- Eu não quero comer, por favor. - relatou Magnus.
- Você precisa comer Magnus, fui eu que fiz. - afirmou Woolsey parando em frente a Magnus, mostrando o prato de sopa.
- Não vou comer!
- Você vai ter que comer Magnus está nas regras você tem que obedecer. Se não castigos vão acontecer, por favor colabora. Eu não coloquei nada se é que você está pensando.
- Estou sem fome, se é para viver nesse inferno para o resto dos meus dias, sem escapatória, eu não quero comer isso. Me deixa num canto e vou poder morrer em paz. Agora me deixa. - falou Magnus pausadamente, demonstrando seu desespero e raiva acumulada.
- Eu não confio nada que venha de você. Agora engole isso e se satisfaça com esse prato todo. - completou Magnus olhando nos olhos de Woolsey.
- Olha! Já está mostrando as asinhas, cheio de petulância! - falou Meliorn chegando próximo ao meio irmão e a Magnus.
- Você vai comer nem que eu tenha que enfiar isso tudo na sua goela a baixo, está me entendendo Magnus. - Meliorn gritou chacoalhando a cadeira, fazendo com que Magnus ficasse torto na cadeira e curvasse assustado o corpo em um clara demonstração de medo.
- Meliorn deixa que eu cuido disso, você está muito estressado, eu te falei que vou fazer essa parte então vai descansar. - disse Woolsey apontando para um dos quartos, vendo Meliorn respirar fundo e seguir para o quarto e se sentando deixando o prato no braço do sofá, ajeitando o corpo de Magnus que tremia por baixo naquela camisa.
- Olha eu vou comer uma colherada e depois você come ok. - Woolsey disse colocando uma colherada na boca.
- Viu não aconteceu nada, agora é a sua vez. Vamos! - completou ele pegando uma colher de sopa e levando em direção a boca de Magnus.
Após acabar de tomar a sopa Magnus voltou seu olhar para a televisão.
Woolsey percebeu como tinha destruído a vida do asiático de uma forma tão ruim. Tudo o que tinha que acontecer dali por diante talvez poderia ser insuportável para Magnus.
Quem sabe estaria vivo para contar essa história, ou seria para sempre um corpo deitado ligado a aparelhos. Tudo já estava esquematizado e o descanso de Meliorn também era de certa forma alivio para o asiático.
Toda a programação daquela casa durante a semana já estava projetada.
Asmodeus iria aparecer em alguns dias se certificando que o trabalho estaria sendo realizado, Meliorn voltaria para escola para não levantar suspeitas, pois havia ficado "doente" antes da semana de desportos no final de semana.
Deixando Magnus em seus devaneios com suor da testa escorrendo pelo rosto.
Woolsey foi até a sala dos castigos como Meliorn havia batizado, pegando alguns apetrechos necessários. Voltando a sala ele percebeu o rosto brilhando do asiático.
Indo para frente do menino secando suas lágrimas, vendo o mais novo recuar aos seus toques com um olhar assustado, como se fosse um animal indefeso, o que deixou o coração de Woolsey mais apertado.
- Eu preciso que você coloque isso Magnus. - Woolsey vendo Magnus recuar ao ver o mordedor bucal, negando com a cabeça.
- Eu não quero usar as injeções para te tornar obediente, ou você quer ficar paralisado sentindo tudo o que acontecer com você o dia todo nessa cadeira. Pois isso que vai acontecer se o Meliorn por causa dos seu choramingo.
- E-Eu não vou falar nada! - Falou Magnus com a voz falhada.
- Isso é uma garantia para seu próprio bem Magnus. Você precisa fazer o que estou te pedindo. Porque as coisas podem ficar ainda piores para você e muito ruins para mim.
Vendo que Magnus não quis colocar a mordaça em forma de bola, decidiu forçá-lo. Colocando na boca de Magnus causando desconforto e um pouco de dor, quase provocando vomito no mais novo.
Woolsey amarrou a mordaça atrás da cabeça de Magnus fazendo gemer. Logo depois pegou a cadeira e guiou pelos corredores da casa mostrando a Magnus algumas coisas, eles passaram por alguns seguranças uns cumprimentavam o mais velho. Outros riam.
Magnus se sentia exposto, desprotegido e humilhado. Magnus observou todos os passos que Woolsey realizava. Após chegar a uma porta grande digitou um código que Magnus pode visualizar, adentrando-a e logo a claridade surgiu. Mostrando um imenso jardim florindo.
Enquanto isso naquele dia.
Isabelle, Max e Robert tiveram que ir para o Instituto, deixando Alexander e Maryse mais a família de Magnus em sua casa. Robert prometendo que iria retornar o mais rápido possível.
A manhã havia passado voando, coisa que Isabelle e Max agradeciam, tinham testes mais a cabeça não estava naquele colégio e sim bem longe dali.
Isabelle não estava aguentando mais aquela tal de Camille desfilando pelos corredores se vangloriando. Posando de melhor pessoa do mundo. Quando tinha deixado sua parcela de coisas ruim na vida de Magnus. A quem ela gostava muito, tinha se tornado parte da família.
Esperando o momento certo para fazer o que estava planejando a manhã toda. Sempre conversou muito com irmão e havia pesquisado bastante pelo colégio. Sabia tudo que Camille tinha aprontado, com Magnus e que também atingia Alexander.
Após o sinal do final da aula tocar Isabelle saiu correndo da sala de aula, deixando suas coisas no armário e seguindo para a saída principal do colégio. Se encontrando com Max que também havia chamado vários estudantes para assistirem o que iria acontecer.
Ao saírem os permaneceram juntos esperando pacientemente a madame sair do colégio. Quando ela saiu justamente com alguns alunos apressados para sair daquele lugar.
- Olá Camille! - disse Isabelle indo em direção a Camille que virou imediatamente para ver quem estava chamando seu nome.
- Desculpa, o que você deseja criança. Eu não falo com gente estranha.
- Que pena, mas eu creio que a estranha e a criança, é que vai colocar você na linha. E creio que apanhar de "criança" ficaria muito feio para sua vasta fama de biscate. Não é Camille.
- O que você esta falando? - Camille ficou surpresa com a petulância da criatura.
- Sim eu vou aplicar uma coisa, que ninguém lhe aplicou antes. Uma surra, bem merecida. Por tudo que você fez Magnus passar. E apesar da criança aqui estar na sua frente a diferença é mínima de altura, por tanto eu vou ganhar de você fácil. - afirmou Isabelle com um sorriso no rosto.
- Ah! Mais uma coisa, lembre-se desse nome e sobrenome Isabelle Lightwood e você mexeu com a família errada. Sua cobra. - Completou Isabelle indo para cima de Camille.
As meninas que acompanhavam Camille ficaram horrorizadas, ao perceber Camille tentando se defender da fúria da Isabelle. Max apenas filmava sorrindo da leoa que sua irmã estava sendo.
Isabelle estava acertando vários socos, enquanto esquivava das mãos de Camille e falava que a surra que estava dando em Camille era para colocá-la no verdadeiro lugar dela, no lixo, no chão.
- Essa é pelo Magnus. Espero que nunca se meta com a minha família. - disse Isabelle.
O grupo estava em volta vendo o que parecia a luta do século.
Clary admirava a atitude da garota. Finalmente alguém estava dando um corretivo em Camille. Ela as vezes sorria no desespero nos olhos de Camille.
"Essa manhã me surpreendeu". - pensou Clary.
" A coisa está feia para Camille". - Pensou Simon.
- Devemos ajudar a separar. - disse um outro garoto.
- Não pode deixar Camille apanhar um pouco mais ela merece.
Continua......
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.