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História Separados - Dama de Vermelho


Escrita por: Lucas006

Capítulo 2 - Dama de Vermelho


Pelo que eu sei, há muito tempo, até mesmo antes de meu pai nascer, existia na região da cidade de Lum, uma família que vivia afastada de tudo e de todos. Os Evans tinham seu jeito de viver um pouco diferente, de uma cultura, se assim posso dizer, rara. Eles tinham seus rituais, comidas e uma vez ao ano comemoravam sua própria festa com enfeites de uma ou duas cores, no máximo três. Dizem que seus rituais eram tenebrosos e com coisas que a física não podia explicar. Com o passar dos anos, décadas, a família cresceu, pessoas se casaram com forasteiros e construíram suas casas ali, próximas da família. Com esse crescimento, vieram ideias e novidades para o dia da festa, que aos poucos foi se diluindo e virando mais uma festa normal. Muitos anos depois, nessa mesma família, uma mãe dá a luz a uma menina linda, com olhos grandes e rostinho com traços finos. Nascia Samantha Evans.

Confesso que esse tipo de história me fascinava e precisei ir atrás, para saber se encontrava alguma coisa. Pois é, descobri somente isso, mais de conversas que tive, do que noticiários em jornais ou em livros. Acho que eu não preciso explicar o porquê da família dela não ser tão amada pelos outros, ou preciso? Mas bem, não posso perder o foco.

1915 – Enquanto o menino esperava Samantha, ela e sua prima conversavam sobre o que tinha acontecido na noite anterior. Os dois haviam marcado um encontro a noite em uma lanchonete, mas acabaram fazendo um lanche em casa, porque nenhum dos dois tinham dinheiro. Acontece que depois do lanche, eles se envolveram em abraços e beijos e acabaram de vez com a espera. Os pais dela só acordariam com uma bomba nuclear explodindo no quarto deles. Depois de um bom tempo de amor, eles se arrumaram e foram dormir. “Foi romântico e divertido” – Palavras dela para sua prima. Então, elas terminam o papo e “ao saírem do banheiro, as duas viram o grupo de meninas ao redor dele e o viu beijando uma delas...”.

Dallas, menina gentil, meiga e de família segura, financeiramente falando. Conheceu Bob em sua escola, o fez amigo dela e com o passar dos dias, aprendeu a amá-lo, mesmo sem ele saber. Bob e ela sempre saíam para fazer algo, seja um piquenique, andar de bicicleta, enfim, eles tinham um ao outro, como amigos. Os demais da escola eram colegas de escola, porque os dois moravam longe da escola e a grande maioria perto.

Depois da notícia via rádio, o senhor prefeito Sam voltou para sua rotina e não comentou mais sobre e nem o que aconteceu fora da cidade. Uma coisa todos se perguntavam: “Como pode alguém ter filho sem mulher?” Eu sei, pergunta tola. “Como nunca vi a primeira-dama?”. É, senhor prefeito, sua cidade cresce e com muitas dúvidas a respeito do senhor. Com trabalhos, provas e testes, Nossa dupla não tinha muito tempo em pesquisar e correr atrás do assunto. Por isso, a vontade diminuiu até eles não procurarem mais.

1947 – Um ano se passou daquela confusão da história do prefeito e a vida continuava a mesma, bom, mais ou menos para Bob e Dallas, que oficializaram seu namoro quase no meio do ano. Eles fizeram um jantar em família e ele pediu permissão aos pais dela para que eles começassem a namorar. Pois bem, ela finalmente contou todos os momentos em que pensou em dizer para o quanto gostava dele, mas que as circunstâncias haviam impedido. E uma coisa ele a confessou, que já fazia meses que ele tentava dizer a mesma coisa a ela, mas que também não conseguia.

No final do ano, quase que na virada, a população se reúne no limite da cidade, para poder ver os fogos de artifícios coloridos, que eram de fora de lá. Eles não saíam da cidade por muito tempo, porque tinham medo de sofrerem qualquer ataque de pessoas preconceituosas, que diziam que eles não eram gente, que vinham de outro mundo. Uma coisa terrível que só quem já passou por isso pode explicar. Então, faltando 5 minutos para o fim do ano, uma grande explosão aconteceu no centro da cidade, na praça principal. Com a explosão, formou-se um grande cogumelo de fumaça e pela primeira vez a população viu uma cor, depois de 32 anos com a cidade em tons de cinza. Todos correram para o local e de longe viram uma parede lilás de fumaça, formada devido a explosão. Quando chegaram lá, viram uma mulher em pé na praça, com um vestido vermelho vivo, chorando e sumindo na fumaça. Bem ao lado de um banco próximo, estava o prefeito caído. Imediatamente o pai de Bob, sr. Smith, o colocou no carro e foi em direção ao hospital da cidade. Depois de uns minutos, o médico veio com a notícia de que ele estava em coma. Com o prefeito em coma, a cidade teve uma virada de ano com um pouco de cor, quase que imperceptível. Mas já era algo incrível para uma cidade que não tinha cor, mas triste pela situação do prefeito.

Uma semana depois, o assunto ainda era, além da situação do prefeito, a parede imensa de fumaça lilás e a mulher, que sumiu nela. “Quem era, qual o nome dela, de onde veio?”. Todas essas perguntas passavam pelas cabeças dos habitantes da cidade de Lum.

 



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