rosas No Túmulo: O Domínio Oculto - Mensagens Sangrentas...

Em uma sala de localização desconhecida cuja única decoração era composta por duas mobílias simples: uma mesa e uma cadeira. Em cima da mesa, um notebook ligado.

O cômodo se encontrava escuro, seria complicado diferenciar silhuetas se não fosse pela luz emitida pela tela do notebook. Na tela, um e-mail cujo nome era anônimous8@ aberto; as mensagens recebidas continham títulos codificados com letras, números e símbolos.

O ruído de uma porta sendo batida com brutalidade ecoou repetidamente naquele recinto quase vazio. Os sonidos dos passos seguiram o exemplo do som da porta e passeavam de um lado para outro, livremente, ali. O dono daqueles passos caminhou lenta e dramaticamente até a cadeira e se sentou de frente para o notebook.

As mãos cobertas com luva do sujeito misterioso se puseram uma no mouse e outra no teclado. O sujeito clicou em “escrever uma mensagem” e preencheu o campo de “destinatário”. O sujeito retirou a máscara que usava e colocou ao lado do notebook; a iluminação vinda daquela tecnologia revelou os detalhes da máscara: linhas traçadas, cores e detalhes que formavam uma caveira mexicana sinistra.

xicana sinistra.

Digitando em uma velocidade inacreditável, a pessoa escreveu sua mensagem, anexou um arquivo e logo a enviou. Foi tudo questão de segundo. Em momento algum ele permitiu que a luz iluminasse seu rosto, se mantendo fora de seu alcance.

Ouviu-se um “bip” e o sujeito retirou seu celular. Durante dez segundos ele digitou uma senha que qualquer pessoa normal reclamaria em decorar ou logo esqueceria e teria seu celular bloqueado ao tentar digitá-la. Ao desbloquear a tela, ele contatou que acabara de receber uma nova mensagem. Ele abriu a mensagem e a leu:

Q T R R Y P?

Pronto? Como assim pronto? É claro que estava pronto! A pessoa misteriosa bufou e respondeu que estava feito:

G G L X T.

Ele jogou desligou o celular e o jogou no bolso antes de se inclinar na cadeira e relaxou.

 

 

O sol raiou preguiçosamente no céu naquela manhã, banhando tudo a sua volta com calorosos tons quentes. Os passarinhos caçavam seus alimentos voando alegremente de um lado para o outro e emitindo suas doces melodias.

O som de gotículas pingando do teto sugeria vazamento, porém não havia goteiras ali e sequer cano de água passava por lá, então, o que poderia ser?

O forte estrondo de algo caindo fez as quatro garotas daquela quarto de sanatório despertarem repentinamente, em um salto na cama. A de fios rosa, como estava deitada de costas para a pontinha da cama, caiu dela; a de cabelos pretos e olhos castanhos, como se encontrava debaixo da cama, tentou se levantar e bateu com a cabeça; as outras duas, a de cabelos negros e a de cabelos brancos apenas sentaram em seus colchões, sobressaltadas pelo ruído tremendo.

As quatro, após estarem um pouco mais acordadas, ficaram sem reação ao verem o chão coberto por pingos de coloração rubra. Cloe foi a primeira a olhar para cima, soltando um sonido de exclamação e arregalando sutilmente os olhos ao ver a situação do teto; as outras três seguiram seu exemplo e igualmente foram atingidas por um misto de surpresa, curiosidade e espanto.

Elas literalmente ficaram sem reação alguma.

Que porra era aquela?

Um pingo da substância avermelhada foi puxada pela força da gravidade e deslizou pelo ar até se depositar no meio da testa da Anne morena. A garota levou os dedos à testa e os trouxe de volta, cerrando o venho ao notar que era sangue.

O quarto estava infestado por um forte odor de ferro.

As meninas analisaram bem as escritas com o que parecia sangue fresco bem acima de suas cabeças. Lá estavam grafadas palavras desconhecidas, talvez em uma língua estranha na qual nunca haviam visto; além de letras esquisitas provavelmente vindas de um dialeto que elas nunca haviam ouvido falar; ainda havia a palavra “Ngalaba” se repetindo diversas vezes, espalhada por toda a extensão; e por último, bem no cento, um enorme ouroboros que aparentava ser uma mistura de cobra e dragão, um símbolo cuja criatura representada se dispunha em um círculo mordendo a própria cauda, o que indicava renovação, infinidade.

Apesar do sol lá fora, o quarto estava gélido, quase glacial; as meninas começaram a tremer; à medida que os segundos corriam, a temperatura parecia despencar; e mesmo enroladas sob cobertores, duas das meninas já batiam o queixo.

Tudo que passava dentro da cabeça do quarteto eram perguntas:

O que fora o estrondo que as despertou? Quem fizera aquilo em um teto de três metros e meio? Como? E qual era o significado? Por que estava tão frio ali dentro?

 

 

Peggy se encontrava em sua cama, frente a frente com o notebook separado de seu colo apenas por uma almofada e um caderno, o encarando fixamente, como se esperasse algo vindo dele, e realmente esperava: a internet colaborar e a página carregar.

– Vamos... carrega logo... por favor! – ela implorava para o Wi Fi subir um pontinho e a página carregar mais depressa, porém estava difícil. – Eu nunca te pedi nad... muita coisa...

Era cedo, o sol mal penetrava as cortinas de seu quarto e em breve ela teria que ir para escola, mas, sinceramente? Ela não estava com a mínima vontade de fazer isso. Sim, faltava pouco, apenas pouquíssimos meses para sua formatura do Ensino Médio, porém tudo estava tão maçante, cansativo... o clima era o pior, apesar de quase um mês já ter passado, ninguém tinha esquecido os acontecimentos daquele ano.

Após quase um minuto a página finalmente terminou de carregar e ela pôde ler o que tanto queria: a proposta de um concurso feito por um jornal de verdade! Não um simples jornal, o maior jornal de Lér´Sweet!

As regras estavam claras e bem simples de entender: qualquer um entre 16 e 21 anos poderia participar, tudo o que era preciso consistia em criar um artigo, um texto jornalístico dissertativo-argumentativo, sobre um tema qualquer; os textos passariam por uma seleção e os cinco melhores seriam escolhidos; dentre eles, apenas os três melhores seriam selecionados para entrar na equipe do jornal em cargos que poderiam ser escolhidos pelos ganhadores entre diversos cargos – sendo que os mais cobiçados seriam ajudante de repórter e ajudante de redator. Os três melhores artigos seriam até publicados! O fato era que qualquer um que fosse ajudante ou estagiário teria uma chance de ouro de provar seu valor e passar a trabalhar naquele jornal permanentemente.

– Um artigo de tema livre? Essa será fácil, muito, muito fácil.

O sorriso radiante no rosto de Peggy indicava que ela estava animada, confiante. Tinha algo perfeito em mente: faria um artigo sobre o Caso Sombra!

Ah, seus pais ficariam tão orgulhosos se ela conseguisse! Ela mesma ficaria orgulhosa de si mesma se conseguisse!

Seu sorriso de repente começou a murchar. Algo dentro de si martela sua mente dizendo que não era algo muito legal de se fazer, expor seus amigos? Certo, eles meio que já estavam expostos tanto pela mídia nacional quanto pela mídia internacional, porém havia coisas que apenas ela sabia, o que a deixava dividida: ou escreveria algo com fatos que ninguém sabia sobre um dos casos mais comentados e teria altas chances de ser uma das três vencedoras; ou poderia até colocar em risco os únicos amigos que lhe restava.

– Merda... – ela fitou o teto. – mas e se eu pedisse a opinião deles? O consentimento deles?

Peggy desviou sua atenção para o relógio em formato de gato em sua parede e viu as horas. Ainda tinha muito tempo... ela minimizou a página do concordo e abriu o Word para começar a colocar suas ideias e conhecimentos no papel, apesar de tudo ela estava cheia de inspiração.


 

Durante um longo período de tempo Mary, Cloe e as duas Annes olharam fixamente para o teto, tentando compreender aquilo. Algumas batidas na porta desviaram sua atenção para a mesma, que se abriu alguns segundos depois.

Uma enfermeira entrou empurrando o carrinho onde se encontrava o café da manhã das meninas que optavam por não o fazer com as outras garotas no refeitório, e alguns medicamentos. Já eram sete e meia da manhã? Por quanto tempo elas ficaram comtemplando o teto em silêncio?

Nenhuma trocou contato visual, mas todas tiveram o mesmo pensamento: não olhe para cima, não deixa que ela note o que está no teto. E realmente nenhuma olhou, com muito esforço e força de vontade é claro; apenas encararam fixamente a enfermeira como quatro malucas. O plano delas seria perfeito se não houvesse uma pequena falha, um mínimo detalhe que nenhuma delas se lembrou naqueles poucos segundos que tiveram de intervalo entre as batidas na porta e a entrada da moça morena: as gotas de sangue que decoravam o chão.

A enfermeira, olhando as manchas avermelhadas no piso, arregalou os olhos assustada e lentamente, como se houvesse uma música que misturasse drama e suspense como fundo, ergueu a cabeça, levando seu campo de visão e suas orbes acinzentadas em direção ao teto. Seus lábios se entreabriram, naquele momento só havia uma certeza: ela gritaria!

Contudo, os milésimos de segundo correram, passado para os segundos, e nada da enfermeira gritas. Quando a ponta do fio do grito estava prestes a sair de seus lábios entreabertos, uma figura saltou em uma velocidade inacreditável em sua direção e tampou sua boca. Mary.

O grito foi contido pela pequena garota de madeixas negras e íris azuladas que com uma mão tampava os lábios da enfermeira e com a outra, utilizando o braço, lhe dava uma chave-de-braço, a impedindo de se mexer; aos poucos a moça foi perdendo a consciência em pouco tempo estava desmaiada nos braços de Mary.

Os olhos azuis escuros acinzentados dela aos poucos foram se normalizando e retornando a coloração original vagarosamente. Cloe e as duas Annes a encararam surpresas e assustadas.

Como ela fizera aquilo? Sua agilidade e rapidez haviam sido tremendas!


 

Um celular começou a vibrar e logo o despertador disparou, tremendo e ecoando por todo o quarto, fazendo o homem ruivo despertar sonolento. Ele bocejou e balbuciou algumas palavras incompreensíveis; sentiu uma enorme vontade de desligar o despertador, se aninhar mais nas cobertas, virar de costas e voltar a dormir, porém lembrou que tinha trabalho.

A noite havia sido meio longa já que ele resolveu terminar de reassistir os filmes de Star Wars, só faltavam dois e ele conseguira terminar.

Ele não queria se atrasar em sua primeira semana como um detetive de verdade, então fez um esforço para jogar o cobertor longe e se levantar. Novamente ele soltou um bocejo e se levantou, indo em direção à porta; no caminho ligou o notebook e pegou uma toalha, então se dirigiu ao banheiro.

Uma vez no banheiro retirou a única peça de roupa que vestia – uma cueca boxer – e se enfiou debaixo do chuveiro. A água um pouco mais fria que “morna” o ajudou a ficar mais despertos. Cinco minutos depois ele se encontrava de volta ao quarto, em frente ao armário pegando a roupa que iria vestir.

Poucos minuto depois e ele já estava pronto. Como ainda lhe restava tempo, abriu o e-mail e verificou sua caixa de entrada. Curiosamente havia uma mensagem de alguém com o nome de usuário “anônimous8@”; Clark estranhou, não conhecia ninguém com aquele nome... quem poderia ser?

O título da mensagem aparentava estar em código:

1-2-3-4-5.

B V H Q H B Q.

Um pouco hesitante e muito desconfiado de que era uma simples brincadeira de seus amigos, ele abriu a mensagem e se viu completamente perdido em um mar de letras que não faziam sentido.

T G   F S S D G P X W F   G P   W Z B     O L W X B Q,   I P N O E R R.

– D C W V N O Q.

Certo, na academia de policia ele e seus amigos tinham um código secreto que utilizavam para se comunicar sem que ninguém de fora do círculo de amizade tomasse conhecimento do assunto, mas nada que se aparentava aquilo. Ele nunca havia visto algo daquele tipo. O que significava?

Clarck demorou um pouco, porém logo notou que havia um anexo e o abriu meio receoso. Um desenho de um ouroboros que era um misto de cobra e dragão.

– O que isso quer dizer?

Ao perceber que perdera tempo tentando entender aquilo, o ruivo apenas fechou o e-mail, desligou o notebook, pegou a carteira, o sobretudo, um copo de suco e um sanduiche da noite anterior que por sorte ele havia guardado e saiu de casa em direção ao trabalho.

 

 

Por aquele corredor guardas trajando seus uniformes negros e cinzentos marchavam em direção às celas com metros e metros de cordas em mãos. Quatro deles. Era uma ordem de seus superiores e eles sabiam muito bem para quê.

Os homens, por debaixo dos lenços que usavam para cobrirem o rosto dos olhos para baixo, continham um sádico e cruel sorriso esculpido com brutalidade em seus lábios.

Os prisioneiros, ao ouvirem os chocar dos coturnos pesados contra o chão, de desesperaram, foram acertados em cheinho por enormes vibrações de pânico; alguns passaram a chorar desesperadamente à medida que os guardas se aproximavam.

 

 

O Coffee Of Toast mal abrira e Jack Rossi já se encontrava lá, desejando seu Cappuccino diário e algo doce para acompanhar. Ele se aproximou do balcão onde Nicole se encontrava e se sentou na cadeira alta.

– Oi Nicole. – ela ergueu o olhar, se distraindo do fazia, ao escutar a voz grave e rouca que ela tanto gostava de ouvir do detetive.

– Jack! – um enorme sorriso se estampou em seu rosto. Rossi não conseguiu se conter e se que se desse conta, retribuiu o sorriso – O de sempre? – ele afirmou com a cabeça. – E hoje que tal... bolo? – Rossi voltou a afirmar com a cabeça, sem retirar os olhos da mulher a sua frente, em momento algum. – Então, como andam as coisas? – ela perguntou enquanto servia uma fatia de bolo de coco com chocolate para Rossi.

– Novo caso. – o detetive pegou o bolo e saboreou um pedaço. Algum tempo depois Nicole lhe entregou seu Cappuccino.

– E o seu novo parceiro?

– Por que tanto interesse nele? – Rossi foi meio grosso e manteve uma sobrancelha arqueada. Sua expressão estava fechada.

– Se eu não te conhecesse, até diria que está com ciúmes. – ela soltou um riso fraco e se sentou a sua frente, com apenas um balcão os separando.

– Não estou com ciúmes. Por que eu teria ciúmes? – ele bebeu um grande gole do cappuccino. – Como eu disse, não estou com ciúmes. – e Nicole voltou a rir.

– Certo, certo, acredito em você. – ela fez contato visual, olhando dentro dos olhos acinzentados do detetive, que não aguentou e os desviou. – E sobre esse novo caso?

– Assassinato. Tinha um bilhete com um código e uma “assinatura”. – Rossi lhe contou após engolir um pedaço do bolo.

– Pode ser um novo... ãh... – Nicole hesitou.

– Serial Killer? – Rossi respirou fundo. – Eu espero que não.

– Não se preocupe, mesmo que for, tenho certeza que você o pegará, como fez com o Sombra!

– Se isso era um incentivo, não deu muito certo. Só descobri quem era o Sombra depois que ele matou todos que queria matar, então não foi lá grande coisa... – o detetive pareceu, por um momento, abalado, no entanto logo se recompôs.

– Pelo menos ela não está mais livre. – Nicole se mexeu na cadeira. – E agora você tem alguém para te ajudar.

– Como a conversa voltou a Clark? – Rossi voltou a fechar a cara e Nicole a rir.

A conversa durou mais alguns minutos. Rossi repetiu o bolo e logo o café da manhã de Rossi se foi. Eles interrompiam a conversa apenas para Nicole atender um cliente

– Tenho que ir. – disse o detetive quando o relógio de pulso apitou.

– Bom trabalho. – ela sorriu. Rossi sorriu de volta enquanto se levantava e saia da lanchonete.


 

As crianças do orfanato de Lér´Sweet já se encontravam acordadas e brincando alegremente de um jogo que eles mesmo inventaram que era uma mistura de pique-esconde e correntinha; ao todo era uma turminha de quinze crianças entre sete e onze anos na qual dentre elas estavam Jake e Lia.

– Vamos um pouco mais distante, Jake, em um lugar aonde nunca vão nos encontrar! – disse Lia enquanto puxava Jake, seu irmão um ano mais velho pela mão, os fazendo se distanciarem do lugar onde um garoto de dez anos contava até 100.

– Não sei se é uma boa ideia, Lia.

– Ah vamos, podemos até ganhar a brincadeira! E, aliás, não vamos sair daqui, só nos escondermos um pouco mais longe.

– Lia... – ela parou de andar e ela se virou para ele, em momento algum soltando sua mão.

– Não seja chato, Jake. – ela inflou as bochechas e fez biquinho. – Por favor.

Tsc. Tá, mas se formos encontrados, é cada um por si na corrida em direção ao pique. – ele cedeu e a irmãzinha riu com a brincadeira dele.

A contagem devia estar já passando dos cinquenta.

– Corre criatura. – disse Jake segurando com força a mão de Lia e a puxado para encontrarem logo um esconderijo. Eles não conseguiam conter a risada e o fôlego pela corrida e gargalhadas logo foi embora. Eles pararam atrás de algumas árvores por um momento para respirar melhor. – Acha que aqui está bom?

– Um pouquinho mais longe. – ela fez um gesto com o indicador e dedão e eles se afastaram mais, até o muro antigo que delimitava os limites daquele orfanato. – Acho que nunca nos encontrarão aqui! E a gente pode correr ao lado do muro que acho que não vão nos achar.

Pelo estado daquela “barreira” e a necessidade de reformas a um bom tempo, o muro possuía alguns buracos e falhas nos tijolos, as duas crianças ouviram um ruído pouco escutado por ali; alertas, eles se puderam nos buraco do muro, tentando enxergar algo. Ao verem um carro se aproximando, enormes sorrisos se estamparam nas faces angelicais dos dois meninos.

Veículos por ali só significavam uma coisa: adoção!

Os sorrisos foram murchando aos poucos quando eles perceberam que o carro parou a poucos metros dos muros do orfanato, em meio a mata, e três pessoas desceram: dois homens e uma mulher cujos irmãos não conseguiram ver o rosto. Eles estavam muito bem vestidos, roupas formais e engomadas. O trio de estranhos olhou discretamente para o prédio onde as crianças ficavam e sussurraram algumas coisas entre si, em seguida se dirigiram sorrateiramente para os fundos do orfanato.

Jake e Lia se entreolharam. Aquela movimentação era muito estranha. O que aquelas pessoas estavam fazendo ali? Claramente adotar crianças não era.


 

Os joelhos de Mary fraquejaram. Ela soltou a enfermeira, que despencou em direção ao chão. A garota deu alguns passos a frente antes de cair de joelhos no exato momento em que seus olhos voltaram completamente ao azul safira; todo seu peso ficou apoiado apenas nos joelhos e em seus braços, que já queriam também fraquejar.

Ela estava fraca. Arfando. Por um momento arquejou, então, após um momento, ergueu a cabeça e viu três pares de olhos – um castanho, um lilás e um heterocômio azul e rosa – olhando diretamente para ela.

– Por que vocês estão me olhando assim? – questionou a morena de íris azulada. As outras três garotas se entreolharam

– O que você fez? – indagou Anne Troyard, a de madeixas róseas, meio estática. – Digo... como você conseguiu fazer isso?

– Como assim? – uma gota de sangue caiu ao seu lado. Mary contemplou a gotícula por um instante antes de deslizar o olhar sob o piso até pará-lo sob a enfermeira inconsciente caída.

A porta do quarto ainda se encontrava aberta, o que facilmente chamaria atenção e colocaria em alerta qualquer um que trabalhava ali. E assim ocorreu. Outra enfermeira entrou no quarto ao notar que algo saída do comum e parou de repente no umbral da porta, com os olhos arregalados fixos na colega desfalecida.

Uma gota de sangue rebelde insistiu em se desprender do teto e cair em direção a jovem trabalhadora parada ali, bem em seu ombro. A mulher levou a mão ao ombro e tocou o líquido rubro ferroso, o levando de volta e o fitando assustada. Seus olhos de fixaram nas quatro adolescentes ali, que a fitavam ansiosas.

Outra gotícula, também rebelde, seguindo o exemplo da primeira, foi em direção à enfermeira, esta caindo bem na ponta do nariz da moça.

A enfermeira ergueu a cabeça em direção ao teto e entreabriu a boca ao ver a situação em que o teto se dispunha.


Notas Finais


- Esperam que tenham gostado ><
Inner: Idem ^^



No Próximo Capítulo:
...a moça desmaiada foi levada para enfermaria e a responsável – vulga-se dona – do hospital psiquiátrico foi chamada. Todos ali queriam entender exatamente o que havia acontecido e tentavam fazer perguntas às residentes do quarto, que repetiam a mesma versão que Mary dera à segunda enfermeira...

...Mary, Cloe e as duas Annes ainda estavam lá dentro, sob observação. Em breve seriam transferidas para outro quarto, porém naquele momento elas tinham que permanecerem ali...

...com certeza não passava de algum tipo de reação química – e era mesmo, bem mais perigosa do que eles imaginavam...


Bônus? Haaai *u*
...memórias com som: o fogo se alastrando. Se aproximando...




- Até non sei quando, cambada \o
Inner: Sayonara U.u


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