História Save Me - The lier

Adentramos a facção e em questão de segundos dois seguranças apareceram. Antes que eu fizesse qualquer movimento, meus pais já haviam os derrubado no chão e os imobilizado. Continuei meu caminho, porém percebi que nenhum dos dois me seguia. Olhei para trás e eles ainda seguravam os dois seguranças.

-Se vocês pudessem deixa-los inconscientes e me seguir ajudaria muito! – Disse e logo os dois o fizeram e voltaram para meu lado.

Continuamos nosso caminho e quando estava prestes a virar o corredor que levava as escadas senti a mão de Harold segurando meu pulso me impedindo.

-O que foi?

-Por que você está indo pelas escadas se podemos pegar o elevador? – Ele perguntou.

-Para não sermos vistos. – Disse meio obvia.

-Eles logo saberão que estamos aqui. Se é que já não sabem. Então por que não fazer uma entrada triunfante? Além do mais ele esperam que usemos as escadas.

Respirei fundo e concordei com a cabeça. Mudamos nosso rumo para o elevador e o chamamos, enquanto esperávamos um guarda apareceu, logo fui em sua direção ele fez menção de puxar sua arma mas chutei seu peito o impedindo de fazer tal ato, o mesmo cambaleou até bater as costas contra a parede mais próxima, me aproximei e soquei seu rosto desacordando-o. Voltei para o elevador e assim que cheguei ouvi um barulho anunciando a chegada do mesmo. Assim que as portas se abriram entramos e Harold apertou o botão que nos levaria ao ultimo andar, as portas se fecharam e o elevador começou a fazer seu percurso.

Antes de chegarmos ao nosso destino o elevador parou em outro andar e abriu suas portas revelando quatro membros da facção. Eles estavam conversando e nem nos notaram, apena depois que eles entraram e as portas se fecharam que ele notaram nossa presença. Um deles foi pra cima de Harold e outro para cima de Sayu, enquanto os outros dois vieram em minha direção. Os dois sincronizaram um soco em meu rosto, me abaixei me desviando e dei-lhes uma rasteira fazendo-os caírem e baterem as costas na parede de metal por conta do pouco espaço. Um deles se levantou rapidamente e tentou chutar minhas costelas, segurei sua perna me defendendo e a puxei o fazendo desequilibrar e cair em cima de seu parceiro, chutei seu rosto desmaiando-o. O outro empurrou seu colega desacordado para o lado e se se levantou, tentou me desferir vários socos, porém me desviei e me defendi com sucesso, chutei seu peito o fazendo cambalear para trás e tropeçar no seu colega desacordado caindo, me aproximei e soquei seu rosto o deixando inconsciente.

Olhei para Sayu e Harold e os mesmos se encontravam com seus parceiros de luta desacordados aos seus pés. O elevador abriu suas portas revelando nosso destino. Pulei os corpos dos caras desacordados e sai do elevador. Fiquei esperando Harold e Sayu saírem, assim que me virei me dei de cara com a ultima pessoa que queria ver, Chung Ho.

-O que fazem aqui? – Ele perguntou nos encarando surpreso.

-Isso não é da sua conta! – Lhe respondi o que o fez fechar a cara.

-Eu te ajudo a fugir e você volta, duas vezes ainda.

-Não é como se eu tivesse te pedido ajuda.

-Não fale assim! – Sayu disse calma ao meu lado.

Bufei impaciente e encarei Chung Ho.

-Se você nos da licença temos coisas a fazer. – Falei e me desviei dele seguindo em frente.

Senti uma mão segurar meu pulso, me impedindo de continuar. Olhei para trás e vi que Chung Ho me segurava.

-Não podemos ficar assim. Vamos conversar. Eu sei que o que fiz foi...

-Não tenho tempo pra isso. Por que você não volta a fazer seu papel e me deixa fazer o meu?

Puxei meu braço com brutalidade e continuei meu caminho, dessa vez ele não me impediu. Senti uma presença ao meu lado, porém não era Sayu nem Harold já que os dois se mantinham afastados cuidando da retaguarda. Olhei para o lado e vi que Chung Ho me acompanhava, imediatamente parei e ele fez o mesmo.

-O que está fazendo? – Questionei.

Ele pegou minha mão e me puxou para um corredor lateral me prensando na parede e colocando seus braços um de cada lado de minha cabeça me impedindo de sair.

-Seu pai, o Sr. Clarke me ligou e me contou seu plano, não achei que você fosse seguir com ele, mas aqui está você. Seu pai me pediu para ajuda-la. Eu também sou um agente da AMS Emily. Você acha mesmo que eu não me senti mal ao fazer aquilo com Jered? Ele também era meu amigo, mas se eu não o fizesse iriam começar a desconfiar, haviam câmeras me gravando. Você não acha estranho quase não terem encontrado guardas ao invadir? Quem você acha que é o responsável por isso? Não peço que me perdoe pelo que fiz, apenas confie em mim e me deixe ajuda-la.

Suspirei pesadamente e empurrei de leve seu peito o fazendo se afastar. Ele estava certo, já era para ter vários guardas por aqui, ainda mais porque pegamos o elevador e lá há câmeras, mas não encontramos quase nenhum, isso provavelmente é obra dele. Concordei com a cabeça aceitando sua ajuda o que o fez sorrir. Voltei para onde Sayu e Harold estavam e Chung Ho me seguiu.

-Está tudo bem? – Sayu perguntou.

-Sim, arrumamos ajuda. – Disse apontando para Chung Ho. Harold o cumprimentou com um aceno de cabeça e Chung Ho fez o mesmo. – Vamos, não temos tempo.

Continuamos a caminhar até chegarmos a um lugar onde havia uns 20 guardas pelo menos. Chung Ho pediu para ficarmos escondidos e foi em direção a eles.

-O que está acontecendo? – Ele perguntou.

-Acabamos de saber que estamos sendo atacados.

-E por que estão aqui?

-O chefe disse para não sairmos de nossos postos. Não entendemos o porque.

Chung Ho bufou e socou o rosto do homem o deixando desacordado fazendo os outros o olharem surpreso.

-Idiotas. – Ouvi Chung Ho murmurar antes de fazer o sinal para avançarmos.

Corremos na direção deles que nos olhavam estáticos sem entender nada. Chutei um deles o fazendo cambalear para trás e bater em seu colega derrubando os dois. Um outro veio em minha direção sacando sua arma, chutei sua mão antes que pudesse fazer qualquer movimento fazendo sua arma voar para longe. Antes que minha perna tocasse o chão pulei girando no ar e chutei sua cabeça com a outra perna desmaiando-o. Cai com os dois pés no chão mantendo meu equilíbrio. Senti uma presença atrás de mim, assim que me virei dei de cara com um deles apontando a arma em minha direção, ele estava prestes a apertar o gatilho, não daria tempo de desviar, fechei os olhos esperando pelo impacto, mas ele não aconteceu. Abri os olhos e vi o homem jogado no chão com sangue escorrendo de suas costas e atrás dele estava Chung Ho com sua arma apontada na direção onde o homem outrora estava. Ele correu em minha direção e colou suas costas nas minhas. Olhei em volta e vi que Harold e Sayu estavam se saindo muito bem, era incrível a sintonia que eles tinham.

-Você está bem? – Chung Ho perguntou.

-Sim, obrigada.

-Precisamos ser rápidos ou ficaremos presos aqui e Ji-Bae irá fugir. – Ele disse enquanto se defendia de alguns golpes e atirava contra o inimigo.

-Alguma ideia? – Disse enquanto torcia o braço de um deles e o quebrava.

-Ele está atrás daquela porta. – Ele disse apontando para uma grande porta de madeira. – Corra em direção a ela e não se preocupe com nada, apenas corra. Eu cuidarei do resto. – Assenti e olhei em volta, estávamos cercados. – Se prepare e aguarde meu sinal.

Enquanto aguardava apenas me defendia e tentava os manter afastados.

-AGORA! – Chung Ho gritou assim que uma brecha entre os homens se abriu.

Comecei a correr, alguns caras vinham em minha direção, mas logo eram abatidos por Chung Ho. Cheguei na porta e a abri rapidamente entrando no cômodo e fechando-a. Todos os moveis da sala eram de madeira escura. A minha esquerda havia uma grande estante de livros, a minha direita um sofá de couro marrom e a minha frente uma grande mesa de escritório com uma cadeira do outro lado, porém ela estava virada não me permitindo ver a pessoa que a ocupava.

Retirei minha arma e apontei para a cadeira esperando que Ji-Bae se revelasse.

-Acabou Ji-Bae, se entregue. Se tentar algo serei obrigada a atirar! – Disse enquanto me aproximava a passos lentos.

-Seria uma pena... – Eu paralisei. Essa voz, não pode ser. – Se eu não fosse Ji-Bae!

Não, isso não pode estar acontecendo. Não pode ser ele que está naquela cadeira. Por que? A pessoa que eu mais confiei havia me traído? A cadeira se virou aos poucos revelando quem estava nela.

-Namjoon?!