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História SAVE ME (Vkook - 2 temp.) - 04. telefonema


Escrita por: diskvantae

Notas do Autor


então, quem me acompanha sabe que sou uma pessoa bem indecisa, e só queria dizer que mudei de user, pois é...

não me matem, plz, espero que gostem...
Kisses >.<

Capítulo 4 - 04. telefonema


— É tão afastado, está deserto — Hobi olhou para os lados encolhendo-se. — E aqui está tão frio! 

Estávamos em um campo vasto afastado da cidade e rodeado por árvores densas, o ar estava frio e úmido, fazendo com que minha franja grudasse em minha testa. A única luz no meio de todo aquele breu era a da lanterna que trazia em minhas mãos trêmulas e outra nas mãos do Hobi.

— Não consigo enxergar — J-Hope olhou a localização em meu celular. — Diz que estamos perto. 

— Eu estou com tanto medo Hobi — digo baixinho. Precisava dizer aquilo em voz alta mesmo que ele não escutasse ou iria explodir de nervosismo.

— Eu também.

Seus dedos se entrelaçaram nos meus fortemente como se dissesse que estava tudo bem e estava ali comigo. Não ligamos para nenhum dos meninos para não dar esperanças. Estávamos ali com uma coragem que ainda não sei de onde tiramos, mas algo era certo, por Jungkook eu iria até o inferno para encontrá-lo. E para ser sincero, eu estava me cagando por dentro, esperava o pior e o melhor ao mesmo tempo. Na verdade eu não sei bem o que estava esperando de tudo aquilo, e se o encontrássemos... mal? Ferido? Bem? Eram tantas as possibilidades que eu não conseguia pensar em uma só.

Andamos por um tempo e então o J-Hope paralisou no lugar.

— Aqui diz que chegamos.

Olho nervoso para os lados.

— Mas não tem nada aqui.

Começamos procurar algo no chão e só o que achamos foram pegadas fracas indo todas para a mesma direção, a seguimos.

— Taehyung!

— O que foi?

— Aquilo ali não é um carro?!

Espremi os olhos no escuro e consegui enxergar a silhueta de de um carro, e somente pelo formato pude reconhecê-lo.

— É o carro do Jungkook!

Solto a mão do da Hobi e corro em disparada ignorando todos os chamados para eu o esperar. As lágrimas me queimavam a face e o vento ricocheteava meus fios contra o rosto.

— Jungkook! — Grito passos antes de chegar no carro.

Ponho a lanterna contra a janela e ele... Ele... Ele não estava lá.

— Ele não está aqui Hobi! Por que ele não está aqui?! — Grito e tento abri as portas com violência, mas elas estavam trancadas. — Está trancado!

O ouço arfar quando me alcança. Não, aquilo não estava acontecendo de jeito nenhum. Ele tinha que estar lá!

— Você mentiu pra mim Jungkook! — Forço as portas com ainda mais força, berrando furioso. — Você disse que nunca ia me abandonar! E você não cumpriu a promessa! Por que?!

— Taehyung! Fica calmo! — Sinto as mãos do Hobi segurarem meus ombros.

— Não! Me deixa Hoseok!

O afasto para longe e ainda determinado a entrar naquela merda de carro pego uma enorme pedra que estava próxima a nós.

— Se afasta! Eu vou quebrar a janela — e a jogo contra a janela dos fundos.

Um fedor metálico de sangue nos enche as narinas, fazendo com que nossos olhos lacrimejem com o cheiro, aquilo fedia a coisa morta. Comecei a tossir em desespero.

Tentei ignorar aquele cheiro e me enfiei pelo buraco no vidro, o que consequentemente me causou um corte na testa e nas mãos, mas eu não ligava para mais nada naquele momento. Me arrasto até a parte do motorista e lá encontro somente sua jaqueta e seu celular com mais de 200 ligações e quase descarregado.

Abro a porta do passageiro para o Hobi. Ele põe metade do corpo para dentro e me encara. O cheiro persistia, mas estava mais fraco já que metade dele havia escapado pela abertura no vidro feita por mim. Enfio as mãos nos bolsos da jaqueta com pressa e fecho os dedos em algo macio.

Uma borboleta morta.

— Tae, é a mesma borboleta do desenho — murmura Hobi nervoso.

Começo a tossir, engasgando-me com o choro, nunca estive tão desesperado em toda a minha vida. Aquela adrenalina acabava comigo.

— Que cheiro é esse?! Parece que alguma coisa morreu aqui dentro! — Berro ainda tomado por toda aquela forte carga de emoção.

— O porta-malas! — Grita o Hobi já saindo do carro.

Aperto o botão que abria o porta-malas e me dirijo para a traseira do carro. Abraço o corpo do Hobi quando vejo o que tem dentro.

Nada. Vazio. Então de onde estava vindo esse cheiro horrível? Parece que algo ficou morto por dias aqui e então jogaram o corpo fora. Aquele cheiro me dava náuseas.

Não consigo mais conter o grito de frustração que esteve preso em minha garganta durante todo esse tempo. Começo a soluçar e a dor do corte na testa começa a queimar e posso ouvir o meu coração batendo desesperadamente.

Vejo o céu ser pincelado por tons de roxo, amarelo e azul, estava amanhecendo. O céu estava muito lindo para eu estar vendo aquela cena em vez de aproveitar o nascer do dia.

Olho em direção às árvores quando ouço o barulho de alguém pisando em algum galho caído no chão. Vejo algo se mexer na escuridão, não, não algo e sim uma pessoa.

— Ei! Você aí! — Grito e vejo a silhueta da pessoa se virar para correr. Agarro a manga do casaco do Hobi e o puxo. — Parado!

Por impulso corro atrás do indivíduo, adentrando a floresta ainda escura. Ouço os chamados do J-Hope e passos meus, da pessoa a minha frente e os do Hobi. Desvio de algumas árvores e tropeço em uma raiz solta, caindo de cara na terra fofa e úmida. Me levanto rápido cuspindo um pouco de terra e tentando limpa-lá do meu rosto.

E então tudo fica silencioso.

Olho para os lados desesperado.

— APAREÇA!

O celular em minha mão vibra e a palavra "desconhecido" se faz presente no ecrã. Atendo a ligação, levando o telefone ao ouvido.

— Alô? — Pergunto com a voz trêmula.

— Tae... Taehyung!

É a voz do Jungkook.

— Jeon! — Engulo um soluço com força. — Graças... você está vivo!

— Me desculpe Tae, eles iriam atrás de você e... E eu não podia deixar isso acontecer.

J-Hope chega arfando e me encara confuso.

— Jeon, do que está falando?! Onde você está?!

Ouço um tapa estalado e o grito de dor do Jeon.

— Não me procure! Ou eles irão atrás de você também! Por favor não faça isso!

Ouço ao fundo uma risada sádica e estranhamente familiar aos meus ouvidos.

— Eu te amo Taehyu... — foi interrompido pelo celular que acabara de descarregar.

— Jeon Jungkook! — Grito para o aparelho desligado.

Olho para o Hobi completamente desolado.

— Vamos ligar para a policia — diz quando consegue recuperar a voz e eu assinto.

Agora sim eu estava destruído de vez.


Notas Finais


Escrevi e sai correndo

corre Berg, corre!


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