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História Seis horas: a sala trancada - Capítulo cinco: o intruso


Escrita por: MidoriShinji

Capítulo 5 - Capítulo cinco: o intruso


— Então as últimas pessoas a vê-la viva foram o Gai-sensei e a Shizune-san, às oito e cinquenta e dois exatamente... Então o crime foi cometido em menos de dezessete minutos. — Pain concluiu — Quem mandou a mensagem é uma pessoa de confiança?

— Sim, tenho certeza que sim. Também tem um áudio, do Gai falando tudo isso. — a Haruno confirmou.

Konan, que escrevia em uma folha todos os pontos que considerava importantes no caso, acrescentou aquela pista à lista que fazia, com um sorriso de satisfação. — Bem... Acho que estamos de volta ao jogo.

Dessa vez, ela não estava falando com todos os estudantes, e nem mesmo fazia questão que prestassem atenção, era muito mais uma maneira de organizar suas ideias do que uma discussão séria. A garota de cabelos azuis leu novamente os pontos considerados em suas anotações, em forma de tópicos, de maneira silenciosa, até que quase dois minutos depois, começou a falar, com uma expressão séria. Ela parecia tão concentrada que os dez que acompanhavam aquele discurso pareciam hipnotizados. — Temos aqui algumas coisas interessantes... Primeiro, os detalhes do crime. A Anko-sensei foi claramente assassinada, não há duvidas; devem ter sido pelo menos dez ou quinze facadas, algo bem brutal. Isso indica crime passional, mas não estou tão certa quanto a isso por conta de outros detalhes. Primeiro, a arma: uma faca, muito provavelmente, ou qualquer coisa parecida. Não é o tipo de coisa que se encontra em um colégio, alguém trouxe isso de casa ou comprou justamente para esse propósito. Mais que isso... Ninguém achou a arma do crime. Ela pode estar em qualquer lugar. Depois, o tempo... O tempo aqui é crucial, e nós sabemos: o crime foi cometido em menos de vinte minutos, aproveitando-se de uma janela de tempo arriscada, num lugar cheio de gente. Era alguém que sabia que ela estaria naquela sala, não existe outra opção.

Itachi interrompeu a explicação nesse momento. — E por que a pessoa necessariamente precisaria saber?

— As cadeiras estavam todas caídas pelo chão, com um buraco no meio, uma disposição circular. As cadeiras de todas as salas estão sempre dispostas em filas, então aquele buraco onde estava o corpo não existiria. A Anko-sensei não teria tempo de arrumar a sala toda e ser assassinada. — Konan respondeu.

— Então isso deixa claro que é premeditação. Agora a pergunta que não quer calar é quem teria acesso à informação de que ela planejava fazer a aula ali. — Pain disse.

— Alguém que tinha acesso ao plano de aulas, hm. — Deidara concluiu rapidamente.

Hinata quis prosseguir com cautela. — Pessoal, não vamos nos precipitar... Ela pode ter comentado com alguém, ou essa pessoa pode ter olhado no quadro de salas reservadas. Não podemos sair acusando assim.

Konan já tinha percebido a quem todos estavam se referindo no que se tratava de planos de aulas: o filho de Anko. E, a princípio, estava do lado de Hinata, acusar sem provas é um erro, e na Justiça todos são inocentes até que se prove o contrário... Embora ainda sejam sempre suspeitos. — Isso é verdade. Além do mais... Eu sinto que falta um motivo. Quer dizer, não é que falta e o crime foi cometido por razão alguma... É que essa razão parece ainda um tanto obscura. Parece ser um crime violento, motivado por uma emoção muito forte, mas ao mesmo tempo foi cuidadosamente planejado... O que estaria por trás disso tudo?

— Dinheiro? Quer dizer, é a razão mais óbvia. A maior parte das pessoas mataria por dinheiro. — Sasori disse.

— Mas ela era professora e mãe solteira. Que porra de dinheiro ela iria ter? — Hidan apontou a falha — Parece vingança. Essa coisa toda de facadas, não sei não...

— Por que vingança? Quem iria se vingar dela, e por qual motivo? — Sasuke questionou, deixando a pergunta no ar.

— Se é alguém do colégio, e da sala de vocês, dattebayo, então essa pessoa está aqui. É um de nós, 'ttebayo. — Naruto constatou, com um ar sombrio e desconfiado, bem diferente de seu tom de voz normal.

Sakura concordava com ele, evidentemente. Nesse momento, ela pensou que talvez a punição que ganhariam por não terem entregue o trabalho seria muito menos dolorosa do que a agonia que passavam naquela sala. — É verdade. É alguém daqui... Apenas alguém de dentro poderia ter cometido esse crime, no entanto, estamos presos aqui com um assassino...

Os olhos de Konan brilharam com aquela última frase, como se tivesse descoberto alguma coisa realmente importante. Foi como se uma luz tivesse iluminado suas ideias naquele momento, e ela percebeu que talvez nem todas as informações devessem ser compartilhadas com todos (mesmo que seu intuito inicial fosse muito mais uma brincadeira que pudesse levar a uma confissão do culpado do que uma investigação séria). — Vocês sabem, eu realmente fiquei surpresa de a polícia ter nos trancado aqui... Mas acho que eu não fui a única. Vocês podem imaginar matar uma pessoa e planejar se livrar das provas que pudessem te incriminar e de repente se ver trancado em uma sala com todas as pessoas que poderiam comprometer sua falsa inocência diante desse crime?

O namorado já tinha percebido a que conclusões ela chegara com essa ideia, e seu rosto sério demonstrava que não eram boas. — Provas? Se isso for o que eu estou pensando...

— Sim. A faca está dentro dessa sala, e o assassino está entre nós. Com ela ainda, talvez. Minha aposta é que esteja nas coisas de alguém, muito provavelmente, um inocente até.



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