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História Sad Boy - Even after you die you wont be dead - Capitulo único


Escrita por: jkheart

Notas do Autor


Hey meus amores!

Sei que estou sumida e faz muito tempo que não posto nada, por isso resolvi postar essa One.
É meio que uma forma de pedir desculpa pelo meu sumiço e minha falta de responsabilidade com a outra fic, que eu infelizmente não vou voltar a escrever, eu acho.
Acho que vai dar pra perceber que eu mudei bastante minha forma de escrita. E eu realmente gostei dela assim.
Essa One é um pouquinho pesada, é que eu atualmente estou escrevendo mais sobre esses temas mais "pesados" tipo suicídio, violência e bullying.
Ela foi inspirada na música Sad Boy da Laila (link nas notas finais), que não é uma cantora muito conhecida mas é muito boa. Dá pra nota que eu tô numa vibe mais sad né. E ela também foi levemente inspirada na música All I want - Kodaline (link nas notas finais também), que também é maravilhosa. Recomendo escutar alguma delas enquanto lê.

Bom chega de papo!

Boa leitura! Beijinhos :3

Capítulo 1 - Even after you die you wont be dead - Capitulo único


Sad Boy


 

 

                  Ele levou o cigarro até seus lábios, dando uma longa e gostosa tragada. Ela o observava, atenta a todos os movimentos dele. Ele era um garoto triste, enquanto o olhava ela chegou a essa conclusão, e que embora ele tivesse muitos “amigos” – ou como ele preferia chamar, conhecidos – ele era um garoto solitário, sem ninguém em quem ele pudesse confiar e contar sobre sua vida, seus segredos e seus medos. Ele costumava se esconder ali, sempre quando ele notava que o fardo estava muito pesado e que ele não aguentaria mais nem um minuto sustentando aquele sorriso forçado e falso – que as olhos dos outros transmitiam alegria, uma falsa alegria. Ele era um garoto triste com uma mania de se esconder atrás de seu cigarro e seu falso sorriso. Ela sabia o que ele passava, bom, ela sabia uma parte de tudo que ele passava.

 

                   Ele não estava bem.

                   Nada bem.

                   Disso ela tinha certeza.

 

                  E ela comprovava isso toda vez que o via no mesmo local, sempre no mesmo local. Ela queria amaldiçoar aquele local, mas não poderia. Talvez por que ele lhe trazia lembranças de quando viu-o pela primeira vez, ou melhor, de quando notou pela primeira vez o quanto ele era triste. Se lembrava de cada detalhe daquele dia, ela tinha brigado com sua melhor amiga por um motivo bobo, no intervalo ela foi até os fundos da escola – onde não era permitido os alunos ficarem – e o encontrou, ela lembrava de cada detalhe, desde a jaqueta preta que ele usava por cima de uma camisa branca simples, da calça jeans clara que ele usava e estava velha e rasgada, até das sakuras¹ que tinham desabrochado a pouco tempo, já que era primavera. Se lembrava que ficou surpresa quando ele puxou da mochila – que estava atirada em um canto qualquer perto dele – um maço de cigarro, ele pegou um cigarro e ao invés de o acender e colocar na boca, ele ficou o rodando entre os dedos, brincando com ele. Sua expressão era pensativa mas ao mesmo tempo triste, então ele sorriu, mas não foi mais um de seus sorrisos vazios e forçados, não, foi um sorriso diferente, um sorriso verdadeiro, porém, triste.

 

 

                  Aquilo era realmente irônico, a cor favorita dele sempre fora vermelho, mas naquele momento ela só conseguia pensar em como azul² o representava.

 

 

               Ele era diferente de qualquer garoto que aquela escola já recebera, um garoto com uma carga emocional tão grande e pesada, mas ele sabia equilibrar tudo o que sentia, por isso muitas vezes foi considerado frio, sem coração e sem sentimentos. O que eles não sabiam é que a cada palavra ofensiva que o dirigiam o machucava, o magoava profundamente. Ele se acostumou a esconder seus próprios sentimentos, suas próprias necessidades, seus próprios problemas. O mais engraçado era que ele sempre estava ali pra ajudar todos, ele sempre era aquele ombro amigo que as pessoas procuravam para chorar, desabafar, abraçar e revelar seus medos. Ele sempre teve os melhores conselhos e sempre estava ali para dar um puxão de orelha ou um sermão quando você tivesse feito algo errado. Ele era e sempre seria o melhor.

 

 

                   O sinal tocou, ele apagou o cigarro e o jogou em uma lixeira que tinha ali perto. Ela esperou ele sair e dez minutos depois ela saiu e foi até sua sala de aula.

 

                  Ela queria ter coragem. Coragem para se aproximar dele, coragem para falar com ele, coragem para tocar nele, coragem para se declarar a ele, coragem para lhe contar que ele foi seu primeiro amor, coragem para contar que ela tinha se apaixonado por todas as qualidades dele e também por todos os defeitos dele, coragem para falar que ela amava cada pedacinho do ser que ele era.

 

 

                  Mas ela não tinha coragem...

                  

 

                  No outro dia ela chegou na escola e estranhou os corredores estarem menos movimentados, ela caminhou pelo corredor e uma coisa chamou sua atenção, vários alunos estavam na frente de um armário que ela conhecia muito bem, o armário dele, ela  cutucou um aluno e pediu licença, seus olhos se arregalaram quando ela chegou na frente do armário e viu flores, fotos dele sorrindo, mensagens de apoio a família e aos “amigos” e colegas, faixas de meus pêsames, velas e cartas que os próprios alunos tinham feito. Se sentiu tonta por um momento, como se sua pressão baixasse, ela queria que tudo aquilo fosse um sonho, ou melhor, um pesadelo. Se beliscou e deu tapas leves em seu rosto mas não surtiu efeito. Ela começou a se desesperar mais ainda, não, aquilo não podia ter acontecido, o garoto que ela amava não poderia ter morrido, NÃO! Desesperada ela pediu a um aluno que estava ao seu lado o tinha acontecido, ele se virou para ela e falou as malditas palavras. As palavras que acabaram com a vida dela.

 

               – Você não sabia? Natsu Dragneel, tirou sua própria vida ontem à noite.

 

                Ela piscou atônita, deu uma pequena risada achando graça até que sua ficha caiu, ele tinha se matado, se matado. Ela deu dois passos pra trás e colocou as mãos na boca tentando conter os soluços que começavam a aumentar e antes de sua visão escurecer ela viu a fotografia dele sorrindo, um de seus únicos sorrisos verdadeiros. O último sorriso verdadeiro dele que ela viu antes de desmaiar.


Notas Finais


¹ - Flor de Cerejeira significa a beleza feminina e simboliza o amor, a felicidade, a renovação e a esperança. É uma flor de origem asiática, conhecida como “Sakura”, a flor nacional do Japão, onde estão documentadas mais de 300 variedades de cerejeiras.

² - Em inglês Blue é uma gíria para "triste". Eu meio que quis dizer que "tristeza" o representava.

Sad Boy - Laila - https://www.letras.mus.br/laila/sad-boy/traducao.html

All I Want - Kodaline - https://www.letras.mus.br/kodaline/all-i-want/traducao.html



Então voltando a história, o que eu quis dizer com essa One? Simples, não esperem até o último momento para se arriscar, para amar. As vezes pode acontecer que por falta de coragem você perca o amor da sua vida. E outra, nem sempre sabemos o que acontecem na vida da outra pessoa, o caso do Natsu mostra a realidade de muitas pessoas por aí, ele estava sempre sorrindo mas o que ninguém sabia é que enquanto ele sorria mais uma parte dele se quebrava por dentro. Ele tinha depressão, e depressão é uma coisa séria e as vezes nem os remédios ajudam, levando a pessoa a achar que o suicídio é a unica saída, e para algumas pessoas realmente é.

"Ai, para de drama!", "Você tá chorando por que? Nem tem motivo pra chorar", "Não sei por que você se corta, tá estragando o teu corpo."

Comentários desse tipo fazem uma pessoa que tem depressão se isolar mais ainda. A maioria das pessoas acha que é drama da adolescência, mas ó um recadinho, não é, depressão é um distúrbio e tem tratamento, e eu acho que ter o apoio da família e dos amigos nesse momento é um dos fatores que mais ajuda a pessoa a se "curar".

E sim, eu meio que me inspirei em 13 Reasons Why.

Bom, comentem, favoritem se gostaram e se acharam algum erro ou tem alguma critica construtiva coloquem aí em baixo nos comentários! Beijo e FUI!


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