História Secret Desire - Inesperado Reencontro

[Residência dos Guerras]P.O.V Paulo

Levanto da cama com uma disposição incrível, o que raramente acontece, muito menos no primeiro dia de aula. E lá vai eu de novo, encarar a velha rotina de sempre, o pior é; as garotas ao meu redor, me sufocando e não me deixando em paz, sério mesmo, na moral, se eu pudesse fazer alguma coisa pra elas pararem de me encher tanto, eu faria, mas a popularidade vem em primeiro lugar né? Fazer o quê né..

Pelo fato de hoje ser o primeiro dia de sofrimento antes de muitos que vem pela frente, é normal sentir um frio na barriga? Acho que não. Provavelmente hoje vai ser um daqueles dias difíceis, digo provavelmente porque tô sentindo que algo vai acontecer, e parece que coisa boa não é.

Entro no banheiro, e faço minhas higienes. Em seguida começo a me vestir.(Look: Blusa branca, jaqueta vermelha de couro, calça jeans preta e tênis branco)

Quando terminei fui até a cozinha, e lá estava na mesa, meus pais e a insuportável da minha irmã.

- Bom dia Paulo— Marcelina fala enquanto levava a xícara de café até sua boca.

- Hum— falo de um jeito desanimado, como se estivesse ignorando, porque eu realmente estava.

- Fale com sua irmã direito!— Ricardo ordena me encarando.

- Direito Marcelina!— falo com voz de insulto.

Porque eu não aguento mais só fazer a vontade do meu pai, ele me manipula e eu odeio ter que admitir isso, mas eu não aguento mais, pode até parecer besteira agora, mas não é.

- Paulo Guerra, eu não admito que você venha com essas gracinhas! Pede desculpas a mim, e a sua irmã agora!— meu pai fala quase bufando.

- Eu não teria motivos pra pedir desculpas, isso parece um tanto idiota da sua parte! Vem cá, o infantil realmente sou eu?— falo olhando nos seus olhos fixamente. Encarando.

Ricardo se levanta da cadeira e bate com as duas mãos na mesa.

- Sua mão não doeu?— Marcelina pergunta, mas ele a ignora.

- Me respeita seu moleque! Você acha que pode falar comigo dessa maneira?— ele pergunta com raiva quase gritando.

- Calma Ricardo!— minha mãe fala fazendo-o sentasse novamente— Pede desculpas Paulo!

- Mas mãe...

- Agora!— ela ordena calmamente e cruza os braços.

- Tá... Desculpa— falo baixinho.

- Não ouvi, fala de novo.

- Desculpa!

- Ótimo.

- Eu vou esquecer o que aconteceu aqui, mas se isso se repetir, vou te mandar pro colégio interno bem longe daqui, pra você aprender!— Ricardo fala.

- Já tô perto de você, não tem como ficar pior— suspiro somente pra mim.— bom, agora já vou indo, tchau.

- Espera que eu vou com você— Marcelina bebe rapidamente o café.

- Claro que não!

- Qual o problema em sua irmã ir com você?— minha mãe pergunta.

- Ah não precisa não! Agora eu me lembrei que combinei com a Marga de irmos juntas hoje.

- Que ótimo, depois eu agradeço a Margarida— falo com voz de deboche.

- Seu chato!

Quando estava me retirando...

- Espera!— Ricardo ordena— não quero ouvir nenhuma reclamação vinda da diretora hoje hein.

- Pode deixar, agora tchau!— me disperso e saio de casa.

Enquanto fechava a porta da entrada, ouvi uma buzina de carro em frente a minha casa. Avistei de longe Mário no volante do carro. Corri e entrei no mesmo.

- Iae brow— Mário fala enquanto eu tirava a mochila das costas.

- Fala mano!(aperto de mãos)

- Pela sua cara...discussão com seu pai logo cedo, acertei?

- Obviamente, você já sabia.

- Essa história eu já conheço.— Mário ri.

- Ha-ha-ha, vamo logo!

Novamente ele ri e segue em frente.
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•||Escola Mundial||•P.O.V Narrador

Alícia e Valéria chegam, e logo avistam as meninas no portão, que correram em direção a elas quando as viram.

- Meu Deus, é você mesmo Alícia? Socorrooooo— MªJoaquina grita e todas dão um abraço coletivo.

- Que saudades a gente tava— Margarida fala quase chorando.

- Ai gente, eu não parava de pensar em vocês, sério mesmo, eu já não aguentava mais essa distância.— Alícia fala limpando uma lágrima que deixou cair.

- Aaaain, choremos— Bibi fala e todas riem, menos Valéria.

- O que tá acontecendo Val? Você tava tão animada e agora não para de olhar pro lado— Alícia pergunta baixinho no ouvido de Valéria.

- O Davi, e aquela menina, olha lá.

- Calma Val, ele nem tá dando bola pra ela, essa atirada que tá se jogando em cima dele. Espera aí que eu vou colocar essa cretina do lugar dela!— Alícia sai em disparada mas Valéria a puxa pelo braço.

- Não Ally! Eu mesma vou tirar satisfação com ele.— Alícia assentiu, e Valéria foi até Davi e a garota.

- Nossa, Mia de novo dando em cima do Davizinho? A surra que você levou não foi o suficiente pra entender que ninguém mexe com o MEU namorado? Só te digo uma coisa, fica longe dele antes que eu me arrependa de não ter feito você começar a andar de cadeira de rodas! E você Davi, vamos conversar!— Valéria puxa Davi pelo braço.

- Você e ele NUNCA vão conseguir ser felizes juntos! Tira logo os planejamentos fofos pois eles não vão ser realizados.— Mia fala, e Valéria não consegue se conter, se vira e dá um tapa na cara dela.

- Agora fica falando sozinha aí que eu não ligo! porque pra galinha eu dou milho, e não moral.— Eles saem, e vão para atrás da escola.
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[No Corredor]

-Cara, eu já disse que não! Já basta todos os dias aqui essas meninas correndo atrás de mim, e como se já não bastasse, agora elas não param de pegar no meu pé, toda hora eu escuto:não vai me convidar a ir pro baile junto com você? E sempre a minha mesma resposta: não tô afim de ir.— Paulo fala estressado fechando o armário.

-Ah não mano, cê vai mesmo perder o maior baile que acontece só uma vez nessa escola?— Mário pergunta surpreso.

-Sim, não quero passar mais um ano sendo disputado como objeto.

-Mas eu só acho que...— Mário é interrompido, por uma garota que chamou sua atenção, e de todos que estavam no corredor.

A mesma ia se aproximando cada vez mais, atraindo olhares dos garotos. Mário então se aproximou.

-Meus olhos são de prata, sua boca é de ouro, qual seria sua resposta, se eu te pedisse em namoro?— Mário pergunta com a cara mais sínica do mundo.

-Obviamente não! Aposto que você piorou com o passar do tempo, sem falar que tá tão acostumado com garotinhas fácies que quando fica de frente com uma mulher independente não sabe como lidar, e vem com essas cantadas ridículas.

-Tá vendo isso Paulo, essa menina...— Paulo o interrompe.

-Mário, poderia deixar a gente conversando a sós?— Paulo pede.

Mário assentiu se retirou.

-Você não me é estranha, conheço seu rosto de algum lugar, mas de qualquer modo vou me apresentar, meu nome é...— Interrompido por...

-Paulo Guerra— a suposta garota responde com um sorriso irônico.

-Como você sabe?

-Eu sei de muitas coisas, mas vejo que você não, quando lembrar de algo relacionado a mim, aí nós conversamos.— Ela se vira para retirar-se mas Paulo a puxa pelo braço.

-Você vai me dizer agora mesmo quem é você, qual seu nome?

-Alícia Gusman!— responde encarando-o— lembra de mim?

Paulo não responde, fica sem reação, foi um momento inesperado, ele nem imaginava que esse reencontro iria acontecer, e nem imagina o que vem pela frente[...]