AMAR SOOJUNG ERA COMO...
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Soojung era como uma canção de amor. Serena, emanava um sentimento ameno e ao mesmo tempo fazia meu coração palpitar. Ela andava em passos largos, a pele clara brilhando em frente a meus olhos.
Sentada sobre um banco, dentro do campus, eu a observava entrar apressadamente no prédio. Eu gostava da forma que ela penteava seu cabelo, como vestia o uniforme, como ela escutava música nos fones brancos distraidamente e batia os dedos suavemente em suas pernas.
Eu gostava da ideia de Jung Soojung. Gostava do som de seu nome quando eu sussurrava-o em segredo, meus pensamentos impedindo-me de dormir. Não conseguia pegar no sono quando pensava sobre ela, sobre seu jeito desatento e suave.
Sempre acabava viajando em minha imaginação, me perguntando sobre seus gostos, suas manias, seu jeito. Pensava sobre como o tom de voz se tornaria quando ela precisasse de ajuda, questionava-me sobre sua personalidade e sobre suas experiências. Me perguntava se ela iria deitar em meu colo e contar-me sobre seu dia, deixar seu cabelo longo e descolorido se perder em meus dedos e me ligar tarde da noite, quando tivesse algum pesadelo e pegar no sono fosse complicado.
Eu imaginava como seria ouvir meu nome saindo por seus lábios, seus dedos juntos aos meus e seu sorriso tímido direcionado a mim. Talvez ela gostasse de café quente e cobertores, e então poderíamos nos abraçar e deixarmos nossos corpos se tornem preguiçosos juntos.
Era impossível deixar de imaginar cenários que a envolvesse, porque Soojung estava gravada em mim como uma tatuagem, prendendo meus pensamentos em seu doce encanto. Eu era refém de sua graça.
Jung era como uma maré baixa, calma. Seu olhar era solene, deixando-me a beira de um precipício. Ela agia como quem não queria nada e consumia meu interior, deixando-me a mercê de seus gestos. Ainda que fosse raro vê-la em momentos de felicidade, seu sorriso era contagiante, inevitavelmente fazendo-me querer sorrir junto. Soojung era a minha paz em meio ao caos; a energia que me mantinha viva. Ainda que eu me sentisse em todos os extremos quando eu a via, meu coração sentia-se aconchegado.
Era um sentimento puro, eu sabia. Um romance calmo e doce, que me fazia sentir bem quando eu estava passando por algum momento ruim. Amar Soojung era como um jardim florido, bonito e confortável.
Ela estava fora do meu alcance. Eu achava, eu sabia, eu confiava na minha intuição. Não esperava que ela retribuísse os olhares ou percebesse que eu esperava-a chegar para que pudesse enfim entrar no prédio da escola.
Eu não diria que entendia o significado das músicas de amor que tocavam na rádio. Não confessaria que meu coração batia mais rápido quando esperava-a chegar no campus, a expectativa de vê-la deixando-me eufórica.
Cada vez que eu dizia seu nome, tarde da noite, quando finalmente deixava meu corpo descansar após dia longo, ele parecia mais distante de mim.
Jung Soojung estava distante de mim, dos meus olhos, dos meus sentidos.
Meu amor era um segredo.
Amar Soojung era bonito como dias de primavera. Porque mesmo que fosse um amor unilateral, um amor secreto, um amor que não poderia ser confessado, continuava sendo amor.
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