História Seguindo o Coração - Impulso

 Ele estava aproveitando seus últimos dias de férias, seus pais estavam viajando a negócios. Reunido com seus amigos, na sala da casa dos pais dele. Eduardo ganhava mais uma partida.

- Como diz sorte nos jogos, azar no amor. Comentou Ivan, um de seus companheiros da equipe de natação do Colegial. - Dudu sabe muito bem disso, não é?

Todos riram. Menos Eduardo.

- Nem sei do que fala.

- Conta pra gente qual foi à sensação de ser rejeitado pela gostosa da Natalie? Ivan era um dos mais velhos dali, e tinha a reputação de ser meio barra pesada, mas Eduardo sabia que aquilo não passava de boatos.

- Eu não fui rejeitado. Sendo interrompido por uma sessão de negativas, e risadas de seus amigos. Eduardo olhou para Heitor. - O problema é que a Natalie é muito certinha.

- E que ela prefere beijar uma porta a você? Soltou Gerson.

Eduardo não sabia aonde seus amigos queriam chegar, mas que ela nao tinha aceitado muito bem, era verdade.

- A única verdade. Heitor olhou para Eduardo, dando sinal pra ele parar a sua linha de raciocinio. - Só não peguei a Natalie de jeito, porque estávamos na cozinha. E ela tava receosa que aparecesse alguém.

Seu amigo apenas balançou sua cabeça em negativa, enquanto os demais faziam um toque aqui com Eduardo.

- As caladinhas são as mais safadas.

Diante de cada comentário, Eduardo apenas olhou para Heitor. E somente quando seus amigos foram embora, foi que seu amigo confrontou Edu.

- Porque você falou aquilo da Natalie? Você sabe que é mentira.

- Você escutou o que eles disseram?

- E desde quando você se importa com o que os outros dizem ou pensam?

- Pouco me importa. Porque ela falou aquilo?

- Quem garante? Natalie não é disso. E você sabe muito bem.

- Heitor...

- Eduardo. Tire essa estória a limpo com ela.

- A Natalie não quer me ver nem pintado de ouro.

- Tenta.

Pegando sua mochila, Heitor foi embora, deixando um Eduardo pensativo. Colocando seu casaco, Ele pegou suas chaves, entrou no estacionamento da casa de seu pai, pegou sua moto. E iria à casa de Natalie, precisava falar com ela.

Em seu quarto, Natalie terminava de fazer seu trabalho de férias para a apresentação na escola. Ela terminaria naquele ano, para seu orgulho encerraria o terceiro ano como uma das melhores alunas.

- Eu posso entrar?

- Mamãe?! Quando voltou de viagem?

- Acabei de chegar. Apenas tomei um banho.

Elas estavam sentadas uma de frente para a outra na cama, quando ouviram a campainha.

- Eu vou mãe.

Julie levantou e foi para seu quarto.

Descendo as escadas, Natalie abriu a porta e encontrou Eduardo sorrindo.

- Eu posso entrar?

- Boa noite Edu. Ela fechou a porta atrás de si. – O que faz aqui?

- Ainda está brava?

- Minha mãe chegou de viagem hoje.

- Eu esperava um sim ou não.

- Edu eu não quero perder tempo com você.

- Só queria conversar. Com as mãos nos bolsos, ele queria fazer outra coisa na verdade. Eduardo não imaginava que ao ver Natalie ali na sua frente, seu coração fosse acelerar tanto.

- Podemos conversar aqui.

Ele sorriu.

- Natalie... Eu beijo tão mal assim?

- Essa conversa de novo?

- É que... Sim ou não?

- Se eu lhe de uma resposta, você promete me deixar em paz?

- Prometo.

- Ok... Não. Você não beija tão mal assim. O problema é que... Não me pergunte o motivo. Ela se virou para abrir a porta atrás de si, quando sentiu seu corpo ser pressionado entre a porta e o corpo de Eduardo. – Edu...

Ele a virou pra si ficando frente a frente. E olhou para os lábios dela. Ela o encarou confusa.

- Só um beijo Na...

E a beijou. Ela não relutou, e sim suspirou, escorregando suas mãos pelo pescoço largo dele, o puxando para mais perto. Ela passou a retribuir o beijo. Até que Natalie se lembrou da conversa que teve com Emilly e o afastou.

- Eduardo, eu e você já falamos sobre isso. Ela se sentia confusa. – Por favor, não repita mais isso.

- Ok.

Dando as costas, ele escutou a porta sendo fechada.

“O que tava acontecendo ali? Ela não te quer seu babaca.”

Encostada na porta, ela escutou o barulho da moto se distanciando, e foi naquele momento que ela percebeu que estava segurando o ar.

- O que Eduardo queria? Era sua mãe parada na escada.

- Conversar.

- Aconteceu alguma coisa meu anjo? Está vermelha.

Ela ficou sem graça.

- Está tudo bem mamãe. Beijando seu rosto, ela subiu as escadas e foi direto para seu quarto. Ela sabia que precisava o quanto antes unir Eduardo e Emilly. Sua amiga estava apaixonada por ele, embora tivesse brincando que queria casar com Santiago, seu irmão.

Mas, e se Eduardo estivesse apaixonado por ela, como aparentava ser isso que estivesse acontecendo?

   Ela não magoaria Emilly, em todo caso Natalie não sentia nada por ele. Fora apenas um beijo. Demorou um pouco para dormir, pois seus pensamentos estavam a mil.