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História Se as paredes pudessem falar - Capítulo Único


Escrita por: Asukahime-sama

Notas do Autor


Trazendo mais um fic para vcs após estar sumida!

Kissus boa leitura.

Música: Celine Deon - if walls could talk

Capítulo 1 - Capítulo Único


Can you Keep a secret?

Você pode guardar um segredo?

 

Passando as mãos pelos cabelos revoltos Natsu revirou-se novamente sobre o sofá a procura de uma pose confortável, sua mente divagava enquanto assistia a TV sendo o conteúdo programático insuficiente para fazê-lo prestar atenção, respirou fundo e piscou algumas vezes, precisava focar na repórter que passava novas informações sobre a Bolsa de Valores do País.

- Droga… - resmungou bufando desligando a TV, tudo parecia fora do lugar, inclusive ele.

Levantou-se seguindo em direção da cozinha, quando foi interceptado por uma voz grave lhe chamando. 

-  Não vai para a empresa hoje?

Os olhos negros de Natsu pousaram no homem antes de respondê-lo. Jude Heartfilia, o segundo maior CEO de toda a Tóquio o encarava surpreso, seus cabelos loiros que já apresentavam fios brancos devido a idade penteados para trás salientava a fisionomia máscula e os olhos astutos atrozes, vestia um dos seus ternos pretos, sem nenhum amassado, do tamanho exato, impecável, nunca vira Jude de outra forma se não essa, durante todo aquele tempo.

- Depois de um mês sem folga alguma, resolvi descansar - explicou de forma direta – Não se preocupe, Erza está no meu lugar e é mais que eficiente para qualquer coisa que precisar.

Sem nada dizer Jude o encarou por um tempo e depois deu de ombros. Pelo visto ele não estava tendo uma semana boa, se qualquer outro ousasse falar com ele daquela maneira certamente não duraria muito para contar a história, mas Natsu, por mais que estivesse vivendo sobre o teto de sua mansão, não era qualquer pessoa, então apenas o ignorou.

O rapaz era esperto e talentoso, além do filho de um grande amigo, o conhecera quando ainda era criança, mas quando seus olhos o encontraram sabia que ele se tornaria um grande líder, e por isso não foi surpresa quando Natsu provou que ele estava certo, fazendo aquilo que o próprio pai não conseguira, em apenas três anos, transformar a multinacional da família na empresa com o maior lucro do Japão. 

DRagneel chegara no topo, e se seu amigo pudesse presenciar o aonde o filho chegara, certamente estaria orgulhoso. 

- Sabe Natsu, não me arrependo de ter prometido minha filha há você anos atrás - os olhos negros do homem fitaram o rosto de Jude, seu semblante não transmitia nenhuma gota de emoção -  Mesmo que eu e Igneel não soubéssemos como seria o futuro sinto que fiz uma boa escolha e tive muita sorte. Aproveite sua folga. 

Ainda sem expressar emoção os olhos de Natsu seguiram o corpo de Jude até a porta, e se fixaram ali mesmo depois de sua saída, para pessoas que não conheciam o homem ou sua situação acolheriam aquelas palavras sem desconfiar de um segundo sentido, mas ele entendeu o aviso disfarçado por trás de cada soar de gratidão, a verdade gritante de cada palavra sussurrando nos seus ouvidos:

 "Eu fiz um acordo a anos atrás com seu pai, não ouse tentar mudar isso". 

 

Estas paredes guardam um segredo

Que somente nós sabemos

Mas por quanto tempo elas poderão guardar isso?

 

Sua posição era complicada para os pensamentos que o atormentavam, porém enquanto ninguém soubesse sobre eles ninguém era uma ameaça em potencial. 

 Natsu sabia que era um dos melhores no que fazia e que por esse motivo Jude não ficava contra suas decisões, mesmo que estivesse morando durante aquele tempo na mansão do velho, o homem nunca tentara intervir em sua vida particular ou em seus negócios, apesar de tudo, ele agia como alguém que parecia se importar, ou ja se importou, com seu pai. 

Também compreendia que por esse motivo podia se sentir seguro em estar ali ao invés de sua antiga, e agora, solitária mansão,  afinal apesar de tudo o que fazia ou poderia vir a fazer, Jude nunca desconfiaria dele pela posição que se encontrava, posição que foi imposta a ele antes mesmo de nascer.

A aliança formada pela família Heartfilia e Dragneel fora feita com o intuito de unir as duas empresas, após o casamento dos primogênitos. Igneel, pai de Natsu, antes mesmo de ele nascer, o tinha prometido em casamento a filha de Jude.

O desejo de Natsu, porém, nunca fora assumir a empresa ou ter que ser casar com uma desconhecida, desde o dia que teve idade suficiente para compreender que aquele acordo era uma loucura e ele podia se negar a fazer, mas ai as coisas mudaram de repente, assim que o pai morrera. Foi com a partida de Igneel que Natsu perdera o chão e todos os seus conceitos mudaram, então ele resolvera realizar o único desejo que sobrara do seu pai, se casar com a filha do Heartfilia e assumir a empresa, fazendo que o nome Dragneel permanecesse entre a elite como seu pai sempre o manteve.

 

Porque somos dois amantes que perdem o controle

Nós somos duas sombras que percorrem o arco-íris

Por trás das janelas fechadas

Por trás das portas fechadas

 

Após a morte de seu pai, Jude havia aberto a porta de sua casa para que ele pudesse morar ali, para que ele não ficasse sozinho e para o guiar na administração da empresa do pai, alegava que Natsu não precisava morar sozinho naquela grande mansão e que como ele casaria com sua filha uma convivência com ela antes seria necessária para que pudessem se acostumar com o futuro.

O grande futuro, quando as duas empresas se uniriam em uma grande potencia, onde ele e a própria filha de Jude era usada como uma ponte para o antigo objetivo do pai e do seu amigo. 

Caminhou para a cozinha, e encheu um copo d'água, como se o ato pudesse afastá-lo de todos os pensamentos, sentindo o celular vibrar no bolso da calça o atendeu. 

- Gray? –  esperou a voz do amigo.

- Ela acabou de entrar no Spar... – Gray o respondeu com a voz irritada e arrastada – Sabe Natsu eu não sou pago para vigiar cada passo de sua noiva!

- Claro que não, se fosse para pagar chamaria alguém melhor cueca de gelo – provocou o amigo, os passos do rosado seguiram até a ala dos empregados e segurou a maçaneta se preparando para abrir a porta. 

- Então porque não faz isso? Se tem tanto medo de ganhar um belo par de chifres nessa sua cabeça de fósforo devia contratar um detetive! Não mandar o vice-presidente da sua empresa para isso! Isso claro, se você ainda quiser que a empresa não quebre. – Gray tinha a voz carregada de raiva, o que fez o rosado puxar um sorriso de canto pela situação, irritar o amigo era um dos seus passatempos. 

 Apesar dos anos de amizade, ele e Gray Fullbuster, pareciam sempre propensos a brigarem por qualquer besteira, mesmo que essas besteiras fossem resolvidas minutos depois como se nunca tivessem acontecido.

- Me ligue quando ela sair.

-Eu vou ter que esperar ele sair daqui?! – exclamou o moreno exasperado.

- Só me ligue – então desligou o telefone deixando o amigo falando sozinho, pois sabia que Gray faria como ele havia pedido, assim como ele faria se fosse o contrário.

Continuando onde parou, Natsu entrou na ala dos empregados que o fitaram surpreso quando o viram atravessar pela porta.

- Eu vou descansar nos quartos de cima – avisou fitando o rosto de cada um, não gostava do que estava fazendo, mas ele mesmo não conseguira achar outro jeito para resolver aquilo – Não quero que ninguém suba aquelas escadas a não ser que eu os chame se tiver algo inacabado lá me responsabilizo com Jude mais tarde.

 Então fechou a porta e seguiu em direção as escadas.

 

Se as paredes pudessem falar

Elas diriam “Eu te quero mais”

Elas diriam “Hey!” Nunca me senti dessa forma antes”

E que você sempre será o único para mim!

 

Subindo as escadas e atravessando os corredores em direção ao quarto, Natsu apenas refletia em pensamentos.

 Apesar de aquilo tudo não ser o que ele exatamente queria, tinha que admitir que tudo em sua vida estava seguindo muito bem por causa daquele acordo entre Jude e seu pai. Ele era bom no que fazia e tinha uma renda muito alta para alguém de sua idade, se dava bem com o futuro sogro e iria se casar em breve, sua noiva não era nada feia e com o casamento uniria duas fortes empresas alcançando novos acordos multimilionários.  

Tudo estaria perfeito, mesmo que não fosse seu sonho, a não ser por um pequeno detalhe do seu casamento.

A filha de Jude. 

Ele se casaria com a filha errada.

Entrou no quarto desejado e sentiu o cheiro de sakura espalhado pelo lugar, caminhando até o criado mudo mais próximo pegou o retrato sobre ele, na fotografia se encontrava duas irmãs sorrindo, uma delas era sua noiva Michelle, e a outra era mulher que dominava seus pensamentos todos os dias desde que seus lábios se tocaram pela primeira vez, antes mesmo de saberem que futuramente se encontrariam novamente, Lucy Heartfilia a irmã errada, mas para ele a filha certa.

 

Apenas duas pessoas que fazem memórias

Boas demais para se contar

E esses braços nunca estão vazios

Quando nos deitamos

 

Lucy pisou para fora do carro e respirou fundo fitando a entrada de mansão, voltar para a casa todos os dias depois da escola havia se tornado algo difícil desde o dia que sua família não se resumia mais apenas em seu pai e sua irmã.

- Até mais tarde Lucy! – se despediu de Loke, seu amigo que havia trago a loira até em casa.

- Tchau Loke - acenou fechando então a porta e vendo o amigo partir.

 Virando-se para entrada mais uma vez, voltou a respirar fundo e tomar coragem para entrar em sua casa.

 Ela sempre soube que a irmã estava metida em um casamento arranjado e sempre fora contra a isso, achava que Michelle merecia se casar com alguém por quem se apaixonasse e não pela ganância do pai em aumentar a maldita empresa. E por isso quando soube que Igneel Dragneel falecera, achou que a irmã estaria livre desse casamento, porém as coisas só pioraram.

O noivo da irmã ao pedido do seu pai havia vindo morar na mansão, Lucy fora a única que não concordara com aquela estúpida ideia de aproximar os dois, achava que como os dois que haviam feito o acordo não estavam mais ali para realizá-lo Michelle poderia estar livre, mas a irmã concordara com tudo e achava uma grande ideia para conhecer o futuro noivo, como sempre, não querendo desagradar o pai.

Então aos poucos e sem que ela se desse conta as coisas aconteceram, Natsu do nada estava morando com eles, Michelle não o desaprovara e o achava até agradável em todos os aspectos, Jude o achava brilhante e que tinha tirado a sorte grande, não sendo suficiente o pai e a irmã o adorarem, os criados da mansão também se viam sorrindo e muita vezes conversando com ele.

  E então só restara ela com aquela mania de evitá-lo e ele com a mania de aproximar-se, mas o que nenhum dos dois esperava aconteceu, eles de repente estavam próximos demais para futuros cunhados.

Por mais que procurasse em sua mente não sabia dizer qual foi o momento exato que seu peito começou a bater mais forte por Natsu nem quando perdeu a razão a ponto de deixá-lo roubar um beijo, pior, o segundo beijo que trocaram, pois antes mesmo de saberem qual a situação se encontravam, eles já haviam se conhecido, como Lucy e Natsu e não como cunhados.

Ela não fazia ideia do momento que o sentimento ficara tão real que dizer a ele que o amava parecia normal, como se aquela situação não fosse no mínimo inadequada, indecente e proibida pela parte dos dois.

 

Quando caímos

Nós pintamos quadros, fazemos mágica, pegamos as chances

Fazendo amor

 

Mas mesmo que tudo aquilo tivesse acontecido sem sua permissão não mudava o fato de que os dois estavam errados naquela história, amava ele, mas Natsu não lhe pertencia, e não sabia qual dor era pior, abrir mão do seu grande amor ou estar traído a sua irmã, Michelle.

Por isso Lucy havia decidido, ela não ficaria mais a sós com Natsu, ela não deixaria seu sentimento falar mais alto, não se entregaria aos beijos dele novamente, mesmo que o amasse, mesmo que ele sentisse o mesmo, aquilo era uma coisa que não poderia acontecer mais e não aconteceria.

Ela só desejava que para isso a solução fosse sempre evitá-lo como estava fazendo durante aquelas duas semanas.

Respirou fundo e fechando a mão direita em punho como se o ato pudesse reunir a força necessária que precisava para evitar Natsu. Começou a subir as escadas da entrada e a cada  degrau recitava em sua mente que só precisava entrar correndo e ir direto para seu quarto e tudo estaria bem, que ela aos poucos não estaria mais apaixonada, que ele naquele momento estava trabalhando.

Assim que abriu a porta Virgo, que limpava o hall de entrada sorriu e caminhou em sua direção com um sorriso no rosto

- Okaeri hime-sama! – Virgo fez uma reverencia respeitosa para a loira.

- Tadaima Virgo. Tem alguém em casa? – perguntou, torcendo que a resposta fosse “não” como havia sido durante as duas semanas.

- Natsu-sama está em seu quarto e pediu que ninguém subisse. Michelle-sama saiu e disse que volta só à tarde e Jude-sama está na empresa. – respondeu Virgo.

- Ah certo... - a voz da loira falhou o punho cerrado para lhe dar forças se abriu e teve se esforçar para não demostrar o que estava sentindo - Tudo bem eu vou tomar um banho e irei para casa de Levy… Me avise se alguém chegar…

Subiu também devagar as escadas para o segundo andar para não alertar Natsu que havia chego, tinha medo que ele viesse procurá-la para indagar o porquê dela estar o evitando.

  Parou diante a porta do quarto e segurou firme a maçaneta, tentando se acalmar antes de entrar ali, a ansiedade na boca do estomago dava a sensação que tudo estava sendo revirado, e pensamentos dos quais não gostaria de ter martelavam sua cabeça, pois parte de si desejava que ela fosse rápida e fugisse daquela casa o quanto antes e outra parte desejava que ele estivesse esperando-a sentado em sua cama. Respirou fundo afastando todas aquelas ideias malucas e entrou no quarto.

Quando entrou percebeu que ali não tinha nada além dela mesma e suas coisas e quando não soube decidir se estava aliviada por isso ou decepcionada, seguiu para o banheiro tentando não pensar nisso.

 

Se as paredes pudessem falar - Oh!

Elas diriam: "Eu te quero mais"

Elas diriam: "Hey! Nunca me senti dessa forma antes"

E que você sempre será

O único para mim

 

Fechando a porta atrás de si suspirou começando a guardar o material da faculdade no lugar e se despir para tomar um banho, jogou seu uniforme sobre a cama e apenas com a roupa intima foi até seu banheiro particular, ele também estava vazio, não que ela estivesse esperando encontra-lo lá daquela vez, terminou de tirar a roupa e ligou a ducha.

A água quente de encontro com a sua pele começou a relaxá-la aos poucos e fazer com se sua mente se esvaziasse daqueles pensamentos. Começou lavando seus longos cabelos loiros enquanto cantarolava baixinho e depois a se ensaboar com o sabonete com cheiro de sakuras que amava, em sua mente passava coisa da faculdade e em o que precisava levar para dormi na casa de Levy a noite, até que ao lavar a nuca sem poder controlar, se lembrou de como os lábios de Natsu acariciavam seu pescoço, balançou a cabeça tentando afastar aquele tipo de pensamento, mas enquanto ensaboava o resto do corpo lembrava-se do efeito que as mãos grandes e calejadas dele causavam ao acariciar o restante da pele.

Soltando um suspiro frustrada deixou o sabonete de lado e terminou de se enxaguar para sair do banho, se enrolou na toalha e enrolou outra em sua cabeça, e depois se fitou no espelho.

- Pare de pensar nele Lucy Heartfilia! – falou com seu reflexo no espelho depois sorriu se achando uma idiota por estar falando sozinha.

Prendeu melhor a toalha em volta do corpo e tirando o excesso de água do cabelo ligou o secador que ficava no grande banheiro e começou a seca-lo ali mesmo, terminando de secar os cabelos saiu do banheiro para se trocar no closet, mas ao abrir a porta seu corpo paralisou.

Natsu estava sentado em sua cama, os dedos entrelaçados em frente a sua boca, os olhos negros pensativos e os cotovelos sobre suas cochas, Lucy soltou a respiração ainda confusa, sendo que ela nem percebera que prendera assim que o vira.

- Oi Lucy… – sussurrou rouco com os olhos a fitando firmes, como quando um leão finalmente escolhe sua presa.

 

Se as paredes tivessem olhos - meus

Elas viriam o amor por dentro

Elas viriam - eu

Em seus braços em extasy

E em cada movimento elas saberiam

Que eu te amo tanto

 

A boca de Lucy abriu e se fechou várias vezes sem saber o que dizer até optar por ficar em silêncio.

- Eu percebi que você está me evitando - Natsu levantou da cama e caminhou até a loira que segurava a toalha firme sobre o corpo – No começo eu achei que era só desencontros por causa do horário, mas até Michelle veio me dizer que você parecia incomodada comigo, eu fiz algo de errado Lucy?

- Não - sussurrou sincera, afinal sabia que o que estava errado era a situação em geral não só uma pessoa.

- Que bom - suspirou aliviado sorrindo, então acariciou seu rosto.

Desde o dia que Natsu se via naquela situação ele começara ter muita dor de cabeça enquanto tentava achar uma solução para resolver aquilo, para poder ficar com Lucy, não contara o que estava acontecendo para nenhum de seus amigos, mesmo os mais íntimos, pois sabia que aquele era um segredo que se descoberto poderia arruinar para sempre a vida dos dois.

Os nomes dos dois não sairia da mídia e das revistas de fofocas tão cedo, Michelle também seria prejudicada e possivelmente sua empresa e de Jude.

 Para pessoas bem sucedidas e conhecidas publicamente escândalos como aquele poderia estragar um trabalho de uma vida toda. E por isso ele queria resolver aquilo o mais breve possível, sem envolver escândalos, porém não valeria a pena se Lucy não quisesse enfrentar tudo ao seu lado e preferisse acabar com aquilo.

- Eu faltei hoje para poder ficar com você - Natsu foi caminhando até ela, Lucy dava passos para trás sorrindo nervosa, até se encontrar encurralada entre ele e a parede – Na verdade eu faltei para resolver qualquer coisa que estivesse causando algum problema entre nós, mas fico feliz que estamos bem, apesar de tudo.

- Natsu… - a sua frase foi abafada pelos lábios do rosado, que a prensou contra a parede com o próprio corpo, descendo as mãos cálidas que ela sentiu tanta falta durante o banho pelas coxas da loira e as apertando trazendo-a ainda mais para si.                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                              

Quando eu me sinto fraca

Você é quem me dá asas

Quando o fogo já não tem faíscas

É você que o incendeia novamente

 

- Isso... - ela interrompeu o beijo – Isso não deveria estar acontecendo Natsu… - suas mãos pousaram abertas sobre o peito do rosado o afastando – Isso é errado...

Os olhos negros a fitaram primeiros confusos, levou alguns segundos para eles mudarem para compreensivos, então ele uniu sua testa a dela e delicadamente segurou os pulsos de Lucy fazendo com que suas mãos aos poucos parassem de afasta-lo.

- Eu sei… Eu sei… - repetiu em sussurros o hálito quente batendo de encontro a pele gelada da loira causando um leve arrepio – Mas o que eu sinto o que sentimos parece tão certo, tem essa porra de acordo, eu nunca pude escolher, mas é tão injusto...

Ele soltou os pulsos da loira para segurar o rosto dela fazendo com que os olhares se encontrassem.

- Você não acha? – perguntou a encarando, Lucy ficou em silêncio, percebendo que ela não diria nada soltou seu rosto.

- Não devemos continuar com isso, Natsu.

 Lucy observou ele dar um passo para trás se afastando, seu coração começou a pesar sobre o peito, ela sabia que se ele saísse daquele quarto aquela seria a despedida deles, o final que ao mesmo tempo era necessário, queria a todo custo evitar. Dando mais um passo para trás e a olhando pela última vez Natsu deu as costas a Lucy começando a caminhar em direção à porta.

Lucy sentiu seu coração se despedaçar em milhares de partes a cada passo que ele dava em direção à porta, como se sua felicidade estivesse indo embora junto com ele, a respiração se tornou ofegante e engoliu em seco quando a mão dele tocou a maçaneta.

Foi nesse momento, quando faltava segundos para a porta se abrir e a ida dele representava o fim, mas também a coisa certa a se fazer que Lucy percebeu ser fraca demais para seguir a razão ao invés do coração.

 Em um movimento rápido e que não conseguiria fazer se não estivesse em modo automático, Lucy afastou a mão dele da maçaneta e virou a chave trancando a porta para que ele não saísse dali.

- Lucy? - indagou erguendo uma sobrancelha confuso.

- Você me ama? – rebateu séria se aproximando, a dor gritante do seu peito cessando e a respiração voltando ao normal.

- Sim.

- Por enquanto isso é tudo o que importa.

Então ficando nas pontas dos pés colou seus lábios contra os dele, mas uma vez.

 

Quando eu ouço violinos

É você que está tocando em todas as minhas cordas

 

Natsu sentiu os lábios macios contra os seus e não demorou a aprofundar o beijo, as línguas dançando com urgência só provava mais uma vez o quando o sentimento era verdadeiro e por esse motivo acabavam deixando seus princípios de lado para poderem estar ali juntos, as mãos de Natsu desceram sobre a silhueta de Lucy, o corpo estando coberta só pela toalha bem amarrada estremeceu quando sentiu as palmas chegando as coxas nuas.

As mãos de Lucy subiram pela nuca e agarraram os cabelos róseos, o beijo se tornando vorás, e cada célula do seu corpo implorando para ser tocada pelas mãos dele, como se Natsu sentisse a mesma coisa, sem demora ele a ergueu fazendo com que entrelaçasse suas pernas em volta de seu quadril, as mãos subindo as costas da loira por de baixo da toalha sentido a pele macia.

Lucy deixou um gemido escapar sobre os lábios quando sentiu o órgão de Natsu já rígido sobre a calça querendo provocar o rosado começou a rebolar lentamente seu corpo parecendo entrar em combustão enquanto ele interrompia o beijo em seus lábios para começar descer uma trilha molhada deles em seu pescoço.

 

Então par a imprensa

Segure as noticias

O segredo está salvo entre eu e você

Paredes… Vocês podem guardar um segredo?

 

Natsu começou a caminhar co, Lucy em direção da cama enquanto ainda beija seu pescoço alvo e ela rebolava sobre o membro, a garota fazia seu corpo se transformar em uma chama viva, e se não fosse por querer dar o tanto de prazer que ela proporcionava para ele, já teria puxado aquela tolha dali e partido para a parte que mais gostava, quando eles eram um só.

Chegando a beirada da cama ele a soltou deixando que caísse sobre o colchão macio, e enquanto se livrava da sua camisa obervou a loira sobre os lençóis brancos aguardando ele se despir, os fios dourado do cabelo espalhados o rosto com as maçãs avermelhados, a boca um pouco inchada pelos beijos e a toalha agora cobria só parte de sua barriga relevando os seios de bicos rosados e sua parte intima.

Natsu terminado de se despir puxou um sorriso de lado e passou a língua sobre os lábios, Lucy vendo aquilo desviou o olhar ficando ainda mais rubra.

- Não me olhe assim… - sussurrou envergonhada.

- Assim como? – perguntou Natsu jogando a tolha para fora da cama e também já sem roupa deitando-se sobre a loira, apoiando uma mão a cada lado de seu corpo – Como se eu não quisesse provar cada parte deliciosa do seu corpo? – sussurrou em seu ouvido – Ou como se eu não te achasse a mulher mais sexy do mundo quando está nua na cama esperando por mim?

Lucy ficou ainda mais rubra, ela ficava ainda embaraçada quando o rosado soltava frases daquele tipo não sabia o que responder ficando envergonhada, o que mesmo ela não sabendo, só fazia Natsu a deseja-la ainda mais.

 

Se as paredes pudessem falar - Oh!

Elas diriam: "Eu te quero mais"

Elas diriam: "Hey! Nunca me senti dessa forma antes"

 

Tomando sua boca novamente em um beijo e agora se apoiando apenas por um cotovelo para não esmagar a loira, Natsu desceu a mão livre para a parte intima de Lucy que gêmeo entre seus lábios quando sentiu os dedos experientes brincarem com seu clitóris.

Ela estava molhada e se recontorcia sobre os dedos dele, os beijos intensos eram interrompidos pela busca de ar e a loira tinha as mãos em volta do corpo de Natsu, eles subiam em desciam sobre as costas malhadas do rosado deixando marcas de suas unhas ali, seu coração batia freneticamente sobre o peito, estar em seu quarto com ele, estar tocando-lhe e recebendo suas caricias era o paraíso, se ela pudesse congelar o tempo faria agora, para eternizar quem eles eram quando se amavam livremente.

 Natsu interrompeu a carícia em sua região intima e agora descia beijos sôfregos sobre o colo da garota, chegando então aos peitos fartos e bem formados, tomou um dos mamilos com a boca começando uma sequência de chupões e beijos enquanto o outro acariciava com a mão. Lucy sentindo uma nova onde de prazer invadi-la, se recontorcia de prazer e segurou firmes o lençol mordendo o lábio inferior para não soltar um gemido alto quando Natsu desceu para acariciar com os lábios agora sua parte intima.

 

E que você sempre será

O único para mim

Se as paredes tivessem meus olhos

Elas viriam o amor por dentro

 

Lucy teve o primeiro orgasmo enquanto Natsu a acaricia, o corpo dela pareceu entrar em um torpor a levando para outro mundo, ondas elétricas pareciam atravessar sua corrente sanguínea e quando aquela sensação passou, outra onda de prazer começou sem eu corpo quando Natsu mais uma vez voltara a acaricia-la, para finalmente chegarem ao ato final.

As mãos voltaram tocando seu corpo e ajudando a se erguer, enquanto Natsu sentava-se sobre o colchão, os lábios se encontrando novamente recomeçando um beijo onde as línguas dançavam buscando espaço, Lucy sentou-se sobre o colo de Natsu, e sem cerimônia dessa vez, Natsu a surpreendendo fez que eles virassem um só.

Os dois soltaram gemidos de prazer e ficaram alguns instantes assim aproveitando a sensação de estarem um dentro do outro. Não importava se aquilo era errado, quando estavam juntos não existia erro , não existia nada entre quatro paredes, não existia noiva, nem irmã, nem muito menos promessa apenas duas pessoas que se amavam finalmente se tornando uma só.

Os dois então começaram a dança, Lucy cavalgava sobre o membro gemendo alto e rapidamente enquanto Natsu a ajudava segurando em seus quadris e a trazendo para si, eles ficaram  um bom tempo nessa posição até optarem por outra que assim como aquela trouxe ainda mais prazer, os movimentos foram rápidos, os corações batiam agitados, os corpos suados e os sentimentos vividos em chamas.  

Lucy e Natsu chegaram ao clímax juntos aquela noite, e caíram exaustos abraçados na cama.

 

Elas me veriam

Em seus braços em extasy

E em cada movimento elas saberiam

Que eu te amo tanto

 

Lucy deitou-se sobre o peito de Natsu, a respiração dos dois se tornando mais calma a cada minuto passado, quando ela já não ofegava mais deslizou o dedo indicador sobre o peitoral do rosado como se o dedo dançasse por ali, Natsu  que estava com os olhos fechados os abriu e a fitou, Lucy olhava a própria mão, mas pareciam distante.

- Em que está pensando?  - perguntou rompendo o silêncio.

- Bobagem… - respondeu automaticamente parando o movimento que, distraída, nem percebera que começara.

- Pode me dizer Lucy – insistiu.

- É que eu… Eu te amo tanto Natsu, mas isso não está certo, você sabe.

- Eu irei resolver isso Lucy, prometo – Natsu fez questão que ela fitasse em seus olhos nesse momento – Só continue ao meu lado e eu prometo que resolverei isso para que possamos ficar juntos.

- Tudo bem… - ele depositou um beijo em sua testa e depois a envolveu ainda mais um o braço.

 Os dois adormeceram naquela posição aquele dia, como se nada no mundo pudesse separá-los, mesmo que pela manhã fossem apenas cunhados, mesmo que aquilo tivesse que ser mantido em segredo, mesmo que só pudessem ser eles mesmo entre quatro paredes.

 Afinal, além de Natsu e Lucy, elas também sabiam guardar muito bem um segredo.

 

 

 

 

 


Notas Finais


Eu espero que tenham gostado e que deixem comentários.
O que eu tinha para dizer aqui é que eu estava pensando em tornar essa one em algo maior, fazer uma coisa mais elaborada com varios capitulos, mostrando o começo da situação e depois como foi o final, coisa que até eu confesso ainda não sei. Mas gostaria da opinião de vcs. Gostariam de ter uma fic sobre isso?


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