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História Seis horas: a sala trancada - Capítulo onze: final


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 11 - Capítulo onze: final


— Eu vou ser direta: nós já sabemos quem é o assassino. Se ele quiser confessar, tem dois minutos. Caso contrário, podemos explicar passo a passo como chegamos a essa conclusão. — Konan disse, olhando para todos aqueles rostos com uma seriedade ímpar — Estamos esperando. O relógio está correndo.

Após esse aviso, fez-se um silêncio sepulcral. A tensão era tão grande que parecia palpável naquele momento, e todos observavam uns aos outros com olhares desconfiados e assustados. Um deles era o assassino, claro, mas quem? Procuraram uma pista no comportamento dos dois punks, mas eles não conseguiram nada que indicasse a identidade do culpado. Alguns contavam os segundos com ansiedade, esperando que cada pequena eternidade contida em um segundo passasse rápido.

Até que finalmente os dois minutos se passaram, sem nenhuma confissão.

— Se é pelo caminho difícil que você escolhe, então assim será. — Konan disse, com uma pausa dramática — Temos alguns pontos a serem considerados aqui que são muito importantes... A motivação do crime, o espaço e o tempo escolhidos para o assassinato, o local onde encontramos a faca, e o fato de estarmos trancados aqui. Acho que tudo isso resume muito bem os aspectos mais importantes desse crime. Os dois primeiros estão relacionados: a brutalidade no método, indício de passionalidade, e o cálculo perfeito de tempo que indica uma premeditação sinistra. Não são todos que poderiam saber onde a aula de hoje aconteceria, nem quanto tempo seria necessário para cometer o assassinato. Vamos lembrar que a disposição das cadeiras, de forma a atrapalhar a fuga, não é como as cadeiras geralmente estão dispostas na sala de audiovisual. São contrastes que apontam para direções diferentes, mas no fim, se resumem a uma coisa só: o crime foi motivado por uma vingança, mas não algo cego, decidido no momento, mas cuidadosamente planejado. Esse distanciamento é difícil quando se trata de vingar algo para si mesmo, mas é bem fácil quando se quer vingar outra pessoa. A vingança era em nome da Shizune-san, e isso vai ser essencial futuramente. Esse distanciamento permitiu que o assassino não fosse cogitado como suspeito porque ele, em si, não tinha nada contra a Anko-sensei, mesmo que não tivesse um álibi.

— Espera, por que ela? Não tentaram culpá-la colocando a faca na mochila dela? — Suigetsu disse.

— Aí é que está o pulo do gato. Nós já sabíamos que a faca apareceria, e apareceria nas coisas de um inocente, na tentativa de culpar essa pessoa. Era óbvio que essa pessoa seria inocente, mas por que escolher a Shizune-san? Por dois fatores, o primeiro porque era essencial para o assassino torná-la inocente e acima de qualquer suspeita, porque ela era o elo que faltava em tudo isso. No momento em que desconfiássemos dela e pensássemos em seus possíveis motivos para cometer o crime, saberíamos os motivos do assassino também. Vingança, como dissemos. A Anko-sensei nunca tomou providências sérias em relação ao bullying que a Shizune-san sofria, e ela pagou por esse preço. Mais que isso... Para o assassino seria fácil ter acesso à mochila dela. — Pain explicou.

Shizune empalideceu. — Como assim... Como assim seria fácil ter acesso à minha mochila?

— Alguém próximo a você, que poderia estar perto das suas coisas, poderia ter colocado a faca ali. — ele esclareceu, em tom solene.

— Somando todos esses fatores, só uma pessoa poderia preencher todos os requisitos para ter cometido o crime. — Konan falou, calmamente — Essa pessoa é Temari Sabaku.

Todos os olhares se voltaram para Temari naquele momento. Ela empalideceu, sem reação por alguns segundos, e foi ficando cada vez mais vermelha, até atingir um tom de escarlate quase impossível. — É mentira, é claro que é mentira, eu não fiz isso!

Nesse momento, suas desculpas não mais adiantavam: a resposta era realmente óbvia, e estava na frente de todos eles durante todo esse tempo, e apenas agora foram perceber. Ela não tinha álibi, e era a defensora mais ferrenha de Shizune, sempre tentando fazer com que Ino, Kiba e Sai fossem punidos pelas atitudes hostis... Ninguém se lembrava de tê-la visto durante o início da manhã, mas certamente podiam afirmar que, durante todo esse tempo, esteve junto a Shizune e aos materiais dela. Com motivo e oportunidade, ficava difícil não acreditar que havia sido ela.

— Nós precisamos falar com a polícia. — Itachi falou. Ele e Hinata foram até a porta, tentando falar com os policiais que estavam de guarda para que fossem ouvidos.

Temari estava incrédula ainda, e algumas lágrimas escapam de seus olhos, ardendo como fogo. — Não pode ser, eu... Tudo bem, eu confesso. Mas alguém precisava fazer alguma coisa.

Ino estava furiosa, e em sua voz, havia um nojo descomunal. — E para isso você precisava matar alguém que não tinha nada a ver com isso? Por causa de brincadeiras você tirou a vida de alguém?

— E que direito tem você de falar alguma coisa quando você e seus amigos, direta ou indiretamente, provocaram esse crime? Meça suas palavras antes de querer se julgar no direito de condenar alguém. Muito sofrimento teria sido evitado se vocês tivessem pensado que suas ações também afetam as outras pessoas. Você não brandiu a faca, mas suas mãos também estão sujas de sangue. — Konan falou. Seus olhos tinham um brilho ígneo misterioso, e ela desceu do palco num pulo, junto com o namorado. Nesse momento, Itachi e Hinata conseguiram chamar a atenção dos policiais, que abriram a porta. Três oficiais e os dois adolescentes se encaminharam para a aglomeração de alunos, onde Temari já estava esperando, aceitando com uma resignação de mártir seu destino e sua prisão. Era sexta-feira, uma da tarde, e estavam finalmente livres.


Notas Finais


Meça suas palavras, parça. (Old but gold)

Falei que bastava analisarem com cuidado... Gente, estava óbvio, açs~slsks.


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