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História Sempre Ao Seu Lado - Capítulo Único


Escrita por: IPotterGirl

Notas do Autor


Haichi existia. Era um cão Akita nascido em novembro de 1923. Seu dono, Ueno, morava em Shibuya, subúrbio de Tóquio, perto da estação de trem. Como fazia do trem seu meio de transporte diário até o local de trabalho, já era parte integrante da rotina de Hachiko acompanhar seu dono todas as manhãs. Caminhavam juntos o inteiro percurso que ia de casa à estação de Shibuya. Hachiko parecia ter um relógio interno, e sempre às 15 horas retornava à estação para encontrar o professor, que desembarcava do trem das 16 horas, para acompanhá-lo no percurso de volta a casa.
Em 21 de Maio de 1925, o professor Ueno sofreu um AVC, durante uma reunião Todos os dias, Hachi ia à estação de Shibuya para esperar seu dono voltar do trabalho, da mesma forma como sempre fazia. Procurava a figura de seu dono entre os passageiros, saindo somente quando as dores da fome o obrigavam. E ele fez isso dia após dia, ano após ano, em meio aos apressados passageiros. Estes começaram passaram então a trazer petiscos e comida para aliviar sua vigília.
Por causa desse zelo, o Akita se tornou Patrimônio Nacional do povo japonês, tendo sido proibida sua exportação. Se algum proprietário não tiver condições financeiras de manter seu cão, o governo japonês assume sua guarda.

A foto que verão, é uma estátua de Hachi em Tóquio. Espero que gostem da fic.

Ps: fic baseada no filme Sempre Ao Seu Lado.

fonte da informação: http://portaldodog.com.br/cachorros/curiosidades/a-verdadeira-historia-de-hachiko/

Capítulo 1 - Capítulo Único


Fanfic / Fanfiction Sempre Ao Seu Lado - Capítulo Único

Se soubesse, seu mundo iria desabar. Mas claro, era um ser irracional que não compreendia o fato. Ele apenas sentia o seu instinto, que lhe dizia que algo estava errado.  Já era noite. O homem que sempre dava algo para seu dono tinha ido embora. E seu dono ainda não voltara.  Hachi só não sabia que, nunca veria novamente seu dono.

No outro lado da cidade, Cate não aguentava o sufoco. Era como se parte dela tivesse sido arrancado. Seu marido, seu querido marido, que passara 25 anos com ela, tinha morrido. A casa estava tão vazia sem ele. Tão vazia sem Hachi.

Hachi.

Ele ainda devia estar na estação. Pelo amor que ela havia desenvolvido pelo cachorro, levantou-se. As pernas bambas, o rosto molhado de lágrimas, e o coração despedaçado. Não conseguiu nem ir até a porta. Desabara no chão. O sufoco era muito grande para alguém tão fraca quanto ela. Alguém, de quem fora tirado tudo.

Um vulto passa pela porta. Hachi.  Agora, vendo o cão que seu marido mais amava, Cate consegue rastejar. Cate abre a porta e se depara com o Akita. Hachi entra correndo em casa. Vasculha cada canto, cada quarto. Isso apenas faz Cate se lembrar do marido, e cair no choro. Ela vê um Hachi embaçado pelas lágrimas. Ele se aproxima. 

Ele pode não entender, mas ela entendia, e precisava de alguém para se sustentar.

3 meses depois...

Ele ainda não chegara. E Hachi ainda não compreendia. Apenas sentia. Sentia que algo estava errado. Mudara de casa de repente. Seu dono não estava mais lá. Ele simplesmente não compreendia.

Mas Cate compreendia. E sofria por ele. Já tentara buscar o cachorro, porém ele se recusava.  Era inimaginável a força de amizade, lealdade e amor que Parker criara com o Akita. Um laço que não se rompia, que duraria para sempre, mesmo que um deles, nada entendia. Mas era um laço, que não precisava de compreensão. Apenas precisava de amor. Amor, mesmo depois que Parker morrera. Via Hachi saindo correndo de manhã, indo para a estação. Via Hachi esperando na estação por horas, meses, anos. Anos se passavam, e Hachi ainda esperava seu dono. Nem mesmo a fome e o frio o fazia parar de sair de lá. Mas o que é frio e fome, se é o amor que te sustenta?

1 ano depois...

Ela desistia. Não iria romper esse laço. O deixaria ali, intacto. Hachi sofreria do mesmo jeito. O que adiantava deixar Hachi preso, se o que mais queria era estar lá fora? Ela o deixara ir. Faz tempo não o via.  

Hachi ainda não compreendia. Não percebia quanto tempo se passara. Não percebia a fome que passava. Trocara um lar confortável, com comida e diversão, pelo frio e pela fome. Mas nada disso o faia recuar. Ele podia não entender. Podia ser um ser irracional. Mas ainda é,

o melhor amigo do homem.


Notas Finais


Não esquecam de deixar nos comentários o que acharam.

Falouuuui


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