Não existe nada melhor do que comemorar seu aniversário ao lado dos seus amigos.”. Eduardo usava um calção de banho, de cor azul, com um cordão no cós da cintura. Ainda não tinha um tipo físico atlético, afinal ele tinha 18 anos, ainda tava no Ensino Médio, sendo que aquele era seu último ano, e logo entraria na faculdade. Mas, não era feio de corpo. Ele observava seus amigos, se jogarem na piscina de sua casa, se servirem nas mesas postas ali com frutas, salgados. E muito churrasco.
- Ei macaco branco! Vai ficar parado ai, ou vai vim se divertir. Heitor o chamava assim, porque embora Eduardo tenha puxado sua mãe, ele era branco como seu pai, que na infância até hoje era chamado de branquelo pelo seu tio Nicolas.
Sem pensar duas vezes, ele pulou na piscina junto com seu amigo Heitor.
- Meu amigo te contar. A Natalie é gata! Os dois estavam sentados na beira da piscina, apenas observando.
Eduardo olhou na direção que seu amigo tanto olhava.
- Se ela me desse bola...
- Chega junto então.
Ele apenas sorriu.
Natalie Carter era morena, de estatura mediana, um ar de censura surgiu em sua expressão, fazendo-a estreitar os belos olhos verdes herdados de sua vó Márcia.
- Oh meu Deus! Emily eu não acredito.
Emily era sua melhor amiga.
- Te juro! Eu vi seu irmão Santiago entrando no quarto com a Patrícia.
Natalie passou a mão nos cabelos castanho-claros, mordeu o lábio bem delineado e deu de ombros.
- Eles são adultos, e tenho certeza que meu irmão sabe o que faz.
- Com certeza. Emily falou fazendo uma cara de frustrada. – Mas, eu já tinha planos de casar com ele.
Natalie apenas sorriu. E vendo Eduardo junto com Heitor sentados na borda da piscina decidiu se aproximar deles, afinal seu primo era o aniversariante.
Com seu andar elegante, outra característica herdada de sua mãe, Natalie encaminhou-se descalça até eles.
- Sua chance Edu. Heitor cutucou seu amigo, quando Natalie sentou ao lado oposto dele.
- Oi meninos, sobre o que conversam?
- Tudo. Eduardo se ajeitou, ficando um pouco mais próximo dela. - E ai, o que tá achando da festa?
- Está faltando o tio Rodrigo aqui.
- Nem pensar. Deixa ele e minha mãe passarem uns dias longe.
- Lua de Mel?
- Eles vivem em lua de mel.
- Queria que meus pais fossem assim. Natalie não conseguiu disfarçar seu descontentamento. Sua mãe Julie, e seu pai Nicolas nunca se casaram, e embora pareçam que um não vive sem o outro, eles preferem manter distância. – Enfim, o que você quer ganhar de presente de aniversário?
- O que eu quero, não tem preço Natalie.
- Natalie vem aqui. Era Emilly a chamando perto da mesa de frutas.
- Me dá uns minutos, já volto pra falar com você. Ela se levantou da beirada.
- Vou à cozinha.
- Tá.
- O que você pretende Edu? Heitor olhou para seu amigo que já saia dali.
- Curioso. Depois conversamos.
Colocando uma canga depois que conversou com Emily, Natalie foi até a cozinha atrás de Eduardo, onde o encontrou sentado numa das cadeiras próximo ao balcão, comendo um sanduiche.
- E então, que presente é esse que não tem preço? Eu até me interessei.
- É bom saber disso. Eduardo sorriu, ficando bem próximo dela. - Você também vai curtir bastante.
E a beija.
Natalie o empurra.
- O que é isso Edu? O que ela parecia sentir naquele momento era raiva.
- Um beijo. Respondeu ele, sem entender a reação dela. - Pelo menos era para ser um beijo.
- O que eu quis dizer é... Por quê?
- Na. meu presente! Será que eu beijo tão mal assim?
Ela parecia possessa.
- Você não tinha esse direito.
- Espera Na. Ele conseguiu impedi-la de ir embora. - Vamos conversar.
- Não temos nada para conversar. Ela tentava se desvencilhar das mãos dele.
- Ô garota do gênio difícil! Escuta. Vai me dizer que voce nunca havia beijado antes, e estava esperando o beijo do príncipe encantado?
- Cresça Eduardo! Nem toda garota está em busca do príncipe encantado. Mas, isso não quer dizer que ela vá querer ficar com qualquer sapo.
- Eu devia ficar ofendido com isso? Só foi um beijo... Muito bom, se quer saber. Eduardo parecia que não ia desistir tão fácil assim. E a puxou novamente pra perto de si.
- Me deixa ir.
Por um minuto ele parou, e soltou o pulso dela.
- Só porque você quer.
Sem trocarem mais palavras, Eduardo viu Natalie lhe dá as costas. E, somente naquele momento ele percebeu que agiu como um babaca.
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