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História Separados - Nunca é Tarde


Escrita por: Lucas006

Capítulo 6 - Nunca é Tarde


 Semanas se passaram e o estado do sr. Sam continuava o mesmo, sem alterações para mais, nem para menos. Um belo dia, pouco antes do Sol aparecer, Amanda recebe uma ligação. Ela levanta correndo, pega o carro e sai rápido de casa. Sam começa a convulsionar e logo Amanda recebe uma ligação do hospital, a informando do caso. Ela diz que chegará logo. Tempo depois, ela chega na entrada do hospital, passa correndo pela recepção e enfrenta um corredor longo, chegando para o penúltimo quarto. Ofegante e pronta para o pior, ela entra no quarto, vê Sam sentado na cama e a equipe ao redor alegre e confusos.

- O que houve? - Ela pergunta com ar de tristeza.

- Ele convulsionou muito, chegou a perder pulso por 17 minutos e simplesmente voltou a pegar ar, levantando e sentando na cama, bem e sem a marca no braço. Mas sra. Amanda, não precisa ficar assim, pode beber água que ele ficará bem. Sabemos o quanto a sra. gosta de seus pacientes – Disse o chefe de plantão.

- Não é isso e agradeço por se importar. Mas o caso é outro. É minha mãe. Ela morreu envenenada.

-Nossa, lamento muito. - Chefe de plantão

Ela deu total atenção ao Sam, mesmo com essa notícia trágica em sua vida. Sam disse que enquanto ele estava dormindo, podia ouvir tudo e sentir tudo, mas não podia responder. Ele acordava, mas não tinha o controle do corpo, permanecendo imóvel por anos. Uma hora e meia depois ele recebeu alta.

Ela o convidou para sua casa e ele não queria incomodá-la, mas depois de muita insistência, ele aceitou e foi. Com poucas palavras no caminho foram se conhecendo.

- Eu sei que deveria estar muito triste, mas a pancada que recebi foi só por ela ser minha mãe. Mas tive uma surpresa e alegria em saber que o sr. está vivo. Eu fui para o hospital o mais rápido possível, porque a notícia que eu tinha do sr. era só das convulsões. Eu fiquei com muita raiva daqueles que te ignoraram e aí eu tinha que mostrar que ali não é bagunça e... - Com leveza ela foi Interrompida por ele.

- É, eu ouvi e lembro. Muito obrigado. - Ele estava grato e com um meio sorriso no rosto.

- Ah, de nada. Então.. Não podia deixar passar e aí... Estou falando muito? - Ela percebe que só dá ela na conversa e sem graça perguntou.

- Não, não. Estou acostumado a ouvir e não poder falar – Belo corte e sem intenção.

- Ah, éé... Desculpa. - Mas depois dessa dele, até eu pararia de falar.

Ela para de falar e começa a chorar ainda no volante, devido a morte da mãe. Amanda não foi vê-la, iria pela manhã seguinte.

Eles chegam na casa dela e ela, já melhor, apresenta o marido a ele e mostra o quarto de hóspedes para o sr. Sam. Depois de um banho completo e um jantar maravilhoso, nosso querido prefeito senta no sofá e vai ler, porque já dormiu bastante nesses últimos anos.

Antes de todos acordarem, o café estava posto e a casa cheirosa. Quando Amanda desceu para preparar tudo, viu Sam tirando uma salada de frutas da geladeira. Ela e ele levaram um susto simultâneo.

- Ah, desculpa por ter abusado de sua hospedagem e..

- Não se preocupe. Sinta-se em casa e obrigada pelo café da manhã.

Quando o marido de Amanda desceu, viu uma bela mesa farta de comida.

- Meu anjo, parabéns mais uma vez. - Ele teve brilho nos olhos por ver que ela continuava a mesma depois de anos casados.

- Foi ele – Ela apontou para Sam e deu uma risada de lado.

Ele olhou para Sam e sem graça, agradeceu pela atitude e pelo fato da mesa estar cheia e igual ao que a mulher faz toda manhã.

Eles se alimentaram, se divertiram e finalizaram o lanche. Em 40 minutos todos estavam prontos para sair. Sam de volta à Lum e Amanda e seu marido, enterro de sua mãe. Ela perguntou se ele queria carona até a cidade de Lum, já que não era longe. Sam ficou sem graça de aceitar e por fim, depois dela insistir, aceitou. Ela só passaria no enterro da mãe e o levaria.

No caminho, eles conversam pouco e Amanda explicou que não tinha muito apego por sua mãe e que fazia um tempo que não a via. Disse que não nasceu em Tuc e que só foi morar lá quando já era adolescente. Explicou, também, que o choro pela notícia foi por ela não ter conseguido se aproximar mais e por ela ser sua mãe distante. Ela completou dizendo que nunca conheceu seu pai, que ele desapareceu quando ela era criança.

Ao chegarem no cemitério, viram poucas pessoas próximas a capela da mãe dela. Eram em quinze, no máximo e nenhum familiar.

- Chegamos muito cedo, ou não é a capela certa, ou ela não era muito amada pelo povo. - Sam pensou olhando para os lados, tentando encontrar mais alguém, mas nada tendo calafrios pelo local.

Eles chegaram próximo da porta da capela e ele viu o caixão de longe, com três pessoas ao lado. Quando ele foi entrar, ouviu alguém atrás dele o chamando.

- Sam?! É você mesmo? - Uma mulher bonita e com o rosto familiar.

- Vocês se conhecem? - Amanda olhou para os dois com uma interrogação gigante na cabeça.

- Não. Ou, pelo menos, acho que não. Desculpa, mas não sei quem é você, apesar do seu rosto ser familiar. - Realmente a disputa da pessoa mais confusa está acirrada.

- Sam, ela é prima da minha mãe – diz Amanda tentando entender e esclarecer para ele.

- Caramba, quanto tempo! O que faz aqui? - Ainda meio confuso, ele reconheceu a prima de sua namorada na infância.

- O que eu faço aqui? Já percebeu onde você está? - De confusa a raivosa ela o responde.

Eles foram entrando na capela, que era grande, com a Amanda e sua prima distante na frente e Sam e o marido dela atrás. Ela se inclinou no caixão e o choro se intensificou. O marido dela foi em sua direção e a retirou de lá. Ao ver essa cena, dela chorando, algo lhe veio a cabeça. Uma memória daquele dia quando sua amada Samantha estava com raiva e triste pelo episódio de uma possível traição. Foi quando Sam olhou para o caixão e lentamente foi se aproximando dele, com o seu coração pulsando cada vez mais forte, até que “ficou sem chão” e viu uma mulher bonita e com um vestido vermelho sangue. Era Samantha, que tinha sido morta envenenada.

Uma tristeza imensa tomou conta de Sam, cortando seu coração como uma adaga fina e afiada, e que não pôde conter as lágrimas. A Amanda viu e foi ao encontro dele, o abraçou e a única coisa que ele disse foi:

- Peço duas coisas: Que me desculpe e que me permita explicar depois.

- Te perdoar por chorar e explicar o que? - Agora a confusa era ela.

- Seu pai não desapareceu porque quis. Na verdade, ele nunca saiu de Tuc até o dia que o pai dele emancipou uma cidade chamada Lum. Seu pai nunca soube de sua existência, e quando soube, o nome mencionado foi Allan. Perdi o contato com sua mãe e só a vi quando ela foi na cidade, na virada de ano, com a intenção de me matar. Ela estava bêbada e chorando, dizendo que a maldição já podia acabar. Ela pegou algo que parecia pólvora e estourou próximo ao meu abdômen, perfurando minha barriga e me apagando.

Ao ver que já estava falando demais, Sam se calou e o que se ouvia até o fim da manhã era o choro de Amanda, com raiva, tristeza. Na verdade, era uma mistura de sentimentos que ela não podia explicar. Depois de toda a cerimônia fúnebre, voltaram para a casa dela, pois uma nova história havia começado e precisavam esclarecer tudo. Os médicos que o levaram até Tuc, voltaram cedo para a cidade, mas sem Sam. Ele ficaria mais um tempo, sem data marcada para o retorno.



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