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História Seis horas: a sala trancada - Capítulo dez: descoberta


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 10 - Capítulo dez: descoberta


No entanto, quem de fato iniciara e dera a ideia de investigarem não estava envolvida em briga alguma. Konan estava simplesmente sentada no chão, sobre o palco, escrevendo suas anotações sobre o caso na mesma folha de antes. Pain acompanhava o que ela escrevia em silêncio, embora fossem apenas tópicos que abordassem o necessário de maneira geral. Em dado momento, ela parou de escrever, e apenas observou a confusão que se desenrolava ali. — Acho que uma coisa temos que admitir, o assassino é esperto. Conseguiu criar a discórdia em grau suficiente para que nada de muito ruim aconteça, mas para que todos briguem e ele possa se camuflar. Nós caímos no jogo dele.

— Acho que nós deveríamos interferir. — Pain opinou, com uma expressão séria.

— Não vai adiantar, ninguém vai nos ouvir. E eu ainda tenho que pensar... — ela observou, já pensando alto — O assassino é alguém que poderia entrar e sair da sala facilmente sem ser visto, ou seja, ele não estava em grupo; ou, talvez, ele ainda não tivesse chegado na sala, estivesse atrasado... O assassino também tem um motivo, um motivo forte, mas não sei se está relacionado diretamente a ele... Ele também teve a oportunidade de colocar a faca na mochila da Shizune, mas quando é que eu não entendo: foi do lado de fora, na confusão? Foi aqui dentro? Mais que isso, nós já desconfiávamos de que essa faca estava em algum lugar por aqui, provavelmente nas coisas de um inocente. Se o assassino sabia ou não disso, pode mudar tudo a partir de agora. Significa que ou ele estava tentando incriminar a Shizune, ou que estava tentando mostrar que ela era inocente.

— No fim, parece que as coisas continuam voltando para ela. Toda essa situação da Shizune e do bullying que ela sofria parece estar se complicando ainda mais... Se a Anko-sensei tivesse tomado alguma medida mais drástica antes, quem sabe a gente não estivesse passando por isso agora... — ele comentou, com um suspiro desanimado.

Nesse momento, um "clique" fez com que a garota de cabelos azuis repensasse o caminho que estava seguindo com os fatos. Aquela única frase mudou por completo sua perspectiva do que estava acontecendo, e foi como se uma luz fosse ligada, iluminando seu caminho. Agora tinha certeza do que acontecera, e mais que isso, sabia uma informação muito importante. — Eu já sei quem é o assassino, Pain. Estava bem diante de nós, todo esse tempo.

— E quem é? Quem é o assassino? — ele questionou, surpreso.

— Era alguém que não estava na sala enquanto nós estávamos, mas que deixamos passar por achar que não seria nada de importante. Era alguém que tinha os motivos, e a oportunidade para fazer isso. Você não achou estranho como o tempo todo nós sempre ficamos presos na questão do motivo? Parece um crime passional porque é um crime passional, mas não da maneira direta como sempre se pensa, alguém faz algo de errado para você e você decide se vingar. A vingança foi feita em nome de outra pessoa, e por isso percebemos essa dicotomia entre premeditação e passionalidade. Agora pense, em nome de quem essa vingança seria feita? Só temos uma opção dentro dessa sala, e é a Shizune. Você mesmo disse, se a Anko-sensei tivesse feito alguma coisa mais séria para parar o bullying, talvez não estivéssemos aqui nesse momento, discutindo acerca do assassinato dela. Nós todos sabíamos que a Ino e os amigos dela nunca eram punidos de maneira séria e que ela estava fazendo vista grossa para eles. Era impossível culpá-los porque eles estavam dentro da sala, nós todos vimos, mas existia alguém que tinha problemas com a Anko-sensei e não estava na sala, o filho dela. Não é sem razão que tão logo ficamos trancados aqui, surgiu uma confusão ao acusarem-no de ter cometido o crime. Por outro lado, temos a faca na mochila da Shizune... Não era uma pista incriminatória, nós saberíamos que ela era inocente, mas era esse o objetivo, tornar a Shizune, a pessoa que rapidamente poderia ser suspeita, acima de suspeitas. Se fosse outra pessoa a ter cometido o crime, tentaria ao máximo incriminá-la, não salvá-la de ser culpada. Esse crime foi cometido para ela, uma vingança em nome dela. E quem, dentre todas as pessoas que estão aqui no anfiteatro, poderia ter acesso à mochila dela? — Konan explicou, em um tom de voz atipicamente calmo, que ia na contramão das palavras que dizia.

Pain mordeu o lábio. Ele sabia o que tudo aquilo significava e, vendo as coisas sob essa perspectiva, não era mais difícil adivinhar. — E nós não percebemos. Precisamos fazer alguma coisa.

Ele se levantou, estendendo a mão para que a namorada se levantasse também. Aos vê-los se levantarem, pouco a pouco o caos cessou, como se todos pudessem sentir no ar que alguma coisa muito importante estivesse prestes a acontecer, mesmo que eles nem mesmo tivessem dito uma palavra ainda. O cheiro da expectativa estava no ar, e fazia os corações de todos baterem cada vez mais rápido. Naqueles poucos instantes, a temperatura parecia ter caído pelo menos vinte graus, com os calafrios que se seguiram.

— Eu vou ser direta: nós já sabemos quem é o assassino. Se ele quiser confessar, tem dois minutos. Caso contrário, podemos explicar passo a passo como chegamos a essa conclusão. — Konan disse, olhando para todos aqueles rostos com uma seriedade ímpar — Estamos esperando. O relógio está correndo.


Notas Finais


Capítulo final amanhã, e a bomba já foi jogada. :v

Divulgando uma nova one: Lirismo moderno. Link: https://spiritfanfics.com/historia/lirismo-moderno-7061991


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