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História SAVE ME (Vkook - 2 temp.) - 10. desespero


Escrita por: diskvantae

Capítulo 10 - 10. desespero


Tinha voltado para casa havia dois dias, minha mãe parecia mais relaxada e estávamos ainda mais próximos um do outro.

Eram 02:40 da madrugada, e eu tinha perdido a noção do tanto de tempo em que eu estava sentado naquela cadeira, encarando a tela do notebook com os dizeres: IP não encontrado. Mas eu não iria desistir tão fácil dessa vez, outra vez estava escaneando.

E o sono fazia minhas pálpebras pesarem. Deixei a cabeça pender para a frente quase dormindo.

Até que algo me acordou.

Um som.

IP encontrado.

Arregalei os olhos sentindo o sono começar a se esvair, dando lugar a adrenalina.

Localização encontrada. As letras piscavam grandes e claras na tela.

Não estava conseguindo acreditar, eu tinha conseguido, tinha conseguido. Anotei o endereço em um papel a tempo antes de perder o sinal do IP outra vez.

Sorria enquanto vestia um casaco e calçava o tênis. Talvez... Talvez eu tivesse encontrado o que tanto procurava. Peguei as chaves do carro da minha mãe e verifiquei se ela continuava dormindo.

Puxei o capuz por cima da cabeça, a noite estava tão fria, as ruas estavam desertas e enevoadas, como se todo mundo estivesse se escondendo do frio em suas casas quentinhas. Parei em um semáforo vermelho e encarei o Google Maps do celular.

Era hoje ou nunca.

Eu poderia estar ainda um pouco fraco e sozinho, mas nada me impediria de descobrir o que tinha naquele endereço.

Arranquei o carro rápido, parecia que eu era o único motorista em Seul, todo o lugar em que olhava estava deserto. Depois de um tempo dirigindo fiquei surpreso ao ver que por onde eu deveria ir atravessava o grande terreno baldio onde foi encontrado o carro do Jeon, o que me custou muitos arrepios por longos minutos.

Assim que cheguei na base da entrada para a floresta escura não pude mais seguir de carro. Deixei-o estacionado ali mesmo de qualquer jeito e busquei uma lanterna no estojo de ferramentas no porta-malas.

Adentrei a escuridão com o coração batendo forte no peito, já eram três e meia da manhã e o frio estava ainda mais forte, me fazendo tremer dentro do casaco grosso. Iluminava com a lanterna o caminho indicado pelo Google Maps, eu nunca andei tanto na minha vida.

A cada passo que dava mais perto estava do endereço, e ainda mais confuso. O que eu iria encontrar no meio daquela floresta? Ali só parecia ter mato.

Mas instantes mais tardes descobri estar errado.

Dei de cara com um muro alto. O que um muro estava fazendo no meio de uma floresta? Encarei-o, comecei a andar o contornando, mas não encontrei nenhum portão ou caminho em que pudesse ter alguma entrada. Olhei o grande muro de concreto completamente frustrado, guardando o celular no bolso. Olhei em volta, como eu iria entrar ali?

Andei mais um pouco e descobri uma árvore que estava praticamente grudada ao muro. Talvez eu conseguisse...

Segurei em dois galho e comecei a subir, sentindo os pontos que havia levado no pulso começarem a irritar. Assim que cheguei no topo do muro olhei para frente.

— Sem chance! — Exclamei.

Atrás do muro havia uma casa, ela era pequena e uma luz estava ligada em algum lugar ali. O galho em que eu me apoiava quebrou com o meu peso e eu cai para frente no chão duro.

— Ai! — Arfei me levantando. Pelo menos havia caído para dentro do muro. — Árvore idiota!

Comecei a andar em direção a casa receoso, pensando já que seria preso por invasão. Cheguei perto de uma janela, que era um pouco alta, pus uma pedra ali para me dar mais um pouco de altura e a sala parecia estar vazia. Até que vi algo, um pé, seguido de uma perna, alguém estava caído no chão, mas a porcaria da janela não me permitia ver nada além disso.

Eu iria entrar ali.

Contornei a casa até achar a porta de entrada. Levei a mão até a maçaneta e respirei fundo, girando-a. E por incrível que pareça a porta estava destrancada. Escancarei-a devagar.

E realmente havia alguém caído no chão, de costas para mim, desacordado. Tinha os cabelos negros e as roupas esfarrapadas, usava um moletom preto e uma blusa branca simples e grande demais para seu corpo. A pessoa parecia sentir frio, pois seu corpo tremia levemente.

Assim que iria dar o primeiro passo ouvi algo que fez minha espinhar gelar. O barulho de uma arma sendo destravada.

— Não se aproxime mais Taehyung.

Essa voz. Virei-me devagar, dando de cara com a pessoa que nunca cogitei a ideia de ser.

— Você? — digo estupefato.

Sean.

— Sim Taehyung, eu — riu sem humor, apontando a arma em minha direção. — Mais nenhum passo, senão, já sabe. Agora se afaste para o canto.

Engoli em seco e comecei a ir para o canto indicado, a cada passo que dava pude ver o rosto da pessoa caída no chão frio.

— Jungkook! — Praticamente gritei, sentindo as lágrimas se acumularem em meus olhos. — Jungkook... Por que? — Encarei Sean. — Por que está fazendo tudo isso?!

Ele gargalhou sadicamente.

— Por que eu o amo Taehyung! — Apontou a arma para Jeon. — Éramos melhores amigos, sim, até ele conhecer aqueles idiotas e me deixar de lado. E então conhecer você. Você roubou ele de mim, você acabou com tudo o que poderíamos ter tido Taehyung! Eu te odeio!

Seus olhos estavam vermelhos como se tivesse acabado de chorar por horas.

— Sean... Por favor!

— Agora que você descobriu — ele piscou devagar —, não posso deixar com que estrague tudo outra vez.

Seus movimentos se tornaram lentos de repente, me deixando confuso. O que estava acontecendo?

— Sean?

— Cale a porra do boca! — Gritou abaixado a arma.

O que diabos...?

Seus olhos se arregalaram e eu entendi tudo, ele não havia andado chorando, e sim se drogando.

Vejo seu joelho esquerdo parecer ceder. Sem saber o que estava fazendo me aproximo rápido e o empurro para trás, fazendo ele dar com as costas num armário e deixar a arma cair no chão, que disparou contra a janela, o vidro voou para todo o canto, felizmente não atingindo Jungkook por pouco.

Sean caiu no chão, desacordado com a pancada da madeira que levou na cabeça quando o empurrei. 

Corri até o corpo caído do Jeon e o puxei para o meu colo. Seu rosto estava magro assim como todo o seu corpo e com algumas marcas de espancamento.

— Jeon, por favor, acorda! — Chacoalhei de leve seu ombro e quando não obtive resposta encostei meu ouvido em meu peito. Seu coração batia fraco e desacelerado. Ah não, eu tinha que levá-lo para o hospital o mais rápido possível.

Vesti meu casaco no mesmo vendo parar de tremer como antes. Meu celular estava sem sinal, o que me rendeu vários xingamentos. Procurei algo de útil nos bolsos do Sean e encontrei chaves. 

Puxei Jungkook para o meu colo e fiquei surpreso ao sentir o tanto de peso que havia perdido em todo esse tempo, estava tão leve quase quanto um adolescente em fase de crescimento.

Abri a porta com dificuldade e encarei a estrada que não havia notado que dava para a saída daquela prisão. Andei o mais rápido possível em direção ao pequeno portão, onde demorei um pouco para achar as chaves certas. Quando consegui abri-lo quase me ajoelhei de felicidade ali mesmo.

Liguei a lanterna e comecei a andar pela escuridão, ajeitando Jungkook em meus braços de um jeito que ficasse confortável.

Depois de tanto tempo andando consegui chegar ao terreno baldio e avistar o carro da minha mãe, onde coloquei Jungkook deitado no banco de trás. Liguei o aquecedor no máximo e quando estava prestes a sair ouvi um tiro ser disparado, quase me acertando. Olho para a frente e vejo o Seon vindo em nossa direção quase me matando com os olhos.

Pisei no acelerador e o carro arrancou de vez, outro tiro atravessou o vidro e quase raspou a minha bochecha. Quando me vi longe o suficiente pude respirar aliviado, observando Jungkook ainda desacordado no banco de trás pelo retrovisor.

Parei no primeiro hospital que vi pela frente e peguei Jeon no colo outra vez, adentrando o lugar desesperado.

— Alguém! — Gritei vendo enfermeiras nos cercarem com uma maca.

Elas levaram Jungkook para algum lugar e eu soube que ele iria estar em boas mãos. Disquei o número do Hoseok com as mãos ensanguentadas pelos pontos dos meus pulsos que haviam se rompido. 

— Alô? — Ouvi sua voz sonolenta.

— Eu encontrei ele Hoseok, eu encontrei o Jungkook — Minha voz saia trêmula.

No final eu não havia falhado com você Jeon.


Notas Finais


eu disse que iriam gostar, não disse?

mas o que vocês acharam do cap? eu particularmente achei ele meio corrido... ou não? não sei.

bjus, e até o próximo :3


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