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História Sentimentos - When the eyes meet


Escrita por: GirlStrangely

Notas do Autor


Boa leitura ;)

Capítulo 3 - When the eyes meet


Fanfic / Fanfiction Sentimentos - When the eyes meet

Narrador

Na sala de aula, Clair fixou os olhos na professora, mesmo sem vê-la realmente. O choque ainda não havia passado. Ele passou direto, sem nem olhar. Ela não conseguia lembrar a quanto tempo um menino tinha feito isso. Todos olhavam, no mínimo. Alguns assobiavam, alguns paravam para falar, alguns só encaravam.

E tudo sempre esteve muito bem para Clair.

A maioria dos meninos, refletiu Clair, eram como filhotinhos. Lindos, mas dispensáveis. Muitos poucos podiam ser mais do que isso, podiam se tornar amigos de verdade. Como Scott.

No ano anterior ela tivera esperanças que ele fosse o cara que procurava, o menino que poderia fazê-la sentir... Bom, algo a mais. Só que não era realmente isso, no verão, quando ela teve tempo para pensar, percebeu que o afeto que sentia por ele era mais como de uma prima ou irmã.

Ela não sabia como dizer a ele que acabara, não sabia como dizer por carta e nem agora. Ele só não entenderia, nem ela mesma entendia direito.

O sinal tocou sem Clair nem ter percebido o assunto da aula. Ela ainda não acreditava que ele a havia esnobado daquela maneira.

Todos saíram da sala, mas Clair parou na porta. Mordeu o lábio, olhando o rio de alunos que fluía pelo corredor. Depois localizou uma de suas seguidoras:

– Frances! Vem cá.

Frances se aproximou ansiosamente, a cara iluminando-se.

– Olha Frances, se lembra daquele menino hoje de manhã?

– Com o Porsche e er... Aquele patrimônio todo? Como poderia esquecer?

– Bom, eu quero o horário de aulas dele. Pegue na secretaria, se puder, ou copie dele se for preciso. Mas consiga!

Frances pareceu surpresa por um momento, depois sorriu e assentiu.

– Eu vou tentar, Clair, Encontro você no almoço se conseguir alguma coisa.

– Obrigada. – Clair viu a menina ir.

– Sabe de uma coisa, você é mesmo maluca. – Disse a voz de Jade no ouvido dela.

– Para que serve ser a rainha da escola se eu não puder usar uma súdita de vez em quando? – Respondeu Clair calmamente. – Aonde eu vou agora?

– Matemática. Pegue, tenho Literatura agora. – Jade empurrou o horário para Clair.

A aula de matemática e o resto da manhã passaram num borrão. Clair esperava ter outro vislumbre do novo aluno, mas ele não estava em nenhuma de suas turmas. Scott estava em uma delas e ela sentiu uma agonia quando os olhos âmbar dele encontraram os dela com um sorriso.

Depois do sinal do almoço, Clair cumprimentava quem passava por ela a caminho do refeitório. Encontrou Lydia numa pose despreocupada conversando com  dois meninos. Os dois se calaram e se cutucaram ao verem Clair se aproximar.

– Oi. – Disse Clair brevemente aos meninos, e para Lydia:

– Pronta para ir comer?

Os olhos verdes de Lydia mal se voltaram para Clair e ela tirou o cabelo ruivo e brilhante do rosto.

– Onde, na mesa real? – Disse ela.

Clair tomou um susto, as duas eram amigas desde o jardim de infância, e elas sempre competiam de bom humor. Mas ultimamente alguma coisa acontecera a Lydia. Ela estava levando a rivalidade cada vez mais a sério.

– Bom, não seria assim se você fosse uma plebeia. – Disse Clair alegremente.

– Ah, nisso você tem razão. – Respondeu Lydia. Aqueles olhos verdes estavam semicerrados e enevoados, e Clair ficou chocada com a hostilidade que viu ali. Os dois meninos sorriram inquietos e se afastaram, Lydia não pareceu perceber.

– Muita coisa mudou enquanto você esteve fora neste verão, Clair. – Continuou. – E talvez sua época no trono tenha passado.

Clair corou, pode sentir. Ela lutou para manter a voz estável.

– Talvez. – Disse ela. – Mas se eu fosse você, ainda não compraria um cetro, Lydia. – Ela se virou e foi para o refeitório

Clair não ia mais pensar em Lydia. Se sentiu aliviada ao ver Emily, Jade e Frances no refeitório, sentiu o rosto esfriar enquanto escolhia o almoço para se juntar às meninas.

– Consegui. – Disse Frances agitando uma folha de papel enquanto Clair se sentava.

– E eu tenho informações quentes. – Disse Emily, cheia de importância. – Clair, ouve só isso, ele está na minha turma de biologia e eu me sentei de frente para ele, o nome dele é Derek, Derek Carter, ele é do Canadá e está hospedado naquela velha mansão nos limites da cidade. Parece que é da Família dele. – Ela suspirou. – Ele é tão romântico. Lydia deixou cair os livros e ele os pegou para ela.

Clair franziu a cara.

– Mas que desajeitada a Lydia é. – Clair falou ironicamente. – O que mais aconteceu? – Completou.

– Bom, foi só isso, ele não chegou a falar com ela, ele é tipo, muuuito misterioso. – Falou Emily

Clair olha a folha de papel de Frances, mordendo o lábio.

– Ele está no meu quinto tempo, história europeia. Alguém mais está nessa turma?

– Eu. – Disse Emily. – E acho que a Lydia também, ah, e talvez o Scott.

Maravilhoso, pensou Clair, apunhalando o purê de batatas. Parece que o quinto tempo será extremamente interessante.

Derek pov’s

Eu estava feliz porque o dia de aula estava terminando. Tantas mentes e vozes, minha cabeça parecia que ia explodir, fazia tempo desde a minha última escola. Porém uma mente se destacava mais que as outras, e era uma sensação boa.

(...)

Encontrei a última sala de aula e me sentei. De imediato pude sentir a presença daquela mente de novo, não sabia sua aparência, mas tinha uma personalidade forte. Ela brilhava a beira de minha consciência, uma luz dourada, suave e no entanto vibrante. E pela primeira vez eu pude localiza-la. Era uma menina, estava sentada bem na minha frente. No momento em que eu pensava nisso, ela se virou para mim e sorriu.

Era incrivelmente linda, com cabelo dourado, tão claro, parecia tremeluzir. Aquela pele cremosa que me fazia pensar em cisnes, corando num rosa fraco acima das maçãs do rosto. E os olhos... Tinham uma cor que eu nunca vira antes.

Eu abaixei a cabeça bruscamente, não queria olha para ela. O que tinha me alimentado essa manhã não era o suficiente. Só conseguia pensar em minhas presas em seu pescoço.

Ela pareceu magoada com minha reação, mas pouco me importava, eu não a conhecia. Mas tinha a sensação de que ela queria me conhecer. 



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