Shawn point of view
― Sua avó era uma ótima pessoa, tenha certeza disso. ― Ana diz quando entramos pela porta
O meu antigo quarto ainda estava como antes, pôsteres de bandas de rock na parede, o mesmo tom verde nas paredes e a cama de solteiro que talvez eu nem caiba mais... Os retratos, troféus dos times de lacrosse e basquete, o meu primeiro violão... tudo como eu deixei a última vez que estive por aqui, talvez eu devesse ter uns quatorze anos, nessa vinda eu havia trago o Aaron e o Cameron porque eles queriam conhecer a minha "famosa avó Lucinda"
Rio quando lembro de Cameron, fuçando as coisas da minha avó enquanto Aaron olhava para o teto entediado, quando Ana chegou e nos tirou do tédio total.
― Eu sinto muito pela sua perda ― ela diz com um tom fraco me tirando do devaneio ― E sinto muito que essa seja a causa para nos vermos.
Rio baixo assentindo, era verdade. A morte da minha vó foi o pivô para que eu realmente voltasse a Portugal.
Deixo as malas em cima da cama e saio para sala onde todos os meu familiares estão, eu havia esquecido como eram tantos, e todoa sorriam fracamente pra mim, alguns até davam tapinhas fracos em minhas costas, acho que é um sinal de que sentiam muito pela minha perda . Meu pai está conversando com um homem, e faz sinal para que eu me junte a eles e contra minha vontade o faço.
― Como está grande não é Manuel? ― o homem fala dando um tapa de leve nas minhas costas ― E bonito, garanto que todas as menininhas correm atrás de você.
― Meu filho não é esse tipo de galinha, Andrew. ― Manuel fala e eu rio. Meu filho? ― Ele é um ótimo cantor, aliás.
Arregalo os olhos mal contendo a vontade de enfocar Aaliyah a primeira vez que esbarrasse com ela, o que mais da minha vida ela havia contado a esse cara? Pelo menos ele não tocou no nome da Katherine.
― Eu trabalho no ramo musical, talvez você queira me mostrar um pouco do seu talento outro dia, não é? ― Andrew pergunta e eu confirmo ― Não vamos te atrapalhar, a garota está esperando por você.
Sigo seu olhar até duas figuras loiras, Ana está no final do corredor conversando com uma das minhas tias mais chata, Deborah , seu olhar recai sobre mim e ela abre um sorriso envergonhado como se estivesse sido pega no flagra, e tinha mesmo. Passo as mãos no cabelo, bagunçando-os de leve para disfarçar enquanto ouço Manuel e Andrew rirem de mim.
Ando na direção de Ana e as duas sorriem abertamente pra mim. Não há nada estranho por aqui, tirando o fato de que não parece que minha avó morreu.
― Shawn! ― minha tia grita me abraçando forte. Muito forte. ― Minha nossa, como está bonito e forte.
Ela aperta fortemente meu braço, e faço uma careta de dor. Ana ri, mas a Deborah parece nem notar o que acabara de fazer, já que nos olha com uma cara de quem não está entendendo nada, mais ela dá um sorrisinho malicioso como se eu e Ana estivéssemos tendo um caso.
Deborah grita por alguém e logo sai andando e nos deixando ali com cara de paisagem.
― Vamos dar uma volta? ― ela pergunta
― Ahm, sim. ― respondo.
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