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História Santa Ajuda! - Vocês não podem ficar juntos, mas deveriam.


Escrita por: aidyoshippxc

Notas do Autor


Eu fiz um CARALHO de um texto nas notas (finais/iniciais) e a PORRA DA INTERNET CAIU N SALVOU NADA .

ok, n consigo ser fofa agora,vamos ser rapidos pq pistolei:

N tem interação Chanbaek
tem um beijinho
as atualizações serao de domingo
obrigada pelos favoritos
desculpe os erros
tchau

Capítulo 4 - Vocês não podem ficar juntos, mas deveriam.


— CHEN! APARECE AQUI AGORA! — Baekhyun gritou para toda vizinhança ouvir que precisava de seu anjo.

Poxa, aquilo era muito sério! O Chanyeol havia acabado de fazer um pedido importante, tudo bem que era um encontro apenas como amigos, mas era um encontro. Os dois se veriam e conversariam, se amariam para toda a eternidade logo após os crédito

Depois de ir embora da casa do crush, as coisas finalmente se ligaram e não pôde ficar mais feliz e pleno. A cena do Chanyeol se embaraçando para convidá-lo se repetia em sua mente e tudo era tão adorável, fofo. Pena que o adolescente estava muito nervoso para fazer alguma coisa sobre. O único problema era que o menor precisava de alguns charmes para conquistar seu crush.

— O que você quer, desgraça? — Chen apareceu deitado na cama, onde o jovem ainda não teve a oportunidade de se tacar, por estar muito ansioso. — Eu não leio mentes mas sei que vem merda por aí...

O Byun fez uma careta com o comentário, mas logo se acalmou e sentou ao lado de JongDae, com as pernas para fora da cama por não ter espaço.

— O Chanyeol me convidou para sair, mas acabou se atrapalhando e disse que era como amigos. — Explicou. — Eu sei que não era para ser como amigos, mas ele ficou nervoso, eu também, e acabou acontecendo dessa maneira.

— Ok, você terá um encontro com Chanyeol. — Olhou com desdenho para sua missão. — E daí?

A intuição de Baekhyun não era das melhores, mas a ajuda que precisava de JongDae era estranha e ele sentia que o anjo sabia disso.

— E daí que... — Direcionou seu olhar para o chão e começou a brincar com os dedos da mão, muito envergonhado. — É que, e se ele me beijar? 

— Você beija de volta, anta. — Chen esclareceu algo que estava mais do que óbvio.

Só que não era esse o ponto em que o menino queria chegar, era algo um pouquinho mais complexo. Baekhyun queria beijar Chanyeol de volta, isso era mais do que claro, porém suas experiências com beijos não passavam de uns selinhos em sua mãe quando era bebê.

— Mas eu não sei beijar, JongDae! — Fez birra e finalmente olhou para o anjo.

Chen tinha os braços cruzados e as costas na cabeceira da cama, o olhava com muito deboche, como se aquela conversa fosse servir de nada no final.

— E como eu posso te ajudar nesse quesito, queridão? — JongDae perguntou, arqueando a sobrancelha.

Bem, como o pequeno Baekkie pediria ajuda? Era completamente constrangedora aquela situação, mas aquele era seu anjo, certo? Ele deveria ajudá-lo não importasse a situação... Eles estavam conectados! Não tinha como negar, né?

— Que você me ajudasse a beijar... — Voltou seu olhar para o chão enquanto corava.

O Byun não podia ver, mas a cara que o mais velho fez ao entender a situação, claro que do seu jeito de entender as coisas de sempre, foi bizarra. Era algo misturado com nojo e surpresa.

Aquilo estava mesmo rolando? O Byun lhe pedindo ajuda para beijar? Um menino em pleno século 2017 não tinha a cara de pau de procurar algum vídeo no tal youtube?

Por isso que JongDae acabou levando as coisas um pouco a sério demais, mesmo sem saber que as intenções de Baek eram as mesmas.

— Você está pedindo para beijar com um homem casado? — Ele perguntou alto e furioso.

— Não é assim, JongDae! — Tentou se explicar, todo envergonhado.

Baekhyun podia ser inocente, mas ele era esperto. A primeira coisa que pensou foi que se o anjo estava lá para ajudar, também o ajudaria a beijar, nem que para isso os dois se beijassem. Poxa, essa era a melhor forma: treinando

O anjo se teletransportou para frente do garoto cabisbaixo, estava mais claro do que nunca o que o menino queria.

— Olha, eu posso ser um cafajeste, mas que tipo de proposta é essa? — Quase vociferou.

Não que ele não gostasse da ideia, ele amava seu marido e esse tipo de situação não poderia ser considerado traição, já que era parte da missão, mas ele enfrentou o humano para que o mesmo aprendesse a se esclarecer e não ser um envergonhado dos infernos. O Byun teria de deixar bem claro o que queria, se ele precisava de ajuda e como o Dae poderia fazê-la.

— Olha, você nem vê seu marido e você nem está no seu plano natural! — Baekhyun gritou de volta e se levantou, encarando o anjo.

Era isso que o espírito esperava do seu protegido, que ele fosse corajoso, para que depois pudesse tascar um beijão na boca de Chanyeol.

Mesmo que essa resposta do Baekhyun sendo muito de cachorro safado, tentando explicar traição.

— Beleza. — Disse calmo e deu de ombros, estragando aquele clima estranho e briguento. — Como você quer? Quer beijar o ar comigo de espírito ou eu posso virar humano também? 

Baekhyun encarou JongDae desacreditado. Ele parecia tão irritado para ajudá-lo que pensou na possibilidade de nunca beijar na vida, nem Chanyeol, mas agora o anjo estava calminho e esperando por uma resposta. Claro que aquilo era completamente insano, pedir para ficar com o seu anjo por motivos científicos, mas aquele encontro que teria com Chanyeol era mais importante que qualquer loucura alheia.

Byun Baekhyun estava inseguro e desesperado.

— Acho melhor você virar humano... — Respondeu, ainda meio envergonhado por ter que passar por aquilo.

— Ok, só cuidado para não babar. — De repente o espírito sumiu e sua campainha tocou.

Baekhyun franziu o cenho e foi até a porta, ainda meio confuso pela mudança repentina de humor do Chen e o último comentário do mesmo. Sabia que os anjos em forma de humano tinham aquele feitiço estranho de atração, mas não podia ser tão forte...

Quando o menino abriu a porta viu seu anjo lá, muito diferente do normal. JongDae tinha roupas suas normais– não brancas, e ele parecia um pouco maior, de músculos. Ele conseguia sentir o cheiro do outro, que era muito gostoso, e finalmente poderia tocá-lo como um humano.

Antes mesmo do mais velho dizer qualquer coisa, recebeu um abraço apertado do Byun. Os braços do garoto em sua cintura e um sentimento de felicidade lhe apossando. Sentia falta de receber carinho e não podia negar que sua missão da vez tinha um estoque daquilo.

— Você é real! — Baek se afastou e olhou arregalado para Chen, que sorriu. — Caraca! Seu sorriso...— Sem pensar muito, enfiou a mão nos lábios de JongDae, o apertando pelo rosto todo. — Eu posso te tocar.

— Sim, agora não é mais uma manipulação da sua própria mente. — Explicou e afastou aquelas mãos de seu rosto, com uma cara de nojo. — Vamos. 

Os dois entraram e o menor estava encantado com aquela criatura na sua casa, a fé em John estava mais clara que nunca. Se o Chen não fosse casado e se Chanyeol não fizesse suas pernas tremerem de paixão, com certeza cairia pelos encantos desse anjo. Quando o quarto chegou e sentaram na cama um de frente para o outro (dessa vez, Baekhyun sentindo o peso de alguém nela), as coisas ficaram tensas.

Estavam prestes a se beijar, o que era muito bizarro.

— Quem teve essa ideia mesmo?— O mais novo perguntou, fingindo inocência. — Acho melhor não rolar, Chen, você é casado e está atrás do seu marido e tudo mais... Tudo bem eu ser humilhado pelo Chanyeol se não souber beijar. — Sorriu, mas estava nervoso.

— Ah, vai se foder, Baekhyun. — Chen ficou sério e o menino se hipnotizou de novo naquele olhar. — Virei humano só para isso, e olha que é muito difícil os anjos fazerem esse tipo de transformação. Sem falar que eu posso te dar o dom de beijar bem para caralho, já que eu sou perfeito em tudo que faço...

O humano não sabia se era outro dom dos seres Divinos, mas tudo que JongDae falava parecia chinês, de tão bonito que ele era. Então enquanto JongDae explicava que os anjos nesse estado poderiam se desviolar e querer ficar assim para sempre, o protegido apenas assentia de lábios entreabertos e quase babando, como o outro previu e advertiu. Era quase que involuntário a forma que os olhos de Baekhyun só se direcionavam para a boca do seu anjo, quase como um imã. A pele, os lábios, as pintinhas... Tudo era real e tão maravilhoso.

O feitiço podia ser bem forte, principalmente para os anjos que não costumam virar humanos. 

— Vamos logo com isso. — Baekhyun disse rápido, se ficasse mais tempo olhando para Dae, se apaixonaria de verdade. — Pode me passar esse dom aí, o que for, só vira anjo depois, por favor.

E então, JongDae simplesmente fez, antes dando um sorriso malicioso. Chegou pertinho do protegido e sua mão foi para o pescoço do mesmo, o trazendo para perto. 

Quando os lábios se tocaram, Baekhyun sentiu algo muito estranho, um frio na barriga diferente e uma força lhe possuindo. Antes que começassem qualquer movimento, JongDae se afastou um pouco e avisou:

— Pronto, o dom está em você, agora é só beijar de verdade. — E os uniu de novo.

Dessa vez, o garoto não sentiu aquela sensação, só a língua de JongDae pedindo passagem, algo que, instintivamente, ele aceitou de bom grado. O beijo era calmo e, por incrível que pareça, Byun sabia o que fazer. O sentimento no garoto já era outro, aquilo estava muito bom e lhe subia um fogo que ele bem conhecia... Não era quando ele achava o Chanyeol fofo ou educado, era um fogo de quando o via treinando e a sua regata mostrava seus braços maravilhosos.

Meu John do céu, Baekhyun estava sentindo tesão enquanto beijava seu anjo. 

Sem querer querendo, as mãos do pequeno foram para as coxas de JongDae e lá ele depositou um carinho singelo, porque aquilo estava muito gostoso e queria retribuir. Os dois não pretendiam se agarrar e se amassar por lá, até porque Chen sabia que o mais novo não conseguiria passar disso com o Chanyeol no encontro- se acontecesse, então o ritmo seguia fofo mas, ao mesmo tempo, sem sentimento algum: só vontades por parte do humano, que era o mais provável a ter essas sensações.

Depois de um certo tempo, se separaram com uns selinhos e o climão sexual foi embora, dando lugar para muita vergonha alheia e um certo nojo. 

— A gente acabou de se beijar. — Baekhyun franziu o cenho e balançou a cabeça, como se quisesse afastar aquela informação.

— Eu sei, foi horrível. — Dae disse normal, ele não tinha sentido absolutamente nada, era bem diferente os sentimentos Divinos comparados à qualquer vento que excitava Baekhyun. — Já volto. — E saiu do quarto

Quando o anjo voltou em seu estado de espírito, Baekhyun não se sentia mais enfeitiçado pelo mesmo, era só o JongDae, e ele também não sentia mais tanto nojo. Talvez a presença em carne e osso dele que fosse o problema, com um plano espectral, tudo era mais leve e menos humano. 

O menino até se lembrou da conversa estranha que teve com o Chen humano e a facilidade dos anjos de se apaixonarem pela Terra.

— Dae... Você acha que o Xáo LuRa virou humano? — Perguntou meio delicado, sabia que era um assunto muito difícil para o ajudante. — Que ele quis ficar aqui?

— Acho que sim... — Respondeu cabisbaixo. — Isso é muito confuso porque eu não tenho noção de tempo, cinco meses com o John é um mês aqui, sabe? Então ele pode pensar que não está demorando muito, quando na verdade, ele está totalmente perdido aqui na Terra. 

— E a teoria de ser o Luhan é a mais provável?

— Tudo indica que sim, mas eu acho que não vou mais atrás dele. Acho que se ele me quisesse mesmo, viria. Vou te ajudar no encontro e completar minha missão. — JongDae sorriu triste e sentou do lado de sua missão, com a cabeça encarando o chão.

Aquela sensação de que seu amigo estava mal apossou Baekhyun de novo, igual a vez em que o anjo descobriu sobre a existência de Luhan. Mas agora, além de ter os sentimentos de Chen sobre os seus, ele também ficou preocupado com seu parceiro, não queria que seu anjo sumisse e ficasse chateado que nem da última vez. Os dois se ajudavam nessa missão, e o Byun queria ver JongDae feliz.

— Quer conhecer o Minseok? — Surgiu a ideia.

— Como assim? — Olhou estranho para a missão.

— Sabe, eu posso chamá-lo para vir... Ele pode ter problemas com multidões em geral, mas acho que se ele te conhecesse de boas, vocês poderiam pelo menos ter uma amizade.— Deu de ombros.

— Se for amizade, nem vale a pena, eu quero namorar o Minseok, agora que eu me considero solteiro. — Chen disse em tom de derrotado e se jogou de braços abertos na cama de Baekhyun, que o acompanhou com os olhos.

— Eu acho que ele é hétero e gosta da Yixing. — Baekhyun comentou, fazendo biquinho por ter estragado as chances do seu anjo de ser feliz.

— Beleza, eu estou perdendo para uma punk. — Colocou as mãos no rosto. — Que vida fodida.

 

 

*Santa Ajuda!*

 

 

— Olá, melhor amigo do mundo inteiro! Tudo bem com você? — Baekhyun tinha chegado um pouquinho atrasado, mas já chegara com estilo.

A questão é que Chanyeol podia esperar, por enquanto ele ajudaria seu anjo a ficar feliz junto com o Minseok, no caso. E claro que para isso ele precisava de muita atuação e manha.

O Kim estava lendo alguma coisa quando levantou a cabeça com uma careta muito engraçada, não entendendo se aquela referência era para si e, se fosse, qual o intuito dela. Baekhyun não fazia o tipo que elogiava alguém que não fosse o Chanyeol.

— Você acabou de perder a chamada e o que foi isso? — Comentou baixinho, olhando brevemente para o professor chamando nomes aleatórios.

Baekhyun sorria como se estivesse em uma propaganda e Yixing, que estava do lado do garoto, podia jurar que ele fazia uma pose forçada demais.

— Sério? — Olhou para o professor mas nem se importou em receber falta na primeira aula. — Não ligo. — Deu de ombros e se sentou.

Minseok ainda tinha a sobrancelha arqueada e a boca meio entreaberta, junto com uma expressão de nojo.

— Qual o seu problema hoje? — Perguntou.

O Byun pôde ver, pela visão periférica, que JongDae sentava na carteira inabitada do lado do seu amigo, como se esperasse pelas respostas, aguardando de camarote a cena desenrolar.

— Nada, sabe?— Como estava sentado de lado, se apoiou na parede e cruzou as pernas. — Eu só queria conversar com meu amigo, ué? Algum problema, Minnie? 

— N-não me chama assim. — Minseok ficou envergonhado pelo apelido feminino, ele não gostava de quando seu amigo chamava-o daquela forma. — Fala logo o que você quer porque eu preciso prestar atenção. — Apontou com a cabeça para o professor que já tinha levantado e a sala amenizado o barulho.

— Vai para minha casa hoje? — Diminuiu seu tom e saiu da pose para se curvar perto do Kim. — Meu primo está lá por um tempo, você podia conhecê-lo.

O único problema em convencer Minseok de ir até a casa do outro era que a mentira precisava ser boa, muito boa, e o menino conhecia muito bem seu amigo.

Mas juntar Baekhyun que nunca falara um palavrão na vida, nunca fez mal a uma mosca, e um anjo que mal sabia o que era mentira quando chegara na Terra ( e mesmo que soubesse, sua língua afiada não o deixaria mentir, mas sim jogar na cara do Minseok que queria dar uns beijos naquela boquinha sapeca), claro que as coisas não dariam certo.

— Você não tem primo, Baekhyun, endoidou? — Kim fez uma cara mais estranha ainda.

O mais novo tinha feito a mentira perfeita, tirando o fato de que Minseok conhecia seu amigo como a palma de sua mão.

Na hora, o Byun já desmanchou seu semblante cheio de segundas intenções e ficou sem resposta. Inventou qualquer coisa e se repôs.

— Tenho sim! Pode ser por parte de pai, ok? 

— Querido, você não tem pai! Ele te abandonou faz quase dois anos, você viu sua vó ou primos por parte dele desde então? — Minseok começou a discutir.

— Aish, Minnie, não seja tão cruel. — Baekhyun murchou, fazendo cara triste. — Esse primo é o sobrinho da tia-avó da amiga da prima da minha mãe, meio que não tem grau de parentesco, então eu chamo de primo.— Voltou ao convencimento, como se o comentário do amigo não tivesse o atingido.

O mais velho suspirou em derrota, aquilo tinha alguma coisa por trás, e o Byun não queria falar a verdade, então só aceitaria essa besteira inventada. Muito mal inventada.

— Ok. Então não é um Byun? — Olhou para frente mas continuou o assunto.

Baekhyun se direcionou para JongDae com uma certa cara de desesperado e o mesmo fez um gesto com a mão e mexendo os lábios (como se Minseok escutasse), pedindo para que enrolasse.

— Não, é um Kim. Kim JongDae. — Sorriu e também se arrumou melhor na carteira, ficando que nem um aluno decente dessa vez.

— Hm, então ele pode ser mais o sobrinho da tia-avó da amiga da prima da minha mãe meu, do que seu. — Encarou desafiador o mais novo, que percebeu o olhar.

— Talvez. Ninguém sabe, ninguém saberá. — Retribuiu o olhar no mesmo tom, causando um risinho de deboche do outro.

 

 

*Santa Ajuda!*

 

 

Baekhyun não sabia se era por parte do seu anjo ou se vinha de si mesmo, mas ele estava ansioso pelo encontro. Não seu encontro com Chanyeol, até porque o maior só combinou superficialmente qualquer coisa– e Baekkie tinha seus pés no chão de que aquilo talvez não acontecesse, mas sim o encontro entre seu anjo e o crush dele.

Provavelmente a sua ansiedade, nervosismo e outros sintomas de desespero, vinha um pouquinho dos dois misturado, o que virou muito.

Ele mal tinha percebido que já estavam no último horário do dia, e levou um susto quando o sinal tocou e os alunos se levantaram. Yixing, que capotava na aula de geografia, também se assustou e ergueu-se com tudo, não chamando muita atenção (já que a situação era normal, principalmente em segundas).

— Vamos, arrume as coisas, Minnie. — Baekhyun colocou seus livros na mochila de qualquer jeito e se levantou, esperando e pressionando o outro.

— Já vou, já vou. — O Kim parecia ter uma calma ridícula para o momento, mas não brigaria com ele.

Enquanto isso, Yixing levantava totalmente, com sua mala e intuito de ir embora. Depois de dois segundos em pé, a menina arrotou quase que uma  garrafa inteira de refrigerante bem gaseificada, causando espanto nos dois que estavam atrás se arrumando. A chinesa olhou para a dupla sorriu amarelo e se pronunciou:

— Desculpa, Minnie e Baekhyun.

Baekhyun ficou sério e analisando aquela cena. O seu amigo olhou para mulher e sorriu educado, dizendo baixinho que estava tudo bem. Que tipo de interação era aquela? Desde quando alguém chamava seu amigo de Minnie e o mesmo não ficava irritado? E o "noona" da Yixing? De onde saiu tanta intimidade?

Não que ele tenha ficado enciumado, mas também não via motivos de uma interação tão íntima e inexplicada.

— E aí, Xing? Vai ficar com o esquizofrênico e endoidecer? — De repente, um amigo grandalhão da garota apareceu na porta, estragando aquela troca de olhar entre os dois mais velhos da sala muito estranha.

A chinesa riu e se voltou para o garoto.

— Eu só consigo endoidecer com a linda da sua mãe rebolando na minha cara. — Começou a rir enquanto os dois saíam juntos, aparentemente, sem brigar de verdade.

Minseok teve de rir da cara de nojo que Baekhyun fez, se levantou e esperou o amigo terminar o drama.

— Como ela namora um cara, falando essas coisas? — Byun questionou.

— Sei lá, tem gente que gosta. — Minseok deu de ombros. — Eu acho muito legal essa personalidade dela, quando ela fala o que bem entender sem se importar com a sociedade. Quebrar padrões é legal.

O mais novo olhou brevemente para o seu amigo e achou engraçado alguém como ele, que não se socializava muito com as pessoas, ter uma personalidade , ainda sim, muito aberta e desconstruída.

— Você gosta? — Riu.— Pode deixar que quando você chegar em casa vai conhecer alguém que gosta bastante de falar o que vem à mente.— Sorriu malicioso e deu uma cotovelada fraquinha no amigo.

Os dois foram a pé até a casa do mais novo. Aquela amizade entre Minseok e Baekhyun poderia ser considerada bem peculiar, onde um falava sobre absolutamente qualquer coisa e o outro só escutava e assentia. Claro que o Kim não fazia de propósito ou má vontade, ele gostava de escutar muito seu amigo, aquilo era uma das suas atividades favoritas, ele só não compartilhava muito de si. Mas ele se lembrava de todas as histórias, piadas internas, tristezas do outro.

O silêncio nessas caminhadas era confortável, gostavam de ficar calados por algum tempinho, só curtindo a presença um do outro, e isso dava brecha para Byun respirar fundo e tentar não se apaixonar de novo pelo seu anjo, que estaria em forma de humano muito cheiroso e muito bonito.

Ontem de noite, depois daquele beijo gostoso mas esquecível, Baekhyun impôs algumas regras para JongDae agir direito perto do seu amigo da escola, e também conseguir parecer um humano:

1. Nada de chegar perto de Baekhyun (pelo feitiço).

2. Nada de chegar perto de Minseok (pelo feitiço, pelos problemas psicológicos dele e pela safadeza de JongDae).

3. Chamar Minseok de hyung, porque seus milhares de anos espirituais na Terra viraram apenas dezesseis.

4. Não, pelo amor de John, falar palavrões.

5. Evitar piadas de humor negro ou piadas depreciativas (principalmente as do Byun, causa desse encontro estar acontecendo).

6. Por último, não menos importante, não agarrar Minseok, cantá-lo, ou falar sobre sua beleza tridimensional.

Era isso, poucas regras e bem simples, nada demais aconteceria desde que JongDae colaborasse. E ele colaboraria, Minseok que estava em jogo.

— Olha, o JongDae pode ser meio idiota, então tenha cuidado, Min. — Baekhyun comentou enquanto tirava sua chave do bolso e destrancava a porta.

Quando entrou na sua sala, conseguiu ver seu anjo sentado no sofá, parecendo realmente um amorzinho de pessoa. Quem visse até acreditaria que era um anjinho.

— Minseok, esse é o JongDae. — Deu passagem para o amigo entrar e logo o olhar dos Kim se encontraram.

Mesmo a cena parecendo normal, Byun explodia por ter sentimentos de duas pessoas dentro de si, tanto um adolescente querendo ver seu anjo feliz quanto de um anjo desiludido querendo ser feliz. E agora o garoto não sabia se aquela tensão que se instalou no ambiente era por causa do tesão que JongDae sentia no Min, ou se era pela química dos dois.

— Oi, Minseok. — JongDae se levantou e aproximou-se um pouco do garoto, fazendo uma reverência. — Prazer conhecê-lo, nos pouco dias que fiquei Baekhyun contou muito de você. — Sorriu educado.

A cena do Byun e seu colega de classe olhando para aquele anjo, hipnotizados pelo cheiro, foi engraçado na cabeça do espírito. Nunca pensara que teria Minseok o olhando daquela forma, mesmo agora sendo quase que involuntário pelo feitiço.

— O-oi, JongDae. Desculpe, eu... — O Kim ficou embaraçado e também se curvou. — Prazer em conhecê-lo.

— Enfim, o que vamos fazer? — Baekhyun perguntou, tentando sair do transe também. — Que tal jogar alguma coisa? O Min não gosta muito de videogames mas você joga hoje, né?

— Acho melhor não, Baek. Eu fico assistindo, você sabe que eu curto mais assistir. — Foi em direção ao sofá e se sentou exatamente onde JongDae estava, bem no meio do estofado.

— Ah, mas aí não tem graça. — JongDae interveio, também indo até o sofá com Baekhyun. — É melhor fazermos algo que os três possam se divertir.

Baekhyun sabia que Minseok não seguraria no controle, ele nunca foi muito bom em coordenar aquele negócio de botões que faziam diferentes ações, mas se perguntasse qualquer coisa sobre jogos com ele, saberia responder. Então o Kim só tinha um pouco de dificuldade em jogar, mas não quer dizer que ele assistia.

— Eu me divertirei, JongDae. Não se preocupe.— Virou a cabeça para a direita, onde o anjo estava sentado e sorriu educado. — Principalmente se vocês jogarem Mortal Kombat.— Dessa vez sorriu de verdade, se jogando contra o sofá e olhando para seu amigo, que também sorriu.

— O Minnie pode estar assistindo mas ele é bem competitivo, Dae. — Baekhyun alertou seu anjo.

— Não me chame assim, idiota. — O mais velho bateu no ombro do amigo, mas rindo.

Agora as cenas tinham se revertido, JongDae que encarava os dois como se estivesse enfeitiçado, amando estar lá com sua missão e alguém tão educado– gostoso, perfeito, tesudo– como Minseok.

— Será Mortal Kombat então. — JongDae declarou, queria ver Minseok torcendo por ele.— Só se lembre, Baekhyun, que eu sou perfeito em tudo que faço.

Essa frase era uma referência ao beijo que trocaram no dia anterior, e fez o mais novo corar. 

— Vamos.— O Byun levantou e começou a arrumar o console. — O Min hyung vai torcer por mim, né? 

— Eu vou torcer para quem pegar meu personagem preferido. — Respondeu.

JongDae se atentou bastante na conversa simples mas aparentava íntima dos humanos.

— Todos os personagens que você gosta são pesados e lentos, Minnie.

— Não ligo. Se você não jogar de Goro, não terá minha torcida.

Eles ligaram o Playstation, o jogo já rodando e Chen ligado na seleção de personagens, escolhendo os maiores e mais brutais. Era muito sangue, tinha que admitir, e o anjo demorou um pouco para aprender como que aquelas lutas fantasiosas funcionavam... Mas quando ele entendeu... Baekhyun sofreu em suas mãos.

— FAZ ESSE COMBO DIREITO, BAEKHYUN, PELO AMOR DE DEUS! — Minseok gritava, já tinha levantado e agora estava do lado da tevê, assistindo a luta como se fosse ao vivo e valesse alguma coisa. — DESAPRENDEU A JOGAR?

JongDae só ria da cara do Byun, tentando a todo custo ganhar de si, e também achava muito fofo a forma que o Min ficava irritado e opinava no meio da luta. Claro que o aluno mais velho torcia para o anjo, até porque o Kotal Kahn não podia ser comparado com a pequena Cassie Cage, mas era fofo o amigo apoiando o outro, nem que fosse por forma de broncas quando JongDae anulava alguma combinação de golpes.

— Aish, JongDae, não faz assim. — Baekhyun também estava irritado e agora colocara a mão no controle do outro, para atrapalhá-lo.

Mesmo com toda essa briguinha boba dos dois e Minseok assistindo o jogo com muita fúria, até roendo as unhas, JongDae ganhou a partida, deixando Baekhyun emburrado.

— Baekkie, o hyung tem razão. Os personagens maiores são bem mais legais. — Chen comentou.

— Eu vivo falando para o Baekhyun que eles são esteticamente maravilhosos, ele que gosta dessas magrelas com força desproporcional aí. — Minseok cruzou os braços e fez uma cara mal humorada.— Esses caras são bons de porrada, mesmo que lentos, e é disso que eu gosto.

— Então você prefere algo mais bruto? — JongDae perguntou na inocência, mas a frase saiu com um significado malicioso.

Minseok arregalou os olhos e corou na hora, entendendo a pergunta de forma errada, e travou no mesmo lugar que ficou.

— Ér... — Disse todo sem jeito.

— Eu estou com sede, vou pegar água. — Baekhyun interrompeu aquela cena, por ter sentido aquele clima. — Vem comigo, JongDae. — Olhou sério para o seu anjo, que assentiu e se levantou.

Mesmo a frase saindo errada, Minseok se constrangendo e provavelmente tudo dando errado (junto do futuro esporro de Baekhyun), JongDae não pode deixar de reparar o quanto seu crush ficava fofo assim.


Notas Finais


disse q ia ter beijo, n disse de quem kkk

acho piadas com a mãe extremamente desnecessárias e ridiculas mas a Yixing não comsegue não usa-las

enfim, quis fazer esse cap sem interação pra comseguir desenvolver o outro casal da fic (famoso xiuchen) pq eles tem q acontecer e também mostrar a força da conexão entre BaekChen, eles literalmente sentem o que o outro sente, estão compartilhando das mesmas sensações.

Beijosss! Obrigada pelo apoio!


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