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História See The Light - Sudden


Escrita por: LunaKori

Notas do Autor


Estou um tanto relutante a postar esse capítulo, mas é isso ai... Espero MESMO que gostem. Já aviso logo que ele não ficou tão legal quanto eu queria que fosse, mas ele é importante para o enredo. Leiam com carinho <3

Capítulo 12 - Sudden


Saio do box e Jaebum está à minha espera, sentado e cabisbaixo, enquanto mexia em seu celular. Seus olhos vidrados na tela, vagamente iluminados pela pouca luz emitida através do aparelho. Apenas o respondo com um breve olhar sugestivo, seguido de um sorriso malicioso. Deixo o vestiário, observando-o atrás de mim com uma expressão vitoriosa formada em seu rosto. Ele entendera o recado, sabia que nosso contato não acabaria por ali.

O tempo de usar a área para o nosso time acabara, restando apenas eu e Jinyoung no local, outra vez. Visualizo um Jinyoung sorridente, um meigo sorriso tolo.

- O que houve? – Pergunto curioso.

- Nada não. – Ele responde educadamente e eu me lembro de não possuir intimidade o suficiente com o garoto para fazer-lhe tal tipo de pergunta.

- Temos trabalho ainda por aqui, vamos lá? – Jinyoung apenas confirma com a cabeça, antes de soltar pesadamente o ar pela boca e pender a cabeça para trás.

 

Após finalizarmos todo o trabalho naquele ginásio, dirigimo-nos até a sala do diretor Min, que dá o cumprimento das tarefas diárias como concluída. Teríamos apenas mais um dia de suspensão, mas o restante do mês inteiro para terminar os trabalhos ‘’ voluntários’’. 

Fico feliz de poder ver o Youngjae não mais machucado, sem todos aqueles ferimentos, apenas alguns arranhões. A minha relação com o Jinyoung tinha mudado de um nível ‘’ quero te matar’’ e partiu para outro ‘’ estou ficando com o seu namorado’’. Não sei até que ponto ele consideraria isso uma vingança. Ele com certeza não tinha nada a ver com eu estar com o Jaebum. Eu me sentia atraído por ele e pelo que eu agora sabia, ele também se sentia assim por mim. Apenas surgiu a oportunidade e nós soubemos bem aproveitá-la.

 

Sento em um dos bancos próximos à entrada do colégio, esperando pelo Youngjae. Após alguns minutos solitário, o garoto aparece.

- O que está fazendo aqui ainda? – o Choi parecia confuso.

- Esperando você. Vou levá-lo em casa.

- Eu não preciso de babá, Jackson, eu estou bem.

- Vamos logo garoto, pare de reclamar. – Relaxei após levantar-me do banco, jogando o braço esquerdo ao redor de sua nuca, apoio-me em seu ombro.

Conversávamos pelo caminho até a casa do Youngjae:

- Por que você tá tão alegrinho? – o menor me encarava com os olhos semicerrados e lábios contraídos.

- Alegrinho? Eu sempre fui ‘’ alegrinho’’. Só estou de bom humor, algo de errado nisso?

- Não. – Youngjae riu, como sempre. Senti falta desta risada espontânea. – Apenas achei estranho você parecer não odiar estar com o Jinyoung.

- Você quer que eu o odeie? Acha que tem algum direito de se achar melhor que ele e eu tenho que odiá-lo só por sua causa? – Forjei um tom de voz alterado, o que não surtiu efeito, já que o menor apenas gargalhou em frente a mim. – Faça-me um favor, Choi Youngjae. – Finalizei com uma careta, seguida de um leve sorriso para acompanhar suas risadas escandalosas.

Fiz cócegas em sua barriga durante o caminho pela calçada de sua rua, ele apenas respondeu com espasmos e surtos de riso enquanto andávamos pela rua não muito vazia.

- Pare, por favor, pare! – Ele suplicou. – As pessoas estão olhando, Jackson!

- Tudo bem, só porque já estamos na sua porta e não quero que a sua mãe pense que estou acabando com o filho dela, também não quero que a sua irmã saiba que eu estou aqui. Entre logo.

- Jackie! – Antes de qualquer tentativa frustrada de fugir do local, a Seoyun aparece. A única expressão que consigo esboçar é um curto sorriso forçado. Era notável o desconforto estampado em minha feição.

- Olá Seoyun. – Passo a mão pelos cabelos em sinal aparente de incômodo.

- Entra Jackie, fiz uma nova receita de bolo e eu quero que experimente. – Desloquei toda a minha atenção ao Youngjae atrás, que fazia sinais de desaprovação, apertando o próprio pescoço e fingia-se de morto, alertando para que eu não comesse do bolo. Acenei positivamente, quase que mecânico, mas não pude negar e fazer desfeita.

- Você deveria ter ido quando lhe dei a chance. Agora é tarde demais, meu jovem pupilo. – Youngjae cochichava enquanto seguíamos a Seoyun. Fiz sinal para que ele fizesse silêncio.

 

A garota de longos cabelos negros servia cuidadosamente uma farta fatia de bolo em um pequeno prato azul. A forma como ela colocava aquele pedaço enorme de bolo no prato me leva a crer que suas intenções iam além de uma simples gentileza. Seoyun nunca foi de querer atenção, mas ela era apenas uma garotinha que nem seios ainda possuía, na época. Agora, parecia outra pessoa, madura e sensual em cada gesto e passo que dava até mim. Por mais que eu quisesse negar, eu sabia que de alguma forma eu não gostava de toda a atenção que ela me dava. Muito menos da sua tentativa de me seduzir ou atrair-me para si. Seoyun não era mais a maluquinha, a amiga tola e ao mesmo tempo sagaz, que eu conheci.

- Eu acho esse pedaço um tanto exagerado. Pode guardar pra mim? Eu levo pra casa.

- Que modos são esses? Não me chama nem mais de noona? – Fez um pequeno bico com os lábios, apoiando seus cotovelos na mesa, enquanto sustentava seu queixo nas mãos.

 - Desculpa. Eu preciso mesmo ir. Youngjae?

- Oh sim! Eu vou levá-lo até a porta. – Seoyun embalou a enorme porção açucarada em um guardanapo amarelo e me entregou em uma sacola descartável.

- Obrigado. – Curvei-me em sua direção e segui Youngjae até a porta.

- Cuidado com essa garota, ela não me cheira bem. Sério, odeio esse perfume doce dela, parece que tomou banho com aquilo e é só quando você vem.

 

Vejo da rua as luzes acesas da minha casa pela janela, dessa vez minha mãe havia voltado cedo do trabalho. Era final de tarde e ela parecia estar fazendo o jantar.

- Mãe, che... – Fui interrompido ao notar a presença de um rapaz que aparentava estar na casa dos 30. – Oi? Quem é você? – Dirigi-me diretamente a ele.

- Olá, sou um colega de trabalho da sua mãe. Pode me chamar de Changho, prazer. – Levantou-se, estendendo a mão para que eu o cumprimentasse.

- Jackson. – Curvei-me após o aperto de mãos. – Com licença.

Caminhei até a cozinha e observei minha mãe preparar o jantar. O cheiro era delicioso, e tudo indicava que teríamos uma de suas receitas chinesas de ramen. Abracei-a por trás, depositando um beijo estalado em sua bochecha.

- Como foi na escola? Ainda está suspenso?

- Sim... Falta mais um dia. Acho que o Min tá pegando pesado com a gente, e foram apenas dois dias, ainda faltam 28 pela frente. – Falava enquanto colocava o bolo na geladeira.

Segui para tomar uma ducha e retirar todo o excesso de cloro e o cheiro impregnado em meu corpo e roupas. Pelo menos o banho fora eficaz. Lembro-me do Jaebum e logo sinto um calor percorrer meu corpo. Fecho meus olhos e passo a mão lentamente pela minha nuca, apertando-a e livrando-me de qualquer tensão ali formada.

O cheiro da janta agora era mais forte e a minha fome só aumentava. Com aquele trabalho escravo diário mal tínhamos tempo para comer e eu esqueci dessa vez, de qualquer forma. O Jaebum começava a tomar conta dos meus pensamentos de uma forma direta e constante. Eu sabia que de algum modo isso não era saudável. Caminhei em direção à sala, mas no caminho esbarro em um objeto e deparo-me com a figura do Changho, que eu mal acabara de conhecer, beijando minha mãe. Os dois são separados pelo barulho por mim emitido. Não tenho reação além de continuar meu caminho.

Sentados à mesa, permanecemos todos em silêncio por alguns minutos, até que a minha mãe o quebra.

- Vamos comer? – Ela sorri e assentimos em conjunto.

- Então Jackson, como anda o colégio? – Ele pergunta.

- Bati em um garoto e agora estou suspenso e submetido a trabalho escravo por um mês com o mesmo garoto. Mas o melhor de tudo é que amanhã é o último dia de suspensão.

- Escravo? – Ele questiona confuso.

- Ele quis dizer voluntário.

- É... ‘’ voluntário’’. – Fiz sinal de aspas.

- Entendo. Passei muito por isso durante meus anos de escola, acho que eu não era nada além de dor de cabeça para os meus pais, mas você não me parece ser assim. – Ele diz sorridente.

- E não é. É a primeira suspensão que ele leva. O Jackson sempre foi um filho e aluno muito dedicado. Ele é um ótimo nadador, aliás. Tento convencê-lo a participar de alguma competição, mas ele pareceu desanimar depois do acidente do pai. – Ela pareceu insegura ao proferir a palavra ‘’ pai’’.

- É, mas já estou voltando a ativa, sou o melhor nadador dali. – Disse, orgulhoso de mim.

- Acho que você tem sorte de ser o irmão mais novo. A pressão de ser o mais velho e ter um irmão mais novo brilhante, coloca você em uma posição um tanto ruim. Ter a comparação de seus pais e familiares é algo injusto.

 

Após finalizado o jantar e com ele e minha mãe por alguns minutos a sós, o tal Changho despediu-se de nós, parecia pisar em ovos ao aproximar-se da minha mãe. O belo homem alto e bem trajado deixou uma boa impressão. Mesmo havendo uma diferença significativa de idade entre eles, o rapaz parecia ser bem intencionado e de boa personalidade.

- Jackie, eu posso explicar. – Ela adentra o quarto, sentando-se ao lado de minha cama enquanto eu escovava os dentes. Enxaguei a boca e a encarei.

- Mãe, não há necessidade de explicar nada. Você é a única responsável pelas suas ações e não deve nada a mim, muito menos explicações. – Eu disse da forma mais gentil que pude, tentando lhe passar confiança.

- Mas Jackie... Eu sei que eu não deveria depois do seu pai, principalmente após ele ter falecido. Com o seu irmão longe e minhas longas jornadas de trabalho naquela empresa, eu me sentia solitária. Acabei encontrando no Changho algo que eu não enxergava em mim mesma a muito tempo. Eu sinto muito a falta do seu pai. Talvez eu nunca ame nenhum outro homem da forma que eu o amei, mas eu não posso mais me sentir presa a alguém que nem sequer está aqui.

- Eu entendo mãe. Como eu disse, a senhora não deve explicações a mim. Eu realmente não me importo com isso, ele parece ser alguém legal e eu só quero a sua felicidade. Não se importe com o que os outros dirão ou te julgarão por ele ser mais novo que você. Infelizmente vivemos em uma sociedade ainda muito fechada e eu só quero que saiba de todo o meu apoio.

Ela deixou um beijo em minha testa e cobriu-me para dormir. Um momento nostálgico passou como flash em minha cabeça. De fato, agora eu sentia saudades da presença do meu pai e irmão. Saímos da China em busca de uma vida que fosse melhor sustentável para minha mãe. Aprender o idioma da Coréia foi algo um tanto sacrificante, mas eu era criança e acabei pegando rápido. Meu irmão nos acompanhou, mas ao completar 22 anos ele voltou à China. Nos víamos a cada seis meses, mas não eram suficientes para acabar com toda a saudade que eu sentia dele. 


Notas Finais


E ai?
Bom, ficou bem nostálgico esse ai e bem família também. Eu espero mesmo do fundo do meu coração que vocês não tenham achado ele ruim, porque como eu disse, ele é importante pro enredo então eu precisava colocá-lo. Eu não esperava seguir esse rumo, mas cada capítulo que eu começo a escrever eu levo a minha história para outro caminho huahsu eu sou louca, eu sei. Maaaass, eu estou tentando fazer algo melhor, eu sou bem detalhista então eu já esperava isso de mim, eu sempre dou essas voltas loucas e, para muitos, desnecessárias. Enfim foi isso ai... Desculpem novamente a demora MEU DEUS COMO EU QUERIA SER PONTUAL! Eu sinto o dever de escrever logo o próximo pra vcs.
Beijões, muitos beijos mesmo de Lua pra vocês <3
Ps:
VOCÊS TÃO VENDOS AS INTERAÇÕES JACKBUM!? SCRR GENTE AI AI AI AI... Cara tem uma coisa que eu queria falar também é que eu sempre imagino o JS loiro, mas eu não fiz ele loiro pq sla eu acho ele com cara de mais velho loiro mas como eu amo aquele bicho loiro!!!! Quantos ''loiro'' numa frase só haushua. O que vcs acham?


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