História Segundas Intenções. (Malec) - Cap 126.- Mexeram com a família Lightwood.

Uma luz se fez presente no quarto escuro fazendo Magnus piscar várias vezes. Magnus estava deitado na cama, ainda meio grogue pelo efeito do tranquilizante dado.

- Q-Quem está aí? C-como eu vim parar aqui! Alguém me solta!

- Sou eu Magnus, Meliorn. Essa é uma grande história.- falou Meliorn se aproximando de Magnus.

Magnus tinha uma visão ainda embaçada, sua cabeça ainda pesava e ao virar seu rosto para a silhueta do homem cada vez mais próximo dele. Ele não conseguia raciocinar se aquele homem poderia ser um perigo ou algo bom.

- Minha nossa M-Meliorn me ajuda, e-eu estou preso...... está apertado aqui, estou ficando sufocado.  Por favor. - Magnus implorou ainda falando arrastado, não vendo que aquele garoto sorria perverso.

- Eu receio que eu não possa fazer isso querido amigo. - falou Meliorn debochando.

- Porque, porque....

- Você só sairá desse quarto se você se comportar. Não se lembra de nada do que te aconteceu?

- Eu estou sufocando, meu corpo está doendo... minha cabeça....

- Você está sufocando, porque a camisa de força deve estar apertada e a corrente no seu pescoço que é a única coisa que posso retirar. O que é um bom sinal, assim você não poderá fazer nenhuma gracinha.

- Gracinha..... onde eu estou? Por.... favor estou sem ar!

- Essa é sua nova casa! Sua nova vida, diga adeus aquela sua antiga vida. - falou Meliorn soltando uma gargalhada.

- Casa... não pode ser! - As imagens do que havia acontecido no final da competição e na saída do clube estavam invadindo sua mente em vários flashes.

- Olha o sedutor, aquele que conseguia tudo e todos que queria, está tão indefeso e incrível que pareça todo educado. - Meliorn disse ainda sorrindo chegando perto da cama onde o asiático estava.

 Percebendo que Magnus tentava respirar, Meliorn pegou uma chave e tirou a corrente que o prendia na cama. O garoto percebeu ainda as lágrimas escorrendo pelo rosto do moreno e se vangloriou por estar proporcionando aquilo tudo para ele.

Woolsey que via aquela cena sentiu uma pontada de remorso, mas não poderia retroceder sua ficha estava ainda mais suja e depois de tudo que fizera não tinha volta.

Magnus estava de cabeça abaixada quando Meliorn saindo de seus devaneios, passou a mão pelo queixo machucado de Magnus levantando-o para que ficassem assim bem próximos.

- Já que você vai ficar aqui para sempre, tem algumas regras que você precisa saber. Agora vamos fazer um tour pela sua nova moradia.

- Irmão, Woolsey traz a cadeira!

Magnus ao escutar aquele nome começou a ficar assustado.

- Relaxa ele apenas meu meio irmão, ele não vai fazer nada de mal para você. Pelo menos não agora. E também se você não aprontar. Porque também não tem como fugir dessa casa. - Meliorn sorriu perverso para Magnus.

- Ale..... xander vai vir me buscar, a policia vai chegar e vocês vão..... - Magnus sussurrou, sendo logo interrompido por Meliorn.

- Não se de ao trabalho de pensar nisso. Estamos luz de distancia em um lugar tão inabitado que é quase impossível de nos achar.

- Pronto está aqui! - Woolsey finalmente se pronunciou próximo aos dois.

Woolsey pode ver o temor nos olhos assustados de Magnus.

- Me ajuda aqui Woolsey vamos mostrar a sua nova casa. - relatou Meliorn já puxando o corpo de Magnus  para a cadeira de rodas.

Com a ajuda do garoto mais velho, colocaram Magnus na cadeira o prendendo vem para que pudesse cair e nem fugir começando a fazer um tour pelo cativeiro.

Naquela mesma tarde na casa dos Lightwoods.

Alexander remexeu-se na cama. Maryse havia o deixado dormir até mais tarde, pois não conseguira dormir por longos períodos devido aos seguidos pesadelos.

- Magnus! - Alexander disse abrindo os olhos lentamente.

Maryse se aproximou da cama onde seu filho estava, fazendo carinho no seu rosto e secando as lágrimas.

- Mãe me diz que isso tudo não passou de um engano.

- Como também queria que isso fosse um engano, meu amor. Infelizmente isso é uma realidade. - Maryse relatou com tristeza na voz, vendo seu filho o abraçar e a apertar com mais força aprofundando o abraço.

- Estou com muito medo, que podem fazer com ele, mamãe. Eu não quero perde-lo mas essa sensação está cada vez mais presente dentro de mim. - Alexander confessou num sussurro doloroso na voz.

- Filho, ele é um menino incrível, mais forte do que você pode perceber. Nós vamos encontrá-lo, a polícia está investigando. Seu pai e eu contratamos alguém para agilizar todo o processo de busca. Nós vamos achá-lo, nem que seja no fim do mundo, ele vai voltar para essa casa, para casa dele, para sua vida meu filho. Isso eu te prometo. - Maryse puxou o rosto do filho para ela, passando através do olhar toda a força que poderia dar naquele momento.

- Eu preciso que você seja forte, meu filho. Agora você precisa se alimentar, para quando Magnus retornar para gente, você passar força para ele. Eu sei que vai ser difícil, mas Magnus precisa de você forte.

-  Eu vou tentar mãe. Obrigado por me ajudar e ajudar o Magnus.

- Nós vamos trazer esse menino, nem que eu tenha que chamar CIA, a KGB, Interpol para nos ajudar. Meu amor, essa é uma promessa que eu te faço. Eu amo aquele menino, e mexeram com alguém que eu gosto. Eu viro uma fera. Ninguém se mete com os Lightwoods e ele pertença a essa família.

- Meu preciso que você vá tomar um banho para poder descer para almoçar. Está bem, você pode fazer isso por mim. - Maryse terminou de falar vendo Alexander enxugar um pouco as lágrimas que insistiam em cair pelo rosto no mais jovem.

Maryse saiu do quarto vendo seu filho andando devagar em direção ao banheiro.

Alexander se olhou no espelho sem animo, permitindo-se lembrar dos momentos bons e felizes que ele e Magnus viveram, do vídeo que tinha escutado e visto no dia anterior.  Já em baixo do chuveiro deixando que a água caísse pelo seu corpo.

Ali se permitiu chorar.

Maryse chegou na sala vendo uma equipe de investigadores e seguranças em sua sala. Além da família de Magnus presente ali e seus filhos querendo saber como Alexander estava. Logo informando tudo o que havia acontecido no quarto lá em cima.

A alguns milhares de quilômetros dali.

Magnus estava sentado ainda na cadeira depois de percorrer aquela grande casa, vendo alguns homens forte como se fossem seguranças vigiando tudo. Tinha ficado ainda mais assustado quando passou pelo quarto do castigo. 

Magnus estava em frente a TV do lado do sofá vendo um programa aleatório que passava ali.

" Eu tenho que fugir disso, eu não vou aguentar viver um dia nessa loucura. Socorro." - pensou ali de cabeça ainda baixa tentando controlar os espasmos que seu corpo sofria.

- Está na hora de você comer Magnus !! - disse Woolsey chegando próximo a Magnus com um prato de comida..