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História Sangue se paga com sangue (Vikings) - Impulsos


Escrita por: Erdbeersirup

Notas do Autor


Então......... Eu fiz duas vezes esse capítulo, um em primeira pessoa e outro em terceira pessoa. (Sim, esse assunto de novo). E cheguei na conclusão que prefiro realmente minha escrita assim. Só explicando mesmo, se isso incomodar vcs de alguma forma me avise! Sério, ficarei mais do que feliz em encontrar um meio termo nessa crise existencial kkkkkkkkkk
até!

Capítulo 5 - Impulsos


Fanfic / Fanfiction Sangue se paga com sangue (Vikings) - Impulsos

Kattegat

 

Em pleno descanso da tarde, após várias atividades, os filhos de Ragnar escutaram as trombetas que anunciavam a chegada de alguém.

Com o machado na cintura e uma pulga atrás da orelha se dirigiram até a Earl Ingstad que lhes fazia uma visita, normalmente, esse era dever cabido à rainha, sua mãe, porém sua má saúde obrigava-os a se encarregarem disso.

A Earl não viera sozinha, acompanhada das suas típicas escudeiras e alguns pingados vikings. O bom sinal era a ausência de escudo e maquiagem na face, portanto, não estavam ali com o objetivo de guerrear, assim como os próprios moradores de Kattegat.

— Bom te ver Lagertha!

Sigurd, Cobra-no-Olho, foi o primeiro a cumprimentar a Earl, chamando-a pelo seu nome.

— Igualmente, Sigurd. — ela olhou para seu irmão mais velho que a encarava com impasse. — Você também Ubbe.

O homem apenas concordou com a cabeça, esse possuía uma aparência idêntica à de Ragnar Lothbrok, mas desassemelhava-se por portar um comportamento mais calmo e sério, diferente de seu pai.

Siggy, que acompanhava Lagertha, nem o tinha reconhecido, se não fosse sua avó chamar pelo nome, Ubbe passaria despercebido por ela, na verdade, mal se lembrava de sua aparência quando criança. Em um breve momento ele pareceu reconhecê-la, até levantou uma sobrancelha encarando-a, entretanto logo outra coisa chamou sua atenção.

— Onde se encontra a rainha Aslaug?

— Ela está doen...

— Descansando. — Ubbe interrompeu seu irmão, achou melhor mentir o estado de sua mãe para não criar nenhum lapso de poder, afinal de contas, Lagertha, apesar de pertencer à sua família, era uma Earl que poderia atacá-los se achasse necessário.

— Entendo... — A Earl continuou. — Trago boas e más notícias.

Ao dar espaço para a visão dos irmãos, eles puderam perceber que seu irmão caçula a acompanhava um pouco mais atrás, com exceção da sua aparência cansada, Ivar sorria de volta. A alegria foi instantânea, indo recebê-lo de volta eles faziam caras e bocas surpresos pela novidade de que agora, seu irmão conseguia a proeza de cavalgar.

Após alguns tapinhas nas costas, risadas de alívio e a demonstração de rever seu irmão sã e salvo, perceberam a má notícia: Ragnar não havia voltado. Da mesma forma que a felicidade chegou, foi embora, e a possível notícia da morte do então rei, fez não só seus filhos, mas também todo o povo em volta, manifestar insegurança.

Os dois filhos de Ragnar, inspecionaram o lugar a volta, adotando uma postura mais intimidante com a possível ameaça. Ubbe resmungou um convite qualquer e seguiu de punhos cerrados até a casa principal.

Casa de Ragnar Lothbrok.

Adentrando o local, Siggy percebeu a antiga mobília, idêntica a sua memória de infância. As cadeiras ocupadas pelo rei e pela rainha, agora vazias, deu um leve choque de realidade na garota, contudo, aprendera muito bem a esconder suas reações devido ao seu treinamento como guerreira.

Posicionada em pé, atrás de sua Earl e ao lado de Astrid, pode sentir o ar incerto que pairava pelo local. As portas foram fechadas, limitando poucas pessoas a participarem do assunto.

Ivar se desandou a contar sobre sua fuga, não poupando os detalhes da história, contava coisas que até mesmo escondera de Lagertha. Não esqueceu de mencionar Haelena, porém, a chamava pelo nome que Siggy inventara, fazendo a menina se perguntar até que ponto essa história era verdadeira, já que mentia o nome de sua amiga para seus irmãos.

— Velhos, — Sigurd pensou alto. — Era óbvio que um exército de velhos acabaria nisso.

Ivar trancou seu maxilar.

— Eu fiz... Eu fiz tudo o que pude para...

Bateu forte na mesa em um ato de impotência.

— Ele se sacrificou por nós... — Haelena disse.

Mesmo acreditando que Haelena era uma descendente direta do povo nórdico que morreu em Wessex, Siggy  não comprava essa história de sacrifício.

— ...Pelo povo que ele esqueceu lá, — Sigurd a interrompeu. — Você quer dizer.

— O que importa agora irmão é o que devemos fazer quanto à isso. — Ivar voltou a ter a palavra.

— Pelo visto, teremos que resgatá-lo.

Ubbe encarou seu irmão com incerteza, buscando uma confirmação, Sigurd, por sua vez, não simpatizava muito com a ideia, mas também estava dividido entre o orgulho ferido do pai, levando-o sinalizar positivamente com a cabeça.

— Vamos esperar Hvitserk e Björn, eles são tão filhos de Ragnar como nós. — explicou à Ivar que bufava contrariado. — Até porque, não temos homens o suficiente.

— Podem contar com meu apoio. — Lagertha se posicionou.

— Ótimo! Precisamos alertar os demais Earls...

— Com uma condição... — ela continuou.— Siggy vai no meu lugar.

Todos presentes olharam na direção da menina em pé, Siggy engoliu seco ao ser exposta à tamanha atenção, resolveu lançar um meio sorriso abanando em seguida, claramente desconfortável com a situação.

— Siggy?

Era a voz de Ubbe em um tom confuso, mas não direcionado à portadora do nome e sim à Earl.

— Pensei que estava morta! — Sigurd se dirigiu à antiga amiga.

— E eu, pensei que já tinha cortado esse cabelo horrível!

Ela retrucou recebendo um olhar desaprovador de sua avó, mas em compensação, sentiu-se nostálgica com a reação de Sigurd, rindo fraco da sua provocação.

— Como Ragnar e Björn, ela é protegida dos deuses! — Siggy revirou os olhos internamente, segurando-se para não parar esse discurso mais uma vez. — Eu mesma perguntei ao vidente sobre seu futuro, entretanto, isso é o de menos pois, seu treinamento foi perfeito e confio em suas habilidades.

— Muito bem... Que seja! — Sigurd não demostrou dar muita importância. — Ivar, seria bom que você comparecesse aos aposentos de Aslaug...

Siggy parou de prestar atenção na conversa, sua mente se esvaiu nos sentimentos de insegurança e medo. Não que ela admitisse tal coisa, era orgulhosa demais para isso, contudo esses sentimentos ainda existiam na sua mente a perturbando.

Após a pequena reunião, Lagertha e seus seguidores foram guiados até seus respectivos aposentos para descansar da viagem.

Do lado de fora, Siggy sentiu uma mão encostar no seu ombro.

— Achei que nunca mais a veria. — Ubbe confessou.

— Uma versão diferente da famosa frase: “pensei que estava morta”. — ela riu sem felicidade.

— De fato. — ele encarou o horizonte por alguns segundos, sem saber o que dizer.— Sabe, Björn ficará orgulhoso quando te ver.

Péssima escolha de assunto.

— Fala sério! — respondeu com um falso humor. — Nós dois sabemos que Björn não liga para sua filha esquecida. Não é necessário fingir o contrário.

Mais uma vez ela tinha desarmado as boas maneiras do rapaz, revelando a verdade por trás das palavras dele. Surpreendido por ela lidar tão bem com a sua situação paternal, decidiu ser sincero antes que estragasse mais ainda aquela conversa banal.

— Que bom que esclarecemos isso! — Ele prendia um sorriso entre os lábios, não esperava encontrar uma pessoa tão direta.

— O prazer é todo meu.

Ele partiu deixando-a sozinha, mas sem antes de apertar levemente seu ombro em um ato falho de conforto. Siggy riu com seu jeito, era possível ver um pedacinho de Ragnar na sua personalidade, a versão mais sólida dele talvez.


*


Entre conversas e pensamentos aleatórios, Siggy escutara um som familiar vindo do lado de fora.

— Escutou isso?

Perguntou à Astrid que a silenciara com um dedo entre os próprios lábios, logo Lagertha apareceu no ambiente com a espada e o escudo em punho. Pela cara de poucos amigos que ela demonstrava, Siggy inferiu estar certa: o barulho fora de uma garganta sendo cortada.

Pegou sua espada rapidamente com as mãos tremendo de adrenalina. Isso sempre acontecia quando ela sentia o perigo de perder a vida, não era novidade, porém era constante.

Seguiu na frente com Astrid, caminhando com cautela, não podia fazer nenhum barulho pois, qualquer erro era fatal, e claro, devia se preocupar não só consigo mesma, mas também com sua Earl. A dúvida de quem era seus aliados tornava tudo mais difícil, só podia contar com o apoio de Astrid, porque mesmo não tendo motivos, isso poderia ser um ataque de Kattegat ou de qualquer outra pessoa que desejava ver Lagertha morta.

Passos correndo na sua direita a fizeram parar subitamente, apontou para Astrid o outro caminho instigando-a a seguir, Siggy era do tipo mais imprudente nas lutas, gostava de partir para o combate corpo a corpo, porém, nesse caso devia pensar na segurança de sua comandante e ser mais cautelosa. Ao dar a volta na pequena tenda, escutou o escudo de Astrid em ação e rapidamente passou a espada na nuca do seu inimigo, involuntariamente espirrando o sangue no corpo da sua aliada.

Mais uma morte a deixava mais perto de garantir seu lugar em Valhala, como uma guerreira honrada. Seus olhos, atentos a qualquer movimento, não localizavam a direção dos gritos de batalha que seus ouvidos captavam.

A noite soprava um vento gelado que contrasteava com sua pele fervente por causa do sangue fluindo.

Uma mulher que gritava desesperada corria em sua direção, e com uma rasteira fizera ela tombar no chão pressionando, em seguida, sua espada na altura do peito da moça.

— O que está acontecendo? — indagou Lagertha com ferocidade.

— E-estamos sendo atacados!

— QUEM?

— N-não sei... Homens! Homens encapuzados...

Sem mais perder tempo, Lagertha tomou a frente seguida por Siggy e Astrid. Em virtude do relato daquela mulher, a experiência da Earl deduzia que Kattegat inteira estava sendo atacada, ainda podia ser uma armadilha, mas ela sempre seguia suas intuições.

A pobre mulher fugiu em desalento, Siggy não a julgava, sabia muito bem da intimidação que sua avó causava nas pessoas.

As três chegaram no ponto em que a batalha rolava fervorosamente,  observando que chão já estava manchado de sangue devido ao embate que acontecia. Lagertha se meteu na multidão distribuindo espadadas com esplendor, suas escudeiras sabiam de antemão que deveriam proteger a sua retaguarda e o faziam com perfeição.

Era um dos únicos momentos que Siggy e Astrid trabalhavam em harmonia. Compreendiam que não foram escolhidas à toa para proteger sua Earl e por isso demonstravam todas suas habilidades em confronto.

De repente, Siggy avistou Ubbe encurralado pelos inimigos, ele também lutava de forma exemplar, mas se encontrava numa situação de sobrecarga.

Por puro impulso decidiu ir ajudá-lo, esquecendo do seu dever.

— Siggy!

Astrid berrou chamando sua atenção, irritada com as ações negligentes da garota. Ela parou no caminho, ainda defendendo Lagertha, lembrando do que sua avó dissera outrora sobre sua irresponsabilidade, entretanto, ao conferir mais uma vez o estado de Ubbe, notou que se demorasse mais um pouco, poderia ser tarde de mais.

— Lagertha! Ubbe não está bem! — gritou para sua avó, pedindo permissão.

— Vá! — recebeu em resposta.

Mas a menina já se encontrava longe, deslizou sua espada em dois ou três desafortunados que entraram no seu caminho, pegou uma lança cravada em um corpo morto e atirou em um dos homens que pressionavam Ubbe contra o chão.

Caído, Siggy já não sabia mais se estava vivo ou morto, e tentou chegar perto o mais rápido que pôde.

Inseriu sua lâmina em mais um homem, concentrado além da conta para perceber a menina chegando, seu cúmplice à direita fora mais sortudo e teve tempo de atacá-la forçando um combate de espada e machado. O homem ria e gritava como um louco, mas Siggy não se deixava intimidar, investindo com força e precisão. Seu escudo era quase que sua primeira arma, manuseava melhor do que qualquer lâmina, num ato imprevisível o usou para desequilibrar seu inimigo acompanhado por um chute na perna, dando assim passe livre para cortar sua garganta de forma fria.

Checou Ubbe mais uma vez, agora de joelhos, ele a encarava alheio ao mundo ao seu redor. Ela pensou na possibilidade dele estar em choque, não era muito comum um viking adulto passar por isso, verdade, porém não achou o momento certo para perguntar.

— MEXA-SE!

Bradou em sua direção, fazendo-o voltar para realidade atônito. Apesar de se pôr em pé, seu joelho machucado o atrasava deixando lento seus movimentos.

Ele não ia durar muito tempo assim, precisava achar um lugar para deixá-lo, pelo menos até que a luta acabasse. Preparada para atacar as pernas da mulher que lhe apontava um machado, levou um susto ao notar que uma flecha atravessou sua cabeça antes de chegar até Siggy. Indignada, olhou na direção de quem roubara sua morte e constatou Ivar um pouco distante com um arco na mão, ela gostaria de mostrar o dedo do meio em um gesto de desaprovação, mas logo compreendeu que ele estava dando-lhe cobertura para escoltar seu irmão.

— Ubbe! Por aqui!

Chamou a atenção do rapaz que mancava. Também tentou abrir caminho entre os guerreiros para passar, mas fora impedida de sequer de chegar perto de um vivo pois, Ivar era impecável na sua ajuda. Olhou mais uma vez na sua direção com cara feia, Ivar, por sua vez, ria orgulhoso em resposta.

Ele estava fazendo por gosto.

A garota resolveu ajudar o pobre Ubbe que quase não se aguentava em pé, sentiu o peso dele contra seu corpo e o cheiro de sangue invadindo suas narinas. Ele apoiava um braço em volta dos ombros de Siggy que o carregava com dificuldade, não estavam longe do salão principal e no meio do caminho escutaram as trombetas tocando acompanhadas de gritos para recuar.

Exausto demais para colocar um pé na frente do outro, Siggy estava quase o arrastando pelo assoalho, sua cabeça pendeu para um lado fazendo a garota sentir sua respiração cansada perto da orelha.

— Ubbe, colabora! — ela o sacudiu.

Sem mais a ajuda de Ivar, ela precisava ser rápida naquela situação vulnerável. Chutou a porta de um quarto da casa e foi surpreendida por Haelena que pulou em sua direção.

O ato fez ela soltar Ubbe que desabou no chão, uivando de dor. Siggy percebeu o semblante de medo na menina que a atacara e no reflexo segurou seus punhos finos impedindo que Haelena a ferisse.

— Ei, calma! Calma! — olhou em seus olhos. — Sou eu.

Arfando ela reconheceu Siggy e cessou suas investidas.

— Desculp...

— Sim, sim, eu sei! — avistou Aslaug indo ajudar seu filho machucado. — Estão sozinhas?

As duas balançaram a cabeça concordando. Siggy ficara perplexa com a notícia, como que elas não tinham guardas protegendo-as? Pelo menos Aslaug deveria ter algum escudeiro.

Queria poder ficar e ajudar, mas já tinha se separado tempo demais de sua Earl, tinha de voltar e continuar lutando.

— Onde você vai? — Haelena se pôs na frente da garota.

— Não posso ficar! Sabes disso.

— Siggy! — suplicou.

Mas novamente, Siggy já estava longe demais para discutir.

As trombetas já haviam soado para que os poucos que sobraram, fugisse dali com vida. O ataque não havia sido executado com sucesso, e também não contavam com a presença de Lagertha em Kattegat.

Se não era um ataque vindo de Hedeby, nem um ataque interno, só restava a opção de ataque estrangeiro. De certo modo, a notícia de Ragnar, havia enfraquecido o poder dos Ragnarsons e da rainha Aslaug no comando de Kattegat, abrindo frestas para que pequenos grupos sentissem no direito de reivindicar o título de rei.

Lagertha terminava de acabar com a agonia dos moribundos com uma lança no coração. Como Earl, tinha feito más escolhas em escoltar Ivar até sua casa, nessa batalha sem objetivo nenhum perdera alguns de deus melhores escudeiros, gente do seu povo que morrera defendendo a família de Ragnar Lothbrok. Entretanto, tinha consciência que essa era a melhor opção para concretizar o destino de sua neta, mostrando seu apoio e confiança nela.

Observou Siggy aproximar-se, seu coração encheu-se de alívio imediato ao ver a garota viva. Apesar de querer acompanhá-la nas suas jornadas, precisava voltar a Hedeby, agora que um ataque havia acontecido, e proteger seu povo como uma verdadeira líder.

Perto dali, Ivar marcava um caminho no chão se arrastando em direção à casa principal, forçava seus músculos a irem o mais rápido que podiam, mas aparentava ter grandes dificuldades.

— Se apoie em mim. — oredenou Siggy em um gesto de empatia.

— Não precisa. — ríspido, ele concluiu seu caminho a deixando confusa com sua atitude.

Ivar era conhecido por sua frieza, Siggy sabia disso, mas devido ao seu comportamento ameno nos últimos dias ficara surpresa com o rude tratamento.

— Virou babá dos Ragnarsons?

Astrid e sua maldita voz perturbavam seus pensamentos, deixando-a mais irritada do que de costume.

— Não enche Astrid! — falou indo embora, gostaria de ser o que Lagertha apostava: uma líder madura o suficiente. Mas sua vontade de retrucar era demasiada grande. — Se chama lealdade, conhece?

— Oh! Não me venha com essa!

Ela se pôs na frente da garota que tentava se distanciar, era a segunda vez que alguém trancava seu caminho naquele dia, fazendo seu sangue subir à cabeça.

— Foi você, quem deixou a Earl Ingstad sozinha na batalha!

— Você sabe que eu precisava ajudá-lo!

— Quem? Sério, quem? — continuou. — Um qualquer que você conheceu hoje? Sua lealdade devia estar com Lagertha, ela quem te criou durante sua vida inteira...

— Eu não preciso dos seus conselhos ou de seus lembretes!

— Pois parece que precisa sempre de alguém ao seu lado lhe lembrando do que fazer!

— Se Lagertha não confiasse em meus instintos, não me escolheria como líder de Hedeby. — Siggy tentou terminar o assunto.

Ela soltou uma risada irônica em resposta, encarando incrédula que a menina realmente acreditava nesse argumento.

— Quantas batalhas reais você já enfrentou? — Siggy vacilou em responder. — Nenhuma! Você não tem a mínima experiência, e francamente, isso não seria problema nenhum se você não tivesse sido escolhida como representante!

— Eu acho que isso é a sua inveja falando! Bem que você gostaria de estar no meu lugar, não é?

Astrid respirou fundo, essa não era sua intenção, mas com Siggy, ela perdia a cabeça e agia de forma imprudente.

— O único motivo de Lagertha a ter escolhido é simplesmente para colocá-la em uma posição importante o bastante para não ser rejeitada pela milésima vez por seu pai!

Essa informação fora como um soco no estômago.

Um soco no estômago, que fez Siggy sentir o gosto da bile na boca. Na verdade, tinha mesmo achado essa história esquisita desde o começo, mas confiava na sua avó, portanto não duvidou uma vez sequer de suas reais intenções. Isso significava que até mesmo Lagertha, tinha receio da reação de Björn quando a visse com sua filha. Porque haveria de ter receio? Sempre afirmara sobre o íntegro caráter de seu filho.

Não havia motivos para pensar que ele a abandonara por vontade própria.

Siggy sempre soubera, mesmo que ninguém tivesse contado, nunca viu uma figura fraternal em Björn. Contudo, as seguidas afirmações de Lagertha sobre as boas intenções dele, sempre deixaram dúvidas.

— O mínimo que deve fazer é provar que merece essa confiança toda! — Astrid continuava a falar.

Se afastando abruptamente e ignorando a escudeira, ela pensava na veracidade das palavras que escutara. Astrid estava correta, esse era o único motivo de ganhar essa posição, assim tão facilmente e sem experiência.

Não sabia se era capaz, mas precisava encontrar um jeito de provar que era digna de lutar ao lado dos Ragnarsons.

Sem a interferência de Lagertha.


Notas Finais


Eu sei que falei sobre em revisar os capítulos anteriores, mas a verdade é que eu to muito sem tempo. É a semana do meu aniversário e é semana de trabalhos na faculdade... Mas quando der eu prometo revisar!


Oi! Ainda está aí? Escreva nos comentários se está gostando da história. Ou não, não mando em você... É sempre bom lembrar que eu erro muito concordância verbal, gramática e essas coisas de português!


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