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História Sasuke e Sakura - A História Nunca Contada (SasuSaku) - Tragédia


Escrita por: Srta_Uchiha00

Notas do Autor


Então gente, esse é o maior capítulo que já escrevia até agora por conta dos detalhes. Daqui para frente os capítulos serão mais extensos e detalhistas. Mas enfim, eu espero que esse capítulo traga boas risadas a vocês, é que vocês se divirtam tanto lendo o capítulo, como eu me diverti o escrevendo.
Beijos.💕

Capítulo 12 - Tragédia


Fanfic / Fanfiction Sasuke e Sakura - A História Nunca Contada (SasuSaku) - Tragédia

*SAKURA

A tensão é quase palpável.
Depois da "discussão" que eu e Sasuke tivemos, nosso diálogo se resume a "bom dia" e "já estou saindo".
Meu orgulho não me deixa ir além disso. Mas também Sasuke não ajuda em nada. Ele poderia ter pelo menos falado alguma coisa, sei lá. Até um "você é irritante" seria melhor que o seu silêncio. Ele continua melhorando, mas ainda está longe de se recuperar totalmente.
Foi exatamente por essa razão que Kakashi-Sama me mandou ficar aqui. Porque nas palavras dele, eu que tinha feito o veneno e somente eu sabia como resolver as complicações, se surgisse alguma. Eu sei que faz sentido, provavelmente eu teria tomado a mesma decisão.
Mas ficar na mesma casa com Sasuke...
Bom, a idéia ainda me assusta e faz brotar borboletas no estômago.
Acho incrível que mesmo depois de anos, a sensação que tenho ao vê-lo não mudou em nada.
Bom, ficou mais forte depois da guerra, mas...

- Sakura! Aqui!

Levanto o olhar da rua e vejo Ino acenando em minha direção. Ela é tão escandalosa. Por um momento penso em fingir que não a vi, mas é tarde de mais. Ino tem a capacidade alarmante de saber o que estou pensando e sentindo. Não quero ficar exposta para ninguém agora.
Ela vem na minha direção rápida como um cachorro em direção ao osso. Às vezes eu gosto de imaginar que ela sente o cheiro de fofoca no ar.
Ino para, recupera o fôlego e sorri para mim.

- Sakura, a quanto tempo!

Olho para Ino desanimada.

- Nós nós vimos semana passada, Ino.

Ino olha para mim procurando sinais de que algo está acontecendo, tento manter minha expressão neutra, mas como sempre ela tira minha máscara.

- Certo, certo. Agora venha, vamos sentar em algum lugar e conversar sobre a experiência que você está tendo morando com o Sasuke.

Ela diz "experiência" com malícia. Como se eu estivesse dormindo com ele todas as noites.
Ah, pobre Ino. Nem sabe o que se passa.
Deixo que ela me arraste para um café super reservado, onde vários casais estão tomando café e aproveitando a brisa.
Ótimo. Mais casais felizes. Era tudo que eu precisava.
Nos sentamos e então ela arqueia uma sombrancelha com um sorriso malicioso brincando nos lábios.

- E então? Me conte tudo.


* * *


Depois de contar para Ino tudo que aconteceu, ela arqueia as sombrancelhas e aperta minha mão.

- Uau, Sakura. Não sabia que você estava carregando isso tudo sem falar com ninguém.

Ela fala isso com uma pequena repreensão na voz. Consigo dar um sorriso triste.

- Bom, até que não está tão ruim...

Ela me lança um olhar cético e em seguida pega um petisco.

- Pense pelo lado positivo - ela joga o petisco na boca e mastiga. - você não vai precisar cozinhar mais pra ele!

Eu solto uma risada sem humor.

- Sasuke é um verdadeiro chef. Ele nunca precisou de mim, aquele miserável. Você só acredita vendo.

Isso era verdade. Depois da nossa discussão, eu simplesmente decidi que não ia mais cozinhar para ele, era pra ser tipo uma vingança. Agora imaginem minha surpresa ao chegar em casa e ver um banquete e Sasuke de avental e uma espátula na mão. Fiquei tão pateticamente chocada que esqueci minha raiva e perguntei quem fez isso tudo, e Sasuke se limitou a um dar de ombros e dizer com maior naturalidade.
- Eu.

Saio do meu estupor de lembranças quando Ino começa a gargalhar. Ela sorri tanto que faz um barulho parecido com o ronco de um porco. Daí que vem o apelido Ino-Porca. Ela bebe um gole de água e finge enxugar os olhos para deixar claro que minha vida é hilária. Resisto ao impulso de estrangular Ino.

- Aí, Sakura. Realmente você é uma mulher de sorte. - ela diz segurando a risada.

Dou um olhar exasperado em direção a ela.

- Sorte?! Como assim sorte?

Ela sorri maliciosamente e se aproxima mais de mim, como se fosse me contar quem é o papai Noel.

- Bom, você conseguiu um vem com tudo. O pacote inteiro. Bonito, rico, intimidador, gostoso, rico, sabe cozinhar... Eu já disse rico? E você já pensou como ele deve ser na cama? Tipo, imagine aquele...

- Tudo bem! Eu já entendi. - respondo um pouco alto de mais, e várias cabeças viram em nossa direção, curiosas se está rolando algum entretenimento rolando. Baixo meu tom de voz. - Ino! Que conversa é essa? Onde você anda ouvindo essas coisas.

Ino teve pelo menos a decência de parecer envergonhada. Ela cora e bebe um pouco de água.

- Ora, Sakura. Sai me conta as coisas, e também somos ninjas médicas, nós sabemos muito bem de onde vem os bebês.

Ela olha para mim sugestivamente, e agora foi a minha vez de corar. Tento mudar de assunto rapidamente. Ino morde a isca.

- Ah, okay. Mas como está você e Sai?

Ino sorri, e eu consigo ver o quanto está feliz com o namorado. Depois de Ino salvar Sai em uma missão, eles meio que começaram a sair, então todo mundo chama eles de namorados. Ela não pareceu se incomodar. Pelo contrário, ela fazia questão de falar pra quem quer que fosse que Sai é seu namorado. Fico feliz que ele tenha encontrado alguém, por mais que essa pessoa seja Ino.

- Estamos super bem. Toda sexta fazemos algo que nunca tínhamos feito antes. Claro que para Sai é mais fácil, pois ele nunca nem tinha ido ao teatro! Então é bem legal, ele às vezes vai me buscar no hospital. Ah, e falando em hospital, eu fui recentemente transferida para sua área. Vamos trabalhar juntas, não vai ser legal?

Dou um sorriso com essa nova notícia.  Ino é tão empolgada e tão cheia de vida que fica impossível de ficar triste perto dela.
Conversamos por mais duas horas, mas depois de uma conferida no relógio, Ino vê que tem que encontrar Sai. Ela se despede de mim com uma promessa. Diz que vai me visitar em "minha" nova casa semana que vem. Reviro os olhos, mas consigo dar um sorriso.
Depois que ela se vai, minha tristeza volta com juros. Meu sorriso se esvai quase que imediatamente quando penso que tenho que ir para casa.
Decidida a não estragar minha noite, tomo uma decisão e começo a caminhar em direção a casa de Shita.


* * *


Shita é um cara que conheci no hospital a cerca de um mês atrás. Ele gosta de flertar comigo na frente das pessoas, mas eu sei muito bem que Shita não gosta de mim. Na verdade da fruta que eu gosto, ele come até o caroço, se é que vocês me entendem. Mas a questão é que nesse mundo ainda existe bastante preconceito, e muitas pessoas não respeitam isso.
Na verdade ele nunca me confirmou isso, mas eu sei que é verdade. E eu posso ver em seus olhos que ele sabe que eu sei. E sei que ele ficou aliviado quando viu que eu não perguntei nada, e continuei sendo sua amiga independente de sua opção sexual.
Chego a sua casa rapidamente, pois fica bem perto da casa de meus pais. Penso até em dar uma passadinha por lá, mas não quero ouvir as mesmas piadinhas do meu pai sobre eu e o Sasuke.
Chego em sua casa e bato na porta.
Não demora nada e alguém atende a porta.
Um garotinho de cabelos prateados e olhos cinzentos abre a porta. Ele está com um chapéu de pirata e um tapa olho no olho esquerdo. Ele fala com um sotaque forçado de pirata, trocando de mão sua espada de pirata feito de plástico.
Ele ergue a cabeça e pergunta.

- Quem é você?

Sorrio e me abaixo.

- Olá, estou procurando Shita, ele está?

O garotinho coça o queixo, provavelmente imaginando estar coçando sua barba imaginária.

- Quem quer saber?

Ele me lança um olhar desconfiado, como se eu fosse algum inimigo pirata querendo roubar seu barco.

- An... É Sakura. Você pode chamá-lo para mim?

Ele ajeita o tapa-olho e estufa o peito.

- Só posso chamá-lo se você der um beijo no pir...

- Sai pra la, Bane.

Shita surge do corredor e coloca a mão na cara do garotinho que deve se chamar Bane e o empurra para dentro, ele cai sentando no chão, cora envergonhado e corre para dentro.

- Você é muito maldoso, Shita. - falo com pena do garotinho.

Shita da de ombros e faz um aceno com a mão, como se não se importasse com que o irmão pensa dele. Ele se apoia no vão da porta e olha para mim, preocupado.

- O que foi, Sakura? Faz tempo que não vejo essa carinha triste.

Solto um suspiro cansado e coloco a mão na cabeça, surpresa por estar tão cansada de todos me fazerem essa pergunta.

- Bom, se você quer mesmo saber, vai ter que me oferecer um chá.

Shita faz um gesto pomposo e me indica a porta de casa.

- Depois de você madame. - começo a entrar, mas então Shita coloca a mão no meu braço. Ele parece um pouco hesitante. - Er... Sakura, tente ignorar minha avó, okay? Ela é um pouco... Hum... Excepcional.

Dou um sorriso tranquilizador e um aperto em seu braço.

- Ah, não se preucupe. Cresci rodeada de pessoas assim, não tem problema nenhum.

Shita parece relaxar, então acho que ele aceitou minhas palavras e confiou em mim. Isso me faz sentir feliz. Então, ele me acompanha até a cozinha, onde posso entender o que ele quis dizer com excepcional.


* * *


A cozinha de Shita é uma loucura.
Cheio de bolinhos de chocolate, pílulas de comida em todas as partes, um peru assado em cima da mesa e um porco com uma maçã na boca brilhando no forno elétrico. Uma senhora de uns 70 anos está colocando uma torta de maçã na janela para esfriar. Sua avó é baixinha, magra e com os cabelos grisalhos bem arrumados. Ela se vira e olha para mim por cima de seus óculos de meia lua.

- Shinobi? - ela pergunta olhando para mim.

Olho para Shita pedindo suporte e ele dá um aceno de cabeça para mim, olhando entretido de mim para a velhinha.
Dou um aceno de cabeça.

- Sim, sou uma ninja médica.

Ela bufa e começa a mexer uma massa para bolo.

- É claro que é. Você tem aquela expressão.

Olho interrogativamente para Shita e ele engole um pedaço enorme de maçã antes de responder.

- Vovó diz que todo Shinobi médico tem um olhar que os diferencia dos outros. Vai entender.

Ele gira o dedo indicador em um movimento circular perto da cabeça e pronúncia a palavra "louca" silenciosamente.

- E tem mesmo! E Shita, eu vi isso.

Ela olha ameaçadoramente para ele com a colher pingando de massa de bolo. Acho incrível que uma senhora de 70 anos de idade consiga ser ameaçadora com uma espátula na mão e um pacote de trigo na outra.
Dou um sorriso para Shita e em seguida pergunto.

- A senhora tem algum restaurante?

Ela olha para mim, intrigada.

- Não, porque pergunta isso?

Olho ao redor como se toda essa comida não fosse óbvio para suspeitar. Mas pelo olhar na cara dela, não acho que ela gostaria de ser chamada de dona de restaurante.

- Ahn, por nada. Só curiosidade mesmo... Sua comida tem um cheiro maravilhoso.

Ela olha para mim estreitando os olhos, provavelmente vendo se estou usando sarcasmo com ela. Finalmente ela bufa, e deixa a cozinha com sua massa de bolo, resmungando sobre Shinobis médicos com cabelos cor de rosa.
Shita me dá um sorriso de desculpas e me oferece um chá, eu aceito e juntos sentamos à mesa.
Empurro uma travessa de pílulas de comidas super gordurosas para o lado e coloco minha xícara em cima da mesa. Shita olha para mim com seus olhos cinzentos, bebericando um pouco de chá.

- Então, vai me contar o que esta acontecendo?

Suspiro mais uma vez. Sinceramente, tenho que parar de ficar suspirando por aí.
Sopro um pouco do meu chá e bebo um gole. O gosto quente de camomila me acalma e eu consigo olhar em seus olhos, pronta para repetir a mesma história que contei para Ino, mas quando estava preste a contar, o irmãozinho de Shita, entra na cozinha, um pouco emburrado.

- Shita, tem alguém na porta.

Shita nem olha para o irmão, ele está olhando suas unhas perfeitas, a procura de falhas.

- Bom, diga que não posso atender agora. Diga que estou ocupado.

Bane, olha exasperado para ele e diz com a voz aguda.

- Mas não estão procurando você. Então procurando por ela.

Ele aponta para mim e como se fosse uma deixa, a pessoa que estava a minha procura entra na cozinha.
Quase não consigo formar as palavras direito.

- S-sasuk-ke? - balbucio olhando estupefata para ele.

Sasuke está glorioso com suas roupas de sempre e sua capa negra. Seus 1,85 dão um ar de nobreza em seu rosto ainda mais belo. Sasuke olha para mim, e pela primeira vez desde que o conheço, vejo simpatia em seus olhos.

- Sakura, venha comigo. Nós precisamos conversar. - ele diz em um tom de voz que se usa para falar com animais trancados e raivosos.

Isso me irrita um pouco, mas ainda estou em choque por vê-lo ali, ao lado do peru assado.
Shita verbaliza minha pergunta não pronúncida.

- O que você está fazendo aqui? Quem o deixou entrar?

Sasuke olha para ele com um frieza de 10 em escala de neve. Shita vacila levemente sobre o olhar marcante de Sasuke, mas se recupera rapidamente. Sasuke, olha para mim novamente e o seu olhar frio desaparece, dando lugar a um olhar simpático, porém triste.

- Sakura, podemos conversar a sós? Por favor?

Não sei o que mais me deixou surpresa. Sasuke querendo conversar comigo ou ele pedindo por favor.
Eu fico olhando para ele com a boca aberta e um pouco do que sobrou do meu cérebro me diz que devo estar parecendo uma idiota.
Me recomponho, ainda um pouco chocada pela sua aparição repentina.

Olho para Shita, e temos uma conversa de olhares, mas por fim eu ganho. Shita da um suspiro e ergue as mãos, como se dissesse "Okay, você que manda."
Ele lança mais um olhar afiado para Sasuke e sai arrastando um Bane muito curioso sobre o ombro.
Sasuke espera até o ruído de pés desaparecerem e então olha para mim novamente.

- Sakura, acho melhor você se sentar.

Levei aquilo como uma afronta. O que ele pensa que eu sou? Fraca? Quer dizer que ele pensa que não consigo ouvir que ele vai embora sem chorar? Ele pensa que vai me ver desmontar de novo? Pois está mais que enganado.
Olho para ele e cruzo os braços, decidida.

- Não, obrigada. Prefiro ficar em pé.

Ele faz menção de reclamar, mas por fim, acha melhor não discutir.

- Sakura, eu tenho o dever de te informar que o seu... - ele fecha os olhos como se estivesse sentindo dor e então os abre, determinado a me dizer o que veio me dizer. Ele pigarreia e olha no fundo dos meus olhos com uma tristeza que faz meu peito doer. - Sakura, o seu pai, ele infelizmente faleceu.

Estava pronta para ouvir que ele iria embora e me deixar novamente, mas eu não esperava isso. No começo não consigo entender o que ele está falando. Mas depois de alguns segundos, as suas palavras entram em foco e o significado delas começam a fazer sentindo.
Acho que deveria ter aceitado sua oferta de sentar, pois a única coisa que me lembro depois disso é meu corpo caindo em direção a um porco assado com uma maçã na boca, e em seguida, escuridão.


Notas Finais


Então gente, eu sei, eu sei. É triste, mas assim é a vida.
Se vocês forem bonzinhos e votarem e comentarem bastante posto o próximo capítulo ainda hoje. Não esqueçam de compartilhar com os amigos. Beijos 💕


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