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História Seis horas: a sala trancada - Capítulo um: o início


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 1 - Capítulo um: o início


Sexta-feira, oito horas.

— Mas pelo menos tudo acabou bem, eu acho que todo mundo conseguiu se sair bem na prova... — Hinata comentou, em tom esperançoso, sobre as últimas provas que fizeram na semana anterior.

O sino, anunciando o início do primeiro horário, havia tocado, mas ao contrário do esperado, a professora Anko não estava na sala. Isso era um fato um tanto curioso, considerando que ela era sempre pontual e, na maior parte das vezes, já estava na sala organizando seus materiais antes mesmo do sino tocar. Os quatro, que sentavam-se juntos no fundo da sala, não precisaram se preparar para a aula começar. Nesse momento, Hidan entrou na sala, acompanhado de Sasori e Deidara, sentando-se ali perto também.

— Puta merda, não quero nem ver minha prova. — Hidan comentou, passando as mãos pelo rosto em desespero.

— Você foi tão mal assim? — Itachi indagou, imaginando que fosse apenas drama da parte dele.

Quem respondeu por ele foi Sasori, em um tom quase entristecido. — Ele deixou a prova de matemática em branco, entregou só a folha de rascunhos a lápis.

— Mas a Anko-sensei provavelmente vai considerar alguma coisa, quer dizer... Você ainda entregou os rascunhos. — Pain tentou convencê-lo de que daria certo.

— O rascunho estava sem nome, hm. — Deidara falou.

Nesse momento ficou claro que não havia salvação para a nota de matemática de Hidan, nem com toda a boa vontade possível. Ainda tentando ajudá-lo a não se desesperar, Konan o aconselhou: — Talvez se você falar com a professora, ela pode aplicar uma prova de segunda chamada, não sei... E é só a primeira prova do ano, ainda temos outras pela frente.

Três vultos passaram ao lado deles, escondendo-se atrás das últimas cadeiras da fila do canto, em que os dois punks estavam sentados. Aqueles vultos eram bem conhecidos deles, aliás, mas estavam um tanto fora de tempo e lugar, considerando que as aulas já haviam começado para todas as turmas. Eram Sasuke, o irmão um ano mais novo de Itachi, e seus amigos Sakura e Naruto, que pareciam se esconder do pior dos monstros.

Quem logo notou aquela aglomeração anormal e não viu isso de maneira positiva foi o Uchiha mais velho. — O que vocês estão fazendo aqui?

— O dobe esqueceu o trabalho de inglês que tínhamos que apresentar hoje, então vamos passar o primeiro horário aqui. — o irmão disse.

— Foi sem querer, eu juro, não era mesmo minha intenção, dattebayo, mas eu acordei atrasado, e... — Naruto desculpou-se desesperadamente, até que foi interrompido por Sakura.

— Chega, nós já entendemos, mas agora não faz mais diferença alguma. — a Haruno disse, impaciente.

Nesse momento, alguém apareceu na porta da sala, e os três se esconderam o melhor que podiam, mas não era a professora Anko que estava ali, e sim outra aluna. Era Shizune Kato ali, com seu jeito hesitante de sempre. Vendo a bagunça em que se encontrava a sala, ela não conseguia transmitir o recado que precisava falar, e tentava pedir silêncio sem ser ouvida. — P-pessoal... Gente, eu tenho um aviso...

Eles sabiam muito bem que isso era proposital, e que não era de hoje que muitos colegas tinham algum prazer sádico ignorar o que Shizune tinha a dizer, ou mesmo sua existência, por motivos que não eram totalmente claros, ou melhor, claros, mas insuficientes. Ela simplesmente havia sido escolhida como saco de pancadas coletivo por não reagir. Por mais que interferissem e tentassem evitar ao menos que ela fosse desrespeitada, era uma tarefa complicada que envolvia lutar contra toda uma sala de alunos determinados a fazerem da vida de uma escolhida um verdadeiro Inferno. Dessa vez, antes que um dos sete estudantes da classe 3-1 ou mesmo os três fugitivos da classe 2-5 pudessem fazer algo, Temari se pronunciou, irritada. — Ei, seus imbecis, se vocês puderem parar de fingir que não estão vendo a Shizune ali e ouvirem o que ela tem a dizer, seria ótimo.

O silêncio que foi feito após o que ela disse foi sepulcral, e Shizune pôde finalmente falar. — O-obrigada, Sabaku-san. A Anko-sensei pediu que todos nós fôssemos até a sala de audiovisual, que hoje o primeiro horário seria lá.

— E por que nós confiaríamos em você? — Ino disse, com um tom de voz de claro escárnio, dando um ênfase na palavra "você" para ressaltar ainda mais o quanto desprezava Shizune. Seu comportamento levantou risadas de alguns, como de esperado.

Cansada daquelas discussões infantis e sem razão alguma, Konan levantou-se da sua cadeira, sendo seguida pelo namorado Pain e pelos amigos, mesmo que Sasuke, Sakura e Naruto mantivessem-se discretamente escondidos atrás deles: agora que estavam ali, seria difícil voltar para a sala, e pelo menos na sala de audiovisual poderiam conseguir folhas com os colegas para fazer outro trabalho e entregá-lo ainda hoje. — Se você não quiser ir, isso é problema seu. Ninguém te obriga a assistir às aulas, mas é um comportamento no mínimo asqueroso da sua parte praticar bullying, ainda mais como representante de classe, não?

Pain passou o braço pela cintura dela, enquanto todos saíam em silêncio da sala, sem quererem incentivar mais uma discussão. Ino ainda pensou em responder, mas já não tinha mais como contestar, e acabou deixando para lá, e todos seguiram para a sala de audiovisual, onde eram aguardados já. O sorriso vitorioso discreto que o punk escondia demonstrava sua satisfação. Sussurrando no ouvido da namorada, ele falou: — Eu por acaso já te disse como adoro seu jeito de simplesmente acabar com qualquer discussão assim?


Notas Finais


Yo, yo! Estou de volta com outra mini-fic, de onze capítulos. Essa questão da sala trancada me atrai muito, como alguém já deve ter notado, asç~sçkss, e prometo no mínimo muita treta até o final! >:D

E bem... Estou postando porque farei a prova do ENEM em dezembro. A universidade onde eu faria estava ~ocupada~ (na verdade, o campus II estava; o campus I, onde eu faria, não; mas aparentemente os estudantes da ocupação ofereceriam risco para quem estava no campus I, segundo o MEC, mesmo o campus II estando literalmente do outro lado da cidade e eles terem se comprometido a permitir a realização do exame em ambos locais. Errr). Enfim... Acontece.

Mais que isso, acho que o cenário político atual dispensa comentários... Bolsonaro absolvido no Conselho de Ética pela apologia ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra na votação do impeachment, e Trump eleito presidente. Sabem, eu escrevi uma fic há uns cinco, seis meses sobre o que aconteceria caso um certo ~presidente Tramp~ fosse eleito... A sociedade entrou em colapso. Vou postá-la em breve, quando o ENEM passar. A primeira parte da profecia se realizou, agora só precisamos das bombas e dos coquetéis molotov...


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