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História Route to Murder - All over the place


Escrita por: yewoon

Notas do Autor


AAAAAAAE CAMBADA!!! Terceiro capítulo e já estamos quase com vinte favoritos, muito obrigada <33
Estou me empenhando muito para postar pelo menos um capítulo por semana, então espero que eu esteja me saindo bem desenvolvendo o plot da fanfic akhsjahskahs
Bem, esse capítulo é a continuação do anterior, ou seja, tudo o que aconteceu aqui aconteceu alguns antes do incidente (que vocês verão logo logo) e com tudo o que aconteceu depois, com o Jin e tal. Espero que esses capítulos estejam esclarecendo um pouco as coisas, como eu disse, espero que fiquem atentos, pois nada aqui pode passar despercebido ajshakska

Capítulo 3 - All over the place


Fanfic / Fanfiction Route to Murder - All over the place

— E-Eu j-juro pra vocês que eu não fiz nada! Eu nem sei o que está acontecendo! — O homem de óculos disse, atrapalhado, e eu soltei uma risadinha por trás do vidro do espelho da sala de interrogatório, onde ele estava sentado em uma cadeira, com a companhia de um oficial.

— É o que veremos... — Murmurei, e então olhei para trás ao ouvir o som de uma porta se abrindo. Era Jungkook.

Ele havia me ligado para me informar sobre os resultados da necrópsia, e agora eu segurava a cópia da certidão de óbito de Suk Sun Hee. Sei que eu não tinha muito conhecimento nessa área, mas a julgar pelas fotos e pela descrição do corpo, a morte parecia ter sido bem violenta.

— O hyung estaria surpreso se visse que esse aí ainda está inteiro. — Disse, rindo enquanto olhava para baixo, e deduzi que se referia à Yoongi. Abri um pequeno sorriso. — Pronto para começar o interrogatório?

— Não tanto quanto ele. — Indiquei com a cabeça o homem que tremia do outro lado do vidro, tentando abordar o policial de todas as formas, este que por sua vez se mantinha imóvel, como se até sua respiração fosse imperceptível. Deduzi que ele não sabia o que estava acontecendo — ou melhor, o que havia acontecido —, ou que então era um ótimo ator. 

Entrei na pequena sala seguido por Jungkook, e nos sentamos nas cadeiras de frente para Min Junho. Uma de suas mãos estava algemada na perna da mesa, uma medida "drástica" que o oficial teve de tomar para que ele parasse de importuná-lo. 

— Min Junho, hum? — Perguntei, com os olhos na ficha que trouxera comigo, e percebi que ele movimentou a cabeça em afirmação.

— Conhece essa mulher? — Coloquei uma foto da vítima na mesa e a empurrei com os dedos para o mais velho, que ficou quieto. — Ela é sua namorada, não é? — Estreitei os olhos.

— O-O que está acontecendo? — Ele engoliu em seco, e alternou o olhar confuso e assustado entre mim e Jungkook.

O mais novo se curvou um pouco sobre a mesa, estalando a língua. — Essa mulher, Suk Sun Hee, foi encontrada morta às margens do rio Cheonggyecheon ontem às onze e meia da noite, após ter sido asfixiada por estrangulamento. Será que você pode apresentar um álibi para isso?

Ele pareceu completamente chocado diante das palavras do Jeon.

— C-Como é que é? M-Morta? — Ele cuspia cada palavra, incrédulo, e eu o olhava quase sem expressão. Algo nessa história ainda me incomodava. — A-A...A Sun Hee morreu...? — Disse em quase um sussurro, tocando os lábios com a mão livre enquanto olhava para baixo.

— Você não parece muito chateado. — Observei, e ele rapidamente levantou a cabeça para me fitar.

— E-Eu...eu só não estou entendendo. — Engoliu em seco. — C-Como isso aconteceu? O que aconteceu? Vocês já descobriram quem a...quem a matou? — Ele sussurrou a última palavra como se ela não fizesse sentido, ou como se simplesmente não pudesse acreditar.

Ouvi uma risada por parte de Jungkook, e o olhei pelo canto dos olhos. — É isso que estamos tentando descobrir.

— Parece que você não está entendendo a sua posição aqui. — O interrompi, e coloquei ambas as mãos sobre a mesa, ao lado da prancheta à qual a ficha estava presa. 

— E-Eu...eu juro que não fiz nada! Eu não machucaria ela, nunca. — Respondeu com a voz trêmula, o que não me convenceu nem um pouco. — Para falar a verdade...ontem...eu terminei com ela. 

— Por que? — Desta vez foi Jungkook quem se pronunciou.

— E-Eu não estava aguentando mais...a família dela, toda a pressão que eles estavam colocando em cima de mim para que me casasse com ela! Vo-Vocês sabem como é, também são jovens! — Ele fechou o punho e o deixou cair sobre a mesa, olhando para o próprio colo. — Sei que ela seria uma ótima esposa, nunca duvidei disso. É só que...não era a hora certa para mim. 

— Nesse caso, não era mais simples apenas continuar com o namoro? — O mais novo perguntou, mais uma vez, e nós dois nos olhamos de escanteio quando o outro retraiu os ombros, parecendo tenso e nervoso. — Ou será que havia outro motivo por trás disso? — O Jeon arqueeou uma das sobrancelhas, e o homem pareceu brevemente confuso.

— Sabe, Min Junho...Não tenho certeza sobre a veracidade da sua história, porque, hoje mesmo, os familiares de Suk Sun Hee não pareciam possuir muito apreço por você quando prestaram um depoimento à polícia. — Abri um quase sorriso, cruzando os braços. — Se não me engano, a mãe dela mencionou algo sobre ela tomar antidepressivos. Achei que você poderia nos explicar isso.

Ele arregalou os olhos ao ouvir minhas palavras e as do Jungkook, e me senti satisfeito com isso. Ele parecia confuso com tantas perguntas para responder, e esse era o nosso principal objetivo: deixá-lo confuso e nervoso até que ele mesmo se enrolasse com as próprias palavras, a fim de conseguirmos informações úteis. 

Talvez isso pareça meio cruel à um homem que acabou de perder a até então namorada, mas ele era o nosso principal suspeito até o momento. A pessoa mais próxima dela, e a que tinha uma "reação" mais negativa por parte dos familiares da vítima. Estreitei os olhos, a espera de uma resposta.

— Ahn...sim, ela tomava antidepressivos todos os dias. Ela não morava comigo, mas passava a maior parte do tempo no meu apartamento. Ela tinha alguns problemas com ansiedade. — Respondeu, calmo. — Sei que os pais dela parecem não gostar muito de mim, mas eu acho que na verdade eles queriam se livrar dela. 

— Problemas com ansiedade? — Franzi o cenho. — Por que eles iriam querer se livrar dela?

— Hm..Sun Hee nunca me disse nada à respeito, mas eu sei que ela tem problemas com ansiedade desde que era adolescente. Eu e os irmãos dela sempre tentávamos acalmá-la quando ela surtava, mas era um pouco irritante. 

— Irritante?

— É, você sabe. Esse tipo de pessoa se torna muito dependente de você, e é chato que você tenha sempre que colocá-la em primeiro lugar. 

— Sei... — Murmurei, surpreso com a naturalidade com a qual falava daquele tipo de assunto. — Foi por isso que você terminou com ela? Ela era um fardo para você?

— O-O que? Não... — Aquela voz trêmula de novo. Ele pareceu hesitante por alguns segundos, olhando em volta como se estivesse assustado, ou melhor, preocupado com alguma coisa. 

— Você bebe, não é? Será que alguma vez já saiu do controle com a Sun Hee? A ponto de machucá-la, de alguma forma...? — Jungkook perguntou, cuidadoso, e o homem negou com todas as suas forças, o que me arrancou uma risada falsa.

— Sabe qual a melhor parte de ser um policial, Min Junho? — Perguntei, com um sorriso fino e debochado nos lábios. — A melhor parte é que podemos descobrir tudo da pessoa que está sentada à nossa frente em um piscar de olhos. Acredito que você deva saber disso, não é? Já que já passou pela polícia uma vez.  — Sorri, descruzando os braços para pegar a prancheta que havia deixado em cima da mesa. Em meio à todas as folhas, procurei o boletim de ocorrência e a sua própria ficha, a entragando para ele. — Violência doméstica, hm? Na verdade, não é de se surpreender, já que há várias ocorrências aqui de acidentes no trânsito por consumo excessivo de álcool. Eu não sei de que forma você está envolvido nisso, mas acho que as marcas no corpo de Sun Hee não apareceram sozinhas. Na verdade, fiquei bem curioso para saber como ela conseguiu aquela cicatriz no peito.

— Onde você está querendo chegar? — Semicerrou os olhos, me olhando de forma profunda dentro dos olhos, mas permaneci inabalado. — Está dizendo que eu a matei?

Me ajeitei na cadeira, cruzando as pernas e os braços mais uma vez. — Estou dizendo que você batia nela, seu filho da puta. Mas acho que sabe disso tanto quanto eu. — Retruquei, ríspido. — Foram encontradas quantidades excessivas de Nortriptilina e Fluoxetina no estômago de Suk Sun Hee. Para uma pessoa que costumava tomar este tipo de antidepressivo, acredito que isso não foi resultado de uma simples distração, o que implica no índicio de tentativa de suicídio. Por que não nos conta a verdade, Junho?

— E-Eu... — Retraiu os ombros, se encolhendo na cadeira. — O-Olha, é...é verdade que eu já bati nela, mas estou dizendo, eu jamais a mataria. E-Eu apenas não conseguia mais aguentar, não é fácil ter alguém totalmente dependente de você para tudo! Mas eu juro por tudo que não a mataria, não tinha nada contra ela, apenas queria um pouco de paz. — Defendeu-se, e imediatamente senti nojo e desconforto por estar no mesmo lugar que aquela escória; ele falava como se agredí-la fosse muito diferente de matá-la, mas a verdade é que estava matando-a aos poucos, só estava antecipando tudo.

— Então como você explica a sua ida à Incheon, justo quando sua ex-namorada acabou de ser morta? — Jungkook mais uma vez deu a iniciatiava da pergunta, e percebi que ele havia praticamente ignorado todo o discurso do suspeito, como se suas palavras não lhe importassem nem um pouco. — Se era uma viagem programada, então deveria ter levado pelo menos uma mala consigo, mas não levou nada mais que uma mochila. E se você sabia que precisava viajar, por que terminou com a Sun Hee pouco antes de partir?

— Eu estava com a cabeça quente, então...então simplesmente peguei as coisas mais importantes e saí. Precisava tomar ar fresco.

— Em outra cidade? — Jungkook riu, cínico.

— Já basta. — Fechei os olhos e suspirei, calmamente, apenas para abrí-los novamente e olhar para o Min com os olhos opacos e escuros. — Quer você tenha a matado ou não, iremos descobrir. O nosso interrogatório acaba por aqui. — Jungkook e eu levantamos ao mesmo tempo, e percebi que ele me olhava com um pouco de decepção, assim como senti os olhos confusos e ao mesmo tempo preocupados do homem à minha frente, ainda algemado à mesa.

— O que isso quer dizer?

— Você está preso por violência doméstica, Min Junho. — Respondi, sorrindo, enquanto o policial no canto da sala o soltasse da mesa, apenas para algemar as suas duas mãos juntas, o fazendo se levantar, dando tapinhas em suas costas para que começasse a andar.

— C-Como assim? Você não pode me prender! Você não tem provas! — Ele gritou, irritado e inconformado, e Jungkook revirou os olhos, enquanto eu apenas ri daquela ceninha patética.

— É claro que posso, você admitiu sozinho.—  Me aproximei o suficiente para sussurrar em seu ouvido. — Espero que você mude de ideia no nosso próximo interrogatório e comece a abrir a boca...acho que não quer que sua pena aumente ainda mais, se realmente matou Suk Sun Hee. — Pisquei para ele. — Até mais. — Disse e peguei a pasta nas mãos novamente, organizando-a.

Ele me olhou com ódio, tentando resistir o máximo enquanto o policial tentava levá-lo para fora. Então ele parou, me olhou e riu de forma doentia. — Quer saber? Ainda bem que aquela vadia morreu. Ela não servia pra nada mesmo, além de implorar pra ser fodida. — Cuspiu, saindo da sala a rir como louco. 


Notas Finais


Noça, pra que essa violência?
Bom, aqui é RTM, né gente. Se não fosse pra ter violência nem escrevia
Esse capítulo foi BEM curtinho, espero que me perdoem por isso :(( Mas ele é a continuação do anterior, e eu também não queria aprofundar esse caso muito...é só algo que vocês meio que precisarão saber para entender melhor a história daqui para frente ajhsjahsa mas espero que tenham gostado!
Lembrando que isso aconteceu enquanto o Yoongi estava com a filhinha dele, né

Peço desculpa por qualquer erro :(
Até mais!


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