1. Spirit Fanfics >
  2. Senhor Jeon >
  3. No escritório

História Senhor Jeon - No escritório


Escrita por: park-chan

Notas do Autor


Lemon feito por park-chan (Melhor escritora de limão - Ass: Parque_DeMin)
COMO O PROMETIDO, ESSA FIC SERÁ CONTINUADA.
AOS LEITORES NOVOS, ISSO AQUI ERA APENAS UMA ONE SHOT PWP, MAS AGORA TERÁ ALGUNS CAPÍTULOS A MAIS, ALÉM DE QUE TEMOS UMA NOVA AUTORA ESCREVENDO TAMBÉM...
enfim, boa leitura.

Capítulo 1 - No escritório


Fanfic / Fanfiction Senhor Jeon - No escritório

Jeon Jeongguk respirou profundamente, contendo a irritação.

— Eu não vou brigar com você, sério. — Disse baixo, irritando-se mentalmente por quase ter falhado na tentativa de manter-se calmo. — Mesmo que você tenha estragado todo o trabalho que demorei dias para fazer, ainda assim, eu não vou discutir. — Seus olhos, que antes estavam fechados, varreram todo o cômodo minúsculo até depararem-se com a silhueta do loiro em que dividia a sala. — Mesmo você tendo passado dos limites, Park Jimin, eu definitivamente não vou me irritar.

— Você não está com moral para se irritar, Jeon. — Jimin rebateu com uma voz doce e serena, como se não estivesse no meio de uma discussão com o marido. — Ou você está esquecido de que quebrou minha câmera ontem à noite? — Deu de ombros, alheio e indiferente à carranca que recebeu. — Eu apenas fiz o que você fez comigo primeiro: estragou o meu trabalho.

Jeongguk suspirou. Queria gritar, discutir de verdade, jogar as coisas na face daquele loiro depravado, mas não podia. Estava em horário de expediente, afinal. E, embora tudo aquilo ali fosse seu, embora estivesse no escritório da sua empresa, ele sabia separar muito bem as coisas. Sabia que não deveria deixar os instintos falarem mais alto, não deveria gritar nem, tampouco, fazer um escândalo como gostaria. Teria que manter a calma, ainda que essa parecesse ter se esvaído no momento em que seu marido derramou café nos relatórios trabalhosos da qual havia passado a noite inteira preparando-os.

— Você… — Após uma crise mental, ele aproximou-se do companheiro com passos lentos. — Você é um desgraçado! É isso o que você é, Park Jimin, um fotógrafo fajuto e desgraçado! — Seu dedo estava erguido contra o rosto alheio, o que fez com que o loiro erguesse uma sobrancelha inquisidoramente.

— Desgraçado? — Jimin abriu um sorriso traquina. Levou a mão até a cintura do marido, puxando-o para si e colando seus corpos. O mais novo apenas se debateu, tentando livrar-se do aperto. — Por que está tentando fugir de mim? Ontem à noite você não estava assim… — Riu irônico e juntou os lábios rente a orelha do maior. — Como estava me chamando mesmo? — Sussurrou, já sentindo os pelinhos do rosto alheio se arrepiarem com o contato morno de sua respiração ali. — Oh, Jiminie... mais fundo… mais rápido, hyung… Me fode mais rápido... — Sua voz estava um pouco mais grave, e tudo porque ele se esforçou para fazer uma boa demonstração de como o outro estava gemendo na noite passada. — Tão submisso aos meus toques, hm? Onde está aquele Jeon manhoso, hm? Eu quero ele agora!

O empresário simplesmente estremeceu. Sentiu seus olhos se fecharem automaticamente e, também em modo automático, seu corpo parecia ter amolecido. Mas ali não era um bom lugar para ceder aos caprichos de seu marido, por isso ele usou o pouco de sanidade que lhe restava para acordar daquele transe que Park Jimin havia o colocado.

— Vai se foder! — Disse autoritário e confiante, debatendo-se com um pouco mais de força. — Me solta, Park Jimin, ou…

— Ou o quê? — Jimin o prendeu um pouco mais, dessa vez guiando seus corpos em direção à mesa ampla que adornava o centro da sala. Mesa esta que estava repleta de coisas cotidianas do trabalho do mais novo. — Ou você vai gritar? — Sua voz era tão controlada que chegava a soar erótica. — O que vai dizer para o seus seguranças, Jeon? Vai dizer que o seu marido está enlouquecendo você?

— J-Jimin… — Jeongguk resmungou quando sentiu os lábios do parceiro em contato com a pele de seu maxilar, em seguida a língua cálida lambendo aquela área com uma delicadeza absurda. O incrível nisso tudo era que sua calça social havia começado a ficar um pouco apertada na parte frontal, coisa que só o loiro conseguia fazer com tão pouco tempo de toque. — Não faça isso! Eu estou no meio do expediente, Park Jimin, não ferre a minha vida ainda mais. — Ele sabia que não tinha mais como lutar contra, e que o hyung ali já havia vencido aquela batalha no momento em que seus corpos se colaram.

Era tão fraco, afinal.

— Você fica tão sensual me chamando assim… — Jimin adorava provocar... Jeon sabia. — Parece tão irritadinho. —  Naquela hora do campeonato, sua língua já cuidava de raspar a derme abaixo do maxilar, beirando ao pescoço pálido. — Por que não tenta se soltar? Você é forte, não é? O que está esperando para me empurrar para longe? — Ouvir Jeongguk gemer era o vício do menor, e um sorriso instalou-se nos lábios fartos no momento em que seus objetivos foram alcançados com sucesso: Jeon estava gemendo. — Ou será que você simplesmente não consegue?

— Porra! — O moreno gritou derrotado. — Desgraçado… O que você quer de mim, Park Jimin? Não já basta ter arruinado o meu trabalho? Quer sujar a minha reputação também?

— Por quê? — Jimin sorriu. Suas mãos desfaziam botão por botão da camisa social que Jeongguk vestia, enquanto sua intimidade friccionava com um pouco de pressão contra o membro coberto do mais novo. — Você não consegue gemer baixinho? Então eu terei que amordaçá-lo?

— Não seja assim… — Rumou a cabeça para trás, permitindo que todos os botões de sua camisa fossem desatados. Sua sanidade já estava esvaindo aos pouquinho naquele instante, mas quando sentiu seu corpo girar; a mão alheia em sua cintura e, agora, o tronco de Jimin contra suas costas, a palavra sanidade pareceu quase inexistente em seu cérebro. — O que está fazendo, desgraçado?! Você é um bastardo, Park Jimin! Não faça isso comigo seu… seu filho da mãe!

O loiro sabia que, quando seu marido ficava irritado demais — ou excitado demais — começava uma série de xingamentos contra si. Era costumeiro, até. Um Jeon excitado em demasiado resultava em palavrões dos mais baixos calões, sempre direcionados a Jimin, e o mesmo adorava aquilo.

— Você deve estar todo duro lá embaixo. — Comentou Jimin, rindo baixinho enquanto curvava o próprio corpo contra a mesa e, consequentemente, o do maior junto. — Mas eu não vou te tocar ainda. Terá que esperar um pouco mais. — Usou a mão destra para livrar-se dos papéis e objetos dispostos na ampla extensão amadeirada.

— Meus relatórios… — Jeongguk quase chorou ao notar que o seu marido havia jogado tudo no chão, sem ao menos se importar se algo ali prestava. — Você quer acabar com a minha vida?

— Você refaz eles. — Jimin puxou os braços de Jeongguk para cima cuidadosamente, aproveitando da distração do mesmo para colocar seu plano em ação.

O mais novo estava tão absorto em sua mente que sequer percebeu quando seus pulsos foram imobilizados. O Park sorriu satisfeito, ao mesmo tempo em que escorregou a mão pela lateral do corpo alheio e só parou quando tocou a carne macia do bumbum farto e oculto pela calça social azul-marinho. Gemeu. Adorava ter a visão de seu marido virado de costas para si. Agora, então, tendo-o preso, completamente bloqueado, o seu tesão só aumentava.

— Nós não vamos transar aqui no escritório. — Jeon disse suspirando, convicto.

Moveu-se para se livrar daqueles carinhos gostoso que recebia — não que quisesse realmente, apenas precisava —, mas então percebeu que seus pulsos estavam algemados. “Droga” Pensou. Havia vacilado, pois conhecia Jimin bem o suficiente para saber que ele não perderia a oportunidade de algemá-lo. “Quando ele me prendeu?” Estava intrigado. Seus braços sequer estavam juntos, e aquilo deixava claro que haviam duas algemas, ambas presas em alguma parte da mesa.

— Quando fez isso? — Indagou controlado, até. Não iria se exaltar. Não podia se exaltar. — Quando me algemou?

O loiro se afastou levemente apenas para ter aquela visão que tanto gostava mais nitidamente. Adorava ter seu companheiro daquela forma, completamente à sua mercê — talvez não tão conscientemente assim. Era lindo vê-lo praticamente submisso, e para Jimin aquilo era como uma visão do paraíso.

— Um mágico nunca revela o seu truque. — Brincou. Era realmente um provocador ordinário, pelo menos era isso que se passava na cabeça do mais novo. — Você agora está preso, Jeon. O que vai fazer à respeito?

— Eu estou em horário de trabalho. — Jeongguk choramingou. Não que quisesse resistir de fato, na verdade ele havia usado daquela situação para tirar algum proveito. Não era nada fácil dizer não para o Park, disso ele tinha plena ciência. — J-já que você… não vai me soltar. — Fechou os olhos e relaxou o corpo sobre a mesa, quase arrebitando o bumbum apenas para instigar o lado insano do esposo. — Então pode acabar logo com isso?

Park Jimin lambeu os lábios quando percebeu que o moreno havia se rendido sem nenhuma dificuldade. Queria vê-lo relutar um pouco mais. Queria irritá-lo um pouco mais, provocá-lo, quem sabe, muito mais. Mas daquela forma, com ele rendido com tão pouco não seria tão fácil assim.

Teria que ser um pouco mais severo.

— A paciência leva à perfeição, meu doce. — Disse ele, dando uma volta ao redor da mesa somente para vislumbrar melhor o rosto de seu amado. — Seja um pouco paciente, bebê.

Jeon odiava ser chamado daquela forma.

Jimin tinha absoluta sabedoria disso.

— Não me chame assim! — Resmungou, inflando as bochechas.

Quem o via daquela forma, quase mimado e submisso ao outro, sequer acreditaria que aquele era mesmo Jeon Jeongguk. Não o empresário sério e responsável cujo estavam acostumados. Aquele mesmo que tomava as rédeas sobre tudo na empresa, mesmo sendo tão novo e dirigindo-a há tão pouco tempo.

Quem os visse, quem soubesse de seu casamento — que não era segredo para ninguém — acreditaria que o macho Alfa da casa era ele, Jeon Jeongguk. O que, de fato, era verdade. Exceto naqueles momentos tão íntimos. Naqueles momentos, quando dividiam o calor de seus corpos com toques necessitados, as identidades sempre trocavam. Jimin sempre virava o Alfa, enquanto fazia o moreno de seu tão delicado ômega.

No momento o fotógrafo tinha total controle sobre o mais novo, e o bom nisso tudo é que ele adorava controlá-lo.

— Como prefere que eu te chame, então? — O loiro levou a mão até o cinto de sua calça, abrindo-o com seus dedos ágeis. — Prefere… — Sorriu de lado ao notar que os olhos do maior estavam concentrados em suas partes baixas, e que pela expressão que tinha, ele estava ansioso. — Babyboy?

O empresário arregalou os olhos. Estava corado.

— Me chame assim outra vez, e eu juro que arranco o seu pau com os dentes. — Ele parecia tão sério, que o menor chegou a recuar alguns passos. — Não use seus fetiches loucos comigo.

— Você não faria isso. — Jimin riu nervoso. Queria ter aberto mais sua calça, ter arranhado sua intimidade contra os lábios do marido, mas desistiu depois da ameaça. Não era louco de desacreditar das palavras do maior. Não, conhecendo-o tão bem. — Você faria, sim. Você é louco o suficiente… — Queria não ter rido, mas foi inevitável. — Por isso não vai chupar o hyung hoje.

Ele sabia do vício do moreno em chupá-lo.

Ele também sabia que receberia um resmungo.

— Você é um desgraçado! — Deitou a cabeça na madeira fria da mesa, sentindo-se exausto das provocações.

No instante  ele se praguejou amargamente por ter quebrado a câmera de Jimin na noite passada, ao ter tido uma crise de ciúmes por ter visto fotos de alguma mulher aleatória na galeria. Sabia que aquele era o trabalho do mais velho, mas o odiava com todas as forças. Ainda mais quando a maioria das fotos se tratavam de modelos bonitas seminuas e, às vezes, completamente despidas. Na mente do Jeon, Jimin não precisava trabalhar. Ele, sendo um empresário rico, poderia bancá-lo sem nenhum problema.

Pena que o fotógrafo adorava o seu trabalho, e odiava ser bancado por outro alguém.

— O que tenho que fazer para que me desculpe? — Jeon perguntou baixinho, com medo da resposta.

Observou a silhueta do menor dar meia-volta, retornando ao mesmo lugar de antes. Seus olhos se fecharam quando novamente as mãos alheias começaram a apalpá-lo, escorregando de forma torturante por todo o seu corpo. Era detestável sentir o pau de Jimin roçando-lhe por trás, quando ainda existia roupas em seus corpos.

Era detestavelmente torturante.

Jimin nada respondeu, apenas sorriu. Após ter apalpado o bumbum do mais novo um pouco mais, sucumbido sua vontade insana de esmagá-lo contra seus dedos, ele decidiu que precisava se livrar daquela calça social apertada que o impedia de tocar a carne macia com mais intensidade. Preparou seu psicológico para que, quando finalmente despisse o outro na parte de baixo, seu tesão não lhe subisse à cabeça.

Não queria estragar tudo.

Não queria ficar tão louco para fodê-lo ao ponto de estragar tudo.

Suas mãos não tardaram a percorrerem todo o quadril do maior, até encontrar-se com o botão e o zíper da calça azul-marinho que o trajava. O cuidado — e lentidão — da qual usou para abrir ambas as peças era apenas por pura pirraça, uma vez que o moreno se remexeu inquieto e impaciente para que o loiro retirasse logo sua roupa baixa, e o segundo citado parecia querer provocá-lo nos mínimos detalhes.

No entanto, depois daquela curta provocação, o bom após tudo isso foi o aperto delicioso que recebeu fortuitamente quando, completamente casual, a mão do menor escorregou por dentre sua boxer vermelha. Jeongguk suspirou pesado, quase de forma sôfrega. Não gostava de sofrer daquela forma, ainda que a recompensa sempre fosse a melhor parte.

De repente um peso na consciência lhe atingiu. Não deveria estar naquela situação bem ali, na mesa do escritório de sua empresa. Era errado, poxa. Era errado quando sua imagem sempre foi a mais responsável e séria que alguém já conheceu. Jeon Jeongguk tinha o peso da seriedade em suas costas, e saber que estava quebrando uma regra severa — da qual ele próprio havia imposto — não o deixava muito confortável. Todavia era difícil resistir.

Seu marido era um demônio quando queria, apesar do rosto angelical e a voz mansa. Park Jimin sempre fora conhecido como um ser adorável, um amor de pessoa, tão inocente quanto uma criança. No entanto só o moreno o conhecia de verdade. Só o moreno conhecia aquele lado devasso e sádico que o loiro guardava interiormente, este cuja ele estava fazendo questão de mostrá-lo naquele instante.

— Está sendo mau. — Jeongguk comentou quando sentiu a mão do menor se movimentar em lentidão sobre seu falo, penalizando-o por causa de outrora. — Você sabe que eu não aguento essa tortura… — Resmungou, contendo um gemido. — Você está sendo um filho da mãe desgraçado!

Jimin sempre sorria quando o outro o xingava, aquilo o deixava muito excitado. Daquela vez, além do sorriso ele fez questão de respondê-lo de outra forma: acelerando o movimento de sua destra, somente para voltar ao ritmo lento de supetão. Sua mão livre também fez questão de adentrar a roupa alheia, só que dessa vez na parte de trás. Ainda que com um pouco de dificuldade, pelo aperto da calça e cueca, ele começou a massagear o bumbum do moreno da melhor forma que conseguia.

Começou a gemer baixinho.

Seu tesão estava tão grande no momento, que o fez acreditar que gozaria antes mesmo de concluir seu ato. Era tão louco por cada parte do corpo daquele moreno, que podia se desfazer somente em vislumbra-lo pelado. Mas existia controle em si. Ele havia treinado seu autocontrole alguns dias após a noite de núpcias, quando quase não pôde aproveitá-la por ter gozado antes do previsto. Mas oras, que culpa ele tinha se Jeon conseguia ser absurdamente sensual até inconsciente, dirás tendo consciência disso?

Relembrar-se daquela noite intensa, da qual seu moreno havia feito um strip-dance exclusivo para si pela primeira vez, não estava fazendo bem para o seu psicológico. Jimin sequer percebeu quando seu indicador escorregou para um lugar mais reservado, no meio das nádegas alheias, apertando de leve o músculo comprimido. Quando ouviu um gemido alto preencher-lhe os ouvidos, sinalizando que Jeongguk havia reagido bem ao seu toque, ele suspirou derrotado. Não adiantava mais provocá-lo tanto. Aquilo não estava fazendo bem para si próprio, que agora tinha a calça ainda mais apertada do que antes. Quando havia ficado tão duro daquela forma? Ele saberia responder se não estivesse tão centrado em adentrar seu dedo vagarosamente na cavidade úmida que lhe recebia de forma tímida.

— Me solta, seu cretino! — O empresário ordenou de repente, incomodado por não poder levar a mão até a do outro para fazê-lo se mover com mais habilidade. Seus pulsos estavam doloridos de tanto que ele os puxava, na tentativa inútil de soltar-se. Lembraria de matar Park Jimin quando tivesse a primeira oportunidade. — Você ainda diz que me ama? — Esgotado de apenas ordenar e não ter nenhum êxito, resolveu manipulá-lo. — Diz que me ama, mas está sendo cruel comigo. Que tipo de amor é esse?

— Não tente me manipular, Jeon. Eu sou o rei nisso, lembra? Acha que consegue manipular um rei? — Riu sádico.

Mais dois de seus dedos resolveram brincar nas paredes internas do maior, e ambos se juntaram ao primeiro dígito. Não era doloroso, apenas terrivelmente provocante. Jimin sabia que seus dedos, embora fossem três, não seriam suficientes para saciar o seu parceiro. O conhecia bem. O conhecia tanto ao ponto de ter ciência de que, se dependesse de Jeon Jeongguk, um quase satiromaníaco, não haveria sequer preliminares.

O empresário estava ansioso demais e qualquer tipo de provocação o deixava irritado, mas ele havia se casado com o rei nisso, o rei em provocar, e teria que aturá-lo, mesmo não sendo nem um pouco fácil. Remexeu-se desinquieto quando os dedos do marido começaram a movimentar-se dentro de si na mesma velocidade que o loiro o masturbava: lento e excruciante.

O que havia feito de tão errado para merecer tal tortura? Havia mexido com o bem material mais precioso do mais velho, e este havia jurado vingança da pior forma possível.

— Isso aqui, meu amor… — Jimin retirou todos os dedos, e também parou com a masturbação. — É vingança! — Sem mais enrolação suas mãos foram parar no cós da calça que Jeon vestia, esta mesma que foi descida, junto à boxer, pelas pernas até pararem nos pés alheios.

Jimin abaixou-se.

Jeon fechou os olhos instintivamente.

— Eu disse que iria puni-lo. — Sussurrou o loiro, abrindo o seu tão típico sorriso doce. — E você sabe que eu sempre cumpro com o que eu digo.

— Jimin, eu tenho reunião daqui a pouco. — Ele praticamente clamava por misericórdia. Não estava aguentando mais tudo aquilo. Maldita hora que a raiva o dominou no dia passado. — Você vai me torturar? Vai me bater, é isso? Vai me punir por ter quebrado a droga de uma câmera?!

Jimin estava de joelhos no momento, sorrindo da forma mais adorável possível. Jamais alguém suspeitaria do demônio existente em si, do quão sadista aquele sorriso verdadeiramente era. Mas Jeongguk sabia, e se arrependia por ter despertado o diabo interior do mais velho. Definitivamente, sofreria consequências.

— Você sabe que aquela droga era preciosa para mim. — Não era mentira. Sua voz estava controlada, chegava a ser assustador. — Eu não vou bater em você, está louco?! Eu vou apenas… torturá-lo. — Mordeu o lábio ao espalmar ambas as mãos em partes opostas das nádegas do mais novo, não tardando a abri-las devagar. Seu membro fisgou ao vê-lo tão exposto. — Você gosta de tortura sexual?

— E-eu… Hyung eu não sei se gost-... Ahhh! — Claro que ele não conseguiria completar sua frase, afinal sentir a língua de Park Jimin invadindo-o sem sequer prepará-lo para o impacto não fora nada fácil. Era estupidamente doloroso admitir sobre o quanto gostava daquela sensação. Queria a língua do maior ali por mais tempo, invadindo-o de uma forma costumeira entre eles. Não iria admitir, mas poderia gozar apenas com aquilo. — Ahhh… Filho da puta!

Suas unhas agora agatanhavam com força a madeira da borda da mesa, o que o deixava levemente bravo. Em outros dias, tendo seus pulsos livres, os arranhões eram sempre desferidos na pele dos braços e costas do mais velho e, às vezes, no couro cabeludo do mesmo. Estar impossibilitado de dilacerar seu marido com as unhas o deixava puto. Jeon só não resmungou tanto por estar recebendo um delicioso beijo-grego, da qual o loiro fazia questão de penetrá-lo a língua e sugá-lo naquela área da forma mais depravada possível.

Pena que Jeongguk não podia se masturbar naquele momento, pois era certeza que gozaria facilmente.

— Hyung-ah!... — O moreno comprimia sua intimidade traseira, oprimindo a língua alheia naquele cubículo.

Gemeu com vontade quando o mais velho abriu mais suas nádegas, deixando-o daquela forma exposta novamente. Até então tudo estava controlado, seu gemidos estavam controlados, mas não quando o loiro lhe estapeou o bumbum, seguido de um aperto ardente e forte. Sua voz subiu alguns tons. Não dava para controlar a vontade exagerada de denunciar o quão prazeroso era, o quanto ele gostava daquilo. O engraçado é que  o outro sempre fora tão delicado em tudo o que fazia, que não tinha como haver dor alguma. Nem mesmo os vários tapas desferidos em sua bunda, ou os apertos em suas coxas doíam. Era apenas…

Apenas altamente prazeroso.

— Me faça gozar, hyung! — Ele suplicou. Não tinha muito tempo livre, afinal ainda teria uma reunião para comandar em pouco tempo. Queria acabar logo com aquela brincadeira, mas precisava gozar antes disso. — Jimin! Jimin! Porra caralho!... E-eu preciso gozar... Ahhh… e-eu estou implorando!

Era disso que Park Jimin gostava.

Parou com toda aquela movimentação de língua e cessou tudo com um último selar ali. Não tardou a subir o corpo, dando um único aperto em sua extensão coberta pelo tecido da calça. Porra! Como conseguia estar tão duro aquele ponto?! Se Jeon não fosse a droga de um moreno tão gostoso, seu jeans não estaria molhado de lubrificação daquela forma. Chegava a ser constrangedor.

Era fraco.

Era tão fraco quando se tratava de seu marido.

— Não seja egoísta. — Jimin sorriu, mas fechou os olhos e gemeu quando seu corpo colou com o do outro curvado. Seu pênis oprimido, coitado, louco para sentir a pele alva e quente do bumbum alheio contra si. — Eu também estou sofrendo, sabia? Ou você acha que é fácil te ver, praticamente de quatro para mim, com a porra do bumbum arrebitado e não poder fodê-lo logo de um vez? Acha que é fácil, hm? Acha que é fácil ter um marido tão gostoso como você, Jeon Jeongguk?

O moreno apertou mais as unhas contra a lateral da mesa. Sentia os pelinhos de sua nuca arrebitarem com o contato da respiração — e do hálito — de Jimin tocando ali. Seu corpo pareceu estremecer quando o loiro deixou vários selares em sua nuca, no mesmo instante em que o pau dele roçava-lhe a bunda.

— Você é um cafajeste… — Ele quase não tinha voz para sussurrar. — Por que não… não me fode logo de uma vez? Eu não sou um marido ruim… Eu não mereço esse castigo, não.

Jimin começou uma simulação de estocada. Sua mão foi até o maxilar do moreno, segurando-o firme. Seus lábios alcançou-lhe o ouvido, onde ali ele começou a gemer como se estivesse penetrando-o de verdade. Aquilo era pior do que tortura, disso tanto o Jeon quanto o Park sabiam. Sua voz era tão doce, e escorregava tão delicadamente erótica pelos tímpanos alheios que parecia como uma severa punição.

Jeongguk era forte, havia aprendido a ser quando resolveu casar com o loirinho.

— Ahhh… Estou tão duro! — O hyung comentou arrastado, ciente de que sua situação lá embaixo não era uma das com que se orgulhar. Talvez até fosse, mas não quando sua intenção era apenas punir seu amante. — Amor, você me deixa tão duro.

Talvez para provocar, ou porque não conseguia se conter, mas o empresário havia começado a impulsionar sua bunda para trás, roçando-a contra a rigidez do outro. Aquilo era um tipo de estímulo; algo sobre o feitiço virar contra o feiticeiro. Jimin queria tanto provocá-lo, que agora sequer aguentava uma mínima instigação, e isso só pôde ser notável porque o loiro gemia cada vez mais frequente e alto; quase enlouquecendo de tanta excitação.

— Hyung-ah. — Chamou com uma voz dengosa e inusual, atiçando um pouco mais os instintos do outro. — Tira essa calça… Eu não aguento mais senti-la em seu corpo! Por favor...

O menor fechou os olhos e suspirou. Agora havia cansado. Não podia continuar naquele jogo, quando o próprio estava o castigando também. Não deveria ser daquela forma, mas era árduo se manter firme e forte tendo um Jeon Jeongguk implorando-o de forma tão incomum e submissa. Era uma droga ter um fetiche tão louco como aquele! Ainda mais quando seu próprio marido odiava-o, e nunca estava disposto a realizá-lo.

O fotógrafo ergueu o corpo apenas para livrar-se das roupas que ainda vestia. Não demorou para retirar sua camisa, jogando-a na cadeira giratória não muito distante da mesa. Em seguida sua calça a fez companhia, não tardando para que a cueca boxer rosa acompanhasse-a também.

Agora estava pelado, diferentemente do mais novo que ainda tinha a camisa social cobrindo-lhe as costas — ainda que esta estivesse aberta na frente.

Voltou a posição que estava; novamente com os lábios grudados na orelha do maior. Seus testículos haviam se chocado contra o meio do bumbum alheio, o que o fez resmungar brevemente pela dor inesperada. Mas logo sua expressão suavizou quando Jeongguk gemeu também, ele pelo simples fato de não aguentar a pele quente e rija tocando-lhe o meio das nádegas.

Seria muita humilhação implorar para ser fodido? Pois ele havia cogitado essa hipótese naquele instante, no mesmo segundo em que sentiu a glande do pau de Jimin pincelando sua entrada da forma mais fodidamente gostosa possível. O que lhe faltava para gozar? Precisava apenas se tocar, apenas de um estímulo. Mas era claro que o loiro não lhe concederia isso.

Seu marido poderia ser menos perverso, não?

— Tão malvado… — Praguejou-se por ter murmurado tão manhoso. — Hyung desgraçado e malvado! Me faça gozar.

— Não é assim que pede. — Jimin sorriu da forma mais linda possível, era uma pena que o maior não podia ver seu rosto no instante. — Poderia deixar de ser orgulhoso apenas por hoje? Vamos, amor, me peça para fodê-lo logo!

— Eu não vou pedir! — Jeongguk negou resistente. Odiou o menor quando ele, com os pés, retirou completamente a calça e cueca que estavam em seus tornozelos, apenas para arreganhar suas pernas, segurando em suas coxas no processo. O odiou mais ainda por ele ter começado a bater a glande do próprio falo em sua entrada sensível. — Ahhh…

— Tem certeza? — Não estava sendo nem um pouco fácil continuar com as provocações. No instante que enlouquecia seu parceiro, era inevitável não se enlouquecer junto. — Ah, porra, por favor… Apenas peça, por favor. — Nem ele próprio aguentava mais.

— Faça-me seu mais uma vez, Jimin-ah.

Não era propriamente daquela forma que o mais velho queria ouvir, mas ele sabia que aquela havia sido a melhor forma que o moreno encontrou para dizer, discretamente, exatamente o que ele queria ouvir. Sorriu. Jeongguk havia tentado, afinal.

— Você já é meu há muito tempo, meu doce.

O moreno suspirou pesado quando sentiu o calor do menor se afastar. Sequer imaginava que Jimin havia cansado de brincar, só percebeu isso quando sentiu um aperto firme em sua cintura e, em sequência, o pênis do mais velho invadindo-o morosamente. Seus olhos reviraram. Nem mesmo havia sentido seu marido completamente, e o paraíso já parecia estar perto de alcançar. Não sabia se o melhor naquilo tudo era tê-lo de um vez, ou ouvi-lo gemer. Por via das dúvidas, preferiu acreditar em ambas as opções. Seus lábios também não fechavam, pois estavam ocupados demais gemendo para isso. Seus dedos doíam de leve, uma vez que arranhavam tanto a madeira da mesa que sentia pequenas farpas invadindo-lhe as unhas. Mas ele não parecia se importar. Não parecia se importar com nada, além da sensação gostosa de ser fodido por aquele outro. Não que fosse a primeira vez, mas é que para eles sempre parecia algo renovador.

Fazer amor um com outro era sempre uma novidade, embora se amassem todos os dias daquela forma, cada vez era sempre diferente da outra.

Não demorou muito para que o quadril de Park Jimin acelerasse um pouco a velocidade, tornando suas estocadas um tanto mais emocionantes. No momento ele apertava a cintura de Jeongguk forte demais, contendo a vontade de invadi-lo mais intensamente. Mordia o lábio inferior e enterrava as unhas na pele macia em que tocava, tudo para que não fosse rápido demais nos primeiros segundos. Abriu um pouco mais as próprias pernas, fazendo as do maior se abrirem juntos. Seus olhos haviam se fechado antes, no entanto foram abertos quando ele decidiu que precisava vislumbrar seu pau tomar posse daquele lugar quentinho e apertado que o hospedava de vez em quando.

Aquela era a melhor visão de todas; Jeon Jeongguk quase de quatro para si, com o bumbum meio empinado e as pernas completamente abertas. Algemas nos pulsos e os cabelos da nuca suando de leve, enquanto gemia e lhe acolhia em sua cavidade estreita.

Tudo em perfeita harmonia era demais para o loiro.

Seus lábios ressecaram de tanto que estavam abertos, liberando os murmúrios ofegos conforme a movimentação de sua pélvis acelerava, cada vez com uma profundidade maior do que a anterior.

De repente a necessidade de beijar pareceu tão fundamental quanto respirar.

Seu corpo caiu sobre o do Jeon, mas não chegando a machucá-lo. Com certa dificuldade, puxou primeiramente a camisa social do maior para cima somente para que pudesse grudar seu abdômen ali nas costas, onde ansiava sentir o calor eminente. Não demorou para que sua destra fosse até o maxilar alheio, puxando o rosto do mesmo para o lado. Jimin teve que suspender um pouco o corpo para capturar os lábios de seu marido, entretanto havia conseguido.

Jeongguk sentia seus pulsos doloridos, mas havia desistido de tentar se soltar fazia um pouco de tempo. Seu corpo inteiro parecia um tanto afeto, afinal. Aquelas provocações não lhe fizeram bem, mas ele não podia dizer que não havia gostado da recompensa no fim das contas. Ainda mais quando sentia a língua do companheiro acarinhando a sua, chupando-a e tomando-a para si. Ainda mais quando o loiro o beijava enquanto o fodia rápido, da forma que tanto gostava. Ainda mais quando percebeu que o estado de seu marido era tão deplorável quanto o seu, e que aquele malmente conseguia beijá-lo direito por não conseguir parar de gemer.

Aquilo tudo era delicioso.

Valia a pena quebrar uma regra sua, uma tão severa regra, se fosse para ter Jimin o enlouquecendo daquela forma. Ainda que fosse errado, era terrivelmente gostoso.

Seu marido era terrivelmente gostoso.

O fotográfo cessou o beijo aos pouquinhos, já sentindo seus lábios parcialmente hidratados pela saliva do outro. Respirou fundo quando o beijo fora findado realmente e a única coisa que restou do mesmo foi a lembrança e o gosto. Sua testa foi apoiada no ombro esquerdo do homem abaixo de si, o mesmo que se remexia impaciente por não poder tocá-lo.

Voltou a estocá-lo bem devagarzinho, porém fundo. Tão fundo que sentia sua glande tocando alguma parte demasiadamente sensível em Jeongguk. Suas pernas haviam começado a fraquejar, mas ele não parecia querer tornar aquele fato relevante. Usaria suas forças reservas se fosse necessário, mas não gozaria ainda.

Não estando tão gostoso para acabar tão rápido.

— Está gostoso assim? — Questionou Jimin, referindo-se aos movimentos lentos e profundos.

Onde Jeon arranjaria força para respondê-lo? Sua mente, tão promíscua coitada, parecia um pouco vaga demais. No entanto ele esforçou-se para responder, sendo assim um bom garoto.

— Sim! — Retrucou murmurado, sem muitas forças na voz. — Você é sempre tão gostoso, hyung…

— Eu gosto quando você diz isso. — Ousou morder o ombro do maior, coberto pelo tecido branco social. — Eu gosto tanto quando me elogia, amor. Quando diz que sou bom pra você… Que gosta dos meus toques. — A voz estava tão serena e calma, que não condizia com os movimentos (que repentinamente se tornaram frenéticos) de seu quadril. — Você quer que eu te solt-...

Não seria daquela vez que Jeon seria desalgemado. Não naquele momento, quando o telefone — jogado na outra extremidade livre da mesa — começou a tocar sem parar.

Jimin suspirou.

— Deixe tocar. — Ordenou, diminuindo as estocadas, mas continuando com os beijinhos no ombro; pescoço, que estava soado; nuca e cabelos do mais novo.

— Ahhh… Eu… Eu tenho que atender. — Disse sério. — Pode ser algo importante sobre a reunião, hyung, eu preciso atender. — Por que Jimin tinha que ser tão sádico? Aumentar a velocidade de supetão era covardia. — Porra hyung! Eu estou implorando… Ahhh… Que porra!... por que tão gostoso?

Jimin pendeu um pouco o corpo para o lado da mesa em que o telefone estava disposto, pegando-o sem muita dificuldade. Odiava aquele ser que havia o interrompido com todas as forças, mas achou que aquela seria uma boa oportunidade para punir seu marido por acontecimentos passados. Apertou no botão para atender a ligação, colocando-a no viva-voz em seguida.

— Atende… — Murmurou no ouvido do moreno e soltou uma risadinha diabólica após.

Jeongguk gelou. Estava fodido… em todos os sentidos.

— Senhor Jeon? Senhor Jeon? — A voz que soou era masculina, um tanto quanto grave.

O empresário engoliu seco, com medo de respondê-lo.

— Sim? — A primeira palavra havia saído firme.

Jimin estava colaborando, havia parado de se movimentar.

— Oh, finalmente atendeu! — Riu, talvez aliviado. — Eu sei que você prefere que liguem para a sua secretária, mas eu achei mais conveniente tratar desse assunto com você próprio.

— Hunrum… — Jeongguk murmurou. Fechou os olhos quando o loiro volto a penetrá-lo, embora vagarosamente. A vontade de gemer já lhe consumindo, e sequer poderia usar a mão como mordaça para evitar que sons obscenos fossem ouvidos do outro lado da linha. — P-pro… prossiga! Ahhh! — Praguejou-se por não conseguir se conter.

— Você está bem? Parece um pouco ofegante. Digo… Parece estar sentindo dor? Quer que eu ligue para um médico? — O homem supôs duvidoso, com leve preocupação em sua pergunta.

Jimin sorriu.

Aproximou os lábios do ouvido do mais novo.

O estocou fundo e forte, da forma que sabia que o enlouquecia.

— Está sentindo dor, meu amor? — Era tudo tão sussurrado, afinal ele “não queria” ser descoberto. — Está tão ofegante… Será que precisa de um médico?

 Ahhhhh… Desgraçado! — Ele deu sorte que o loiro havia afastado um pouco o telefone, mas logo retornando-o ao mesmo lugar. Jeongguk precisava responder ao homem na linha, afinal. — N-não precisa se preocupar… — Disse calmo, tentando conter todo aquele gemido entalado em sua garganta. O prazer parecia corroer seu cérebro, até porque o menor havia começado a penetrar e acertar seu ponto mais sensível. Estava tudo uma porra mesmo! — E-eu… Eu só estou… Oh, Merda! — Não era fácil reprimir a vontade de gemer. O jovem se sentia torturado. — Estou cansado, apenas. Mas prossiga, p-por fa-favor.

— Você tem certeza disso? — Estava com dúvida ainda, mas relaxou quando ouviu um murmúrio positivo. — Como eu estava dizendo, então, eu te liguei para avisar que não vou poder ir na reunião de hoje... me desculpe. Tive um imprevisto aqui e as coisas não estão nada bem, por isso terei que comparecer outro dia para tratarmos de negócios.

A reunião… Que horas é essa? Quanto minutos faltavam para a reunião?” Jeongguk só não soltou um palavrão por estar no telefone com uma pessoa essencial para o futuro dos negócios da empresa, mas fez questão de anotar mentalmente um lembrete para arrancar as bolas do mais velho quando estivesse com os braços livres.

— T-tudo bem. — Ele balançou a cabeça, fechou os olhos e mordeu o lábio. Jimin tinha mesmo que acertar sua próstata tantas vezes seguidas? Como não gemeria daquela forma? — E-eu entendo o seu lado, senhor. — Disse tudo muito rápido, prendendo a respiração. — Espero que tenha uma boa tarde, mas eu tenho q-que… que desligar agora.

E então o ar foi fortemente soltos de seus pulmões quando o loiro encerrou a chamada, sequer esperando uma resposta. Jeongguk passou a gemer tudo o que havia reprimindo, não aguentando mais tanto tesão. Queria xingar seu marido de todos os piores palavrões possíveis, no entanto não conseguia dizer nada. Gemer se tornou algo necessitado, e ele nem mesmo tentou se conter.

Jimin naquele momento apertava a coxa do maior com firmeza com a canhota, enquanto sua destra havia emaranhado os dedos nos fios negrumes dos cabelos do mesmo. Ele não ditava seus movimentos mais, seu corpo apenas movia-se conforme a necessidade dos dois. O barulho da pele de seu quadril se chocando com as nádegas fartas alheias o relaxava, e aquilo deixava claro que havia agilidade em seus movimentos incertos.

Estava indo rápido demais?

Fundo demais?

Forte demais?

Gostoso demais?

— Eu vou gozar! Por favor me solta, hyung, eu preciso me tocar. — Ele realmente precisava. Seu pau deveria estar gotejando naquele momento, ansioso por um alívio. — Eu preciso gozar, Jimin-ah!

Park Jimin precisava também.

Só não queria.

O telefone tocou mais uma vez, diminuindo um pouco o clima ardente que aquele cômodo sustentava. Não era incomum receber muitas ligações em seu dia-a-dia, mas o moreno odiou aquele fato naquele instante.

Era uma porra ter um marido tão estrondosamente excitante e provocativo.

— Senhor Jeon... Não vai atender a ligação? — Jimin provocou. Fez questão de rebolar o quadril um pouco mais, com um molejo mais intenso apenas para que o grau de sanidade do parceiro decaísse. Sabia que estava estocando-o no ponto certo, e sabia que o moreno estava a um fio de chegar em seu êxtase extremado. — Pode ser algo importante. — Sussurrou, todo “preocupado”.

— Ohh… F-Filho da mãe! — Suspirou. Não seria louco de atender a ligação bem naquele momento, com seu ápice tão perto. — Você é um cafaj-...

— Cafajeste? — Jimin cortou o maior, rindo depravado. — É por isso que você gosta tanto de mim? Por eu ser um cafajeste...?

— Ohhh! — Ele estava rebolando, meio desajeitado, mas estava. Queria tanto estar com os pulsos livre apenas para puxar aqueles cabelos macios e louros do esposo. — Vai se f-errar! — Quase gritou quando sentiu um tapa estalado em sua coxa, e um puxão leve nos cabelos. — Me faça gozar logo! Eu tenho uma reunião para comandar, seu patife cretino!

— Você me pedindo assim com jeitinho… — Riu, descendo a mão até o falo do maior e apalpando-o com um pouco de dificuldade. Começou a masturbá-lo, mas sem se mover dentro dele. — Fica até difícil não fazer suas vontades.

Seria uma pena se alguém tivesse batido na porta, interrompendo-os mais uma vez.

— Que porra! — Jimin irritou-se. — Será que não podemos nem transar sem sermos incomodados?

— Senhor Jeon? — Daquela vez era uma voz feminina. — Eu liguei agora pouco, mas o senhor não deve ter ouvido.

— Por que não ouviu, Senhor Jeon? — O mais velho sorriu sacana e acelerou o movimento de sua destra, masturbando o mais novo com mais intensidade. O barulho de sua mão escalando a pele do pênis do marido podia ser ouvido, porém apenas por eles dois. — Estava ocupado demais para ouvir o telefone tocar?

— Senhor Jeon?

Jeongguk só queria gozar. Seria tão difícil assim? Estava concentrado na masturbação e nas estocadas fundas e repentinas que recebia vez ou outra. Sabia que talvez estivesse atrasado para a reunião, mas em seu pensamento a única coisa relevante era o fato de que o mundo não o deixava gozar!

Ouvia a voz de sua secretaria bem longínqua, no entanto a de seu companheiro parecia gritar em mente, ainda que ele estivesse praticamente sussurrando cada palavra. Odiava aquele loiro por ser a porra de um provocador profissional.

— Senhor Jeon? O senhor está aí?

— Que voz irritante a sua secretária tem, hm? Como aguenta a voz dessa vadia todos os dias?

— Não seja ridículo! Não a trate assim… — Não que ele tivesse algum tipo de afeto pela moça, somente achava meio babaquice destrata-la de tal forma.

Jimin achava a mesma coisa.

— E por que não? Foi dessa forma que você se referiu a minha modelo ontem, lembra? Ou já esqueceu...? — Havia dito apenas por vingança. — Você quer que eu responda por você? Quer que eu diga que no momento o Senhor Jeon está ocupado? Ohhh… — Gemeu profundamente quando o Jeon o esmagou, reprimindo a entrada. — Eu queria poder gozar na sua boquinha agora, sabia? Oh como eu queria  isso!

— Senhor Jeon? O senhor está bem?

— Por que não responde, meu bem? — Sua mão era tão hábil e trabalhava arduamente no membro alheio. Ele sabia que se não tivesse desacelerado algumas vezes, Jeon já teria se desfeito há um pouco de tempo. — Devo dizer que você está ocupado demais, sendo fodido pelo seu marido?

— Droga, hyung! Acaba logo com isso! — Pediu, evitando implorar. Jimin gostava de um Jeongguk submisso, e ele sabia disso. — Me faça gozar, hyung, por favor… Eu sou o seu garotinho, não sou? Por que você está sendo um hyung malvado? — Aquilo havia sido um tiro em sua masculinidade. — Por favor… Faça o que quiser comigo, mas me deixe goz… Ahh… Ahhh… Ahh hyung! —  Novamente sua próstata estava sendo atingida, e tudo enquanto o menor lhe masturbava.

Park Jimin não conseguia resistir quando Jeongguk mudava completamente de personalidade e se transformava em seu submisso, um garotinho que obedeceria todas as suas ordens. Se sentia um cretino por gostar tanto de tê-lo daquela forma, mas não tinha muita culpa se sua mente era insanamente pervertida e dominadora. Não que em todas as transas fossem daquela forma, na verdade o moreno sempre fora o dominante da situação na hora do sexo; o típico passivo controlador. Aquela, por incrível que parecesse, estava sendo a primeira — quem sabe de muitas outras — vez que os papéis se inverteram.

E o mais incrível era que o Park não estava sendo o único a adorar tudo ali… As súplicas, cada vez mais servis, deixavam claro que o empresário estava apreciando aquela troca tanto quanto o seu parceiro. Quem sabe obedecê-lo — ao menos naquelas horas — não fosse algo tão ruim assim, hm?

Jeon estava tão absorto no prazer que sentia que sequer notou quando seus pulsos foram soltos. Só veio perceber quando sentiu um vazio em sua cavidade interna, além do frio gelado que abraçou seu pênis ao ter o contato da mão do menor abandonando-o.

— O q-quê? — Ficou confuso, porém surpreso por poder mover suas mãos livremente. — H-hyung?

— Venha cá, Jeon. — Jimin pediu simples, sem dar muitas explicações.

Gostava de chamar o mais novo daquele jeito formal quando estavam se amando daquela forma, era um tipo de tesão a mais que sentia. Jimin tinha uma mente um tanto peculiar, sabia disso, só não ligava.

O mais novo girou o corpo com cuidado sobre a mesa, estranhando tudo, mas sentado-se na beirada dela de qualquer forma. Franziu o cenho ainda mais quando sentiu o menor entre suas pernas, deixando-o naquela curiosidade interna. Fechou os olhos apenas para respirar fundo e tentar compreender o que levou seu esposo a soltá-lo antes de terminar, mas acabou tendo seus raciocínios quebrados quando os lábios do outro avançaram sobre os seus.

— Eu sempre te faço gozar… — Jimin murmurou partindo o beijo por hora, mas logo retornando-o. — Me faça gozar dessa vez, amor. — O beijou novamente.

Seu membro apenas massageada o do mais novo com certa fricção, o que causava um prazer intenso em ambas as partes. O fato de estar beijando-o também contribuía muito, além de que os dois já estavam excessivamente excitados. Havia algo no beijo do moreno que enlouquecia o Park demasiadamente. Não apenas por seus lábios serem macios e docinhos — na verdade sempre tinha um gosto de café; um gosto de café muito doce —, mas também porque Jeongguk adorava morder os lábios de seu marido durante o beijo. A força que usava não era moderada, ele mordia com vontade, as vezes o machucava.

Jimin era louco por gostar daquela dor?

Gemeu entre a boca do outro quando sentiu a quentura do pau do mesmo contra o seu, ambos envolvidos pela mão grande do maior. As pernas do empresário agora rodeavam sua cintura, mas Jimin sequer percebeu. Na real ele havia perdido tempo se concentrado no beijo e sobre como era bom ser masturbado daquela forma; com o falo de seu amante o aquecendo e escalando na mesma velocidade que o seu próprio.

Havia desatado o beijo que rolava há instantes assim que notou que os gemidos tenderiam a ficar mais altos, e que precisaria ouvir o outro gemer quando o ápice atingisse um e outro. Suas testas então foram coladas, mas as bocas ainda estavam próximas.

Jeon pôde jurar que ouviu a voz de sua secretária mais uma vez, mas sorriu por não respondê-la. Estava em um momento tão bom, não apenas se dando prazer, mas fazendo o mesmo com loiro instantaneamente. Agradeceu aos céus por ser habilidoso daquela forma, e também por ter uma mão grande o suficiente para que aquela masturbação estivesse perfeita. Gradualmente acelerou a velocidade, escalando a pele de ambos os pênis cada vez mais rápido e levando-os mais próximos do clímax.

Não houve provocação, somente gemidos e mais gemidos. Alguns selinhos breves, e outras reboladas da parte de um e outro.

Quando o ápice se aproximou o mais perigosamente de si, o moreno fez o que sempre fazia naquelas circunstâncias: gemeu da forma mais doce e manhosa possível, indo em oposto a tudo aquilo que lutou contra durante todo aquele processo. Sua voz parecia mais aguda, mas não de forma irritante. Apenas… Dengosa demais, eu diria.

Aquela era sempre a melhor parte para Park Jimin. Ele adorava vislumbrar toda a cena, e por isso afastou-se um pouco somente para observar o rosto corado e os olhos serenamente fechados de seu marido. Reparou, então, no quão sensual o moreno estava. A blusa branca era a única peça que o vestia, esta mesma que estava lindamente aberta. Os cabelos negros da franja comprida praticamente grudados na testa, e a respiração ofega completava aquela bela imagem.

Era tudo tão lindo, tão excitante que seu corpo não aguentara. Não que tivesse em mente gozar no mesmo instante do mais novo — aquilo dificilmente acontecia, para ser sincera —, no entanto daquela vez aconteceu.

Jeon havia simplesmente chegado em seu ápice de forma natural, havia gozado por esgotamento físico na verdade. Park Jimin, todavia, havia gozado porque era sempre daquela forma que acontecia; ele simplesmente não resistia à toda aquela beleza que era ter seus corpos juntos. Era a melhor imagem que poderia ter, era como um tipo de universo paralelo da qual apenas seu marido o levava.

Nenhum ser humano, estando em seu lugar, resistiria a tanto tesão.

O loiro levou a mão até a do companheiro e parou-a sobre a dele. Acompanhou aqueles sobe-e-desce ficarem mais lentos, enquanto o líquido viscoso — dos dois — transbordava por entre seus dedos. Era estranho pensar daquela forma, mas era um lance um tanto quanto atraente.

O que aconteceu depois daquela cena? Bom… Jimin beijou Jeongguk. Foi exatamente isso que aconteceu. O beijo mais calmo daquele dia, o mais cheio de palavras — ainda que mudas — e sentimentos. Não era apenas tesão. Era uma troca inocente de contato de duas pessoas que se amavam de verdade, e que sabiam da reciprocidade daquele sentimento.

Afinal… quem diria que estavam casados há quase dez anos? Nas contas do fotógrafo, que tinha tempo sobrando para contar, aquele dia seria o nono ano, quinto mês, décimo primeiro dia e algumas horas que haviam dito sim perante um cartório. Nas contas do empresário… Bom, ele só lembrava que tinham nove anos de casados porque o menor fazia questão de lembrá-lo sempre, caso contrário sequer recordaria-se da data.

Era um homem ocupado, afinal.

— Senhor Jeon?

A voz da secretária soou mais uma vez, fazendo os dois homens rirem.

— Acho melhor o Senhor Jeon ir até a moça… — Jimin brincou. — Ou ela vai acabar arrombando a porta. E você sabe o que aconteceria com a imagem do tão sério Jeon Jeongguk se fosse flagrado transando com o próprio marido no escritório de sua própria empresa?

— Eu fui abusado… — Jeongguk retrucou sorridente. Estava com o corpo tão mole que pensou seriamente em cancelar a reunião daquele dia. Já estava atrasado mesmo, que mal teria? — O que vai fazer para o jantar hoje?

— O que o meu bebê quiser. — O loiro provocou.

O Senhor Jeon revirou os olhos.

A lembrança de que teria que arrancar as bolas de seu esposo quando tivesse os pulsos libertos ainda estava nítida em sua mente.

Só precisariam chegar em casa agora.


Notas Finais


Como foi pra você?
Será que merecemos te ver no próximo cap?


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...