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História Sad Boy - 3


Escrita por: Envybolinho

Notas do Autor


Olárr, tudo bom com vocês?
Queria avisar que esse cap tá meio bosta (foi mal :() Ficou currtinho, mas prometo que o próximo vai ser maiorzinho.
Bjs de luz
{AA: Esse cap é narrado pelo Kenma e o próximo pelo Kuroo, e assim segue}

Capítulo 3 - 3


Já se passou mais de uma semana desde que Kuroo começou a falar comigo. Ainda fico surpreso com isso, porque não parece real. Ele se desculpou e depois disso quase esqueci de tudo o que havia ocorrido. Ele me vem perguntar de jogos às vezes porque ficou sabendo que eu gosto disso, me dá até uma alegria de me lembrar disso.

Suas covinhas continuam quando ele sorri, malandramente, ele faz meu coração saltar do peito, me deixando sem ação. Geralmente travo quando vou respondê-lo, mas por sorte trocamos nossos números e consigo falar sem dificuldades por celular.

Conheci também os outros amigos de Kuroo, como Bokuto, o cara animado que faz piadas constrangedoras e Akaashi, o cara que não ri do primeiro. Já Hinata, conheceu Kageyama, e ficou muito animado com isso. Animado até demais, não parava de me falar o quanto Kageyama era maneiro e bonito. Para mim ele era apenas assustador.

Posso dizer que foram dias que me deixaram feliz, Kuroo me deixava feliz. Foram também dias raros, preciosos para mim. Kuroo me envergonhava, me fazia sorrir, me fazia chorar e me fazia ficar irritado, para mim ele é o pacote completo.

– Por que está sorrindo feito bobo Kenma? – perguntou Bokuto. Estávamos lanchando todos juntos no intervalo e eu nem reparei que tinha viajado.

– Nada – respondi sem graça.

– Ele devia estar pensando em mim – respondeu Kuroo. Corei tanto as bochechas quanto as orelhas.

– L-lógico que não, b-baka – neguei gaguejando. Kuroo sorriu, deixando-me ainda mais envergonhado.

Quando o sinal bateu voltamos todos para nossas respectivas salas. Assistimos a mais três aulas e nos preparamos para ir embora. Mas o tempo fechou, as nuvens pretas se acumularam e tivemos que esperar um pouco. Uma sensação ruim tomou me corpo, senti como se algo estivesse sendo rasgado. Quis chorar.

Kuroo me acompanhou até em casa com seu guarda-chuva e me perguntou se houve algo, menti dizendo que estava bem e que ele não precisava se preocupar.

Logo que cheguei em casa soube que tudo estava errado. Minha mãe não me esperava com a colher na panela e o sorriso no rosto, ela estava no sofá de cabeça baixa, eu ouvia soluços baixos.

– Mãe? O que houve? – questionei com o coração apertado.

Ela levantou a cabeça e pude ver seus olhos encharcados, direcionou-me um olhar triste e parecia querer começar a falar. Sua boca abria e fechava diversas vezes, ela parecia sem palavras. Isso era ruim, pois minha mãe nunca ficava sem palavras...

– Hoje de manhã... seu pai... seu pai foi embora para sempre... enfartou... – disse ela. Fiquei em choque. Meu pai? Enfartou? Hoje de manhã? Por que?

Imediatamente caí no chão, sem ação, não sabia o que fazer, parecia que eu tinha perdido o chão, ou que a escuridão havia acabado com tudo. Chorei, chorei como nunca antes, a dor me invadiu de supetão, sem preparo, sem piedade.

Abracei minha mãe em busca do mínimo de segurança, mas em vão, juntos choramos até a tarde chegar, e com isso, a hora do funeral. Por mais que eu já tivesse tentado odiar meu pai por tudo o que ele fez para mim, eu jamais consegui, ele ainda era meu pai.

Minha mãe me disse que na verdade ele fugia dos próprio sentimentos, porque não sabia lidar com eles, algo muito humano da parte dele. Ela contou que ele agia como se não gostasse de mim porque quando ela estava grávida, eram gêmeos, e um deles morreu. Meu pai achava que era culpa minha, e não sabia lidar com isso. E carrego essa culpa comigo todos os dias.

Por mais que eu tente pensar em como ele foi mal, eu só consigo pensar no quanto ele fez falta, o quanto o fato dele ser um pai ausente doeu. Tudo o que eu consigo pensar é no quanto eu queria que ele tivesse me amado como seu filho, mas ele não fez isso, e doeu, ainda dói muito.

O fato de ele ir para sempre já nem faz diferença, isso porque, ele nunca esteve aqui. Nunca. Nem para mim, nem para sua própria esposa e nem para ninguém, só para os bares que sei que ele vivia frequentando.

E assim se foi meu pai, levando dor e remorsos com ele. Não acho que ele tenha aproveitado sua vida, não depois de eu nascer pelo menos. Ele ficou miserável e não mantinha quase nenhuma relação com ninguém, era muito sozinho e mal humorado. O que eu podia ter feito de diferente pai? O que eu podia ter feito? Não ter nascido?

Kuroo, Hinata e os outros ficaram sabendo e vieram me ver. Não puderam ajudar muito, mas distraíram um pouco minha cabeça. Mesmo nessas situações eu ainda me via completamente apaixonado por Kuroo. Ele ficou um pouco mais de tempo que os outros.

Nós dois conversamos, nos abraçamos e acabamos por dormir. Sim, ele dormiu na minha casa. Mas aquele dia estava tão triste e com tantas lembranças ruins, que a única coisa que me aliviava um pouco eram os braços de Kuroo ao meu redor e seu cheiro. Como ele me fazia bem... Só por estar ali.

Algumas semanas de luto se passaram, consegui ir superando aos poucos com muita ajuda, meus amigos, familiares e Kuroo... Ainda hoje sinto muito a ausência de meu pai, mas nada que eu não tenha me acostumado, foi sempre assim...

Com o passar da semana eu acabei me distraindo com outras coisas, quando nada servia eu simplesmente jogava, jogava até meus dedos doerem.

A semana de provas chegou e todos nos reunimos para estudar, para um ajudar o outro. O que acabou não dando muito certo já que ficamos jogando quase uma maratona, mas isso foi só até minha mãe chegar e puxar a orelha de cada um, ela desligou os jogos e nós começamos a estudar.

Depois de outra semana os resultados chegaram e felizmente fomos bem. Ao final tinham se passado dois meses desde a morte do meu pai, todos me ajudaram e agora eu me empenho em retribuir.

 

 


Notas Finais


Espero que não tenham achado uma bosta.
Bjs de Kenminha pra vcs! S2


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