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História Secret Truths - Capítulo 01 - A Garotinha do Papai


Escrita por: MateusMendes0 e miinsuga_93

Notas do Autor


Gente o Matty não faz uma apresentação descente kkkk, tô rindo com as notas dele.
Bom, eu me chamar Helena Nikolov, desculpa, parei, é que eu tenho um tio que fala assim kkkk.
E eu sou co-autora, sou dois anos mais nova e sou mais alta que o Mateus, pra quem quiser saber hehe, chupa migo.
Nas notas eu vou esclarecer uma coisa sobre a história, leiam please.

Capítulo 2 - Capítulo 01 - A Garotinha do Papai


Mansão Chance-Cabello - Manhattan
25 de dezembro de 2016
04:37AM

— Mãe. — o primeiro foi um gemido de dor, não uma dor física, e sim uma dor interna, tão forte que eu não conseguia nem mesmo respirar. — MÃE! — mas assim que eu revivi aquele maldito momento, com aquele maldito barulho e aquele maldito slow motion que não me deixava sair do lugar, vendo tudo em borrões demorados e confusos. Aquilo foi o suficiente para um grito alto rasgar o meu peito e eu fugir rapidamente dali.

Acordei ofegante e suado, olhando por todos os lados sem realmente saber aonde estava. Quando consegui arrumar os meus pensamentos eu me forcei a jogar o peso do meu corpo para frente, ficando sentado na ponta da cama, minhas costas tão curvadas para frente que me causava dor.

Eu geralmente não sou uma pessoa muito emotiva, mas quando eu assimilei que dia seria hoje e o pesadelo que eu acabara de ter. Bem, foda-se. O primeiro soluço saiu muito alto, então coloquei a mão sobre a boca para abafar os seguintes. Olhei para o meu celular no criado-mudo e franzi a testa, pegando o mesmo e apertando para poder ver as horas. Mas que merda!

5:00 da madrugada de um sábado. Sei o suficiente sobre esses pesadelos para saber que eu não vou voltar a dormir nem com remédios para isso. E acredite, porque eu já tentei.

Ficar aqui chorando nunca adiantou de nada então eu me obriguei a ir até o banheiro e jogar uma água em meu rosto. E em seguida sai do meu quarto e fui para a cozinha tomar um copo d'água. Chegando lá dei de cara com meu pai, me encarando com um olhar tão destruído quanto o meu. Porém eu sei bem que aquilo não é tristeza, ele nunca amou a minha mãe.

— Olá Greyson, bom... dia! — me saudou sorrindo, nem de filho ele consegue me chamar. — Também não consegue dormir? — o encarei, mas não respondi, fui até a geladeira e peguei uma garrafa de água, indo até um armário pegar um copo de vidro.

— Você sabe que não. — respondi meio seco e pude sentir o olhar reprovador e zangado que queimava em minhas costas, contei até mil internamente e me virei calmamente já com o copo de água na mão. — Quer dizer... — atenuei meu tom de voz, o deixando mais suave. — Você sabe que dia é hoje. — algo no rosto do meu pai pareceu mudar, levemente, quase imperceptível, mas eu como alguém que observa sempre, pude ver a leve mudança, no entanto não saberia dizer o motivo e nem o que significava.

— É, eu sei. — disse simples antes de olhar para todos os lados procurando uma saída, ele se levantou e foi até as escadas, mas parou no meio e se virou para mim: — Greyson, eu sei que não parece e você não acredita, mas eu sinto saudades de Angelina. Da minha maneira, eu a amava. — e então continuou a subir, e parou uma última vez. — Eu acho que está na hora de voltarmos a comemorar o Natal, em homenagem a ela. — meus punhos cerraram e eu deixei as lágrimas rolarem livres.

Desde que minha mãe se foi eu odeio o Natal, mais do que posso explicar. E bem mais do que posso aguentar sozinho. Camila não pareceu sentir a morte de minha mãe, não tanto quanto eu, depois de três anos ela já estava seguindo em frente e eu parei no tempo. Todo Natal eu volto a ser aquele garoto de 12 anos de novo.

Me levantei e fui até o sofá, me joguei por lá e fiquei deitado pensando enquanto observava a neve caindo atrás da janela de vidro da enorme sala de estar. Não precisava me preocupar com horários já que a faculdade entra em recesso no Natal. Sem perceber eu terminei dormindo no sofá mesmo.

[...]

Quando eu acordei novamente foi devido a voz enjoada da minha irmã. Não me julgue, eu a amo, mas ninguém merece acordar com os gritos dela. Se ela está tão animada com o Natal ela poderia guardar pra ela mesma e morrer sufocada.

— Isso tudo vai ficar tão lindo hoje a noite, Ophelia! — tagarelava animada. — Eu vou tentar fazer disso tudo uma homenagem pra minha mãe. — continuava falando com a voz estridente, não consegui segurar um grunhido de irritação. — Ah, Grey! Você está aí. — falou perdendo metade da animação ao me ver, suavizou sua voz. — Desculpa! — pediu, não sei se por me acordar ou por estar tão animada com essa porcaria de data.

— Tudo bem. — me levantei e tentei sair dali, mas Camila me segurou. — O que é? — perguntei rude.

— Todo mundo sente a falta dela, não só você. Pense nisso hoje a noite como uma homenagem pra ela, ela amava o Natal. — falou sorrindo.

— Todo mundo? Então por que só eu pareço sentir dor? Por que só eu vou pro cemitério ficar chorando sozinho? Por que só eu tenho pesadelos? Por que só eu ODEIO o Natal? — dei ênfase no "odeio", tinham lágrimas em meus olhos. E então eu me toquei de algo: — Você que pediu pra ele pra fazer essa porcaria de festa? — Camila assentiu se afastando de mim, ridículo ela pensar que eu bateria nela. Essa praga é minha irmã no fim das contas, mas que eu estava puto, eu estava.

— Já está na hora de... — começou, mas eu a interrompi.

— MINHA MÃE MORREU E VOCÊ QUER DAR UMA FESTA PRA COMEMORAR O ANIVERSÁRIO DE MORTE DELA? VOCÊ TEM MERDA NA CABEÇA? — me descontrolei e ela ficou mais assustada ainda.

— Ela morreu já tem 7 anos, tá na hora de seguir em frente. — me irritei com as palavras dela.

— Poderiam ser 40 anos, era a minha mãe, desculpa se eu acho errado você dar uma festa na data em que ela morreu. Você percebe que está comemorando a morte dela, não percebe? — Camila permaneceu calada. — E você nunca conseguiria homenagear ela gastando milhares de dólares à toa. Você não dá a mínima pra caridade, mas era pra isso que ela fazia a festa, todos os convidados doavam boas quantias e ela distribuía em orfanatos, abrigos e escolas por todo o país. Nunca foi só uma festa. — dito isto eu saí daquele maldito local e fui marchando para o meu quarto.

Eu não ligava muito se eu havia sido grosso com Camz, eu só não queria uma festa hoje, justo hoje. Me tranquei no banheiro e fiquei lá, sozinho e abraçando os meus próprios joelhos enquanto chorava e chamava por minha mãe. Talvez pareça extremamente egoísta, mas depois que minha mãe se foi as coisas ficaram um pouco complicadas pra mim. Meu pai claramente me odeia; minha irmã é mimada e consegue tudo o que quer, e ela sabe bem disso; e eu pedi um apartamento pro meu pai, o que seria um favor para nós dois e levei um belo de um não.

Já que teria uma festa aqui hoje e eu não tenho nenhum lugar para ir, decidi tomar um banho e fui ao closet para escolher um smoking para eu usar durante a festa. Uma das únicas coisas que me animou para ir à esta festa foi pensar que meu primo, Jake, que eu não vejo desde que ele entrou para a faculdade do outro lado do país alguns anos atrás. Jake cursa o último ano de direito, já eu faço o primeiro de administração.

A maioria das pessoas pensa que eu escolhi administração por causa do meu pai ou algo assim, mas não foi nada disso. Eu simplesmente amo esse curso, o fato de o meu pai ter uma grife famosa de roupas não influenciou em absolutamente nada. Porém, o meu pai, apesar de parecer me odiar em certos momentos, sempre me disse que eu cuidaria da empresa no futuro, e Camila faria os desenhos, já que ela sempre teve um talento nato, não consigo e nem posso negar isso.

[...]

A festa começou há uma hora e eu estou entediado e com raiva, sentado em uma mesa no canto da piscina, sozinho enquanto meu pai e minha irmã estavam sorrindo para todos os lados. Camila ainda parece ressentida comigo e eu fiz uma nota mental de me desculpar depois que isso tudo passasse. Se Jake está vivo e na cidade ele não fez questão de aparecer aqui.

Depois de meia hora e três copos de whisky que eu tive esse pensamento sobre meu primo eu o vi na entrada da festa, me levantei rapidamente para vê-lo melhor e talvez pagar um mico correndo e me jogando em seu colo. Me parei e afastei esse pensamento ao ver que ele não estava sozinho, atrás do mesmo havia um casal de no máximo 50 anos e atrás dos mesmos havia um garoto.

O olhar do garoto chegou ao meu antes que o do meu primo o fizesse, e antes que eu pudesse entender ou pensar algo eles todos estavam vindo em minha direção, acho que meu primo havia me notado ou algo assim. Shawn Mendes sorria ladino ao perceber que eu não conseguia desviar o olhar de seu rosto, seu corpo alto e bem definido apertado pelo smoking caro e elegante.

Como eu sabia o seu nome? É uma pergunta estúpida considerando que eu moro nos Estados Unidos e não sou um alienado que não assiste jornal ou lê revista. Talvez até pra quem vive em uma bolha o sobrenome Mendes seja algo conhecido, afinal, essa família está na mídia 24 horas por dia, ou até nas ruas, em outdoors e até em panfletos. A família mais rica de New York e a mais querida, não sei por quê. Talvez o sorriso do patriarca ou o olhar doce da matriarca. Ou, com certeza, o filho mais velho, todo ele.

Shawn Mendes é simplesmente maravilhoso.

Até abrir a boca, claro. Como todo playboy metidinho a rei da festa.

— Vai ficar me olhando pra sempre? — sussurrou ao se aproximar.

— Não, vou procurar algo mais interessante, afinal, não sou Cinderela pra fazer amizade com ratos. — o que eu disse foi bem ridículo e não poderia ofender um rato, ops. Porém o garoto parecia prestes a me dar um soco muito forte.

— Olhe aí, justamente quem eu procurava. Shawn deixe-me lhe apresentar a minha filha, Camila Chance-Cabello. — meu pai chegou impedindo que o garoto me batesse, Camila parecia tão confusa quanto eu.

Por que meu pai queria apresentar Shawn Mendes para ela?


Notas Finais


Essa história foi planejada e idealizada pra ser do gênero hot/sensual então vai ter provocações e trocas de olhares, mãos bobas e todo o conjunto da obra, tá? Espero que não tenham problemas com isso.
Kissus,
-Lena :)


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