História School Of Vampire - Sem saída

Acordei com o sinal do intervalo. 

-Eita...Eu dormi? -Disse me espreguiçando. 

-Não, imagina, só entrou em coma. 

-Menos mal. 

Aretha me arrastou até o pátio com as outras meninas. 

-Não vai comer, Mai? 

-Tô sem fome. -Me sentei na mesa ao lado de Aretha. 

-Sabe, já sabemos mais ou menos o padrão das mortes. As vítimas são meninas e acontece á noite. Acho que deveríamos fazer alguma coisa pra impedir esse assassino... -Mican disse bebendo seu “café”. 

-Mican, como você espera que a gente faça isso? 

-Que a gente patrulhe os corredores à noite? -eu disse sem me importar. 

-Exatamente! Pelo menos os dos dormitórios... 

-Você não tá falando sério... -Aretha fuzilou Mican com o olhar. 

-Estou sim. Vamos, a gente consegue! Somos vampiros, não somos? 

-É perigoso... -Yume se encolhia. 

-Ah, que saco, quando vocês pararem de cu doce a gente conversa -Mican bateu na mesa, fazendo uma rachadura e saiu pisando forte. 

-.... 

Ninguém falou mais nada, acho que todas estávamos pensando se realmente era má idéia. 

~~ 

Depois das aulas fui até o jardim respirar um pouco de ar puro. Quando me dei conta, três garotas estavam me cercando. E uma delas era a que eu trombei no primeiro dia. 

-E aí gente...Como vai a família?? -Eu disse nervosa, me afastando. 

-Não se faça de idiota. VOCÊ MATOU A JAY! –“A trombadinha” foi até mim, apontando o dedo na minha cara. 

-Calma, eu nem sei quem é Jay!! 

A medida que eu ia me afastando, elas se aproximavam. 

-A GAROTA QUE VOCÊ MATOU NA SALA DO ZELADOR!! 

-O QUÊ?! -Isso não pode estar acontecendo... -EU NÃO... 

-Não se finja de idiota!! Isso aconteceu depois que você brigou com a Dara!! -a garota do lado se pronunciou. 

-É o que isso tem a ver??!! 

-Jay era nossa colega de quarto!! Não finja que não sabe!! Com certeza foi você que matou Heily também! ! 

-Vocês tiraram essas conclusões da privada?!! 

Essas garotas já estavam me deixando nervosa. 

-Segurem ela!! -Dara mandou e as duas seguraram meus braços rapidamente. 

-ESPER..-Ela introduz um soco em meu estômago. 

Ela mirou o próximo no meu rosto, mas consegui segura la. 

-Me solta, piranha!! A gente sabe que ia ser fácil, fácil matar alguém com esse poder!! -Dara se contorcia. 

As duas garotas aproveitaram a minha distração e me deram uma rasteira, me fazendo cair de costas, o atrito me fez gemer de dor. 

Dara se soltou e rapidamente fez um movimento com as mãos, fazendo levitar a água do laguinho que tinha no jardim. 

Me odiei por não conseguir impedir a água jorrar em mim. 

As três começaram a chutar meu corpo encharcado, eu soluçava por causa da água e dos chutes. 

Já estava no limite quando consegui reunir força suficiente para as fazer parar. Elas tentavam inutilmente se soltar, enquanto eu me levantava com dificuldade. Logo as feridas se curaram graças a regeneração. 

Sai de lá deixando as putas paradas lá. Vou deixar assim por um bom tempo. Mereciam mais por me espancar, mas não sou de sujar as mãos . 

Cheguei no quarto ainda encharcada, as meninas se assustaram quando me viram, Mican e Lina estavam lá, fui até a primeira que estava com um olhar confuso. 

-Vamos descobrir quem é o assassino. Eu posso fazer as rondas de hoje. 

-Mai...? -Aretha olhou pra mim preocupada. 

-Hunf, não achei que você seria a primeira a mudar de idéia. -Mican sorriu de canto. 

-O que houve com você?? -Yume me fitou de cima a baixo. 

-Isso? -indiquei meu corpo com as mãos – Não foi nada. 

Fui direto pro banheiro me ajeitar. Pude ouvir sussurros das meninas assim que saí. 

Quando parei pra pensar, as pistas realmente apontavam pra mim. Não vou deixar que eu leve a culpa por esse desgraçado. 

Vou seguir até os confins do inferno se for preciso. 

Talvez seja um pensamento egoísta da minha parte, mas não consigo pensar em outra coisa. 

~~ 

A noite caiu, o clima era tenso. Ninguém no corredor. Eu disse que ia rondar pra evitar o assassino, mas eu estava mais pra isca. E o pior de tudo...Eu estava pregada de sono. 

-Qualquer coisa, você aciona isso -Aretha me deu um alarme de bolso, que guardei no bolsó da calça. 

-Gente, não é melhor alguém ir com ela? -Sam disse cruzando os braços, não tinha concordado com isso dês do início . 

-Vai parecer suspeito! -Mican saia do quarto -Boa sorte, Mai. 

Acenti com a cabeça. Estava prestes à dar meia noite, o horário da primeira morte. Era tudo muito arriscado, não tínhamos muita certeza de que ia dar certo. 

-Cuidado Mai...-Yume disse quando eu abri a porta. 

-Calma ...Eu. ..Só vou beber água. -Sorri saindo de lá. 

O corredor estava totalmente vazio e a iluminação não era das melhores. 

O medo ficava cada vez mais evidente assim que eu avançava. Tentei fazer menos barulho possível, não estava muito afim de morrer. 

Idéia brilhante, Mai! Você mal conseguiu se safar das piranhas do jardim! Imagina dessa porra de assassino! 

Ouvi uns sussurros da “esquina” do corredor e fui até lá com cuidado. 

Minha expressão mudou de medo pra interrogação. Marshall estava ali conversando com uma garota. Os dois estavam bem próximos. Quase pensei besteira, mas percebi que os sussurros estavam mais pra “gritos baixos”, ou seja, mais pra briga do que pra confissão amorosa. 

-Eu já disse que não, Marshall! 

-Até parece que você manda em alguma coisa. 

-O que? Como você é idiota! 

-Tá... -Ele se aproximou do rosto dela -Chega de teatro. 

Ele vai beij...? ELE VAI MORDER ELA! 

Marshall, prestes a fincar as presas na garota que tremia de pavor... 

-NÃ...-consegui para lo a tempo e...

AHH!! ELE NÃO PODIA ME VER! ME ENTREGUEI DE BANDEJA, QUE VACILO!! 

Não pensei direito, só sai correndo. Olhei de canto para ver se o infeliz estava me seguindo, mas só consegui ver de relance ele colocando a mão no rosto da garota, brutalmente, ela caiu no chão na hora. O QUE FOI AQUILO? 

Corro até um lugar sem saída... 

Gelei quando senti alguém segurar em meu ombro. FODEU. 

Virei com tudo, me afastando de Marshall. 

-O que? É você? Você é controladora de sangue? 

Ele se aproximou, um arrepio subiu quando senti a parede gélida atrás de mim. 

-Vou ter que apagar sua memória. Não se importa, certo? 

Ele me prendeu contra a parede com os braços. Paralizei sua mão que estava se aproximando de meu rosto. 

-Han...É assim? Tem outras maneiras  de se apagar uma memória...

Marshall se curvou para alcançar meu pescoço...

Em um ato desesperador, finquei minhas próprias presas em sua pele.