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História Sempre Fui Sua - Chapter 7


Escrita por: selenandzayn

Notas do Autor


Estou amando que estão gostando, bom, dedico esse capítulo a vocês minhas leitoras dos comentários que estão acompanhando, postarei mais um hoje e voltarei a postar na sexta feira, devido a provas que estou tendo na escola. Estive pensando em que depois de eu terminar está fanfic, eu vou fazer a segunda temporada no ponto de vista do Zayn. O que acham???

Capítulo 7 - Chapter 7


Os dias seguintes foram agitados por conta da preparação para o começo das aulas. Por mais que eu tentasse me convencer de que o silêncio de Zayn fosse um bom sinal, era apenas uma questão de tempo antes que a sua máscara caísse.

Minha atitude na festa foi negligente, mas às vezes as piores ideias caem como as melhores.

Mesmo agora, após uma semana, minha pulsação acelerava e eu não conseguia parar de sorrir ao pensar em como peguei ele. A consciência que adquiri enquanto vivia fora fez com que as coisas que antes eram ameaçadoras se tornassem mais triviais. Um nervosismo ainda surgia em meu peito ao pensar em Zayn, mas não sentia mais uma forte necessidade de evitá-lo a qualquer custo.

– Então, você está na boca do povo hoje! – Não era uma pergunta. K.C. pulou ao meu lado enquanto eu guardava os livros. Ela segurou a parte superior da porta do armário enquanto espiava em volta.

– Não sei do que você está falando. – Soltei um breve suspiro, sem olhar para ela. Era o primeiro dia do meu retorno à escola, nosso primeiro dia do último ano. Minha manhã foi preenchida por aulas de Física, Cálculo e Educação Física. Peguei outro caderno para o Francês, minha última aula antes do almoço.

– Então você não percebeu todos te observando hoje? Em uma escola de quase duas mil pessoas, acho que você conseguiu notar que quase todo mundo estava falando sobre você – disse ela, dando uma risadinha.

– Sentei no pudim de chocolate de novo? Ou talvez um novo boato esteja rolando, que passei o último ano escondendo uma gravidez e acabei dando o bebê para adoção. – Bati a porta do armário e fui em direção à aula de Francês, sabendo que ela viria atrás de mim. Não queria saber o que as pessoas diziam, porque não me importava com as merdas que eles estavam inventando agora, e também porque não era nada de novo. A França foi uma folga tranquila, mas Shelburne Falls continuava igual ao que sempre foi. Graças a Zayn, minha passagem pelo ensino médio tinha sido uma longa sucessão de boatos, trotes, lágrimas e decepção. Queria que este ano fosse melhor, mas também não estava alimentando esperanças.

– Não chegou nem perto. E, na verdade, estão falando algo bom. Muito bom.

– Ah, é? – respondi distraidamente, esperando que ela notasse o tom de desinteresse e calasse a boca.

– Parece que o ano que você passou na Europa te transformou de übernerd para überdescolada! – transmitiu K.C. sarcasticamente, já que ela sabia que eu nunca tinha sido übernerd. Tampouco já fui considerada überdescolada. Minha identidade padrão sempre foi “por fora de tudo”, apenas porque a lei de Zayn Malik me considerou inferior ao padrão aceitável na maioria dos círculos sociais.

Subi as escadas, apressada, até chegar no terceiro andar para a aula, desviando de outros alunos que corriam para chegar no próximo destino.

– Sel, você me ouviu? – K.C. andava rápido atrás de mim, tentando me alcançar. – Estou falando sério, olhe ao seu redor! Você pode parar por dois segundos pelo menos? – sussurrou ela, estridente, um olhar de súplica quando a olhei.

– Que foi? – A urgência que ela tinha em me passar as últimas fofocas era impressionante, mas tudo o que eu queria era entrar na escola sem usar minha capa da invisibilidade. – Qual é o problema? E daí? As pessoas estão me achando legal hoje. Hoje! O que elas vão pensar amanhã depois que o Zayn fizer a cabeça delas? – Não contei a ela sobre a festa de Zayn e sobre o que fiz. Se ela soubesse, não estaria sendo tão otimista quanto às minhas possibilidades.

– Sabe, ele não ficou tão mal depois que você foi embora. Talvez a gente esteja preocupada sem nenhuma razão. O que quero dizer é… – K.C. foi cortada.

– Olá, Sel. – Ben Jamison passou por K.C. e veio atrás de mim. – Deixa eu abrir a porta para você.

Saí da frente, dando-lhe espaço para abrir a porta. Sem ter outra escolha a não ser terminar nossa conversa, fechei a boca e acenei para uma K.C. de boca aberta.

– Que bom que você voltou – sussurrou Ben enquanto entrávamos na sala, primeiro eu, depois ele. Arregalei os olhos e tive que reprimir uma risada nervosa. Ben Jamison conversando comigo era muito surreal.

Ele era um astro das equipes de futebol americano e basquete e um dos caras mais bonitos da escola. Estudamos juntos nas aulas de Francês I e II, mas ele nunca conversou comigo.

– Obrigada – murmurei, ainda olhando para baixo. Isso estava fora da minha zona de conforto. Sentei discretamente numa carteira na frente.

Que bom que você voltou? Como se ele se importasse comigo antes? Isso provavelmente era alguma das pegadinhas de Zayn. Fiz uma anotação mental para pedir desculpas a K.C. por ter tentando me avisar sobre a atenção incomum. Garotos bonitos conversando comigo é igual a esquisito.

A Madame Lyon, a nova professora francesa de francês, começou a dar uma longa palestra logo de cara. Sabendo que Ben estava sentado atrás de mim, tentei me concentrar na matéria, mas, mesmo examinando o lindo corte do cabelo encaracolado da Madame, não conseguia tirar da cabeça os olhares que me secavam por trás. Com a visão periférica, notei diversos alunos na sala olhando em minha direção. Mudei de posição no assento. Qual era o problema deles?

Ao lembrar do que a K.C. disse quando voltei, não acreditei que tudo parecia diferente.

Afinal, no meu ano fora não fiz grandes transformações ou viagens de compras. Minha pele estava um pouco mais bronzeada, minhas roupas eram novas, mas meu estilo não havia mudado.

Estava usando um jeans skinny enfiado em botas pretas, de canos longos sem saltos, e uma leve camiseta branca com decote boat neck, longa o bastante para cobrir minha bun/da.

Adorava meu estilo e, independentemente do que pensavam sobre ele, continuava usando-o.

Após uma aula angustiantemente longa de cinquenta minutos, cheia de sorrisos vindos de pessoas inesperadas, peguei o celular na minha bolsa mensageiro preta.

Sel: Te encontro lá fora pra almoçar?

Enviei para K.C.

K.C.: Tá ventando mto!

Ela respondeu. Sempre por causa do cabelo.

Sel: Blz. Estou indo agora, me procure.

Assim que pus os pés na fila da cantina, fiquei toda arrepiada. Peguei uma bandeja e fechei os olhos. Ele estava ali em algum lugar. Não precisava me virar ou escutar sua voz. Talvez fosse o clima do lugar, o modo como as pessoas se moviam, ou a polaridade de sua presença em relação mim. Tudo que sabia é que ele estava, com certeza, aqui.

No ensino fundamental, brincávamos com ímãs, que se atraem quando você os vira para os polos opostos, mas se repelem quando os vira para os polos iguais. Zayn era um lado de imã, nunca virado para acomodar ninguém. Ele era o que era. As outras pessoas que estavam lá eram ou atraídas ou afastadas por ele, e o fluxo de um lugar refletia isso. Houve uma época em que eu e Zayn éramos inseparáveis, como os polos opostos de dois ímãs.

Meus pulmões doíam por segurar a respiração sem perceber, então exalei. Depois de pegar uma salada com molho Ranch e uma garrafa d’água, entreguei meu cartão para o caixa passar no leitor e achei um lugar perto das janelas. A movimentação do local era uma boa distração para não cruzar com seus olhos. Alguns alunos acenavam ao passar e me davam as “boas vindas”. Meus ombros finalmente relaxaram depois da rodada de cumprimentos.

Jess Cullen acenou para mim a algumas mesas distante, e eu me lembrei do treino desta tarde.

K.C.: Kd você?

K.C. mandou uma mensagem.

Sel: Perto das janelas da frente.

K.C.:Estou na fila agora!

Sel:OK.

Respondi. Ao girar no meu lugar, consegui vê-la na fila. Dei um tímido aceno para sinalizar minha localização e rapidamente me virei, antes de ceder à tentação de procurar por ele no refeitório.

Depois de tirar a tampa da minha garrafa d’água, dei um longo gole, apreciando a sensação de alívio. Parecia que meu coração estava batendo aceleradíssimo na última hora. Hidratar, hidratar, hidratar.

No entanto, meu relaxamento foi interrompido pela voz de Madoc Caruthers.

– Ei, querida. – Madoc colocou a mão na mesa ao meu lado e se inclinou na minha orelha.

Conforme eu fui colocando a tampa na minha garrafa, meus ombros iam caindo levemente. De novo não! O cretino não aprendeu a lição? Fiquei olhando para a frente, tentando ignorá-lo.

– Selena? – Ele estava tentando me provocar para notar sua presença. Mas minha versão não agressiva ainda não estava fazendo contato visual.

– Selena? Sei que pode me ouvir. Na verdade, sei que cada parte de você está bem ciente da minha presença neste momento. – Madoc correu os nós dos dedos da mão esquerda pelo meu braço. Respirei fundo e meu corpo se retraiu ao seu toque.

– Hmmm, você está arrepiada. Viu? – ele brincou comigo.

Arrepiada? Se eu não estivesse tão cansada disso, teria rido.

– Sim, você realmente faz minha pele arrepiar. Mas você já sabia disso, certo? – Meu desdém não podia ter sido mais pronunciado.

– Eu realmente senti sua falta ano passado e queria muito pedir uma trégua. Na verdade, por que não nos esquecemos de tudo e saímos no fim de semana?

Ele só pode estar sonhando, se acha…

A mão dele deslizou pelas minhas costas e rapidamente desceu até minha bun/da. Respirei fundo novamente.

Filho da pu/ta! Ele realmente pegou na minha bun/da? Sem a minha permissão? Na frente de todos? Ah, não.

Então, ele apertou.

Depois disso, tudo aconteceu muito rápido, com uma mistura de reação e adrenalina. Saí pulando do meu lugar como se as minhas pernas tivessem molas. Os músculos das minhas coxas ficaram firmes por causa da tensão e fechei os punhos.

Ao ver Madoc, que se levantou para ficar cara a cara comigo, puxei ele pelos ombros e desferi um golpe na sua virilha com o meu joelho. Um golpe forte. O impacto deve ter sido muito grande, porque ele gritou e caiu de joelhos, gemendo, enquanto segurava os testículos.

Já tinha sido muito maltratada por Madoc. Não conseguiria reagir tranquilamente outra vez de maneira alguma. Quebrar o nariz dele no final do ano passado claramente não foi minha última carta na manga. Era apenas o começo de uma nova estratégia.

Com o coração batendo forte e um calor se apoderando dos meus braços, não parei para pensar aonde isso me levaria amanhã ou na próxima semana. Só queria que ele parasse.

Zayn vinha me ameaçando há anos, mas nunca tinha passado daquele limite. Ele nunca tinha me tocado ou me feito sentir fisicamente violentada. Madoc sempre passava dos limites, e eu ficava me questionando que por/ra de problema ele tinha! Se o que Sam tinha dito era verdade, sobre eu ser “proibida”, então por que Madoc me enchia tanto o saco? E bem na frente de Zayn?

– Não me toque e não fale comigo. – Pairei sobre ele, sorrindo desdenhosamente. Os olhos de Madoc estavam fechados e ele respirava fortemente. – Você realmente achou que eu sairia com você? Sei o que as garotas falam e, ao contrário do que diz o ditado, os melhores perfumes não estão nos menores frascos. – Todo mundo começou a gargalhar e mostrei o dedo do meio para os espectadores. Vi K.C. segurando a bandeja com uma cara de “ai, meu Deus”.

– Mas, de qualquer jeito, obrigada pela proposta, Madoc – cantarolei com uma doçura simulada. Peguei a bandeja, passei no meio do oceano de observadores e joguei a comida fora. A única coisa que importava era escapar daquele refeitório antes que eu desmoronasse.

Tudo em mim começou a ficar fraco e a formigar, e fiquei com medo de que minhas pernas não resistissem. O que acabei de fazer?

Mas, antes de chegar à porta, resolvi jogar tudo pro alto. Ah, que se dane, ultimamente venho desenvolvendo tendências suicidas mesmo. Vou levá-lo comigo. Virei-me e imediatamente troquei olhares com a única pessoa que fazia meu sangue ferver mais do que Madoc.

Toda a atenção de Zayn estava voltada para mim, e o mundo na minha visão periférica parou enquanto nos encarávamos.

Ele estava usando jeans escuros rasgados e uma camiseta preta. Não tinha nenhuma joia, nenhum relógio, apenas suas tatuagens como acessório. Seus lábios estavam entreabertos, sem estar sorrindo. Aqueles olhos, no entanto, pareciam desafiadores e muito interessados. Parecia que ele estava me medindo.

Droga. Merda.

Encostado na cadeira, ele estava com um braço na parte de trás do assento e o outro relaxado na mesa. Ele estava me encarando, e um calor indesejado percorreu meu rosto.

Houve uma época em que tive toda sua atenção, e eu amava isso. Por mais que eu quisesse que ele me deixasse em paz, também gostava de como ele parecia surpreso naquele momento.

Gostava de como ele estava me olhando agora.

E depois lembrei que o odiava.


Notas Finais


boa leitura meninas, beijinhos.


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